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2018-03-13_17-08-41_Apostila

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO 
TRIÂNGULO MINEIRO 
Campus Ituiutaba 
Rua Belarmino Vilela Junqueira, s.nº - B. Novo Tempo 2 - Tel. 3271-4000 
Ituiutaba-MG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS DE QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 
 
 
 
CURSO: TECNOLOGIA EM PROCESSOS QUÍMICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Henrique de Araujo Sobreira 
Prof.ª Dayane Fonseca Soares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 2 
 
 
CONTATO: dayane@iftm.edu.br 
 
AVALIAÇÃO: 
A distribuição de notas para o semestre: 
* 2 Provas escritas – 25,0 pontos cada 
* Prova prática – 20,0 pontos 
* Relatórios – 50 pontos. 
A nota final dos relatórios será calculada pela média aritmética simples. 
Conteúdo 
EXPERIMENTO 01: INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS DE LABORATÓRIO. NORMAS DE SEGURANÇA ............ 7 
EXPERIMENTO 02: MEDIÇÕES DE VOLUME E TÉCNICAS DE TRANSFERÊNCIA DE REAGENTES .......... 18 
EXPERIMENTO 03: TÉCNICAS DE PESAGEM E DE FILTRAÇÃO....................................................................... 23 
EXPERIMENTO 04: CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS .............................................................................................. 29 
EXPERIMENTO 05: TRANSFORMAÇÕES DA MATÉRIA ...................................................................................... 32 
EXPERIMENTO 06: TESTE DE CHAMA ................................................................................................................... 38 
EXPERIMENTO Nº 07: TESTE DE CONDUTIVIDADE DOS MATERIAIS ............................................................ 41 
EXPERIMENTO Nº 08: DESTILAÇÃO SIMPLES ..................................................................................................... 43 
EXPERIMENTO Nº 09: POLARIDADE MOLECULAR E SOLUBILIDADE DE SUBSTÂNCIAS ......................... 44 
EXPERIMENTO 10: PREPARO DE SOLUÇÕES ....................................................................................................... 46 
EXPERIMENTO 11: TITULAÇÃO DE UM ÁCIDO FORTE COM UMA BASE FORTE ........................................ 52 
EXPERIMENTO 12: DETERMINAÇÃO DO pH DE SOLUÇÕES DE SAIS ............................................................. 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 3 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO 
 
01. INTRODUÇÃO 
 
 Um dos objetivos de ensino de uma disciplina experimental introdutória é ensinar a redigir 
relatórios. A elaboração de relatórios é um procedimento bastante corriqueiro durante o exercício de 
qualquer profissão técno-científica e, em certos casos, esta habilidade chega a ser usada como uma 
medida de capacidade profissional. Ser um bom profissional envolve também saber transmitir a 
outros os resultados de um trabalho. 
 A seguir, são dadas algumas orientações sobre a redação de relatórios científicos, que devem 
ser seguidas na elaboração dos relatórios referentes às diferentes experiências realizadas. 
 
02. ESTILO IMPESSOAL E NECESSIDADE DE CLAREZA 
 
 É praxe redigir relatórios de uma forma impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo 
passado, pois se relata algo que já foi feito. Assim, por exemplo, para relatar a determinação da 
massa de algumas amostras sólidas, pode-se escrever: 
• “A massa das amostras sólidas maciças foi determinada utilizando-se uma balança...”; 
• “Determinou-se a massa das amostras sólidas maciças utilizando-se uma balança...”. 
 
 Outro aspecto importante é ter sempre em mente que as pessoas que eventualmente lerão o 
relatório poderão não ter tido nenhuma informação prévia sobre aquilo que está sendo relatado. Isto 
significa que o relato do que foi feito deve ser detalhado, cuidadoso e meticuloso, de modo que 
qualquer pessoa que leia o relatório consiga efetivamente entender o que foi feito e como foi feito. 
 
03. AS PARTES DE UM RELATÓRIO 
 Em geral, um relatório é composto de seis partes: título, introdução, procedimento 
experimental, resultados e discussões, conclusões e referências bibliográficas. 
 
3.1. Título 
 Através de um título, que pode ser o mesmo já contido no material referente à experiência, 
deve-se explicar o problema a ser resolvido através da experiência realizada. 
 
3.2 Introdução 
 Nesta seção, deverá se explicitado, de forma clara e breve, qual foi o objetivo da experiência 
(o problema a ser resolvido através da experiência), qual o método (ou métodos) utilizado(s) para 
resolvê-lo e quais os princípios fundamentais em que esse(s) método(s) se baseia(m). 
 
3.3. Procedimento Experimental 
 Esta seção dever conter relatos exatos e claros de como foi feita a experiência, de modo que, 
baseada nestes relatos, qualquer pessoa possa repeti-la. Deve-se descrever, passo a passo, como a 
experiência foi realizada. Note que não basta copiar o procedimento experimental contido no 
material referente à experiência, pois, na melhor das hipóteses, toda a forma da redação terá de ser 
mudada. Lembre-se que a forma deverá ser impessoal, usando voz passiva no tempo passado. Além 
disso, há necessidade de se especificar claramente cada equipamento utilizado. Por exemplo: 
 “O volume de cada amostra foi determinada utilizando-se uma proveta de 10,00 mL. 
Inicialmente, com o auxílio de um frasco lavador, colocou-se água na proveta até aproximadamente 
(...). Cada amostra foi pesada, utilizando-se uma balança de plataforma.” 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 4 
 
OBS.: NÃO INCLUA NO PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL OS DADOS COLETADOS 
NO LABORATÓRIO. 
 
3.4. Resultados e Discussões 
 Nesta seção do relatório, devem ser colocados os dados coletados durante a experiência, os 
cálculos realizados e as equações utilizadas. 
 Os resultados finais obtidos devem ser discutidos, comentando-se possíveis explicações e 
fontes de erro experimental. 
 Quando possível, devem ser feitas comparações entre os resultados e os reportados na 
literatura, e as discrepâncias encontradas devem ser comentadas. 
 Quando for o caso, as limitações e/ou vantagens do método utilizado devem se discutidas, 
incluindo-se, se possível, sugestões ao mesmo e comparações com outros métodos. 
 Uma maneira rápida e eficiente de se registrar dados em um relatório é sob a forma de 
tabelas. Em geral, uma tabela é composta de: um título, um cabeçalho, uma coluna indicadora, se 
necessário, e um corpo (veja os exemplos a seguir: Tabelas 1 e 2). 
 
Tabela 1: Algumas características dos estados da matéria 
Estados da Matéria Compressibilidade Fluidez ou Rigidez Densidade Relativa 
Gasoso Alta Fluído Baixa 
Líquido Muita Baixa Fluído Alta 
Sólido Muito Baixa Rígido Alta 
 
Tabela 2: Valores da densidade de algumas substâncias simples mais comuns (a 20°C, a menos que 
outro valor seja indicado). * 
Substância ρ (g.cm-3) Substância ρ (g.cm-3) 
Alumínio 2,699 Gálio (29,6°C) 5,878 
Bário 3,5 Manganês 7,20 a 7,43 
Carbono (diamante) 3,14 a 3,52 Níquel (25°C) 8,876 
Carbono (grafita) 1,9 a 2,3 Paládio 12,00 
Estrôncio 2,54 Tungstênio 19,3 
Ferro 7,860 Zircônio 6,494 
*FONTE: WEAST, Robert Cm. (Ed.) Handbook of Chemistry and Physics. 57ª ed. 
 Cleveland (OH), CRC Press, 1976. P. B-5 a B-60 e F-5. 
 
 Uma maneira de se detectar visualmente como varia uma quantidade (y) à medida que uma 
segunda quantidade (x) também varia é através de um gráfico salvo raras exceções, para montar um 
gráfico, utiliza-se papel milimetrado. Um gráfico, normalmente, tem dois eixos onde são 
representados os valores de cada quantidade. No eixo horizontal (representado na base do papel – 
vide figura 1), denominado abscissa,é praxe representar a variável independente, isto é, aquela cujo 
valor é controlado pelo experimentador, no eixo vertical (representado à esquerda do papel – vide 
figura 1), denominado ordenada, é praxe representar a variável dependente, isto é, aquela cujo valor 
é medido experimentalmente (se valor depende daquele fixado para a variável independente). 
Quando as duas quantidades são medidas experimentalmente, pode-se representar qualquer uma 
delas em qualquer dos eixos. 
 Para que um gráfico possa ser o mais útil possível, é importante que os pontos sejam 
observados a montá-lo: 
 
a) Devem-se utilizar na ordenada e na abscissa, escalas suficientemente expandidas de modo a 
ocupar a maior porção possível do papel milimetrado. A origem da escala de cada eixo não precisa 
necessariamente aparecer no gráfico; a escala deve ser iniciada tomando-se um valor ligeiramente 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 5 
 
abaixo do valor mínimo, medido e terminado num valor um pouco acima do valor máximo medido. 
Por exemplo, suponha que se tenha feito medidas de temperatura cujos valores deveriam começar 
em 70,0 °C ou 75,0 °C e terminar em 130,0 °C ou 135,0 °C. 
 
b) Deve-se indicar, junto aos eixos, os símbolos das grandezas correspondentes divididos por suas 
respectivas unidades; isto porque os valores representados nos eixos devem ser número puros, 
isto é, adimensionais. Toda grandeza é igual ao produto entre um valor numérico e uma unidade. 
 
Grandeza = valor numérico x unidade 
 
Portanto, o valor numérico representando o eixo deve ser igual ao quociente grandeza/unidade. 
 
c) Deve-se indicar o que será representado no gráfico através de um título ou de uma legenda. 
 
d) Devem-se marcar os valores da escala em cada eixo de forma clara; não se devem colocar setas 
para indicar o sentido de crescimento das quantidades em cada eixo. 
 
e) Deve-se indicar cada ponto de cada curva lançada no gráfico por meio de pequenos círculos, 
quadrados, triângulos, etc., usando, para cada curva, um único tipo de representação para os 
pontos. Cada curva deve ser traçada com distintas convenções (linhas contínuas, tracejadas, 
pontilhadas, etc.). 
 
 f) Ao se traçar uma curva, deve-se traçá-la de modo a representar a tendência média dos 
pontos (procedimento conhecido como interpolação); não se deve, a menos que assim solicitado, unir 
os pontos através de segmentos de retas (isto resulta num histograma). A figura 1 mostra um gráfico 
obedecendo a estas convenções. 
 
