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Relação entre Estrutura e Propriedades IMPACTO, FADIGA, FLUÊNCIA A ductilidade dos materiais é função da temperatura e da presença de impurezas. Materiais dúcteis se tornam frágeis a temperaturas mais baixas. Um martelo cai como um pêndulo e bate na amostra que fratura. A energia necessária para fraturar (ENERGIA DE IMPACTO) é obtida diretamente da diferença entre a altura final e altura inicial do martelo Impacto Charpy e Izod Impacto Ensaios - Influenciado: - ENTALHE - TEMPERATURA DE TRANSIÇÃO amostra Massa, m Temperatura característica onde ocorre a transição dúctil-frágil dos materiais ⇒ Baixas temperaturas Trinca se propaga mais velozmente que os mecanismos de deformação plástica pouca energia é absorvida ⇒ Temperaturas elevadas Fratura é precedida de uma deformação que consome energia ⇒ Mudança brusca no comportamento característico de metais CCC. ⇒ Temperatura de transição varia com a taxa de carregamento. Temperatura de transição Impacto (O decréscimo do tamanho médio de grão de aços resulta num abaixamento da temperatura de transição). Causa: aumento da temperatura transição numa junta de solda devido ao crescimento de grão Grãos grossos Grãos finos Exemplos Impacto Efeito da temperatura na energia absorvida por diferentes tipos de materiais durante o impacto. Exemplos Impacto Transição dúctil/frágil de uma mesma liga, com variações percentuais. Impacto Falha que ocorre em estruturas submetidas a tensões dinâmicas e flutuantes. Ocorre após ciclos de tensões repetidos. Em tensões inferiores a tensões estáticas suportáveis. Componentes onde ocorrem: Eixos, barras de ligação e engrenagens. Fadiga Mais comum ensaio de flexão rotativa amostra é sujeita a tração e compressão sucessivamente de igual intensidade As tensões cíclicas aplicadas podem ser: - axiais - de flexão - de torção Modos de flutuação de tensão: Variação da tensão com o tempo (a) tensões contrárias (b) tensões repetidas (valores de tensão máxima e mínima diferentes) (c) tensões aleatórias ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À FADIGA Fadiga TRINCA DE FADIGA: INÍCIO Em pontos de concentração de tensão PROPAGAÇÃO A trinca propaga-se com tensões cíclicas. Criam-se estrias ou ondulações. FRATURA A seção torna-se pequena e não suporta a carga aplicada. Canto Entalhe Defeito Fadiga Limite de resistência à fadiga (σRf): Em certos materiais (aços, titânio,...) abaixo de um determinado limite de tensão abaixo do qual o material nunca sofrerá ruptura por fadiga. Para os aços o limite de resistência à fadiga (σRf) está entre 35-65% do limite de resistência à tração. Fadiga Resistência à fadiga (σf): em alguns materiais a tensão na qual ocorrerá a falha decresce continuamente com o número de ciclos (ligas não ferrosas: Al, Mg, Cu,...). Nesse caso a fadiga é caracterizada por resistência à fadiga (σf)* * Corresponde à tensão na qual ocorre a ruptura p/ um no. arbitrário de ciclos Fadiga FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA À FADIGA 1. Concentração de tensões (entalhes diminuem a resistência à fadiga) 2. Rugosidade superficial (superfícies polidas tem maior resistência) 3. Estado da superfície (Cementação* aumentam a resistência) 4. Efeitos de fabricação (tensão residual) 5. Ambiente (umidade diminui a resistência) Fadiga Jateamento: cria tensões compressivas na superfície peça mesa rotativa grãos *Uma camada superficial externa rica em carbono ou nitrogênio é introduzida por difusão atômica a partir da fase gasosa. Fluência Material submetido a uma carga ou tensão constante pode sofrer uma deformação plástica ao longo do tempo em temperatura elevada. - Velocidade de fluência (relação entre deformação plástica e tempo) aumenta com a temperatura - Esta propriedade é de grande importância especialmente na escolha de materiais para operar a altas temperaturas CURVA DE FLUÊNCIA Variação do comprimento do corpo-de-prova em função do tempo. Fluência Fases da Fluência Deformação instantânea: Efeito do carregamento do corpo de prova, do tipo elástica I - Velocidade de fluência é rápida ocorre nas primeiras horas. Velocidade de def. decrescente - encruamento II - A taxa de fluência é constante. Estágio de duração mais longo. Equilíbrio entre os processos de encruamento e recuperação III - Aceleração na taxa de fluência, seguido de ruptura. Depende tensão aplicada temperatura Fluência Tempo D ef or m aç ão d e flu ên ci a Quanto maior a temperatura e/ou a tensão maior a deformação final por fluência que ocorre em menos tempo. Menor o tempo de vida do componente. Influência do contorno de grão na deformação DEFORMAÇÃO A BAIXAS TEMPERATURAS: Metais de granulação fina são mais resistentes a baixas temperaturas, pois os contornos de grão travam o movimento das discordâncias. Baixas temperaturas MENOR tamanho de grão → maior resistência DEFORMAÇÃO A ALTAS TEMPERATURAS: A deformação a altas temperaturas ocorre pela deformação dos contornos de grão (difusão pelos CGs). Contorno de grão é um ponto de fraqueza do material. Altas temperaturas MAIOR tamanho de grão → maior resistência Fluência