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ECONOMIA - 2º BI - SEMÍ

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UNICURITIBA – CENTRO UNIVERSITÁRIO 
 
Disciplina: Economia 
Prof. Semí Cavalcante de Oliveira 
 
LISTA 01 
Exercícios: 
1 – Caracterize o Capitalismo do Bem – Estar Social e estabeleça suas relações com as 
práticas econômicas implantadas no Brasil a partir da década de 1930. 
Resposta: 
 
O Capitalismo do Bem - Estar Social é um modo de organização característico de um 
Estado assistencial, o qual garante padrões mínimos de educação, saúde, habitação, 
renda e seguridade social aos cidadãos. Alguns países desenvolveram políticas 
assistenciais que eram consideradas pelos súditos como dadivas ofertadas pelo 
governante, essa situação pode se assemelhar com as políticas assistenciais criadas 
no âmbito do governo de Getúlio Vargas,que ficou conhecido por alguns como o "pai 
dos pobres". Apesar do Brasil nunca ter chegado a estruturar um Estado de Bem -
Estar Social semelhante aos dos países de primeiro mundo, o grau de intervenção 
estatal na economia nacional teve início na Era Vargas em 1930 e chegou ao auge 
durante o período da ditadura. 
 
2 – Evidencie as semelhanças e diferenças entre o Liberalismo Econômico e o 
Neoliberalismo. Demonstre também, como essas duas práticas econômicas respondiam as 
necessidades nos períodos em que foram implementadas. 
Resposta: 
 
O pensamento liberal econômico clássico tem origem com o escocês Adam Smith. O 
declínio do Estado Absolutista e a ascensão dos ideais iluministas foram períodos em 
que os princípios liberais foram propagados, podendo destacar: a defesa da 
propriedade privada, e a igualdade de direito, difundidas pelo pai do liberalismo político 
John Locke. Já no âmbito da Economia, Smith propôs o mecanismo da autorregulação 
do mercado denominada “mão invisível”, defendendo a livre concorrência e a lei da 
oferta e da demanda. Já a doutrina neoliberalista iniciou-se a partir da década de 80, 
remetendo a ideia de desenvolvimento econômico e justiça social. Apesar de haver 
várias semelhanças com a doutrina clássica e princípios similares, os “novos liberais” 
dão ênfase em práticas reformadas de controle estatal da economia, logo, o Estado 
deve ser forte para intervir nas questões econômicas a fim de garantir o bem-estar 
social. 
 
 
 
 
3 – Explicite as características do Mercantilismo e justifique porque François Quesnay 
afirmava que tal prática econômica “poderia colocar um fim na economia”. 
Resposta: 
O Mercantilismo foi a política econômica utilizada pelos países europeus durante a 
Idade Moderna 
(1453 a 1789). O mercantilismo possui algumas características principais: intervenção 
do Estado, metalismo e colonialismo. O principal ponto desta política era o 
fortalecimento do Estado por meio de forte intervenção estatal na economia. 
 Balança comercial favorável: buscar exportar mais do que importar. 
 Protecionismo: proteger o mercado interno. 
 Metalismo: acumulação de metais preciosos afim de ter muito riqueza nacional. 
 Intervenção estatal: garantia dos monopólios comerciais em benefício do 
Estado. 
 Pacto Colonial: exploração das colônias a fim de se garantir balança comercial 
favorável. Aqui as colônias só poderiam negociar com a metrópole 
colonizadora. Uma nação rica era uma nação forte e poderosa, porém, tal 
sistema costuma causar fortes guerras por ser cheio de conflitos e de 
desentendimentos, além de causar desigualdade e enfraquecimento da parte 
pobre da população. 
 