 
 
Figura 1 – Gráfico que estabelece as convenções 
 
 
3.5. Conclusões 
 Esta seção do relatório deve conter uma correlação entre objetivos propostos e as discussões 
dos resultados, com base nas considerações teóricas. 
 
3.6. Referências Bibliográficas 
 Finalmente, sempre se deve mencionar, no relatório, as fontes bibliográficas consultadas. 
Para tal, recomenda-se a utilização das normas para citações bibliográficas recomendadas pela 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 6 
 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, que para o caso de livros e manuais são as 
seguintes: 
 
SOBRENOME DO AUTOR, iniciais do nome completo. Título do livro: subtítulo. Tradutor. Nº. de 
edição. Local de publicação, casa publicadora, ano de publicação. Páginas consultadas. 
 
Por exemplo: 
RUSSEL, J. B., Química Geral. Volume 1. trad. de Divo Leonardo Sanioto et ali. São Paulo. 
McGraw-Hill, 1981. 
 
04. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. SILVA, R. R.; BOCCHI-FILHO, R. C. introdução à Química Experimental. São Paulo, McGraw-
Hill, 1990. 
2. ROCHA-FILHO, R. C. Grandezas e unidades de medida. São Paulo, Ática, 1988. 
 
Texto retirado do material apostilado “Roteiros de Aulas Práticas” do prof. Dr° Daniel 
Pasquini/UFU. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 7 
 
EXPERIMENTO 01: INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS DE LABORATÓRIO. NORMAS DE 
SEGURANÇA 
 
1. OBJETIVO: Apresentar o laboratório; aprender algumas normas de segurança; aprender a 
apresentar os resultados e a fazer operações aritméticas os usando algarismos significativos; 
manusear alguns equipamentos básicos de laboratório. 
 
2. NORMAS DE SEGURANÇA 
A ocorrência de acidentes em laboratório, infelizmente, não é tão rara como possa parecer. 
Com a finalidade de diminuir a frequência e a gravidade desses eventos, torna-se absolutamente 
imprescindível que durante os trabalhos realizados em laboratório se observe uma série de normas de 
segurança. 
1. O laboratório é um local de trabalho sério. Trabalhe com atenção, método e calma. 
2. Prepara-se para realizar cada aula, lendo antes os conceitos referentes ao assunto a ser dado, o 
roteiro de prática e informe-se sobre cada reagente a ser utilizado (características, manuseio e 
decarte). 
3. Faça apenas experiências indicadas nos roteiros das práticas. Não faça misturas de reagentes por 
sua própria iniciativa. Consulte o professor sempre que tiver dúvida quanto ao uso de algum 
reagente. 
4. Use sempre avental (bata ou jaleco), de preferência de algodão, longo e de mangas longas. 
5. Não use saias, bermudas ou calçados abertos. Pessoas que tenham cabelos longos devem mantê-
los preso enquanto estiverem no laboratório. 
6. Se algum ácido ou qualquer outro produto químico for derramado, lave o local imediatamente com 
bastante água. Evite circular com eles pelo laboratório. 
7. Evite contato de qualquer substância com a pele (evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e 
ouvidos). Se alguma substância cair na sua pele, lavar imediatamente com bastante água. Seja 
particularmente cuidado quando manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases concentrados. 
8. Não se deve comer ou beber em um laboratório, pois há o risco de ingestão de substâncias tóxicas. 
Também não se deve fumar, pois existe a possibilidade de provocar incêndio. 
9. Nunca tente sentir o sabor de algum produto químico ou solução. 
10. Quando for testar um produto químico pelo odor (por exemplo: amônia) não coloque seu rosto 
diretamente sobre o recipiente que o contém. Em vez disso, com a sua mão, desloque um pouco dos 
vapores que se desprendem do recipiente em direção ao seu nariz. 
11. Não trabalhe com material imperfeito. 
12. Não deixe vidro quente em local que possam pegá-lo inadvertidamente. 
13. Os tubos de ensaio contendo líquidos devem ser aquecidos pela parte do meio e não pelo fundo. 
Utilize pinça de madeira para esta finalidade. Quando aquecer uma substância num tubo de ensaio 
não direcione a extremidade aberta do mesmo para si ou para uma pessoa próxima. 
14. Só deixe sobre a mesa o bico de gás aceso quando estiver sendo utilizado. Ao término dos 
trabalhos onde haja aquecimento feche com cuidado as torneiras de gás a fim de evitar escapamento. 
15. Tenha cuidado com os reagentes inflamáveis. Não os manipule em presença de fogo. 
16. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite de aquecimento prolongado ou que 
desenvolva grande quantidade de energia. 
17. Certifique-se da tensão de trabalho da aparelhagem antes de conectá-la à rede elétrica. 
18. Todas as experiências que envolvem a liberação de gases ou vapores tóxicos devem ser 
realizadas na câmara de exaustão (capela). 
19. Sempre que for diluir um ácido concentrado, adicione-o lentamente e sob agitação, sobre a água 
e nunca faça o contrário. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 8 
 
20. Leia com atenção o rótulo de frasco do reagente antes de usá-lo a fim de certificar-se que 
apanhou o frasco certo. Segure o frasco pelo lado que contém o rótulo, evitando assim que o reagente 
escorra sobre este. 
21.Quando qualquer frasco de reagente for aberto, deve-se colocar sua tampa, sobre a mesa, virada 
para cima ou segurá-la entre os dedos a fim de evitar contaminação. Após seu uso fechar novamente 
o frasco. 
22. Não retorne reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido usados. O aluno deverá 
aprender a estimar a quantidade que necessita, para evitar desperdícios, retirando dos frascos apenas 
o necessário. 
23. No caso de reagentes sólidos: uma espátula usada para retirar um reagente de um frasco só 
poderá ser usada, para manipulação de outro reagente, após estar perfeitamente lavada e seca. 
24. No caso de reagentes líquidos: não introduzir pipetas, conta-gotas, etc. nos frascos que os 
contêm. Verter o reagente líquido a ser medido no recipiente em que ele será usado ou então em um 
béquer limpo e seco, para ser transferido ou pipetado. 
25. Armazenagem: não estoque líquidos voláteis em locais que recebem luz. Pesquise sobre a 
estocagem de produtos químicos, assegurando que reagentes incompátiveis sejam estocados 
separadamente. 
26. Lixo laboratorial: não jogue nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos e sim nos cestos 
de lixo. Isto depende do material, pois alguns precisam ser tratados antes de desprezado. Os resíduos 
aquosos ácidos ou básicos devem ser neutralizados na pia antes do descarte, e só então descartados. 
Para o descarte de metais pesados, metais alcalinos e de outros resíduos, consulte antecipadamente a 
bibliografia adequada. 
27. Localize os extintores de incêndio e familiarize-se com o seu uso. 
28. Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência. 
29. Sempre que possível, trabalhe com óculos de proteção. 
30. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos os 
aparelhos, deixe todo o equipamento limpo e nos seus devidos lugares e lave as mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 9 
 
 
 
SÍMBOLOS IMPORTANTES E SEUS SIGNIFICADOS 
 
 
Símbolo: C 
Indicações de perigo: Corrosivo 
Precauções: Evitar contato com os olhos, pele e 
roupa mediante medidas protetoras especiais. Não 
inalar os vapores! Em caso de acidente ou mal estar, 
procurar imediatamente um médico. 
 
 
Símbolo: E 
Indicações de perigo: Explosivo 
Precauções: Evitar choques, fricção, faíscas, fogo e 
calor 
 
Símbolo: Xn 
Indicações de perigo: Nocivo 
Precauções: Evitar o contato com o corpo humano. 
Em caso de substâncias sob suspeitas de serem 
cancerígenas, mutagênicas ou tóxicas para a 
reprodução, ver indicações especiais. 
 
Símbolo: T 
Indicações de perigo: Toxico 
Precauções: Evitar qualquer contato com o corpo 
humano. Em caso de mal estar procurar 
imediatamente um médico. No caso de substâncias 
cancerígenas, mutagênicas ou tóxicas, ver 
indicações especiais. 
 
Símbolo: Xi 
Indicações de perigo: Irritante 
Precauções: Evitar o contato com os olhos e a pele. 
Não inalar os vapores. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 10 
 
 
Símbolo: N 
Indicações de perigo: Perigoso para o Meio 
Ambiente 
Precauções: Segundo o potencial de perigo, evitar que 
alcancem a canalização, o solo ou o meio ambiente. 
 
Símbolo: E 
Indicações de perigo: Explosivo 
Precauções: Evitar choques, fricção, faíscas, fogo e 
calor. 
 
Símbolo: F 
Indicações de perigo: Facilmente Inflamável 
Precauções: Manter longe de chamas, faíscas e 
fontes de calor. 
 
Símbolo: F+ 
Indicações de perigo: Extremamente Inflamável 
Precauções: Manter longe de chamas, faíscas e 
fontes de calor. 
 
Símbolo: O 
Indicações de perigo: Oxidante 
Precauções: Evitar todo contato com substâncias 
combustíveis. Perigo de inflamação: podem favorecer 
incêndios e dificultar sua extinção 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 11 
 
3. EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO 
 
 A execução de qualquer experimento na Química envolve geralmente a utilização de uma 
variedade de equipamentos de laboratório, com finalidades específicas. A seguir são apresentados 
alguns equipamentos básicos e as situações mais freqüentes em que eles são usados: 
 
3.2. MATERIAIS DE VIDRO: 
1. Tubo de ensaio: utilizado principalmente para efetuar reações químicas em pequena escala. 
2. Béquer: recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de soluções, aquecimento de 
líquidos, recristalizações. 
3. Erlenmeyer: frasco utilizado para aquecer líquidos ou para efetuar titulações. 
4. Kitasato: frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em filtrações sob vácuo. 
5. Balão volumétrico: recipiente calibrado, de precisão, destinado a conter um determinado volume 
de líquido, a uma dada temperatura; utilizado no preparo de soluções de concentrações definidas. 
6. Proveta: frasco com graduações, destinado a medidas aproximadas de volume de líquidos. 
7. Bureta: equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Permite o escoamento 
do líquido e é muito utilizada em titulações. 
Pipeta: equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Existem dois tipos de 
pipetas: pipeta graduada (8) e pipeta volumétrica (9). A primeira é utilizada para escoar volumes 
variáveis e a segunda para escoar volumes fixos de líquidos. 
 
