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INFLUÊNCIAS PRÉ E PERINATAIS NO DESENVOLVIMENTO

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INFLUÊNCIAS PRÉ E PERINATAIS NO DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL
A fecundação acontece a partir do momento em que o espermatozoide penetra o óvulo e forma o zigoto, assim se inicia a reprodução celular. Tudo que acontece a partir da fertilização até o nascimento são o desenvolvimento pré-natal e leva cerca de 38 semanas, sendo dividida em três fases:
Período germinativo ou zigótico – Acontece desde a fecundação até a segunda semana da gravidez, ocorre nas trompas uterinas. O zigoto cresce por meio da divisão celular. Enquanto ele se divide, desce pela trompa em direção ao útero. Com o resultado da reprodução celular, se forma o blastocisto, cuja as células dão origem ao embrião.
Estágio Embrionário – Acontece entre a terceira e oitava semana de gravidez, desde que o zigoto se torna um embrião. Neste período os principais órgãos são definidos. O crescimento do embrião segue dois princípios, céfalo-caudal (da cabeça pra baixo) e próximo- distal (do tronco para cima). Este é considerado um período de alta vulnerabilidade às influências do ambiente pré-natal. Quase todos os defeitos congênitos ocorrem neste período, bem como, os abortos espontâneos.
Estágio Fetal – Neste período os órgãos formados se desenvolvem. É um momento de crescimento e refinamento de todos os sistemas. Há o aparecimento das primeiras células ósseas e é possível perceber os movimentos do feto. 
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FATORES TERATOGÊNICOS 
Os fatores teratogênicos são agentes ambientais que podem causar problemas no desenvolvimento e conduzir anormalidades e causar até a morte. Entre as doenças de maior risco, podemos citar, a rubéola e a AIDS. Gestante usuárias de drogas, podem trazer prejuízos para o desenvolvimento do feto, como por exemplo, baixo peso, baixo nível de atenção, hiperatividade e síndrome da morte súbita na infância.
Podemos também destacar como risco ambiental, substâncias como chumbo, mercúrio, radiação e poluição. Esses agentes podem trazer consequências, como por exemplo, as mutações genéticas. A susceptibilidade aos agentes, interage com outros fatores, como por exemplo, a idade da mãe, nutrição e condição do útero.
 
INFLUÊNCIAS MATERNAS E PATERNAS
A influência paterna e o estado psicológico da mãe, são relevantes no período pré-natal. O pai, exposto a drogas e chumbo, por exemplo, pode produzir espermatozoides anormais. Além de haver uma relação com a idade do pai a algumas anomalias. 
O NASCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DO RECÉM-NASCIDO
O nascimento acontece quando o feto é expulso do útero. A forma com que o parto acontece pode influenciar na saúde do bebê. Podemos destacar como problema, a prematuridade. Esses problemas podem trazer sequelas desenvolvimentais. 
O recém- nascido possui habilidades, como por exemplo, reflexos. A presença dos reflexos e seu desaparecimento são sinais de desenvolvimento neurológico. O bebê dispõe de todas as capacidades sensoriais básicas no nascimento. Ele não possui muitas habilidades motoras, elas se desenvolvem gradualmente ao se desenvolver.
 PRIMEIRA INFÂNCIA (POR VOLTA DOS ZERO AOS DOIS ANOS)
DESENVOLVIMENTO PERCEPTUAL E MOTOR
 
O desenvolvimento é composto de uma série de fatores relacionados entre si, como por exemplo, físicos, cognitivos e psicossociais. 
Os marcos iniciais do desenvolvimento são: erguer a cabeça por volta de 4 meses, engatinhar por volta dos 10 meses e caminhar, por volta dos 12 meses. Essas habilidades, determinam a forma que a criança se relaciona com o mundo. 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
 
Fatores ambientais, políticos, sócio-econômicos e padrões culturais, podem afetar o ritmo de desenvolvimento do bebê. 
Aos 10 meses, os bebês já andam como apoio. A habilidade vai melhorando por volta dos 12 meses. Próximo aos 2 anos as crianças se tornam mais ágeis, sobem escadas e cadeiras, caminham rapidamente, mas precisam de supervisão constante. 
As crianças adquirem habilidades gradativamente, esse processo é chamado de maturacional.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Segundo Jean Piaget, a criança de 2 a 6 anos, desenvolve o pensamento pré-operatório. É neste período que aparece a função simbólica, a capacidade da criança de empregar símbolos e signos, isso traz modificações na conduta afetiva e intelectual da criança. Entre os 4 e 5 anos as crianças conseguem desenvolver teorias sobre como funciona a sua mente e de outras pessoas. 
A linguagem da criança se aperfeiçoa com o tempo, suas frases vão se tornando complexas, o seu vocabulário aumenta e a gramática e sintaxe se tornam mais sofisticadas. 
 
