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Medição de Temperatura Definição das Grandezas de Medida Temperatura Definição Medida da energia cinética média das moléculas ou átomos individuais Unidade SI Kelvin (K) Outras unidades usadas Celsius (ºC) Fahreinheit (ºF) Conceitos Gerais das Grandezas de Medida Temperatura Calor Termometria Tipos de transferência de calor Condução Calor passa de molécula a molécula, aquecendo toda(s) a(s) estrutura(s) envolvida(s) quando há contato físico direto Convecção Mecanismo de transferência de energia (calor) entre uma superfície sólida e um líquido ou gás ISA 5.1 Temperatura Elemento primário TE Transmissor com indicação TIT Transmissor com registro TRT Controlador com indicação TIC Alarme baixo TSL Alarme alto TSH Chave de deteção de alto e baixo TSHL Elemento final de controle TV (Transmissor) Técnicas de Medição de Temperatura Medição de temperatura por contato Medição de temperatura sem contato Autor do Mapa Conceitual: Lucas Costa Souza Quanto maior o grau de agitação molecular de uma dada substância, maior a quantidade de calor e maior a temperatura desta substância Equação fundamental da calorimetria ΔQ = mcΔT Energia (térmica) que flui de um corpo para outro em virtude da diferença de temperatura entre eles Pode ser adicionado ou removido de uma substância Medido em calorias ou joules Estudo dos processos de medição de temperatura dos corpos Criometria Medição de baixas temperaturas, ou seja, aquelas próximas ao zero absoluto Pirometria Medição de altas temperaturas, na faixa onde os efeitos de radiação térmica passam a se manifestar Termologia Ramo da física que investiga os fenômenos relacionados com a energia térmica Calorimetria Ramificação da termologia que estuda as trocas de energia entre corpos quando elas se dão na forma de calor Capacidade Térmica É a capacidade de um corpo de mudar sua temperatura ao receber ou liberar calor Razão entre a quantidade de calor e a variação de temperatura. C = Q / ΔT C – Capacidade térmica (J/K) Q – Quantidade de calor (J) ΔT – variação da temperatura (K). ΔQ – Variação da quantidade de calor (J) m – Massa da substância (kg) c – Calor específico da substância (J/kg.K) ΔT – Variação da temperatura (K) Termômetro Instrumento usado para medir a energia térmica, ou a temperatura, dos corpos Radiação As massas desses fluidos se movimentam, massas quentes sobem e massas frias descem Corrente de Convecção O calor flui de um corpo de alta temperatura para um de baixa, quando os mesmos estão separados no espaço, ainda que exista o vácuo entre eles Ondas eletromagnéticas Propriedades físicas Intensiva Não depende da quantidade (massa) de material na amostra A temperatura de um corpo é a mesma, independente da quantidade de material, do qual se deseja medir Baseada em mecanismos de transferência de calor por condução e convecção Transferência de calor por radiação Termovisores (análise de imagens térmicas) Pirômetros (termômetros de IR – medição pontual) Termômetros de par termoelétrico Termopares medem a diferença de temperatura entre dois pontos, não a temperatura absoluta Lei dos Metais Intermediários A f.e.m. (E ) de um termopar não será afetada, se em qualquer ponto de seu circuito for inserido um metal qualquer, diferente do já existente, desde que as novas junções sejam mantidas a temperaturas iguais Lei das Temperaturas Intermediárias ( sucessivas) A f.e.m. desenvolvida por qualquer termopar de metal homogêneo com suas junções em duas temperaturas quaisquer, T1 e T3, é a soma algébrica da f.e.m. do mesmo termopar com suas junções à temperaturas T2 e T3, respectivamente Efeito Termoelétrico ou Seebeck A junção de dois metais gera uma tensão elétrica que é função da diferença de temperatura entre junções Seebeck utilizou uma lâmina