 
Figura 1: Vidrarias 
 
10. Funil: utilizado na transferência de líquidos de um frasco para outro ou para efetuar filtrações 
simples. 
11. Vidro de relógio: usado geralmente para cobrir béqueres contendo soluções e finalidades 
diversas. 
12. Dessecador: utilizado no armazenamento de substâncias quando se necessita de uma atmosfera 
com baixo teor de umidade. Também pode ser utilizado para manter as substâncias sob pressão 
reduzida. Existem vários tipos. 
13. Pesa-filtro: recipiente destinado à pesagem de sólidos. 
14. Bastão de vidro: usado na agitação e transferência de líquidos. 
15. Funil de separação: equipamento para separar líquidos não miscíveis. Existem vários modelos. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 12 
 
 
Figura 2: Vidrarias 
Condensador: Equipamento destinado à condensação de vapores, em destilações ou aquecimento sob 
refluxo. Existem três tipos básicos, condensador reto ou liso (16), de bola (17) e espiral (18). O 
condensador de bolas é usado para refluxo, enquanto os outros modelos são mais utilizados em 
destilações. 
19. Termômetro: Usado para medidas de temperatura. 
 
 
Figura 4: Vidrarias 
 
3.3. Materiais de porcelana 
20. Funil de Büchner: utilizado em filtrações por sucção, devendo ser acoplado a um kitasato. 
21. Cápsula de porcelana: usada para efetuar evaporação de líquidos. 
22. Cadinho: usado para calcinação de substâncias. 
23. Almofariz (gral) e pistilo: destinados à pulverização de sólidos. Além de porcelana, podem ser 
feitos de ágata, vidro ou metal. 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 13 
 
 
 
Figura 5: Materiais de Porcelana 
 
3.4. Materiais metálicos 
Suporte (24), mufa (25) e garra (26): peças metálicas usadas para montar aparelhagens em geral. 
Grampos: peças de vários tipos, como Mohr (27) e Hoffmann (28), cuja finalidade é impedir ou 
reduzir o fluxo de líquidos ou gases através de tubos flexíveis. 
Pinça Casteloy (29): usada para segurar objetos aquecidos. 
 
 
Figura 6: Tipos de Pinça 
 
30. Tela de amianto: tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir uniforme-mente o 
calor, durante o aquecimento de recipientes de vidro à chama de um bico de gás. 
31. Triângulo de ferro com porcelana usado principalmente como suporte em aquecimento de 
cadinhos. 
32. Tripé: usadocomo suporte, principalmente de telas e triângulos. 
33. Bico de gás (Bunsen): fonte de calor destinado ao aquecimento de materiais não inflamáveis. 
Para acender um bico de gás, procede-se da seguinte maneira: 
a) fecha-se completamente a entrada de ar no bico; 
b) abre-se lentamente a válvula de alimentação de gás e se aproxima lateralmente a chama de um 
fósforo, obtendo-se assim uma chama amarelada grande e luminosa; 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 14 
 
c) abre-se lentamente a entrada de ar até que a chama fique completamente azul. 
34. Banho de água ou banho-maria: utilizado para aquecimento até cerca de 100C. Existem vários 
modelos. 
 
 
Figura 7: Materiais e equipamentos 
 
Figura 8: Modelo de um bico de Bunsen e Regiões da chama. 
 
35. Argola: usada como suporte para funil de vidro ou tela metálica. 
36. Espátula: usada para transferir substâncias sólidas. Existem vários modelos. 
37. Furador de rolhas: utilizado na perfuração de rolhas de cortiça ou borracha. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 15 
 
 
Figura 9: Materiais Laboratoriais 
 
3.5 Materiais diversos 
38. Suporte para tubos de ensaio. Existem vários modelos de diversos tamanhos e materiais. 
39. Pinça de madeira: utilizada para segurar tubos de ensaio. 
40. Pisseta: frasco geralmente contendo água destilada, álcool ou outros solventes, usado para efetuar 
a lavagem de recipientes ou materiais com jatos do líquido nele contido. 
41. Trompa de água: dispositivo para aspirar o ar e reduzir a pressão no interior de um frasco; muito 
utilizado em filtrações por sucção. 
42. Estufa: equipamento empregado na secagem de materiais, por aquecimento, em geral até 200C. 
 
 
Figura 10: Materiais Laboratoriais 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 16 
 
 
4. MEDIÇÕES DE VOLUMES DE LÍQUIDOS 
 
 Ao se colocar um determinado líquido em um recipiente para efetuar a medida de seu 
volume, a linha divisória entre o líquido e o ar denomina-se menisco, e é utilizada como referência 
para a leitura do volume. 
 Para a maioria dos líquidos, o menisco apresenta um mínimo na região central do aparelho de 
medida. Isto ocorre, devido à superioridade das forças adesivas (líquido-recipiente) em relação às 
forças coesivas (líquido-líquido). Se o líquido for transparente, deve-se utilizar o ponto de mínimo 
para efetuar a leitura. Se for opaco, utiliza-se a parte superior. 
 No caso em que as forças coesivas são maiores que as forças adesivas, o menisco apresenta 
um ponto de máximo, o qual deve ser utilizado como referência para a leitura. 
 Para efetuar a leitura do volume de um líquido procure sempre posicionar-se de modo que a 
sua linha de visão fique horizontal à superfície do líquido. Este procedimento evita erros de leitura 
decorrentes de um mau posicionamento de seu olho em relação à altura do menisco do líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (A) 
 (B) 
 
Figura 11 – (A) Modo correto de se ler o volume de um líquido: LINHA DE VISÃO HORIZONTAL 
À SUPERFÍCIE DO LÍQUIDO; (B) Visão expandida de parte da escala de uma proveta de 100 mL. 
 
5. LIMPEZA E SECAGEM DE MATERIAL DE VIDRO 
 
5.1 Limpeza 
 
 Recomenda-se limpar o material com solução de detergente, enxaguá-lo várias vezes com 
água de torneira e depois com jatos de água deionizada (utilizar o pissete). Verifica-se a limpeza, 
Leia sempre pela 
parte inferior do 
menisco 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 17 
 
deixando escoar a água, isto é, se a película líquida inicialmente formada nas paredes escorre 
uniformemente, sem deixar gotículas presas, a superfície está limpa. 
 Caso seja necessária uma limpeza mais rigorosa, existem soluções especiais para esse 
objetivo No caso da Química Geral, a lavagem com detergente é suficiente. 
 Os materiais volumétricos devem estar perfeitamente limpos, para que os resultados das 
medidas possam ser os mais confiáveis. 
 
5.2 Secagem 
 
Para secagem do material, pode-se utilizar: 
 - Secagem comum – por evaporação à temperatura ambiente. 
 - Secagem rápida – pode ser obtida, após enxaguar o material, com álcool ou acetona. 
 - Secagem em corrente de ar – ar aspirado por meio de uma bomba de vácuo ou trompa 
d’água. 
 - Estufa – aquecimento em estufa em temperatura um pouco superior a 100 ºC. 
 
 No caso da estufa, não se pode secar material volumétrico (buretas e pipetas), pois o mesmo 
nunca deve ser aquecido, o que comprometerá a calibração feita em sua confecção. Caso não se 
disponha de tempo para secar buretas ou pipetas, deve-se enxaguá-las repetidas vezes com pequenas 
porções do líquido que será usado para enchê-las (este processo recebe o nome de rinsagem). 
 
LEITURA DE RÓTULOS 
 
 Um hábito que deve ser adquirido em trabalhos de laboratório é a leitura do rótulo do 
reagente que se irá manusear. Este hábito evitará acidentes e o uso indevido dos mesmos, como por 
exemplo, a troca de reagentes em um experimento. 
 No caso dos reagentes vindos de fábrica, os rótulos contêm informações a respeito da fórmula 
da substância, sua pureza, densidade, massa molecular, além de símbolos que indicam se o reagente 
é inflamável, irritante, venenoso, etc. Estes reagentes são normalmente chamados de P.A. (pró – 
análise) quando possuem um alto grau de pureza. 
 No caso de soluções preparadas a partir de reagentes P.A., os frascos deverão conter o nome e 
a fórmula do reagente, assim como a concentração da solução (relação soluto /solvente). 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
SILVA, R.R.; BOCCHI, N.; ROCHA_FILHO, R. C., Introdução à Química Experimental. São 
Paulo, Mc Graw-Hill, 1990. 
PEQ – PROJETOS DE ENSINO DE QUÍMICA. Experiências de Química. São Paulo. Ed. Moderna, 
1979. 
RUSSEL, J. B., Química Geral. Tradução de Divo Leonardo Sanioto et ali. São Paulo, Mc Graw-
Hill, 1982. 
 
Modificação do material apostilado “Roteiros de Aulas Práticas” do prof. Dr° Daniel Pasquini/UFU. 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 18 
 
EXPERIMENTO 02: MEDIÇÕES DE VOLUME E TÉCNICAS DE TRANSFERÊNCIA DE 
REAGENTES 
 
1. OBJETIVO: Conhecer equipamentos e técnicas de medidas de volume e transferência de 
reagentes em laboratórios. 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
 Ao se colocar um determinado líquido em um recipiente para efetuar a medida de seu 
volume, a linha divisória entre o líquido e o ar denomina-se menisco e esta é utilizada como 
referência para a leitura do volume. 
 Para a maioria dos líquidos, o menisco apresenta um mínimo na região central do aparelho de 
medida. Isto ocorre, devido a superioridade das forças adesivas (líquido-recipiente) em relação as 
forças coesivas (líquido-líquido). 
 Se o líquido for transparente, deve-se utilizar o ponto mínimo para efetuar a leitura. Se for 
opaco, utiliza-se a parte superior. 
 Em alguns casos, as forças coesivas (líquido-líquido) são maiores que as forças adesivas 
(líquido-recipiente) daí o menisco apresenta um máximo, o qual deve ser utilizado como referência 
para a leitura. 
Para efetuar a leitura do volume de um líquido, procure sempre se posicionar de modo que a 
sua linha de visão fique alinhada em relação a superfície do líquido, como ilustrado na figura 1. Este 
procedimento evita erros de leitura decorrentes de mal posicionamento de seu olho em relação à 
altura do menisco do líquido. 
 