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
 
 Esse desenvolvimento é constituído pelo desenvolvimento da personalidade. Estudar o desenvolvimento psicossocial de crianças de 0 a 2 anos implica em descrever seus passos do desenvolvimento. Essa é sequência: 
O autoreconhecimento físico: Por volta dos 18 meses, quando a criança olha no espelho ou em foto sua e reconhecer-se.
 Autodescrição e autoavaliação: ocorre entre 19-30 meses, a criança pode definir-se em termos descritivos.
Resposta emocional a má ação: por volta dos 20 meses as crianças costumam ficar aborrecidas pela desaprovação dos pais e por algo que foi desaprovado e visto como mau.
Os irmãos podem influenciar de maneira positiva e negativa. As ações e atitudes dos pais podem afetar os relacionamentos entre irmãos. O contato com outras crianças, principalmente após o primeiro ano, pode afetar o desenvolvimento cognitivo e psicossocial.
 SEGUNDA INFÂNCIA (POR VOLTA DOS DOIS AOS SEIS ANOS)
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Na frase pré-escolar as áreas sensório-motoras estão mais desenvolvidas. Os ossos e músculos estão mais fortes e há um aumento na capacidade respiratória. Tudo isso depende de variações como herança genética e oportunidades do meio.
Aos 3 anos as crianças normalmente começam a perder a forma de bebê e assumem a aparência mais esguia infantil. 
Quanto às habilidades motoras finas, elas também avançam e nesta fase a maioria das crianças já podem se servir e usar o banheiro sozinhas. As crianças neste período, ainda dormem bem à noite e fazem uma soneca ao dia.
 Aos 5 anos, o sono é retardado. A primeira dentição se completa entre os 30 meses e começa a cair por volta dos 6 anos.
 
 DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
É nesta idade também que aparecerem as emoções simultâneas, que podemos dividir em cinco níveis:
1) Dois sentimentos quaisquer não podem existir, por exemplo: estar feliz e satisfeita.
2) Duas emoções, só podem existir se ambas forem positivas ou negativas e dirigidas ao mesmo alvo 
3) Duas emoções direcionadas a alvos diferentes 
4) Dois sentimentos opostos, com alvos diferentes 
5) Sentimentos opostos em relação ao mesmo alvo 
BRINCADERIA: O NEGÓCIO DA SEGUNDA INFÂNCIA
Ao brincar, as crianças crescem, aprendem a usar músculos; coordenam visão e dominam seus corpos; adquirem habilidades em línguas, papéis e emoções. Crianças que brincam sozinhas podem em resolver problemas. É preciso prestar atenção no que as crianças fazem ao brincar. A cultura influencia no modo de brincar.
Sobre os companheiros imaginários, ocorre com maior frequência com filhos únicos, ocorrendo mais com as meninas do que com os meninos. Os companheiros das meninas geralmente são humanos e os dos meninos, animais. Representam uma boa companhia, ajudando a criança a se relacionar com o mundo real
 