de antimônio (A) e outra de Bismuto (B), e como detetor da corrente "i" utilizou uma bússola sensível ao campo magnético criado pela corrente Efeito Peltier Fazendo se passar uma corrente elétrica, por um par termoelétrico, uma das junções se aquece enquanto a outra se resfria O efeito Peltier pode ser definido como a mudança no conteúdo de calor quando uma quantidade de carga (1 C) atravessa a junção metálica Efeito Thomson Um condutor, conduzindo uma corrente elétrica (exceto supercondutores), submetido a temperaturas diferentes em suas extremidades, pode emitir ou absorver calor, dependendo da diferença de temperatura e da intensidade e sentido da corrente elétrica tipos de termopares mais comuns Tipo J (Fe-constantan) Tipo K (cromel-alumel) Tipo T (cobre-constantan) Tipo E (cromel-constantan) Tipo C (W e Rh(5%) – W e Rh(26%)) Tipo N (nicrosil-nisil) Tipo R (Pt - Pt e Ródio (13%)) Tipo S (Pt – Pt e Ródio (10%)) Tipo B (Pt(6%) – Pt e Ródio (30%)) Compensação de junta fria Ao se medir a tensão de um termopar é necessário conhecer bem os efeitos de Seebeck, Thomson e Peltier, vistoque um instrumento de medição (cabos de cobre) sempre introduzirá ligas metálicas intermediárias no circuito do termopar Termômetros de dilatação (sólido, líquidos e gases) Termômetros bimetálicos São constituídos por duas tiras de metal com coeficientes de dilatação diferentes fortemente fixadas Quando aquecidas, uma tira se expandirá mais que a outra, causando uma deformação no conjunto Pode ser usado tanto como detector do tipo on-off (i.e. termostatos), quanto para indicar a temperatura sobre uma escala L = L0 * (1 + α * ΔT) L – Comprimento final à temperatura T (m) L0 – Comprimento à temperatura T0 (m) α - Coeficiente de dilatação linear ΔT - variação da temperatura T - T0 Vantagens Baixo custo Simplicidade de funcionamento Facilidade de instalação e de manutenção Largas faixas de medição Possibilidade de ser usado com os mecanismos de transmissão Desvantagens Baixa exatidão (± 1%) Não linearidade de indicação Grande histerese Presença de peças moveis que se desgasta Fácil perda de calibração Exemplo: Medir temperaturas de motores marítimos, encaixados no poço de proteção Termômetros de dilatação de líquidos São baseados no fenômeno de dilatação aparente de um líquido dentro de um recipiente fechado Com bulbo de vidro Constituído de um reservatório, cujo tamanho depende da sensibilidade desejada (bulbo), conectado a um tubo capilar de seção o mais uniforme possível, fechado na parte superior, graduado em graus ou frações deste O reservatório em que o líquido está contido se dilatará como ele e, como a sua capacidade aumenta, a dilatação observada para o líquido, será uma dilatação aparente. A dilatação real do líquido será maior do que a aparente, observada É preciso que o reservatório tenha um coeficiente de dilatação muito pequeno, para que a dilatação aparente do líquido torne-se praticamente igual à sua dilatação real. Exemplo: Medição de temperatura corporal Com recipiente metálico O líquido preenche todo o instrumento e sob o efeito de um aumento de temperatura se dilata, deformando um elemento extensível, dito sensor volumétrico (tubo de Bourdon) Mercúrio : temperatura entre -35°C e 550ºC Álcool - para temperatura entre -50°C e 150ºC Xileno - para temperatura entre -40°C e 400ºC Exemplo: Se encontra na indústria em geral para indicação e registro, pois permite leituras remotas e por ser o mais preciso dos sistemas mecânicos de medição de temperatura Termômetros de dilatação de gás ou vapor com recipiente metálico Fisicamente idêntico ao termômetro de dilatação de líquido, consta de um bulbo, elemento sensor e capilar de ligação entre estes dois elementos. Com a variação de temperatura o gás ou vapor variam sua pressão Exemplo:São