Figura 1: Modo correto de leitura do menisco. 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 19 
 
 
 
Na figura 2 é ilustrada uma parte da escala de uma proveta de 100mL, cuja menor divisão é 
1 mL, onde o menisco está localizado entre 90 e 91 mL.Figura 2: Visão expandida de parte da escala da proveta de 100mL. 
 
O volume poderia ser expresso, por exemplo, como 90,1mL ou 90,3mL, dependendo da 
escolha aleatória de cada um. 
Nota-se então que não se tem certeza sobre o real valor do último algarismo. Em 
consequência disto, o último algarismo é chamado de algarismo duvidoso e sua avaliação, através de 
subdivisões imaginárias varia de pessoa para pessoa e caracteriza um erro associado à medida. 
 
2.1 – Algarismos significativos 
 
 Chamamos de algarismos significativos todos os algarismos de uma medida conhecida com 
certeza mais o algarismo duvidoso, não importando a posição da vírgula. 
 No exemplo acima, se você acha que o volume indicado é mais bem descrito como 90,2 mL, 
o seu resultado possui 3 algarismos significativos. Os dígitos nove e zero são conhecidos como 
certeza e o dois é o duvidoso (aquele que foi estimado). Isto porque somente são significativos os 
algarismos indispensáveis para a incerteza na medida. 
 O algarismo duvidoso está sempre na casa decimal em que está o limite de erro do aparelho 
de medida utilizado. Como o limite de erro de uma proveta corresponde à metade de sua menor 
divisão, no caso do exemplo mencionado, este limite é de 0,5 mL; por isso que no valor 90,2 mL, o 
dígito 2 corresponde ao algarismo duvidoso. 
 Dessa forma, um volume de “20 mL” deve ser expresso como: 
 a) 20,00 mL, se a menor divisão da proveta for 0,1 mL (lembre-se que consideramos 
como limite de erro, a metade da menor divisão). 
 b) 20,0 mL, se a menor divisão da proveta utilizada for 1 mL. 
 Já no caso de uma massa igual a 6,374 g, medida numa balança cujo limite de erro é 0,001 g, 
os dígitos seis, três e sete são conhecidos com certeza e o quatro é o algarismo duvidoso. 
 
 
 
90 
80 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 20 
 
 
2.2 – Operações com algarismos significativos 
 
 Adição e Subtração 
 Quando duas ou mais quantidades são adicionadas ou subtraídas, a soma ou diferença deverá conter 
tantas casas decimais quantas existirem no componente com o menor número delas. Por exemplo: 
 
m1 = 6,3 g e m2 = 4,17 g 
 
6,3 + 4,17 = 10,47 
 
 O resultado a ser tomado deverá ser 10,5 g uma vez que o número, 3 tem a menor ordem decimal. 
Assim existem duas regras bem simples para o procedimento do arredondamento de algarismos 
significativos, a saber: 
- Quando o algarismo imediatamente seguinte ao último algarismo a ser conservado é inferior a 5, o 
algarismo a ser conservado permanecerá sem ser modificado. 
- Se o algarismo imediatamente seguinte ao último a ser conservado for igual ou superior a 5, o 
último algarismo a ser conservado aumenta de uma unidade. 
 
 Multiplicação e Divisão 
 Nestes casos, o resultado deverá conter tantos algarismos significativos quantos estiverem 
expressos no componente com o menor número de significativos. Exemplo: 
 
13,428 x (6,2/90,14356) = 13,428 x 0,069 = 0,93 
Ou 
13,428 x (6,2/90,14356) = 0,923566 = 0,92 
 
 Note que no segundo caso o arredondamento só foi feito após a realização de todas as 
operações, mostrando que o resultado final depende de como a operação foi feita e da realização ou 
não de arredondamento(s) a cada etapa do cálculo. Assim, para fins de padronização, os 
arredondamentos deverão ser feitos somente para o resultado final. 
 
2.3 – Precisão e exatidão 
 
 Em metrologia os termos “exatidão” e “precisão” são considerados como características do 
processo de medição. A exatidão está associada à proximidade do valor verdadeiro e a precisão está 
associada à dispersão dos valores resultantes de uma série de medidas. 
 
Precisão (repetibilidade): significa a aptidão de um instrumento de medição fornecer indicações 
muito próximas, quando se mede o mesmo mensurando, sob as mesmas condições. Define o quanto 
um instrumento é capaz de reproduzir um valor obtido numa medição, mesmo que ele não esteja 
correto. A precisão é definida pelo desvio padrão de uma série de medidas de uma mesma amostra 
ou um mesmo ponto. Quanto maior o desvio padrão, menor é a precisão. 
A precisão está relacionada com as incertezas aleatórias da medição e tem relação com a qualidade 
do instrumento. 
 
Exatidão é a aptidão de um instrumento para dar respostas próximas ao valor verdadeiro do 
mensurando. É a capacidade que o instrumento de medição tem de fornecer um resultado correto. 
Um equipamento exato é aquele que, após uma série de medições, nos fornece um valor médio que é 
próximo ao real, mesmo que o desvio padrão seja elevado, ou seja, apresente baixa precisão. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 21 
 
A exatidão está relacionada às incertezas sistemáticas da medição. A exatidão pode ser avaliada 
através da calibração do instrumento. 
 
 Então, um equipamento preciso e inexato é capaz de fornecer resultados reprodutivos, mas 
incorretos, e um equipamento exato e impreciso, é capaz de fornecer resultados corretos, mas com 
uma grande variação entre as medidas. Isto significa que, neste caso, seria necessário um grande 
número de medições para se ter um resultado médio confiável e, estatisticamente, válido. 
 
Os termos PRECISÃO e EXATIDÃO possuem significados diferentes 
 
Observemos o exemplo abaixo: 
 
 
 
a - Grande dispersão de resultados. Erros fortuitos elevados. Existência de erros sistemáticos: 
resultado não preciso e não exato. 
 
b - Baixa dispersão de resultados. Erros fortuitos pequenos. Existência de erros sistemáticos: 
resultado preciso, mas não exato. 
 
c - Grande dispersão de resultados. Erros fortuitos elevados. Não existência de erros sistemáticos: 
resultado não preciso, mas exato. 
 
d - Baixa dispersão de resultados. Erros fortuitos pequenos. Não existência de erros sistemáticos: 
resultado preciso e exato. 
 
 Por exemplo, se um objeto tem a sua massa 25,0 gramas e a sua determinação encontramos 
para três medidas efetuadas os valores 18,4 gramas; 18,3 gramas e 18,6 gramas; estaremos diante de 
uma determinação precisa (os valores concordam entre si), porém inexata (os valores obtidos estão 
distantes do valor real do objeto). 
 
3. PARTE EXPERIMENTAL 
 
3.1 – Materiais utilizados: 
 Pisseta com água destilada; 
 Béquer, erlenmeyer e proveta graduada – todos de 250mL. 
 Bureta de 50mL. 
 Pipeta volumétrica de 20mL. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 22 
 
 Pipeta graduada de 20mL. 
 5 tubos de ensaio. 
 Balão volumétrico de 100mL. 
 
3.2 – Procedimento: 
 
1. Medir 50mL de água em um béquer e transferir para o erlenmeyer. Compará-los. 
2. Transferir para a proveta graduada e comparar com o item 1. 
3. Medir 50mL de água na proveta e transferir para o béquer. Comparar. 
4. Transferir para o erlenmeyer. (Comparar colocando-os em ordem crescente de precisão) 
5. Pipetar 20mL de água usando a pipeta volumétrica. Transferir para a proveta e compará-los. 
6. Pipetar com uma pipeta graduada (transferindo para diferentes tubos de ensaio) 1mL; 2mL; 
2,7mL; 3,8mL e 4,5mL. 
7. Encher uma bureta com água e transferir o volume para o erlenmeyer. Comparar a precisão dos 
dois. 
8. Encher um balão volumétrico com água, transferir para uma proveta e compará-los. 
 
4. EXERCÍCIOS 
 
1. Diga quantos algarismos significativos há em cada um dos seguintes resultados de medidas: 
a) 4,96 b) 0,0030 c) 123,54 d) 1,00 e) 36 f) 4,0x102 g) 0,0003 
 
2. Num béquer pesando 45,3261 g foram colocados, sucessivamente, cada um dos seguintes 
materiais: 
 
a) 0,0031 g de sal 
b) 1,197 g de água 
c) 27,45 g de açúcar 
d) 38 de leite 
e) 88 g de xarope 
Diga qual o peso depois de cada adição. 
 
3. Faça as operações aritméticas indicadas, admitindo-seque cada número é o resultado de uma 
medida experimental: 
a) 1,46 + 4,12 = 
b) 12,641 – 1,4 = 
c) (26,92 – 1,07) x (4,33 + 5,6) = 
d) (1,000 + 436) / 2,0 = 
 
4. Quando deve ser usada uma pipeta volumétrica? E uma graduada? 
 
5. Entre bureta, proveta e o béquer, qual é a vidraria mais precisa? Justifique sua resposta. 
 
5. BIBLIOGRAFIA 
 O’CONNOR, R. – Fundamentos de Química, São Paulo, Harper & Row do Brasil, 1977. 
 SILVA, R. R; BOCCHI, N.;ROCHA-FILHO, R. C., Introdução à Química Experimental, São 
Paulo, McGraw-Hill, 1990. 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 23 
 
EXPERIMENTO 03: TÉCNICAS DE PESAGEM E DE FILTRAÇÃO 
 
1. OBJETIVO: Aprender técnicas de pesagem e filtração e suas aplicações 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
 A pesagem e filtração são operações importantes nos laboratórios de Química. No processo 
de pesagem, a massa de um corpo é determinada por comparação com massas conhecidas, 
utilizando-se balanças. Na filtração é a operação de um sólido de um líquido ou fluido no qual está 
suspenso, pela passagem do líquido ou fluido através de um meio poroso capaz de reter as partículas 
sólidas. 
 