 
 
 
PENSAMENTO E PRÁTICAS ECONÔMICAS 
 
Neoliberalismo 
 
O Neoliberalismo é um dos temas mais polêmicos em se tratando de debates políticos e 
econômicos. O conceito “neoliberal” remonta a dois momentos diversos: 
 1) À virada do século XIX para o século XX e; 
 2) Ao período dos anos 1980 e 1990. 
As discussões e polêmicas circundam ambos os períodos. 
O liberalismo, ou liberalismo clássico, ou a Escola Clássica, foi um conjunto de doutrinas 
econômicas e reflexões políticas que vigorou entre os séculos XVIII e XIX, influenciando uma grande 
geração de intelectuais e políticos. Adam Smith e David Ricardo estão entre os principais nomes da 
tradição liberal clássica. O termo neoliberalismo, a princípio, deveria indicar precisamente uma 
simples renovação ou uma reafirmação das doutrinas liberais. Entretanto, não é bem assim. 
Os neoliberais (ou “novos liberais”) da virada do século XIX para o início do século XX possuíam 
certa interferência de ideologias mais à esquerda e pendiam a uma posição socialmente reformista 
e intervencionista, o que ia contra as bases do pensamento liberal clássico. Esses “novos liberais” 
ainda davam especial ênfase nas políticas de justiça social e em práticas reformadas de controle 
estatal da economia, expressando, segundo José Guilherme Merquior, um desejo de substituir a 
economia do laissez-faire(“deixe fazer”), isto é, da livre iniciativa. 
 
Essas ideias neoliberais, no início do século XX, foram endossadas por intelectuais 
como Hans Kelsen (no campo jurídico) e John M. Keynes (no campo da política econômica), mas 
duramente criticadas por outros herdeiros da tradição liberal clássica. Entre esses últimos, o 
principal foi o representante da Escola Austríaca de Economia, Ludwig Von Mises. Mises, junto a 
outros economistas vinculados à sua perspectiva, era radicalmente contra qualquer tipo de 
intervenção do Estado no seio da liberdade do mercado e do indivíduo. 
As ideias críticas de Mises deitaram raízes sobre uma nova geração de intelectuais que despontou 
após a Segunda Guerra Mundial. Em meio a essa geração estava o também austríaco Friedrich A. 
Hayek, cujas ideias disputaram espaço nas décadas seguintes (e principalmente nas décadas de 
1980 e 1990, em razão do colapso da União Soviética) com as ideias de John Keynes, no campo 
econômico, mas também com as de outros, em campos fora do estritamente econômico, 
como John Rawls, Norberto Bobbio e Robert Nozick. Esse cenário intelectual, que teve grande 
impacto sobre os governos dos Estados Unidos da América e do Reino Unido nas figuras de 
Ronald Reagan e Margareth Thatcher configurou o segundo momento em que se empregou o 
conceito de “neoliberalismo”. 
Esse momento (décadas de 1980 e 1990), como acentuou José Guilherme Merquior, em sua obra 
O Liberalismo – Antigo e Moderno, possuía uma mensagem diferente daqueles da passagem do 
século XIX para o XX. Diz Merquior: 
[...] os triunfantes “neoliberalismos” de cerca de 1980 tinham uma 
mensagem muito diferente. Os neoliberais “hayekianos” tendem 
a desconfiar da liberdade positiva como uma permissão para o 
“construtivismo”, julgam a justiça social um conceito desprovido 
de significado, defendem um retorno ao liberalismo, e 
recomendam um papel mínimo para o Estado. Quanto aos 
neocontratualistas que se alçaram à fama na década de 1970, 
alguns deles, como Rawls e Bobbio, estão espiritualmente 
próximos às inclinações do novo liberalismo, enquanto outros, 
como Nozick, aparentam-se antes como os neoliberais. 
 