utilizados para a medida de baixas temperaturas, usando-se o gás hélio Termômetros de resistência (PTC e NTC) Baseiam-se na variação da resistência elétrica com a temperatura. Coeficiente de temperatura negativo (NTC) A resistência diminui com o aumento da temperatura Coeficiente de temperatura positivo (PTC) A resistência aumenta com o aumento da temperatura Termistores (thermal sensitive resistor) São resistores sensíveis a temperatura, constituídos de materiais semicondutores, normalmente óxidos metálicos, aglutinados à alta temperatura Alta resistividade (>10kΩ), possibilitando a construção de elementos de massa diminuta Elevado coeficiente de variação de resistência possibilitando a construção de termômetros com faixa de utilização bastante estreita (normalmente de 8 a 10 vezes o valor dos metais comuns) Grande robustez e durabilidade (ilimitada) Termistores tipo PTC Feitos de silício com diversas dopagens e, por isso, são menos comuns. Possuem características muito não lineares Termistores tipo NTC São os “termistores naturais” (óxidos metálicos), e por isso são os mais comuns. Possuem menor custo e são fortemente não lineares Rt = R0 * e ^ ( β * ( ( 1 / T) - ( 1 / T0 ) ) R1 – resistência do termistor NTC (Ω) T – temperatura medida (K) T0 – temperatura de referência (e. g. , 25ºC) (K) R0 – resistência do termistor PTC na temperatura de referência T0 (e. g. , 25ºC) ( Ω) β é o coeficiente de temperatura do termistor NTC e pode ser calculado por meio de duas temperaturas de referência (T1 e T2) β = ln( R1 / R2 ) / ( (1 / T1) - ( 1 / T2 ) ) Vantagens Robustez e Baixo custo (+/- R$1,00) Possui alta sensibilidade, (10000 a 1000 Ω - 25 a 100 oC) Capaz de medir largura de faixa estreita de até 5°C Mantém-se estável, precisa e calibrada durante muitos anos Desvantagens Os bulbos (encapsulamento) dos RTDs são maiores O tempo de resposta é elevado, necessitando muitas vezes de compensação dinâmica Devido a necessidade de se ter uma corrente elétrica circulando no RTD para se obter a transdução temperatura/ tensão, o RTD pode apresentar um auto aquecimento gerando erro na medição de temperatura Para minimizar o aquecimento, limita-se a corrente no RTD em no máximo 1 mA, o que proporciona d.d.p muito baixas Termômetros metálicos (RTDs- Resistence Temperature Detectors) São construídos com fios metálicos, geralmente enrolados em forma de bobina. Todo metal, por sua vez, é um PTC É constituído de um fio muito fino, enrolado sobre um suporte isolante que pode ser de mica, vidro ou cerâmica. Este conjunto é isolado e encapsulado em vidro ou cerâmica, tornando a resistência isolada eletricamente do meio ambiente, e inserido em uma bainha metálica R = ( ρ * l ) / A ρt = ρ0 * ( 1 + α0 ( T - T0 ) ) T – temperatura medida (oC) T0– temperatura de referência (oC) α0 – coeficiente de temperatura em T0 (°C- 1) Rt = R0 * ( 1 + α0 ( T - T0 ) ) RT – resistência final à temperatura T (Ω) R0– resistência à temperatura T0 (Ω) T – temperatura medida (oC) T0– temperatura de referência (oC) α0 – coeficiente de temperatura em T0 (°C- 1) Ligação a 2 fios As resistências Rw são as resistências dos fios e ambas estão em série com RTD. A resistência aumenta quando a distância do elemento sensor até o transmissor for maior, a temperatura for maior e abitola do fio menor R2 · R3 = R1 · (2RW + RTD) Ligação a 3 fios Quando a fiação entre a termoresistência ( RTD) e o instrumento for grande R2 · (R3 + Rw) = R1 · (Rw + RTD) Ligação a 4 fios Esta ligação é mais utilizada em medições de laboratório e esporadicamente na indústria, pois requer 2 medições e um cálculo para o resultado Vantagens Alta precisão Não apresenta polaridade Pequena inércia térmica Boa precisão, dependendo da curva de calibração implementada Desvantagens É fortemente não linear Sua precisão