 TERCEIRA INFÂNCIA (POR VOLTA DOS SEIS AOS DOZE ANOS)
DESENVOLVIMENTO FÍSICO
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O corpo cresce durante os anos escolares e as habilidades motoras melhoram notavelmente. Esse desenvolvimento acontece de forma menos rápida que nos períodos anteriores. É uma fase em que a criança se torna mais autônoma.
A taxa de mortalidade neste período é a mais baixa de todo ciclo vital. Por outro lado, a obesidade é cada vez mais comum. Neste período os acidentes são preocupantes e acabam sendo a principal causa de morte.
 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
Aos sete anos a criança libera seu egocentrismo e começa a construção lógica. Isto significa o surgimento de umanova capacidade intelectual da criança. A interação com amigos estimula o desenvolvimento das habilidades de escrita. Nessa fase a criança compreende o jogo no sentido coletivo.  Neste período surgem novos sentimentos morais. A fala egocêntrica começa a diminuir gradativamente.
 DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL
Neste período, as crianças costumam passar menos tempo com os pais, porém esta permanece a relação mais importante. A cultura influência nos relacionamentos, nos papéis e na importância da família. A criança descobre que a aceitação ou rejeição social depende de suas realizações. As relações com companheiros e amizades nesta fase, são mais profundas e estáveis, refletindo o desenvolvimento emocional e cognitivo.
 ADOLESCÊNCIA (DOS DOZE AOS VINTE ANOS)
 Desenvolvimento Físico
A adolescência diz respeito às transformações psicossociais que acompanham o processo biológico. No entanto, o início da adolescência pode coincidir ou não com a puberdade. Há casos em que a puberdade antecede a adolescência, quando, por exemplo, um indivíduo tem o corpo completamente desenvolvido, mas ainda pensa e age como criança; ou o contrário, há casos em que a adolescência antecede a puberdade, quando, por exemplo, uma garota sofre intensamente porque já pensa como uma adolescente e se comporta como adolescente, mas seu corpo é de menina. 
As alterações físicas da puberdade são inter-relacionadas com os outros aspectos psicossociais do desenvolvimento e tendem a fazer com que os adolescentes destinem uma grande atenção à sua aparência física. As transformações físicas e a importância da aceitação por parte dos outros fazem com que o adolescente se preocupe demasiadamente com a sua imagem corporal.
 
 Desenvolvimento Cognitivo
 
 
O desenvolvimento cognitivo do final da infância à fase adolescente se caracteriza pelas seguintes mudanças: de esquemas conceituais e operações mentais referentes a objetos e situações concretas para formação de esquemas conceituais abstratos, realizando com eles operações mentais.
Neste período, o pensamento é formal / hipotético- dedutivo, isto é, o indivíduo é capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não somente através de uma observação real.
Para Piaget, o adolescente é um indivíduo que constrói sistemas e teorias, liga soluções de problemas por meio de teorias gerais, das quais se destaca o princípio. Têm facilidade de elaborar teorias abstratas que transformam o mundo, em um ponto ou noutro.
 
Desenvolvimento psicossocial
 
Na busca da construção de sua identidade o adolescente faz uma série de experimentações tentando identificar, quem ele é.
Quando não se tem a definição de algo, parte-se do contraste definindo-se primeiramente o que não é.
A adolescência é um período de moratória no qual a pessoa necessita de tempo e energia para representar papéis diferentes e viver com auto-imagens também diferentes.
Quando se pensa nas interações sociais que ocorrem nessa fase, é preciso salientar que, na maioria dos casos, há uma tendência para a dissolução dos grupos de meninas e dos meninos. Portanto, formam-se os grupos mistos e, posteriormente, no decorrer desta fase, há a formação de casais. Como já mencionado, os grupos de amigos são muito importantes e exercem uma forte influência recíproca.
A adolescência como construção social e as características do processo psicossocial na adolescência.
 
.
Osório (1992) contribui para a ampliação da compreensão da adolescência, evidenciando algumas de suas características. Segundo o autor, são elas:
Redefinição da imagem corporal - perda do corpo infantil e da conseqüente aquisição do corpo adulto.
Culminação do processo de separação/individuação dos pais da infância.
Elaboração de lutos referentes à perda da condição infantil.
Estabelecimento de uma escala de valores ou código de ética próprio.
Busca de pautas de identificação no grupo de iguais.
Estabelecimento de um padrão de luta/fuga no relacionamento com a geração precedente.
Aceitação dos ritos de iniciação como condição de ingresso ao status adulto.
Assunção de funções ou papéis sexuais auto-outorgados, ou seja, consoante inclinações pessoais independentemente das expectativas familiares e eventualmente (homossexuais) até mesmo das imposições biológicas do gênero a que pertence.
 ADULTO- JOVEM ( POR VOLTA DOS VINTE AOS QUARENTA ANOS)
 
 Mudanças Físicas
A vida adulta é o período entre 20 e 65 anos, nela pode-se observar aspectos físico que vão da plenitude física ao começo do declínio.
Muitas das diferenças encontradas podem ser atribuídas, entre outros, ao estilo de vida.
Não se pode deixar de destacar também, outros fatores relevantes como: o avanço da medicina, a ausência de guerras, melhores condições sanitárias e políticas de natalidade.
Por volta dos 25 anos, há uma diminuição das mudanças fisiológicas, pois as funções do corpo já estão todas desenvolvidas. Na realidade, pode-se afirmar que as funções corporais se encontram plenas, a força muscular está no seu ponto máximo, bem como a agudeza sensorial.
O adulto jovem faz parte do grupo mais saudável da população. Por outro lado, a maior causa de morte neste período, são em decorrência principalmente de acidentes ou atos de violência como homicídios ou suicídios.
 