Sob o termo “neocontratualistas”, Merquior queria referir-se aos intelectuais pertencentes ao campo 
neoliberal que defendiam ideias com teor progressista (contratualismo nos remete ao pensamento 
social de Rousseau, sobretudo à obra “Do contrato social”). Além desses e da posição defendia por 
Hayek, houve também a posição da Escola de Chicago, cujo representante principal foi Milton 
Friedman. 
Resta dizer, todavia, que, tanto por parte de quem segue a tradição liberal clássica ou endossa 
políticas econômicas de viés conservador como por parte de quem defende posições políticas de 
esquerda, como o intervencionismo do Estado na economia, política de assistencialismo social etc., 
sempre houve críticas ao conceito e às ações consideradas neoliberais. Um exemplo pode ser 
observado da história recente do Brasil. 
No contexto dos governos de Fernando Collor e Fernando HenriqueCardoso, o termo neoliberal foi 
associado à política das privatizações pelos críticos de posição de esquerda, que qualificavam tais 
medidas como “entreguismo”, ou seja, a “entrega” das riquezas da nação a potências estrangeiras, 
enquanto os mais alinhados ao pensamento liberal clássico não viam nessas medidas nada de 
propriamente liberal, mas apenas uma forma menos ostensiva de controle estatal sobre a economia. 
 
 
Estado de Bem-Estar Social: 
 
O Estado de Bem-Estar Social é um modo de organização no qual o Estado se encarrega da 
promoção social e da economia. 
Ao longo dos séculos, as escolas de pensamento econômico retiraram a participação do Estado da 
organização da economia, concedendo grande espaço e influência ao que se designou como 
Liberalismo. Este tipo de orientação ideológica que prevê maior liberdade para o mercado, sem a 
regulamentação do Estado, vigorou no século XIX, mas entrou em profunda crise no início do 
século XX. A Primeira Guerra Mundial, entre outras coisas, foi resultado da intensa de disputa por 
mercados trava pelos países europeus. Encerrando um período de grande desenvolvimento. Pior 
ainda para a economia seria a Crise de 1929, decorrente da superprodução que o mercado foi 
incapaz de absorver. Até então, estava em pauta a retirada do Estado da regulamentação 
econômica, mas a solução da crise foi justamente a retomada do Estado. Defensores do 
Liberalismo acreditavam que a intervenção do Estado na economia e o investimento em políticas 
sociais eram, na verdade, gastos maléficos para a economia. No entanto, essas duas medidas 
reativaram a economia. 
A partir da década de 1930, então, expandiu-se o modelo chamado de Estado de Bem-Estar Social, 
no qual o Estado é organizador da política e da economia, encarregando-se da promoção e defesa 
social. O Estado atua ao lado de sindicatos e empresas privadas, atendendo às características de 
cada país, com o intuito de garantir serviços públicos e proteção à população. Os países europeus 
foram os primeiros e principais incorporadores do modelo que agradou os defensores da social 
democracia. A principal referência no continente veio da região escandinava. Até hoje, Noruega, 
Suécia, Finlândia e Dinamarca são destaques na aplicação do Estado de Bem-Estar Social e são 
países que estão no topo do ranking de melhor Índice de Desenvolvimento Humano. 
O Estado de Bem-Estar Social ganhou ainda mais terreno com a inclusão do conceito de cidadania, 
propagado após a queda dos regimes totalitários na Europa. Associou-se a ideia de que os 
indivíduos são dotados de direitos sociais. O modelo de organização estatal concede aos indivíduos 
bens e serviços públicos durante toda a vida. Os direitos sociais conferem serviços de educação, 
saúde, seguridade e lazer. 
No Brasil, houve um esboço de implantação do Estado de Bem-Estar Social nas décadas de 1970 
e 1980. Todavia, o modelo não seria aplicado como investimento produtivo para sociedade, mas 
de forma assistencialista. Logo, o que se verificou foi a manutenção da acentuada desigualdade 
social, os elevados índices de pobreza e o insucesso no Índice de Desenvolvimento Humano. O 
governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, 1994-2002, assumiu o modelo Neoliberal 
como direcionador do Estado, fazendo a contraposição. Seu sucessor, Luís Inácio “Lula” da Silva, 
recuperou as ideias do Estado Providência, investindo em políticas sociais que resultaram na 
diminuição dos índices de pobreza. No entanto, os investimentos em políticas sociais ainda são 
pequenos e mal administrados no Brasil. 
 