2.1 – PESAGEM 
 
2.1.1 – Erros de pesagem 
 
 As principais causas de erro são: 
 
 Modificações nas condições em que se encontra o recipiente e/ou substância, entre pesadas 
sucessivas. 
 Empuxo diferente do ar sobre o corpo e os pesos. 
 Inexatidão nos pesos. 
 Efeitos da temperatura. 
 Absorção de umidade e/ou gás carbônico do ar – as substâncias absorvidas também serão 
pesadas, causando erro. Como solução deve-se secar a substância antes da pesagem, deixá-la 
esfriar num dessecador e pesá-la num pesa-filtro. 
 Película de água aderida à superfície dos corpos – correspondente ao teor do vapor de água 
contido na atmosfera ambiente. Quanto mais baixa for a temperatura do corpo em relação à 
temperatura ambiente, tanto maior a espessura dessa película. Assim, um corpo frio 
aparentará maior peso do que um corpo quente. A solução nesse caso consiste em só pesar o 
objeto após o mesmo ter adquirido a temperatura ambiente. 
 
2.1.2 – Cuidados gerais com as balanças 
 
 Balanças não são sensíveis apenas a vibrações, mas reagem também a oscilações rápidas de 
temperatura e a correntes de ar. Por estes motivos, na instalação das mesmas devem ser evitados 
locais com incidência de sol e correntes de ar, assim como mesas ou bancadas que sofram 
trepidações facilmente. No caso das balanças ditas “analíticas”, de grande sensibilidade e exatidão, é 
conveniente a construção de uma sala exclusiva para elas. 
 Em virtude do que foi dito, alguns cuidados devem ser tomados no manuseio de balanças, 
seja qual for o seu tipo: 
 
 A balança deve ser mantida sempre limpa. 
 Os reagentes não devem ser colocados diretamente sobre o prato da balança. Devem ser 
utilizados recipientes apropriados (vidro de relógio, béquer, etc.). 
 Terminada a pesagem, todos os recipientes devem ser retirados dos pratos e os botões e 
massas aferidas recolocados à posição inicial (zero). 
 Quando o objeto a ser pesado é colocado ou retirado do prato, a balança deve estar travada, 
para evitar desgastes nas peças da balança. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 24 
 
 Os objetos a serem pesados não devem ser seguros com a mão, mas com uma pinça ou tira de 
papel, evitando assim que haja aumento da massa do objeto pela gordura das mãos. Esta 
preocupação somente é necessária quando se utilizam balanças denominadas analíticas, muito 
sensíveis, que são capazes de determinar massas até o décimo de miligrama. 
 Os recipientes e reagentes a serem utilizados devem encontrar-se à temperatura ambiente. 
 O operador (ou outra pessoa) não deve apoiar-se na bancada da balança durante a pesagem, 
para evitar oscilações na balança. 
 
2.1.2 – Tipos de pesagem 
 
Direta: consiste na determinação da massa de um objeto compacto ( vidro de relógio, béquer, etc.). 
 
Por adição: consiste na determinação da massa de substâncias, adicionando-as a um recipiente 
(vazio) cuja massa foi previamente determinada. 
 
Por diferença: consiste na determinação da massa de substâncias que se alteram em contato com o 
ar (absorção de umidade, de gás carbônico, substâncias voláteis, etc.). A substância é colocada num 
recipiente adequado (pesa-filtro), provido de tampa, e o conjunto é pesado. A quantidade necessária 
da substância é retirada do recipiente e sua massa determinada pesando-se novamente o conjunto. 
 
2.2 – FILTRAÇÃO 
 
2.2.1 – Filtração Qualitativa e Quantitativa 
 
 Numa filtração qualitativa e dependendo do caso, o meio poroso poderá ser uma camada de 
algodão, tecido, polpa de fibras quaisquer, que não contaminem os materiais, mas o caso mais 
frequente é papel de filtro qualitativo. 
 Para as filtrações quantitativas, usa-se geralmente papel de filtro quantitativo, ou placas de 
vidro sinterizado, ou porcelana sinterizada. 
 
2.2.2 – Tipos de filtração 
 
2.2.2.1 – Filtrações comuns de laboratório: são efetuadas na aparelhagem indicada na figura 1, 
onde os elementos fundamentais são papel filtro quantitativo e funil comum. 
 
 
Figura 1: Aparelhagem para filtração comum 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 25 
 
2.2.2.2 – Filtração Analítica: é usada em análise quantitativa. O funil é o funil analítico, munido de 
um tubo de saída longo, que, cheio de líquido “sifona”, acelerando a operação de filtração. 
 Os papéis filtro para fins quantitativos diferem dos qualitativos, principalmente por serm 
quase livres de cinzas (na calcinação). Eles existem no mercado na forma de discos (Ø = 5,5; 7,0; 
9,0; 11,0; 12,5; 15,0 e 18,5) e com várias porosidades. Na figura 2 mostra a disposição do papel de 
filtro dentro de um filtro comum. Os papeis de filtro devem ser dobrados e adaptados ao funil 
analítico conforme mostra a figura 2. 
 
 
 
Figura 2: Sequência de dobras do papel de filtro 
 
 Na figura 2, percebe-se um corte, que é efetuado para que haja uma melhor aderência do 
papel de ao funil. A filtração (de precipitados) é feita conforme a figura 3. O precipitado que fica 
retido no béquer, é removido conforme a figura 4. 
. 
 Figura 3: Técnica de filtração Figura 4: Filtração de precipitado retido no béquer 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 26 
 
2.2.2.3 – Filtração com funil de Buchner: é efetuada com sucção com auxílio de uma trompa de 
vácuo e kitassato (Figura 5). No fundo do funil, sobre a placa plana perfurada é adaptado o disco do 
papel filtro molhado, aderido devido à sucção. A sucção acelera a filtração, especialmente para 
precipitados gelatinosos. Quando o precipitado é francamente gelatinoso, esta operação pode ser 
melhorada substituindo-se o papel por polpa de papel de filtro, que pode ser misturada ao 
precipitado. Um esquema da trompa de vácuo é mostrado na figura 5. 
 
 
 
 
Figura 5: Sistema de filtração da vácuo 
 
2.2.2.4 – Filtração em funis de Buchner com placas porosas de vidro ou porcelana: neste caso, o 
cadinho já possui o meio filtrante fundido ao corpo do funil (Figura 6). 
 
Figura 6: Funil de Buchner de placa porosa 
 
2.2.2.5 – Filtração à quente: quando a solubilidade permitir, a filtragem à quente é preferível, por 
reduzir a viscosidade do líquido. Nas filtrações à quente, evita-se o contato do papel de filtro com as 
paredes do funil que resfriam o conjunto filtrante. Por isso, após feito o cone do papel, suas paredes 
são dobradas em pregas e aquece-se previamente o conjunto com água quente. Há também filtros 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 27 
 
com camisa de vapor e neste caso o papel filtro é adaptado como nos casos comuns. A figura 7 
mostra como é feita a dobra de um papelfiltro para filtrações à quente. 
 
 
 
Figura 7: Dobras do papel de filtro pregueado 
 
3. PARTE EXPERIMENTAL 
 
3.1 – Materiais utilizados: 
 
3.1.1 – Pesagem 
 Vidro de relógio 
 Béquer de 50 mL 
 Carbonato de sódio 
 NaCℓ comercial 
 Areia 
 
3.1.2 – Filtração 
 Suporte universal 
 Funil comum 
 Béquer 
 Pisseta 
 Kitassato 
 Funil de Buchner (com rolha) 
 Funil de Buchner com placa porosa 
 Trompa de vácuo 
 Papel de filtro qualitativo 
 Papel quantitativo 
 Bico de bunsen 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 28 
 
 Tela de amianto 
 Precipitado de BaSO4 em suspensão contendo CuSO4 
 Solução NaOH 0,5 N 
 Solução FeCℓ3 (1%) 
 Solução NH4OH (1:1) 
 Solução de Aℓ2(SO4)3 (3%) 
 
3.2 – Procedimento: 
 
3.2.1. Pesagem 
 
1. Determinar a massa de um vidro de relógio, anotando seu valor. Pesar, por adição, em torno de 1,2 
g de carbonato de cálcio. Anotar o resultado encontrado, levando em conta a exatidão da balança. 
2. Determinar a massa de um béquer de 50 mL contendo sal de cozinha até aproximadamente a 
metade. Pesar, por diferença, em torno de 5,5 g de sal, anotando o valor encontrado, levando em 
conta a exatidão da balança. Não esqueça de levar um béquer para junto da balança para recolher o 
sal pesado. 
3. Coloque na balança um béquer de 50 mL, tarando-o. Pesar cerca de 8,6 g de areia, anotando o 
valor encontrado, levando em conta a exatidão da balança. 
 
3.2.2 – Filtração 
 
1. Proceder a uma filtração comum. Filtrar 50 mℓ de precipitado de BaSO4 em suspensão contendo 
CuSO4. 
2. Proceder a uma filtração analítica. Filtrar 50 mℓ de precipitado de BaSO4 em suspensão contendo 
CuSO4. 
3. Proceder a vácuo, usando o sistema da figura 5, usando o funil de Buchner. Filtrar 50 mℓ de 
precipitado de BaSO4 em suspensão contendo CuSO4. 
4. Proceder a vácuo, usando o sistema da figura 5, usando o funil de Buchner de porosa. Colocar um 
béquer, 10 mL de solução de Aℓ2(SO4)3. Adicionar 20 mL de solução de NH4OH. Forma-se um 
precipitado gelatinoso de hidróxido de alumínio. 
5. Filtrar a filtração a quente. Colocar num béquer, 10 mL de solução de FeCℓ3. Adicionar 20 mLde 
solução de NaOH. Forma-se o Fe(OH)3 que é um precipitado que deve ser filtrado a quente. 
6. Dobrar o papel de filtro em pregas e adaptá-lo num funil analítico. Aquecer a mistura, que contém 
o precipitado de Fe(OH)3, para diminuir a viscosidade. Aquecer o sistema (papel filtro+ funil) antes 
da filtração, com água destilada em ebulição. 
 