 
Mudanças Cognitivas
 
Como já foi afirmado anteriormente, este período se caracteriza pelo auge das estruturas intelectuais. Além disso, geralmente se dá o início do trabalho e estudos superiores. Neste momento, muitas pessoas começam a modelar seu um projeto de vida, sua vocação, colocando suas decisões à prova ou alterando seu plano de vida.
Um adulto pode lidar com a incerteza, inconsistência, contradição, imperfeição e tolerância através de um pensamento maduro que se baseia na experiência subjetiva, na intuição e na lógica.
É preciso destacar que essas características se assentam num desenvolvimento neurológico marcado pela formação de novos neurônios, sinapses e conexões dendríticas.
Há também uma expansão das habilidades lingüísticas e os julgamentos morais podem se tornar muito mais complexos.
 
Mudanças Psicossociais
Além da estabilização da vida afetiva e do início da vida matrimonial, alguns outros fatos são comuns nesta fase da vida: o ingresso na vida social plena; auto-sustento social, psicológico e financeiro e, o trabalho.
Elementos básicos para o amadurecimento das pessoas, tais fatos muitos vezes acabam sendo postergados em função das atuais exigências e normas culturais. As conseqüências de tais restrições podem levar a dependência familiar; flutuações afetivas; falta de experiências vitais; tendência a idealizar.
Outros fatores que delimitam este período dizem respeito ao encontro ou conflito de gerações; a modelagem do projeto de vida. As escolhas são colocadas à prova ou modificadas.
A questão central nesta etapa é a conquista da intimidade X isolamento. Para o referido autor a intimidade diz respeito a capacidade de “entregar a afiliações e associações concretas e de desenvolver força ética necessária para cumprir esses compromissos, mesmo quando eles podem exigir sacrifícios significativos”.
Tal capacidade permite ao adulto jovem enfrentar a perda do ego, atrelada às situações que exigem auto-abandono, como nos casos de solidariedade entre amigos ou a união sexual; ou por outro lado, na sua ausência, pode levar ao isolamento.
 
 Casamento: conjugalidade e individualidade
 
Os resultados encontrados indicam algumas diferenças quanto à manifestação das dimensões de aliança e de sexualidade em casais de primeiro casamento e em casais recasados. As conclusões foram diferenças entre a escolha conjugal, relacionamento com a família de origem, relacionamento com os diferentes grupos de amigos, renda familiar e relacionamento sexual. 
Ampliando a discussão, percebe-se que no casamento, a autonomia e a satisfação de cada um, sobrepuja os laços de dependência entre o casal. Isto parece confirmar os ideais de individualismo e hedonismo presentes no mundo contemporâneo e acaba porlevar ao confronto direto com a realidade, projetos e desejos do casal.
 
 MEIA- IDADE (POR VOLTA DOS QUARENTA AOS SESSENTA E CINCO ANOS)
Mudanças Físicas
 
É uma fase que contempla alguns paradoxos. Geralmente, por um lado, poderá haver uma grande satisfação conjugal e profissional; mas, por outro lado, o declínio físico começa a ficar evidente.
Se, por um lado, muitos se sentem jovens e dispostos, o relógio biológico é implacável e o corpo começa a ficar mais lento. Quanto à aparência, os cabelos se tornam brancos e as rugas tendem a aumentar.
Muitas pessoas com 50 anos optam por tarefas mias sedentárias e contemplativas em função de um decréscimo da capacidade física. Por exemplo, subir 20 andares é uma tarefa diferente para um jovem de 20 anos e para um adulto de 50 anos. Provavelmente, a maioria das pessoas com 50 anos, conseguirá subir as escadas de forma mais lenta e se cansará mais. Por outro lado, no que diz respeito ao trabalho, não há diferenças significativas.
Para a maioria das pessoas de meia-idade a saúde tende a ser boa, e que, os casos de mortes ocorrem, com maior freqüência por derrame, câncer e doenças cardíacas.
Mudanças Cognitivas
É comum neste período, que as decisões e opiniões da maioria tenham um caráter mais pragmático, com vista a uma solução mais prática e rápida.
Os adultos na meia-idade são capazes de integrar a lógica com a intuição e a emoção, integram fatos e idéias, e integram novas informações com o que já sabem. Eles filtram pela sua experiência de vida e aprendizagem prévia. Assim, tendem a ser bons para solucionarem os problemas.
Isto significa que, neste momento da vida, o indivíduo pode fazer uso e tem o incremento da sua inteligência cristalizada que é a capacidade de se lembrar e usar informações adquiridas durante uma vida inteira.
Em síntese, as capacidades mentais na fase adulto médio, podem atingir um nível excelente. Principalmente, as habilidades relativas à área de especialização e à solução de problemas práticos se encontram muito desenvolvidas.
A criatividade pode declinar, mas sua qualidade é melhor. Isto implica muitas vezes num grande sucesso na carreira; mas por outro lado, pode ocorrer também um esgotamento ou mudança de carreira.
É importante destacar que no aspecto neurológico, é freqüente o início da deterioração das respostas motoras complexas.
 