Mercantilismo: 
Este termo que nos remete à política ou práticas econômicas dos reinos europeus absolutistas. O 
mercantilismo possui algumas características principais: intervenção do Estado, 
metalismo e colonialismo. Os principais nomes desta política são: Jean-Baptiste Colbert (1619 - 83), 
ministro das Finanças do rei Luís XIV (1638 - 1715), Thomas Mun (1571 - 1641), diretor da 
Companhia das Índias Orientais, e Antonio Serra (c. 1550 – c. 1600), economista e filósofo italiano. 
A intervenção econômica do estado no domínio sócio econômico visava fortalecer e regulamentar a 
estrutura financeira do reino, possibilitando assim a constituição de exércitos e marinhas. Embora, 
em última instância, isso beneficiasse principalmente o poder real, que poderia ampliar seus 
interesses ao sair vitorioso de conflitos, a burguesia também tinha grandes benefícios – o que fazia 
este grupo aceitar tais práticas. 
"O mercantilismo não era um sistema no atual sentido da palavra, mas antes um número de teorias 
econômicas aplicadas pelo Estado em um momento ou outro, num esforço para conseguir riqueza 
e poder." 
 
"A posse de ouro e prata, portanto, o total de barras que possuísse um país, era o índice de sua 
riqueza e poder." 
 
"Os países poderiam aumentar sua reserva de ouro dedicando-se ao comércio exterior — diziam 
os mercantilistas — tendo sempre a cautela de vender aos outros mais do que deles compravam. A 
diferença no valor de suas exportações, em relação às importações, teria de ser paga em metal". 
 
"(...) estimular a indústria por todos os meios possíveis (...). E o que era também importante, ter 
indústria produzindo as coisas de que o povo necessitava significava não ser necessário comprá-
las do estrangeiro. Era um passo na direção da balança de comércio favorável, bem como no 
sentido de tornar o país autossuficiente, independente de outros países. Os países começaram, 
portanto, a se ocupar do importante problema de qual a melhor forma de ajudar as velhas 
indústrias a prosperarem e estimular a organização de novas". 
 
"Os estrangeiros cujos conhecimentos seriam úteis à indústria deviam ser protegidos, também os 
inventores de novos processos eram amparados pelo governo." 
 
"Inglaterra e França não estavam satisfeitas de ver as mercadorias inglesas e francesas sendo 
transportadas pelos navios holandeses. Parte de seu plano de autossuficiência incluía a construção 
de frotas próprias. As Leis de Navegação Inglesas, tão famosas, tinham como um dos objetivos 
principais tomar aos holandeses o controle dos serviços de transportes marítimos". 
 
"Fazia parte do pensamento mercantilista a crença de que as colônias eram outra fonte de renda 
para a metrópole. Baixaram-se, portanto, leis proibindo aos colonos iniciar qualquer indústria que 
pudesse competir com a indústria da metrópole". 
 
"Foi pelo comércio que o Estado se tornou grande, e conseguiu sua cota na expansão dos 
negócios e territórios. O mercantilismo era o regime dos mercadores, (...) 'não há nada mais 
importante e necessário para o bem geral do Estado' do que a redução do comércio e indústria de 
um Estado rival. (...) O fruto da política mercantilista é a guerra. A luta pelos mercados, pelas 
colônias - tudo isso mergulhou as nações rivais numa guerra após outra. Algumas foram travadas 
abertamente como guerras”. 
 
 
LIBERALISMO ECONÔMICO: 
 
O Liberalismo Econômico ( Escola Econômica Clássica) pode ser definido como um conjunto de 
princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e 
econômica. Neste sentido, os liberais são contrários ao forte controle do Estado na economia e na 
vida das pessoas. 
 O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre política 
publicados pelo filósofo inglês John Locke. Já no século XVIII, o liberalismo econômico ganhou força 
com as ideias defendidas pelo filósofo e economista escocês Adam Smith. .Os princípios básicos do 
liberalismo Econômico são: 
 Defesa da propriedade privada; 
 Liberdade econômica (livre mercado); 
 Livre Concorrência – mão invisível. 
 Não participação do Estado nos assuntos econômicos da nação (governo limitado); 
 Igualdade perante a lei (estado de direito). 
 
