Buscar

Idealismo - Slides de Aula - Unidade II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade II 
IDEALISMO
Prof. Renato Bulcão
Posições filosóficas materialistas e idealistas
 Tanto as doutrinas materialistas quanto as idealistas foram 
desenvolvidas entre os séculos 16 e 17. 
 A partir do pensamento de René Descartes, os filósofos 
buscaram afirmar uma ou outra posição. 
 Vamos examinar as ideias dos principais filósofos 
deste período.
René Descartes
 Descartes tem o mérito de ter afirmado que tudo o que 
realmente podemos saber é o que está em nossas 
próprias consciências. 
 Todo mundo externo é uma ideia ou uma imagem 
nas nossas mentes. 
 Portanto, seria possível duvidar da realidade do mundo 
externo com seus objetos reais. 
 Apenas a afirmação “eu penso, logo, eu sou” é a única 
afirmação da qual não se pode duvidar. Isso insere 
Descartes na posição de um idealista epistemológico.
René Descartes
 A filosofia de Descartes considerava necessário duvidar de 
tudo, inclusive da existência de Deus. Mas não se pode negar 
a existência de um pensamento que duvida. Assim, ele chega 
à conclusão de que a única coisa certa é o pensamento: 
“Penso, logo existo” (cogito, ergo sum).
 Descartes converteu, assim, a faculdade do cérebro humano 
de pensar em substância metafísica imaterial, em contraponto 
à matéria. 
 Descartes adotou como critério para a verdade do 
pensamento a evidência e a inteligibilidade de nossas 
representações: “é verdade tudo o que percebo 
de maneira clara e distinta”.
René Descartes
 Sua filosofia apresenta um dualismo quando reconhece a 
existência de duas substâncias completamente independentes 
uma da outra. 
 A primeira é a matéria, uma substância física da extensão. 
 A segunda é o espírito, que seria uma substância pensante. 
Para Descartes, essas duas substâncias não teriam nada de 
comum entre si, e não poderiam cooperar uma com a outra. 
 Para explicar como o ser humano era considerado um produto 
da natureza em que essas substâncias estão unidas num só 
corpo e cooperam uma com a outra, ele admitiu a existência 
de Deus, uma substância infinita e todo-poderosa. Só Deus 
poderia criar uma ação recíproca entre as substâncias 
material e imaterial. 
Baruch Spinoza
 Benedito (Baruch) Spinoza (1632-1677) era descendente dos 
judeus portugueses que tinham fugido para a Holanda para 
escapar das perseguições religiosas. 
 Desde o século XVI, a Holanda foi o primeiro país capitalista 
a existir da forma que entendemos hoje em dia.
 A ruptura de Spinoza com o judaísmo custou sua expulsão 
da religião judaica e da comunidade. 
 Spinoza não se filiou a nenhuma outra religião. 
 Levou uma vida modesta independente, trabalhando 
como polidor de lentes. 
Baruch Spinoza
 Durante sua vida só foram publicadas duas obras, os 
“Princípios da Filosofia de Descartes” (1663) e o anônimo 
“Tratado Teológico-Político” (1670). 
 Sua obra mais importante, a “Ética”, na qual expõe seu 
sistema filosófico, só foi publicada em 1677, depois 
de sua morte.
 A teoria da substância material forma o núcleo do sistema 
filosófico de Spinoza. 
 Ele refutou o dualismo metafísico de Descartes e só 
reconhecia uma substância única: “Na natureza, diz, não podem 
existir duas substâncias. Uma substância não pode ser a 
causa de outra, ou melhor, uma não pode ser 
produzida por outra”.
Baruch Spinoza
 A substância não depende de nenhum criador divino, 
mas é sua própria causa e a de todas as coisas existentes 
no mundo. 
 Desta maneira, sua teoria da substância é a teoria 
do materialismo. 
 Para ele, Deus e a natureza são a mesma coisa. 
 Spinoza foi o primeiro a fazer do ateísmo um sistema conexo.
 Todas as coisas do mundo seriam diretamente accessíveis 
aos sentidos humanos através de uma “natureza produzida” 
(natura naturata). 
Baruch Spinoza
 A natureza produzida é o mundo das manifestações 
da substância, o mundo dos modos. 
 Os modos seriam mutáveis e inconstantes, pois são apenas 
formas casuais da manifestação da substância. 