Representação esquemática da geração de ondas reticulares num cristal por meio de vibrações atômicas. Propriedades Térmicas Capacidade térmica Sólidos: assimilação de energia aumento da energia vibracional dos átomos Átomos em sólidos acima de zero K estão sempre vibrando com altas frequências e baixas amplitudes átomos + vizinhos ondas que atravessam vibram o material Energia térmica vibracional conjunto de ondas elásticas em uma faixa de frequências. A energia é quantizada FÔNON Contribuição eletrônica É significativa em materiais com elétrons livres como ocorre: Absorção de energia pelos e- aumentando Ecinética Elétrons Livres Propriedades térmicas: resposta ou reação de um material à aplicação do calor Sólido absorve calor: aumentam sua temperatura e sua energia interna Capacidade térmica Propriedade que indica a aptidão do material em absorver calor do meio externo Representa a quantidade de energia necessária para aumentar a temperatura de um corpo em uma unidade. Matematicamente: Calor específico representa a capacidade térmica por unidade de massa. Pode ser determinado mantendo-se o volume do material constante (cv), ou mantendo-se a pressão externa constante (cp). C = capacidade térmica (J/molK, cal/molK) dQ = energia necessária para produzir uma mudança dT de temperatura CV = (dS/dT)V e CP = (dH/dT)P dT dQC = Capacidade térmica Capacidade térmica depende da temperatura? Experimentos de Einstein e Debye: A capacidade térmica aumenta até uma certa temperatura (temperatura de Debye = θD) e após torna-se ≅ constante. 3R ≅ 6cal/molK • Capacidade térmica depende pouco da estrutura e da microestrutura do material Porosidade influência prática Material poroso exige uma menor quantidade de calor para atingir uma determinada temperatura, que uma cerâmica isenta de poros. Expansão térmica Sólidos aumento de dimensões durante o aquecimento e contração no resfriamento, se não ocorrer transformações de fases. αL = lf - li li (Tf-Ti) li = comprimento inicial lf = comprimento final Ti = temperatura inicial Tf = temperatura final Coeficiente de dilatação térmica linear (αL) Tinit Tfinal Lfinal Linit Correlação entre α e a energia de ligação (EL) Expansão térmica (a) EL x d: aumento na separação interatômica com o aumento da temperatura. Com o aquecimento, a separação interatômica aumenta de r0 para r1, parar2.... (b) Para uma curva hipotética de EL x d: simetria – material não se dilata. Expansão térmica Variação da expansão térmica com o aumento da temperatura de alguns materiais. Porosidade não influencia na expansão térmica (o poro dilata como se fosse o próprio material que o contém) Condutividade térmica é a habilidade de um material para transferir calor. Condutividade térmica Calor é transportado nos sólidos de duas maneiras: por fônons pela movimentação de e- livres A condutividade térmica é diretamente proporcional ao número de elétrons livres ou de fônons (n); velocidade média das partículas (v); ao calor específico (cv) e à distância média entre colisões (l): k ∞ n . v . Cv . l kTOTAL = kf + ke q = −k dT dx Gradiente de temperatura Fluxo de Calor(J/m2-s) Condutividade térmica (J/m.K.s) Condutores: contribuição significativa devido a existência de e- livres Isolantes: contribuição eletrônica muito pequena ausência de e- livres METAIS ke >> kf Os elétrons livres tem maior velocidade e não são espalhados facilmente pelos defeitos como os fônons. CERÂMICOS ke << kf fônons são facilmente espalhados pelos defeitos cristalinos. Transporte de calor é menos eficiente que nos metais. POLIMEROS ke << kf além disso são parcialmente ou totalmente amorfos, não tendo e- livres e são piores condutores que os materiais cerâmicos. Poros, diminuem ainda mais a k. Condutividade térmica (k) Elementos liga e impurezas diminuem a condutividade térmica Funcionam como pontos de espalhamento, piorando a eficiência do transporte eletrônico. Condutividade térmica Efeito do zinco em solução sólida na condutividade térmica do cobre METAIS Composição (% Zn) Co nd ut iv id ad e té rm ic a (W /m .K ) CERÂMICOS Condutividade térmica onde: k: condutividade térmica v: volume da fase Q: kc/kp P: quantidade de poros K=v1k1+v2k2+... 1/k=v1/k1+v2/k2+... k= 1+2P(1-Q/2Q+1) ks 1-P(1-Q/2Q+1) Efeito da microestrutura ⇒ Íons em solução sólida diminuem acentuadamente k ⇒ Fases amorfas são piores condutoras que cristalinas de igual composição química ⇒ Poros diminuem a condutividade térmica de cerâmicos kP = k 1 - P 1 - 0,5P kP = condutividade térmica do material com poros P = fração volumétrica de poros composição; condições de queima; quantidade e tipo de porosidade; quantidade e tipo de fases; forma e orientação de grãos; EFEITO DA TEMPERATURA Condutividade térmica A condutividade térmica varia com a temperatura METAIS: varia pouco com a temperatura CERÂMICOS (sem poros): k ↓ com ↑ T (Fônons se chocam e se desviam do sentido do fluxo de calor) Acima de ~900°C k ↑ com ↑ T (inicia a condução por radiação ) ↑ Veloc. e- ↓ diminui a distância das colisões Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29
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