A Fisiocracia, considerada a primeiraescola da economia científica, antes até mesmo da teoria 
clássica de Adam Smith, é uma teoria econômica que surgiu para se opor ao mercantilismo, se 
apresentando como fruto de uma reação iluminista. Em síntese, a fisiocracia se baseia na afirmação 
de que toda a riqueza era proveniente da terra, da agricultura. 
O idealizador da teoria foi François Quesnay, médico da corte do rei francês Luís XV. Em seu livro 
“Tableau Economique”, escrito em 1758, Quesnay afirmava que era inútil tentar alterar a ordem 
natural da sociedade através de leis e regulamentos governamentais, confirmando assim, uma 
característica de sua teoria: o estado do laissez-faire, ou seja, a não intervenção do Estado no 
sistema econômico. 
 Para os fisiocratas, a agricultura era o verdadeiro e único modo de gerar riquezas pelo fato de que 
a mesma proporciona grandes lucros e exige poucos investimentos, por isso deveria ser valorizada, 
contrariando assim, o pensamento mercantilista da acumulação de metais. Segundo a teoria, como 
a agricultura era a única fonte de riquezas, deveria haver um único imposto, pago pelos proprietários 
de terra, livrando o restante da sociedade de grandes quantidades de tributos. 
 Em 1774, o ministro das finanças Anne Robert Jacques Turgot tentou introduzir a teoria dos 
fisiocratas na economia da França, no entanto, devido aos protestos dos proprietários de terras, a 
tentativa foi um fracasso. Embora a teoria da fisiocracia tenha uma série de limitações, foi de grande 
importância para a economia científica, visto que foi tomada como ponto de partida para a criação 
da teoria clássica de Adam Smith. 
 A economia, no sentido moderno da palavra, começa a se impor a partir do mercantilismo e, a partir 
de Adam Smith. Quando esse desenvolve um importante corpo analítico, geralmente dividido em 
dois grandes ramos: a microeconomia, que estuda os comportamentos individuais, e a 
macroeconomia que estuda o resultado agregado dos vários comportamentos individuais. 
Apesar das discussões sobre produção e distribuição terem uma longa história, a ciência econômica 
no seu sentido moderno como uma disciplina separada é convencionalmente datada a partir da 
publicação de A Riqueza das Nações de Adam Smith em 1776. Nesse trabalho, ele descreve a 
disciplina nesses exatos termos. 
“Economia política, considerada um ramo da ciência do 
estadista ou do legislador, propõe dois objetos distintos: 
primeiro, suprir renda ou produtos em abundância para o 
povo, ou, mais apropriadamente, possibilitar que provenham 
tal renda ou provento por si sós; e segundo, suprir o Estado 
ou Commonwealth com uma renda suficiente para os 
serviços públicos. Ela se propõe a enriquecer tanto o povo 
quanto o soberano”. Adam Smith, A Riqueza das 
Nações (1776) 
Smith se referia à disciplina como 'economia política', mas esse termo foi gradualmente 
substituído por ciência econômica (economics) depois de 1870. 
 
Para Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o próprio mercado dispunha 
de mecanismos próprios de regulação da mesma: a chamada “mão invisível”, que seria responsável 
por trazer benefícios para toda a sociedade, além de promover a evolução generalizada. Os 
liberalistas defendem a livre concorrência e a lei da oferta e da procura. Estes teóricos foram os 
primeiros a tratar a economia como ciência. 
A Economia Política dos séculos XVIII e XIX criticava a regulamentação governamental dos 
mercados e procurava demonstrar que os agentes só poderiam realizar seus propósitos se fossem 
deixados em plena liberdade. O liberalismo clássico respondia ao desafio colocado pela 
Primeira Revolução Industrial.

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