Mudanças Psicossociais
 
Geralmente, na meia-idade, muitas pessoas estão no auge da competência, da produtividade e do controle. É um momento, em que muitos já desenvolveram um grande senso de autoconfiança e auto-estima e sentem-se capazes de lidar e enfrentar todas as circunstâncias e questões que aparecem.
As pessoas de meia-idade fracassam na capacidade generativa, elas são tomadas pela estagnação, tédio e empobrecimento interpessoal. Essas pessoas podem sentir que paradas e então, passam a buscar compulsivamente uma pseudo-intimidade, mas ainda assim, permanecem com o sentimento de vazio.
A sétima crise psicossocial, proposta por Erikson, vivenciada pelos indivíduos nessa faixa etária é generatividade versus estagnação.
A crise da meia-idade é caracterizada por um balanço de vida que é balizado em função da sua finitude. Esse é o primeiro momento do ciclo vital em que o indivíduo se depara com a morte enquanto uma possibilidade real. Alguns amigos da mesma geração morrem; os sinais de envelhecimento são encarados de uma forma realística; algumas metas traçadas no projeto de vida não foram alcançadas e o indivíduo percebe que está na metade da sua vida. É possível mudar, retomar metas, mas existe um tempo e um limite.
Nesse processo é comum o indivíduo adotar uma postura mais introspectiva a fim de se auto-avaliar. É freqüente o questionamento do sistema de valores que regeu sua existência, os objetivos de trabalho, sociais e econômicos, o uso que fez do seu tempo livre, dedicação à família e amizades, entre outros.
A partir desta análise, muitos indivíduos reconduzem suas vidas. Por exemplo, é o momento que algumas pessoas optam por uma segunda carreira, ou voltam a estudar; mudam hábitos de saúde e auto-cuidado, como praticar esportes ou optar por um estilo de vida mais saudável; há muitos casais que se separam; outros desenvolvem uma busca espiritual, entre outros.
Ainda nesta fase, algumas pessoas tornam-se avós, este é um evento importante na vida de uma pessoa, mas seu momento de ocorrência e significado variam. Um avô pode servir de professor, cuidador, modelo de papel e às vezes mediador entre as crianças e os pais. Essas diferentes atribuições podem representar um prazer ou um peso físico, emocional e financeiro
 
Sexualidade na Fase Adulto-Intermediária.
 
Marcado por vários sintomas biológicos e psicológicos, o climatério, precede a menopausa, dura em torno de 6 anos e a mulher já se ajusta a níveis menores de estrogênio.Os sintomas da menopausa e as atitudes em relação a mesma, dependem de caracterísiticas pessoais, fatores culturais e experiências passadas.A terapia de reposição parece trazer benefícios à saúde da mulher.
No que diz respeito ao homem, pode-se afirmar que o climatério, inicia-se 10 anos mais tarde que a menopausa, nas mulheres. 
Podemos considerar, com relação à diminuição da atividade sexual pode ser a monotonia do relacionamento, preocupação com negócios, fadiga entre outros. Mas, há alguns relacionamentos sexuais que melhoram nesse período, por exemplo, pelo fato de estarem desvinculados da capacidade reprodutiva e, portanto livres do risco de gravidez.
 