4. EXERCÍCIOS 
 
1. Se quisermos separar areia de um precipitado bastante solúvel, que técnicas ou sequências de operação 
podemos usar? 
 
5. BIBLIOGRAFIA 
 O’CONNOR, R. – Fundamentos de Química, São Paulo, Harper & Row do Brasil, 1977. 
 SILVA, R. R; BOCCHI, N.;ROCHA-FILHO, R. C., Introdução à Química Experimental, São 
Paulo, McGraw-Hill, 1990. 
 
 TRINDADE, D. F et al. Química - básica experimental. São Paulo: Cone, 1998. 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 29 
 
EXPERIMENTO 04: CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS 
 
1. OBJETIVO 
Calibrar vidrarias utilizando o trato estatístico necessário. 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
As propriedades dos materiais são agrupadas em químicas e físicas. As propriedades 
químicas descrevem uma transformação química, tal como a interação de uma substância com outra, 
ou a transformação de uma substância em outra. As propriedades físicas não envolvem qualquer 
mudança na composição ou identidade da substância, isto é, são propriedades que podem ser 
observadas e medidas sem modificação de sua composição. 
A densidade absoluta () de uma substância é definida como a relação entre a sua massa e o 
seu volume: 
V
m

 
 
A densidade absoluta é também uma propriedade específica, isto é, cada substância pura tem 
uma densidade própria, que a identifica e a diferencia das outras substâncias. 
A densidade relativa de um material é a relação entre a sua densidade absoluta e a densidade 
absoluta de uma substância estabelecida como padrão. 
 
o
d



 
 
No cálculo da densidade relativa de sólidos e líquidos, o padrão usualmente escolhido é a 
densidade absoluta da água, que é igual a 1,000 kg dm
-3
 (equivalente a 1,000 g cm
-3
) a 4°C, dado 
por: 
 
)4,( 2 COH
oo  
 
 
No caso de gases, a densidade relativa é tomada em relação ao ar ou ao hidrogênio. 
 
Tabela 1 - Grandezas, símbolos e unidades. 
Nome da grandeza Símbolo Nome da Unidade Símbolo 
Densidade  quilograma por metro cúbico kg m
-3
 
Densidade relativa d adimensional ---- 
Massa m quilograma kg 
Volume V metro cúbico m
3
 
Temperatura T kelvin K 
Pressão P pascal Pa 
 
A densidade é uma propriedade física importante e pode ser utilizada para distinguir um 
material puro de um impuro (ou de ligas desse metal), pois a densidade dos materiais que não são 
puros (misturas) é uma função da sua composição. Ela também pode ser utilizada na identificação e 
no controle de qualidade de um determinado produto industrial, bem como ser relacionada com a 
concentração de soluções. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 30 
 
A densidade dos líquidos pode ser determinada analogamente à densidade dos sólidos, 
medindo-se a sua massa e determinando-se o seu volume. Entretanto, no caso dos líquidos, uma 
alteração relativamente pequena na temperatura pode afetar consideravelmente o valor da densidade, 
enquanto que a alteração de pressão tem que ser relativamente alta para que o valor da densidade seja 
afetado. 
 
Tabela 2 - Densidade absoluta da água. 
T/ 
o
C d/(g cm
-3
) T/ 
o
C d/(g cm
-3
) 
10 0,999700 20 0,998203 
11 0,999605 21 0,997992 
12 0,999498 22 0,997770 
13 0,999377 23 0,997538 
14 0,999244 24 0,997296 
15 0,999099 25 0,997044 
16 0,998943 26 0,996783 
17 0,998774 27 0,996512 
18 0,998595 28 0,996232 
19 0,998405 29 0,995944 
 
Atenção: Utiliza-se geralmente água para a calibração dos instrumentos utilizados em densimetria, 
porém as medida de densidade são afetadas pela variação da temperatura. Para a água à temperatura 
ambiente, a densidade decresce cerca de 0,03% por °C de aumento de temperatura. 
 
Para maior precisão dos resultados desejados dentro de um laboratório, é necessário que se 
use aparelhos volumétricos apropriados a cada situação. Este deve ser escolhido de modo a 
minimizar ao máximo o erro de uma medição. Periodicamente se faz necessária a calibração de 
alguns instrumentos como, pipetas, buretas, balões volumétricos, provetas. Deve-se tomar um grande 
cuidado durante as pesagens, de modo que a manusear a balança corretamente. 
A Calibração é a operação em que se estabelece uma correspondência entre as leituras de um 
instrumento e valores de uma grandeza física que é medida direta ou indiretamente pelo instrumento. 
O procedimento de calibração é necessário para se garantir a qualidade dos procedimentos de 
laboratório, para efetuá-lo é necessário que as vidrarias estejam perfeitamente limpas e secas antes 
do procedimento de calibração. 
Garantida a limpeza e secagem da vidraria é só estabelecer uma relação da massa referente à 
quantidade máxima de líquido da vidraria, com a densidade do líquido utilizado. Para tanto, faz-se 
uso do líquido água a qual possui os seguintes valores de densidade: 
Para minimizar erros faz-se “n” medidas e com isso é possível fazer o cálculo da média, do 
desvio padrão e da incerteza tipo A e, assim, ganha-se credibilidade na calibração. 
 
 
3. PARTE EXPERIMENTAL 
 
3.1 – Materiais utilizados: 
• Pisseta com água destilada. 
• Termômetro. 
• 02 Béquer de 250mL. 
• Pipeta volumétrica de 20mL. 
• Balão volumétrico de100mL. 
• Balança analítica. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 31 
 
3.2 – Procedimento: 
Atenção! Toda vidraria que você recebeu já está devidamente limpa e seca, não a molhe! 
 
1. Pesar o béquer vazio e anotar sua massa. 
2. Completar o volume de uma pipeta (20mL) com água destilada, transferir para o béquer, pesar e 
após pesar medir a temperatura, anotar a massa do conjunto. Repetir o procedimento 4 vezes, 
anotando cada resultado. 
3. Pesar o balão volumétrico (100mL) vazio e anotar a massa do mesmo. 
4. Completar o volume do balão com água destilada, pesar e medir a temperatura. Anotar a massa do 
conjunto. Repetir o procedimento 4 vezes, anotando cada resultado. 
 
 
4. Resultados 
 
Vidraria 
Massa do 
recipiente 
vazio/g 
Massa do 
conjunto/g 
Massa de 
água 
Média da 
massa de 
água 
Volume 
real 
Desvio 
padrão 
Pipeta – medida 1 
 
 
Pipeta – medida 2 
Pipeta – medida 3 
Pipeta – medida 4 
Pipeta – medida 5 
Balão – medida 1 
 
 
Balão – medida 2 
Balão – medida 3 
Balão – medida 4 
Balão – medida 5 
 
 
Temperatura Ambiente (°C) _________ 
 
4. REFERÊNCIA 
 Documentos Necessários para Acreditação de Laboratórios de Calibração e de Ensinos segundo 
requisitos da NBR ISSO/IEC 17025-DOQ-CGRE-003. Link do arquivo: http://www. 
Inmetro.gov.br/SidoqQArquivos/CGCRE/DOQ/DOQ-CGRE-3_02.pdf. 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 32 
 
EXPERIMENTO 05: TRANSFORMAÇÕES DA MATÉRIA 
 
1. OBJETIVO: O problema a ser resolvido nesta experiência é o da verificação do tipo de 
transformação (química ou física) que ocorre quando diferentes substâncias são aquecidas e/ou 
misturadas. 
 
2. INTRODUÇÃO 
 
2.1 - Transformações da Matéria: 
 A matéria encontra-se em permanente transformação. Sob o fornecimento de energia 
(calorífica, luminosa, etc.) por agentes externos, as substâncias podem sofrer alterações diversas, 
modificando-se, não raramente, de forma discreta, perceptível apenas com o auxílio de sofisticados 
instrumentos. Entretanto, é possível em muitos casos, evidenciar tais alterações e até identificar suas 
origens. 
 Certas transformações conduzem a variações drásticas na composição química das espécies 
por meio de ruptura e/ou formação de ligações entre os átomos, geralmente acompanhadas de trocas 
energéticas com o ambiente. Este processo, quando fornece nova(s) espécie(s) diferente(s) da(s) 
inicial(ais), é denominado transformação química, que é descrito através de equações químicas e 
especificamente denominado reação química. Em outras palavras, as mudanças químicas originam 
substâncias (produtos), cujas propriedades intensivas são diferentes das características das 
substâncias originais (reagentes). 
 Transformações que também envolvem ruptura e/ou formação de ligações, mas que não 
alteram a composição química da(s) espécie(s) envolvida(s), são conhecidas como 
transformações físicas. As transformações físicas são principalmente observadas nas mudanças de 
estado das substâncias, representadas por exemplo, pela fusão, ebulição, sublimação, condensação e 
solidificação. Diferentes arranjos de uma mesma espécie química, que possuam as mesmas 
propriedades químicas, podem ser obtidos por transformações físicas. 
 
