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LOCAÇÃO DE COISAS
 Arts. 565 a 578 do Código Civil
É o contrato através do qual uma das partes se obriga a conceder à outra o uso e gozo de uma coisa não fungível, temporariamente e mediante remuneração. Assim, reza o art. 565, CC:
 “Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição”.
LOCAÇÃO DE COISAS
PARTES: locador, senhorio ou arrendador; e locatário, inquilino ou arrendatário. 
RETRIBUIÇÃO PAGA: aluguel ou renda.
Natureza jurídica: bilateral ou sinalagmático; onerosidade; consensual; comutativo; não solene; de execução continuada ou trato sucessivo.
OBJETO – coisa móvel infungível ou imóvel; pode se dar em face de bens inalienáveis; 
PREÇO – aluguel ou remuneração: valor certo, em regra em dinheiro e em moeda nacional, a ser pago, em regra, no imóvel locado;
CONSENTIMENTO – pode ser expresso ou tácito; não se exige que o locador seja necessariamente o dono. Ex: pai que loca bem de propriedade do filho menor; 
PRAZO – em regra, pode se dar por qualquer prazo. 
ELEMENTOS DO CONTRATO DE LOCAÇÃO:
A locação de prédios urbanos é regida pela Lei 8.245/1991 – Lei do Inquilinato.
A locação regida pelo Código Civil é que compreende:
Locações de imóveis de propriedade da União, dos Estados, DF e Municípios;
Vagas autônomas de garagem e de espaços para estacionamento de veículos;
Espaços destinados à publicidade;
Apart-hotéis, hotéis-residência ou equiparados;
Arrendamento mercantil.
ENTREGAR AO LOCATÁRIO A COISA LOCADA- no prazo ajustado, em estado de servir ao uso a que se destina, com suas pertenças;
MANTER A COISA NO MESMO ESTADO, PELO TEMPO DO CONTRATO – compete ao locador realizar os reparos necessários para que a coisa seja mantida em condições de uso, salvo convenção em contrário.
GARANTIR O USO PACÍFICO DA COISA – deve o locador abster-se da prática de qualquer ato que possa perturbar o uso e gozo da coisa, como também resguardar o locatário contra embaraços e turbações de terceiros.
RESPONDER PELOS VÍCIOS E DEFEITOS OCULTOS DA COISA LOCADA.
OBRIGAÇÕES DO LOCADOR (art. 566, CC):
Servir-se da coisa alugada para os usos convencionados e tratá-la como se sua fosse – eventual descumprimento autoriza o locador a rescindir o contrato e exigir perdas e danos (art. 570, CC);
Pagar o aluguel nos prazos ajustados;
Levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, fundadas em direito;
Restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu, salvo as deteriorações naturais;
OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO (art. 569, CC)
O locador poderá reaver a coisa alugada antes do vencimento do prazo, desde que ressarça o locatário das perdas e danos resultantes, assim como o locatário poderá devolver a coisa antecipadamente ao locador, cabendo-lhe pagar, proporcionalmente, a multa prevista no contrato.
Caberá direito de retenção em favor do locatário enquanto não for ressarcido.
Inteligência do art. 571, CC;
A locação por tempo determinado cessa de pleno direito findo o prazo estipulado (CC, art. 573); se o locatário continuar na posse do bem, sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação sem prazo e pelo mesmo aluguel (art. 574, CC);
O locatário poderá reter a coisa no caso de benfeitoria necessária; as úteis só autorizam se houver prévio consentimento do locador (CC, art. 578);
Regulação legal: Lei 8.245/1991 – Lei do Inquilinato;
Principais características:
O contrato pode ser estipulado por qualquer prazo; se superior a dez anos, depende de autorização conjugal;
Durante o prazo convencionado entre as partes, não pode o locador reaver o imóvel, exceto nas situações expressamente previstas na lei;
LOCAÇÃO DE PRÉDIOS URBANOS
O locatário poderá devolver o imóvel, pagando a multa pactuada, proporcionalmente ao período de cumprimento do contrato ou, na sua falta; a que for judicialmente estipulada;
Dispensa de multa: quando o locatário mudar de domicílio para prestar serviços em outra localidade;
Locação por prazo indeterminado ou nas que assim passaram a vigorar pela expiração do prazo original do contrato: caberá ao locatário denunciar a locação mediante aviso por escrito ao locador, com antecedência mínima de trinta dias;
É possível a sublocação, assim como a cessão e o empréstimo do bem, mediante consentimento prévio e escrito do locador;
O locador tem de assegurar ao locatário o uso e gozo do prédio locado, por todo o tempo do contrato, nas mesmas condições do início da avença;
Pequenos reparos competem ao locatário;
Incêndio no imóvel gera responsabilidade, a princípio, do locatário;
Retomada do imóvel: poderá o locador, ao final do prazo estipulado para o contrato com prazo igual ou superior a trinta meses: a resolução dá-se de pleno direito com a expiração do prazo – denúncia vazia: sem motivação (art.46 da Lei 8.245/91);
Locatário permanece na posse do imóvel por mais de 30 dias sem oposição do locador: prorrogação da locação por prazo indeterminado;
Ocorrendo a prorrogação do prazo, o locador só poderá denunciar o contrato se conceder prazo de 30 dias para a desocupação;
AÇÃO DE DESPEJO – até 30 dias após o término do contrato;
Locação celebrada por prazo inferior a trinta meses: prorroga-se automaticamente e sem termo, admitindo-se a retomada somente se ocorrer a denúncia cheia ou motivada;
Morte do locador: o contrato se transfere aos seus herdeiros;
Morte do locatário: opera-se a sub-rogação nos seus direitos por aqueles que componham a unidade familiar – locação residencial;
Fim da relação conjugal: a locação continuará em favor do cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel, devendo ser notificado o locador e o fiador, se aquele que locou deixou o lar; 
Alienação do imóvel: inquilino tem preferência;
A convenção do aluguel é livre, sendo lícito a fixação de cláusula de reajuste desde que não seja por prazo inferior a seis meses e o índice de reajuste não seja superior à variação dos salários mínimos médios no período;
Não pode haver vinculação à taxa de câmbio e ao salário mínimo;
Espécies de garantia no contrato de locação:
Caução: pode ser em bens móveis ou imóveis, em títulos e ações e em dinheiro, não podendo, no último caso, exceder a três meses de aluguel;
Fiança;
Seguro de fiança locatícia;
Cessão fiduciária de quotas de fundos de investimento; 
 VEDA-SE A EXIGÊNCIA DE MAIS DE UMA ESPÉCIE DE GARANTIA NO MESMO CONTRATO.
Não se pode exigir o pagamento antecipado do aluguel, exceto se disser respeito à locação para temporada, ou se não houver nenhuma das espécies de garantia, caso em que poderá o locador exigir do locatário o pagamento antecipado até o sexto dia útil ao mês vincendo;

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