VELHICE E MORTE
Mudanças Físicas e Cognitivas
Algumas teorias ou modelos do envelhecimento destacam os aspectos biológicos. Sendo elas:
Teorias Genéticas: consideram o ciclo vital como determinado;
Teoria da Mutação somática: apontam a existência de um acúmulo gradual de células modificadas, que não funcionam como antes;
Teorias Biológicas: evidenciam o acúmulo progressivo de elementos tóxicos;
Teorias Imunológicas: indicam que os anticorpos perdem a capacidade de distinguir proteínas, atacando-as.
Mudanças Psicossociais
Erikson entende a velhice como a oitava crise. No último estágio psicossocial, o indivíduo se depara com uma opção entre a integridade do ego e o desespero ou desesperança e a partir dessa avaliará a própria vida.
É comum nesta etapa as pessoas examinarem, refletirem, fazerem um balanço sobre a própria vida. Se nessa análise, a pessoa se sentir satisfeito com a vida, estiver em paz consigo, ou seja, apresentar um sentimento de realização, achando que lidou de maneira adequada com os acertos e erros da vida, ele tem a integridade de ego e conquistou a virtude da sabedoria, aceitando o seu lugar e o seu passado. Porém, se pessoa se deparar com um sentimento de frustração, porque perdeu oportunidades e se arrepende de seus erros, percebe que não há mais tempo para corrigi-los, então se sentirá desesperançada.
Muitos idosos param de se preocupar com uma série de convenções sociais, por exemplo, as repercussões do que pensa e fala e muitos acreditam que isso é algo permitido nesta idade.
As relações sociais são importantes para os idosos, embora o contato social se decline na velhice. Em sua maioria, as relações sociais do idoso ficam defasadas, já que ocorrem muitas perdas e rupturas, como por exemplo, a perda de pessoas significativas como os cônjuges, parentes e amigos. 
O desapego também é muito comum, a diminuição do interesse por atividades e objetos. Envelhecer bem é desapegar das coisas ao seu redor. Ocorre uma libertação da busca de conquistas, como a dos bens materiais e do status.
De acordo com o modelo de continuidade, o melhor envelhecimento é aquele em que a pessoa envelhece como viveu. Porém a Teoria da Descontinuidade, entende as mudanças como novas formas de envelhecer bem.
A morte nas diferentes etapas do desenvolvimento humano: representações históricas, sociais e culturais.
Uma forma de lidar com a morte pode ser os mecanismos de defesa: negação, deslocamento, racionalização. Existem também pessoas que já estão mortasmesmo vivas, chamamos de morte em vida.
Para a criança, a morte é algo complexo, ao mesmo tempo em que ela percebe o não-movimento, a possibilidade de reversão está presente. A fantasia, também está no imaginário de outras pessoas, como por exemplo, os adolescentes que tentam o suicídio, acreditando poder morrer só um pouco.
Algumas pessoas já viveram situações muito próximas da morte e relataram questões como: sensação de paz, experiência extracorpórea, encontros com seres-iluminados.
Muitas pessoas buscam na religião uma forma de obter um conforto maior para lidar com a morte, vista como finitude.
 
A Morte, a separação, as perdas e o processo de luto.
 
O Luto é um processo que atribui uma série de reações diante de uma perda. O processo de luto constitui quatro fases. A primeira, a pessoa em luto vive uma sensação de entorpecimento diante da perda, isso pode ocasionar tensão, raiva ou pânico. Chamamos de fase de choque. A próxima fase, a pessoa de luto acredita que tudo é um pesadelo. A pessoa sente que o morto pode voltar, porque sente a necessidade de reencontrar a pessoa, é uma fase de desejo e busca da pessoa perdida. Na fase de desorganização e desespero, a pessoa de luto se depara com a perda como definitiva, surge o desespero de viver sem a pessoa perdida. Na última fase, a pessoa de luto aceita a perda e sente a necessidade de dar continuidade a sua vida. Há uma diminuição da depressão e da desesperança.
O tempo de luto varia e em alguns casos, podem durar anos, e em outros nunca terminar.
A criança passa pelas mesmas fases do luto que o adulto. Isto só é possível, se ela tiver esclarecimentos de que necessita e que devem ser fornecidos levando em conta o seu nível cognitivo e sua capacidade de compreensão.
A separação dos casais, é extremamente difícil e uma das maiores dificuldades é o divórcio emocional, é preciso matar o outro dentro de si e aceitar que se morreu dentro do outro. Envolve vários sentimentos extremos, como por exemplo, o amor e ódio.  Alguns mecanismos de defesa podem ser acionados em caso de separação, como por exemplo, agressividade, indiferença, fuga para adiante e estoicismo.

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