2.2 Reações Químicas: 
 As reações químicas são mudanças ou transformações que envolvem rearranjos dos átomos 
dos reagentes para formar os produtos, acompanhada da absorção ou liberação de energia. 
 Para que uma reação química ocorra entre duas substâncias, os íons ou moléculas que 
constituem os reagentes devem entrar em contato uns com os outros. Por esta razão, a velocidade 
com a qual uma reação ocorre depende de quão facilmente as espécies reagentes são capazes de se 
misturar. Por exemplo, ao se misturar cristais de NaCl e AgNO3, não se observa nenhuma 
transformação química. 
 Todavia, se NaCl e AgNO3, forem dissolvidos em água e misturados, observa-se a formação 
de um sólido branco, cuja fórmula é AgCl. Aqui, a formação de cloreto de prata requer que íons 
prata e cloreto se encontrem. Ao se misturar os dois sólidos, isto não ocorre, exceto na superfície 
onde os cristais se tocam. Em virtude da natureza homogênea das soluções, as substâncias 
dissolvidas estão intimamente misturadas a nível molecular ou iônico e as transformações químicas 
podem ocorrer rapidamente. 
 Há muitas reações químicas que ocorrem sem alterações evidentes no sistema. Há outras, no 
entanto, que apresentam evidências macroscópicas que permitem perceber o que está acontecendo. 
As principais evidências de reações são: desprendimento de gases, mudança de coloração do produto 
em relação aos reagentes, alteração da temperatura do sistema onde ocorre a reação e a formação de 
precipitados. Nos casos em que não existem sinais que evidenciam a reação, podem ser usados os 
chamados indicadores, que são substâncias químicas que mudam de cor no momento em que uma 
determinada reação chega ao fim. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 33 
 
 Uma classificação simples e muito útil para os principais tipos de reações químicas, em 
solução aquosa, é dada pela bibliografia: RUSSELL, John B. Química geral. Vol 1. 2ª Ed. São Paulo: 
Makron Books. 1994. 578p. E esquematicamente temos: 
 
 
 
 
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
 
3.1. 1ª Parte: Aquecimento de substâncias Substâncias Sólidas: 
 
3.1.1. Material Necessário: 
• Dicromato de amônio 
• Cloreto de sódio 
• Nitrato de potássio 
• Iodo (ATENÇÃO!) 
• Magnésio 
• Tubos de ensaio 
• Pinça de madeira 
• Pinça metálica 
• Espátulas 
• Bico de Bunsen 
 
3.1.2. Procedimento: 
 
1. Para observar o que ocorre quando diferentes substâncias são aquecidas, inicialmente, anote as 
características da substância (estado físico, cor, odor, aspecto, …). 
2. A seguir, coloque uma pequena quantidade (uma espátula rasa) da mesma em um tubo de ensaio 
limpo e seco. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 34 
 
3. Ajuste o bico de Bunsen e, com o auxílio de uma pinça de madeira, aqueça o extremo inferior do 
tubo de ensaio que contém a amostra. Anote tudo o que ocorre durante o aquecimento e o estado 
final do sistema aquecido. 
4. Repita o procedimento acima para todas as substâncias sólidas disponíveis, EXCETO PARA O 
MAGNÉSIO E O DICROMATO DE AMÔNIO: o magnésio deve ser aquecido diretamente na 
chama com o auxílio de uma pinça metálica, e para o dicromato de amônio, em um tripé com uma 
tela de amianto deve ser colocada uma placa metálica s sobre a placa deve ser colocado o dicromato 
de amônio e coberto por um béquer. Feito isso o sistema é aquecido com um bico de Bunsen. 
5. Anote todas as observações no quadro do item 4.1 deste roteiro. 
 
OBS: 
 Os gases desprendidos pelo aquecimento do iodo são venenosos e atacam a pele. Para o 
aquecimento desta substância, use um cristal pequeno e faça na capela o procedimento, para evitar 
a inalação dos gases. 
 Não aponte o tubo de ensaio, durante o aquecimento, para si ou para o colega. 
 Durante o aquecimento do dicromato de amônio, atente para o fato da reação ser muito 
extérmica e rápida. 
 Ao se aquecer uma substância qualquer, deve ser levada em conta a natureza da substância e 
o tipo de aquecimento desejado. Se a substância for inflamável, então é proibido usar qualquer tipo 
de chama. Se a substância for desconhecida, também não se deve usar chama. Pode-se utilizar 
banho-maria (se a temperatura de aquecimento for abaixo de 373K) ou banho de óleo (para 
temperatura de aquecimento acima de 373K) ou manta de aquecimento. Somente se a substância 
não for inflamável, pode-se utilizar o bico de gás. 
 
3.2. 2ª Parte: Misturando diferentessubstâncias 
 
3.2.1. Material Necessário: 
• Tubos de ensaio 
• Provetas 
• Béquer 
• Espátula de plástico 
• Estante para tubos 
• Sonrisal 
• Pipeta graduada de 5mL 
• Bombril ou similar 
• Fenolftaleína 
• Conta-gotas 
• NaOH em lentilhas 
• NaOH 0,1 mol/L 
• NaCl 0,1 mol/L 
• HCl concentrado 
• HCl 0,1 mol/L 
• AgNO3 0,1 mol/L 
• CuSO4.5H2O 0,2 mol/L 
 
3.2.2. Metodologia: 
1. Observe qual a composição química de um comprimido de sonrisal e anote no item 4.2 do roteiro. 
2. Coloque aproximadamente 5 mL de água destilada em um béquer e acrescente o comprimido. Há 
alguma evidência de que esteja ocorrendo uma reação química? Qual? Responda tudo isso no item 
4.2 do roteiro. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 35 
 
2. Faça uma bolinha fofa de bombril e mergulhe-a em um béquer contendo aproximadamente 5 mL 
de solução de sulfato de cobre (II) pentaidratado. Aguarde alguns minutos e observe se há evidências 
de reação química. Continue observando até o final da aula para responder as questões do item 4.3 
do roteiro. 
3. Coloque 1 mL de solução de NaOH 0,1 mol/L em um tubo de ensaio. Em outro, coloque 1 mL de 
solução de HCℓ 0,1 mol/L. Derrame, aos poucos, o HCℓ sobre o NaOH, até perceber que a reação 
terminou. Há evidências de que esteja ocorrendo uma reação química? Responda no item 4.4 do 
roteiro. 
4. Coloque 1 mL de solução de NaOH 0,1 mol/L em um tubo de ensaio e junte a ela, com agitação, 4 
gotas do indicador fenolftaleína. Com o auxílio de uma pipeta graduada zerada, acrescente, aos 
poucos e com agitação, HCl 0,1 mol/L, até perceber que a reação terminou. Há evidência de que 
esteja ocorrendo uma reação química? É possível perceber agora quando a reação termina? Qual a 
quantidade de HCl gasta para reagir com 1 mL de NaOH o,1 mol/L? Responda no item 4.5 do 
roteiro. 
5. Promova a seguinte reação na capela e com o exaustor ligado. Coloque num béquer, 1 lentilha de 
NaOH, usando para isto, espátula de plástico ou de porcelana. Depois disso, avalie sensorialmente a 
temperatura em que se encontra o béquer. Com o auxílio de um conta-gotas, acrescente ácido 
clorídrico concentrado sobre a lentilha, até que ela desapareça. Neste momento, avalie novamente a 
temperatura do béquer. Há evidências de que ocorreu uma reação química? Responda, justifique e 
escreva a equação química correspondente no item 4.6 deste roteiro. 
6. Coloque 1 mL de solução de nitrato de prata 0,1 mol/L em um tubo de ensaio e acrescente, aos 
poucos e com agitação, 1 mL de solução de cloreto de sódio 0,1 mol/L. Centrifugue e observe. 
Responda as questões no item 4.7 do roteiro. 
7. Coloque 1 mL de solução de sulfato de cobre (II) pentaidratado 0,2 mol/L em um tubo de ensaio e 
acrescente, aos poucos e com agitação, 2 mL de solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L. Deixe em 
repouso na estante para tubos de ensaio e observe até o final da aula. Responda as perguntas no item 
4.8 do roteiro. 
 
4. EXERCÍCIOS: 
4.1. Com o aquecimento das substâncias sólidas no item 3.1, houve transformação física ou 
transformação química? Justifique. Caso tenha ocorrido transformação química pesquise as 
equações. 
Complete o quadro abaixo: 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 36 
 
 
4.2. a) Composição química do comprimido de SONRISAL: 
 
b) Qual a evidência de que está ocorrendo reação química? 
 
c) Consulte a literatura e escreva a equação correspondente à reação química que é evidenciada. 
 
4.3. a) Qual a cor da solução de sulfato de cobre (II) pentaidratado? 
 
b) Qual a cor das bolinhas de bombril? 
 
c) Consulte a literatura e escreva a equação correspondente à reação química que é evidenciada. 
 
4.4. a) Qual a evidência de que está ocorrendo reação química? 
 
b) Como saber se a reação chegou ao final? 
 
4.5. a) Quais as evidências de que ocorreu uma reação química? 
 
b) Escreva a equação correspondente. 
 
c) Qual a quantidade de HCl usada para reagir com os 1 mL de NaOH? Que se pode concluir disso? 
 
4.6. a) Quais as evidências de que ocorreu uma reação química? 
 
b) Escreva a equação correspondente. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 37 
 
4.7. a) Quais as evidências de que ocorreu uma reação química? 
 
b) Escreva a equação correspondente. 
 
4.8. a) Quais as evidências de que ocorreu uma reação química? 
 
b) Escreva a equação correspondente. 
 
Referências bibliográficas 
• QUAGLIANO, J. V. & VALLARINO, L. M., Química, trad. Ainda Espínola, Rio de Janeiro, 
Guanabara Dois, 1970. 
• BRADY, J. E. & HUMISTON, G. E., Química Geral, 2ª ed., Rio de Janeiro, LTC, 1986. 
• SILVA, R. R., BOCCHI,N. & ROCHA FILHO, R. C., Introdução à Química Experimental, 
McGraw- Hill, São Paulo, 1990. 
• PEQ – PROJETOS DE ENSINO DE QUÍMICA. Experiências de Química. São Paulo. Ed. 
Moderna, 1979. 
• RUSSEL, J. B., Química Geral. Tradução de Divo Leonardo Sanioto et ali. São Paulo, Mc Graw-
Hill, 1982. 
• ALMEIDA, P. G. V., Química Geral (Práticas fundamentais). 3ª ed. Viçosa: Editora UFV. 1998. 
• LEE, J. D., Química Inorgânica não tão concisa. Tradução 5ª edição inglesa. São Paulo, Editora 
Edgard Blucher Ltda., 1999. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 38 
 
EXPERIMENTO 06: TESTE DE CHAMA 
 
1. OBJETIVOS 
Identificação de alguns metais alcalinos e alcalinos terrosos pela cor emitida na chama de um bico de 
gás. 
 