depende dos mecanismos de linearização implementados Consiste de um sistema óptico, que foca a energia emitida, e um detector, cuja saída é proporcional à energia irradiada pelo objeto menos a energia absorvida pelo detector Qualquer corpo com temperatura acima de 0K (−273ºC) emite radiação eletromagnética devido ao movimento (vibração) de seus átomos Esta radiação é denominada radiação térmica e pode ser caracterizada por sua intensidade ou por seu comprimento de onda. O seu espectro se encontra na faixa de 0.1 µm a 1000 µm A energia que incide em um objeto pode ser absorvida, refletida ou transmitida Calor transferido (emitido) por radiação qemitida = qabsorvido = α * qincidente Corpo cinza Corpo cuja ε não varia com o comprimento de onda Corpo não-cinza Corpo cuja ε é variável com o comprimento de onda Emissividade ε = Gi / Gcn Gi – radiação térmica irradiada por uma superfície. Gcn – radiação térmica irradiada por um corpo negro sobre mesmas condições Energia emitida Radiação emitida pela superfície de um corpo negro é proporcional a quarta potência da temperatura absoluta Corpo negro q = σ * ( Ts ^ 4 ) q – radiação emitida por unidade de área ( W / ( m ^ 2) ) σ – constante de Stefan-Boltzman (5, 67x10^-8 W / ( m^2 * K^4) ) Ts – temperatura da superfície (K). Corpo real (não-negro) q = σ * α * ( Ts^4 - Tviz^4 ) α – absortividade (igual a emissividade) Tviz – temperatura da vizinhança (K) Consiste de um sistema óptico, que foca a energia emitida, e um detector, cuja saída é proporcional à energia irradiada pelo objeto menos a energia absorvida pelo detector Termômetros (Pirômetros) óticos Termômetros (Pirômetros) Infravermelhos Operam baseados na lei de Stefan- Boltzmann, que diz que a intensidade da energia radiante emitida pela superfície de um corpo negro aumenta em proporção à quarta potência da temperatura absoluta do corpo Medem na faixa de 0ºC a 4000ºC, captando a energia radiante no espectro infravermelho. Eventualmente podem abranger o espectro visível e o início do espectro ultravioleta A medição da temperatura é obtida pela comparação visual das radiações ópticas do filamento contra a fonte de calor a medir Medem temperaturas de corpos sólidos acima de 600ºC, em que o material começa a emitir radiação no espectro visível (incandescência) A estas temperaturas os objetos sólidos irradiam energia suficiente na faixa visível (comprimento de onda entre 400 e 700nm) para permitir a medição ótica com base no chamado fenômeno da cor do filamento A cor com que brilha um objeto quente varia com a temperatura, do vermelho escuro ao amarelo e quase atinge o branco para aproximadamente 1300ºC Exemplo: Verificação de temperatura de câmaras frigoríficas e refrigeradores em supermercados e verificação de conexões elétricas folgadas, que produzem calor Materiais sensores piroelétricos são normalmente materiais dielétricos com um momento do dipolo dependente da temperatura Quando elementos piroelétricos absorvem energia térmica, estes se expandem ou contraem, induzindo sinais secundários piezoelétricos. A corrente de saída produzida é proporcional a taxa de variação da temperatura (ΔT) Passive InfraRed Sensor Detectam somente a variação de temperatura Baseado na medição da distribuição da temperatura superficial de um objeto através da detecção da radiação infravermelha emitida por ele Técnica não-destrutiva utilizada para medir as temperaturas superficiais ou observar padrões diferenciais de temperatura com o objetivo de proporcionar informações relativas a condição operacional de um componente, equipamento ou processo Exemplo: Manutenção preditiva de sistemas elétricos e monitoramento de sistemas mecânicos como rolamentos e mancais de motores, vazamentos de vapor, etc
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