2.MATERIAIS E REAGENTES 
Materiais Reagentes 
 Bico de Bunsen 
 Béquer de 250 mL 
 Termômetro (-10 a 110°C) 
 Fio de Níquel – Cromo 
 HCℓ Concentrado 
 Água 
 Soluções aquosas de: LiF, NaCl, KCl, CaCl2, SrCl2, BaCl2 e CuSO4 
 
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
 
3.1.1. USO DOBICO DE BUNSEN 
 
a. Acendendo o Bico de Bunsen 
1. Feche a válvula de controle do gás do bico de Bunsen. 
2. Conecte o tubo de gás no orifício do queimador. 
3. Conecte o tubo no distribuidor de gás. 
4. Abra o distribuidor de gás (neste momento nenhum gás deve estar na sala). 
Como a válvula de controle no bico de Bunsen é lentamente aberta acenda um palito de fósforo ou 
isqueiro próximo ao tubo de saída do queimador. Ocasionalmente o gás apagará o fósforo. Se o 
palito for apagado feche a válvula de controle enquanto um novo palito é aceso. 
 
b. Ajustando o Bico de Bunsen 
1. Ajuste a altura da chama abrindo ou fechando a válvula de controle de gás. A chama apropriada 
será a menor chama necessária para executar a tarefa. Uma chama que tem em torno de 5 a 8 cm de 
altura é suficiente para a maioria das tarefas no laboratório. 
2. Ajuste o controle de ar até que a chama do bico esteja azul e contenha dois ou mais cones 
distintos. Chamas amarelas são resultados de pouco oxigênio na mistura gasosa. O fluxo de oxigênio 
pode ser incrementado (ou reduzido) na mistura do gás ajustando o controlador da entrada de ar. 
Nota: quando ajustar a entrada de ar, tome cuidado para não extinguir a chama ou desrosquear 
completamente o tubo do bico. 
3. Gire o anel inferior para um lado e para o outro. Observe a chama com o anel. Com o anel fechado 
a chama se assemelha com uma lamparina, já com o anel aberto se parece com a chama de um fogão 
a gás. 
Responda as questões abaixo: 
Qual a função do anel? Em que situação o combustível é queimado totalmente? 
 
c. Apagando a Chama 
Apague a chama na ordem inversa na qual ela foi acesa. 
1. Feche a válvula de controle do bico de Bunsen. 
2. Feche a válvula do distribuidor. Desligue o gás no distribuidor. 
Certifique-se de fechar completamente o fornecedor de gás para prevenir o acúmulo de metano no 
laboratório - uma faísca e há uma explosão perigosa. 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 393.2.1. TESTE DE CHAMA 
1. Mergulhe o fio de níquel-cromo no ácido clorídrico concentrado e a seguir leve-o a zona redutora 
da chama, que pode ser observada na Figura 1. Repita esta operação até que o fio, perfeitamente 
limpo, não mais transmita coloração à chama. 
 
 
 
Figura 1. Partes de um bico de gás e regiões da chama. 
 
2. Mergulhe o fio de níquel-cromo em uma das soluções saturadas, e leve-o à zona oxidante da 
chama. Observe a cor da chama e anote no quadro de resultados. Repita o procedimento anterior até 
que você tenha utilizado todas as soluções propostas neste experimento. Tabela 1. Espectro contínuo 
das radiações eletromagnéticas na região do visível. 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 40 
 
4. RESULTADOS 
 
 
 
5. BIBLIOGRAFIA 
 
SILVA, R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA FILHO, R. C., Introdução à Química Experimental. São 
Paulo, McGraw-Hill, 1990. 
VOGEL, A. I., Química Qualitativa. Trad. De Antonio Gimeno. 5 ed, São Paulo, Mestre Jou, 1981. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 41 
 
EXPERIMENTO Nº 07: TESTE DE CONDUTIVIDADE DOS MATERIAIS 
 
1. OBJETIVO 
Observar a condutividade de diferentes materiais e agrupá-los conforme suas propriedades. 
 
 2. PARTE EXPERIMENTAL 
 
2.1. Materiais utilizados: 
-condutivímetro; - testador de condutividade; - 8 béqueres. 
 
2.2. Substâncias utilizadas: 
1- Cloreto de sódio (NaCℓ); 5- Sulfato de cobre (CuSO4); 
2- Ácido clorídrico (0,1M); 6- ácido sulfúrico (0,1M); 
3- Sacarose (C12H22O11); 7- Prego; 
4- Etanol; 8- Placa de zinco. 
 
2.3 – Procedimento: 
 
1. Numere os 08 béqueres; 
2. Coloque em cada um dos béqueres uma quantidade de cada reagente; 
3. Utilizando o testador de condutividade elétrica faça o teste em cada uma das substâncias sólidas e 
anotar os resultados observados na Tabela. 
4. Adicionar água destilada nos béqueres contendo sólidos em pó (1, 3 e 5) agitando um pouco a 
mistura. 
5. Utilizando o condutivímetro realize o teste de condutividade para os béqueres contendo soluções 
aquosas e anotar os resultados obtidos na Tabela . 
 
Preencher a Tabela abaixo : 
 
 
Reagentes Material puro conduz 
eletricidade? 
Material líquido conduz 
eletricidade? 
Condutividade do 
material 
dissolvido/misturad
o em água (μs/cm) 
1- Cloreto de sódio  Sim  Não  Sim  Não 
2- Ácido clorídrico  Sim  Não  Sim  Não 
3- Sacarose  Sim  Não  Sim  Não 
4- Etanol  Sim  Não  Sim  Não 
5 - Sulfato de cobre  Sim  Não  Sim  Não 
6 – Ácido Sulfúrico  Sim  Não  Sim  Não 
7 - Prego  Sim  Não  Sim  Não xxxxxxxxxxxxxx 
8 – Placa de zinco  Sim  Não  Sim  Não xxxxxxxxxxxxxx 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 42 
 
3. Questionário (responder e entregar na próxima aula de laboratório) 
1. Agrupe os metais em grupos: GRUPO 1: substâncias que conduzem corrente elétrica no estado 
líquido mas não no estado sólido; GRUPO 2: materiais que conduzem corrente elétrica no estado 
sólido; GRUPO 3: materiais que não conduzem corrente elétrica no estado sólido e nem no líquido. 
2. Explique o porquê de cada resultado observado (ou seja, por que cada grupo apresentou o 
resultado observado). 
3. Por que os ácidos apresentaram o resultado observado. 
 
4. REFERÊNCIA 
 
MAIA, D. Práticas de Química para Engenharias. Campinas, SP: Editora Átomo, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 43 
 
EXPERIMENTO Nº 08: DESTILAÇÃO SIMPLES 
 
1. OBJETIVO 
 Efetuar a destilação de uma solução de cloreto de sódio, NaCℓ, 5%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. PARTE EXPERIMENTAL 
 
2.1. Procedimento: 
Destilar uma solução de NaCℓ 5%, testar a condutividade do destilado bem como testar com solução 
de AgNO3 0,1 mol/L. 
 
 
3. Questionário (responder e entregar na próxima aula de laboratório) 
 
1. Em que se baseia o princípio da destilação simples e em que tipos de amostra ela pode ser usada? 
2. Por que a entrada de água é feita na extremidade final do condensador? 
3. Equacione a reação do NaCℓ com AgNO3. 
4. O que ocorreu ao testar o destilado (com o condutivímetro e com AgNO3) o que pode ser 
concluído? De acordo com o teor de sua conclusão sugira uma forma de contornar o fato observado. 
5. Qual a função das pedras de ebulição? 
6. Cite e comente um exemplo prático (a nível industrial) do uso da destilação (simples ou 
fracionada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 44 
 
EXPERIMENTO Nº 09: POLARIDADE MOLECULAR E SOLUBILIDADE DE 
SUBSTÂNCIAS 
 
1. OBJETIVO 
 Distinguir substâncias polares de apolares. 
 Verificar a solubilidade de alguns compostos. 
 
2. INTRODUÇÃO 
Polaridade é o deslocamento do par eletrônico da ligação devido à diferença de 
eletronegatividade entre os átomos, dando origem à formação de cargas entre esses átomos. Logo, 
uma molécula é polar quando apresenta uma região com maior densidade de carga positiva e outra 
com maior carga negativa, estando essas regiões da molécula separadas por uma certa distância. As 
moléculas que não apresentam essas regiões de cargas opostas são apolares ou não polares, ou seja, 
não formam dipolos eletrônicos. 
No caso de moléculas diatômicas, aquelas que envolvem átomos iguais serão apolares e 
aquelas que envolvem átomos diferentes serão polares (desde que haja diferença de 
eletronegatividade entre os átomos). Já as moléculas poliatômicas (com mais de dois átomos) serão 
apolares aquelas em que a soma dos vetores referentes às ligações for igual a zero e serão polares 
aquelas em que a soma desses vetores for diferente de zero. 
As substâncias iônicas são as formadas por íons, ou seja, são os compostos que apresentam 
partículas com carga elétrica positiva (cátions) e partículas com carga elétrica negativa (ânions). 
Estas partículas são ligadas entre si por forças de natureza elétrica (é a força de Coulomb). 
Interações Intermoleculares são forças de atração entre os pólos opostos de moléculas diferentes. 
As mais importantes são: Interação dipolo permanente-dipolo permanente (que ocorre entre 
moléculas polares), Interação dipolo instantâneo-dipolo induzido (Ou Forças de London - que 
ocorre entre moléculas apolares, que por indução polarizam sua nuvem eletrônica, criando um dipolo 
momentâneo, o que provoca certa atração entre as moléculas) e Ligação de Hidrogênio (é uma 
atração dipolo-dipolo muito forte que ocorre quando o hidrogênio está ligado covalentemente a um 
elemento eletronegativo muito pequeno, como o F, O e N). 
Ação de Campos Elétricos: as moléculas polares são desviadas por ação de campos elétricos e as 
apolares não são desviadas. 
O processo de Dissolução: Tanto no estado sólido como no estado líquido, as moléculas (ou 
íons) são mantidas unidas umas as outras por meio de vários tipos de forças intermoleculares. 
Durante o processo de dissolução de um composto (sólido ou líquido), denominado soluto, em um 
líquido, denominado solvente, as interações soluto-soluto e solvente-solvente são substituídas por 
interações soluto-solvente. Em resumo: substâncias que exibem forças de atrações intermoleculares 
semelhantes tendem a ser solúveis umas nas outras.

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