 Todas as coisas concretas, entre elas o ser humano, 
pertenceriam ao mundo dos modos. 
 Também entre os modos estaria incluído o movimento. 
 A substância sempre é homogênea e indivisível. 
 A variedade das coisas só existiria nas coisas transitórias, 
nos modos. 
Baruch Spinoza
 A substância é sua própria causa, bem como causa 
das coisas mutáveis concretas, dos modos. 
 A substância, além da extensão, possuiria outro atributo, 
que é o de aparecer ao pensamento.
 Assim, Spinoza sugere um tipo de determinismo. Cada coisa, 
cada fenômeno da natureza é causalmente condicionado. 
 Também a conduta do homem estaria sujeita a uma 
necessidade que a cause.
 A teoria da causalidade de Spinoza é metafísica. Ela identifica 
a causalidade com a necessidade. 
 Assim, o materialismo de Spinoza tinha um caráter 
abstrato, metafísico.
Interatividade
Quando Descartes afirma “penso, logo existo”, ele está 
querendo dizer que:
a) a única coisa que podemos sempre ter certeza é que 
pensamos, mesmo quando dormimos.
b) o pensamento equivale à realidade das coisas.
c) a ideia das coisas é mais importante do que elas.
d) a matéria não existe.
e) a matéria existe, mas não sabemos o que ela é.
Gottfried Wilhelm Leibniz
 Leibniz (1646-1716) foi o maior representante das tendências 
progressistas da burguesia alemã. 
 Leibniz era filho de um professor de moral na Universidade 
de Leipzig. 
 Quando terminou seus estudos na universidade, viajou pela 
Europa e conheceu os cientistas e pensadores mais notáveis 
da sua época, como Newton, Huyghens e Spinoza. 
 Suas obras mais importantes são a “Monadologia”, os “Novos 
Ensaios sobre o Entendimento Humano”, e o “Tratado 
de Dinâmica”.
Gottfried Wilhelm Leibniz
 Sua atividade filosófica, científica e política estava 
condicionada pelo caráter idealista.
 Ele procurou integrar o racionalismo com o empirismo. 
 Na política defendeu os princípios da unificação nacional 
da Alemanha. 
 Era contra o materialismo e o ateísmo, mas mesmo assim 
sofreu com a perseguição religiosa. 
 Sua forma de idealismo é conhecida como panpsiquismo. 
Gottfried Wilhelm Leibniz
 Leibniz acreditava que os verdadeiros átomos do universo 
são mônadas.
 As mônadas seriam formas substanciais de seres, individuais, 
que não interagiam, mas eram dotadas de percepção. 
 Para Leibniz, o mundo externo é ideal por ser um fenômeno 
espiritual, cujo movimento é o resultado de uma força 
dinâmica dependente dessas mônadas simples e imateriais.
 Deus seria a mônada central. Esta teria a capacidade de criar 
uma harmonia entre o mundo interno, das mentes que 
contivessem as mônadas alertas, e o mundo externo, 
dos objetos reais. 
Gottfried Wilhelm Leibniz
 O panpsiquismo sustentava que todas as partes da matéria 
envolvem a mente. 
 O universo inteiro seria um organismo que possui uma mente.
 Assim para o panpsiquismo, todos os objetos da experiência 
são também sujeitos. 
 Portanto, as plantas e os minerais teriam também 
experiências subjetivas, que seriam diferentes da 
consciência dos seres humanos. 
 Leibniz foi o precursor do idealismo clássico alemão e sua 
dialética idealista foi concluída pela filosofia de Hegel.
John Locke
 John Locke (1632 - 1704) foi um filósofo inglês 
do início do Iluminismo. 
 Suas ideias tiveram enorme influência no desenvolvimento 
da epistemologia e da filosofia política.
 Ele é considerado um dos mais influentes dos primeiros 
pensadores do Iluminismo.
 Também foi o primeiro empirista britânico, um movimento 
que incluiu George Berkeley e David Hume.
John Locke
 Ele afirmava que todas as nossas ideias são, em última 
instância, derivadasda experiência, e o conhecimento de que 
somos capazes é, portanto, limitado em seu alcance e certeza.
 Sua “Filosofia da Mente” é frequentemente citada como a 
origem das concepções modernas de identidade e do “Eu”. 
 Ele também sugeriu que a mente era uma “tábula rasa”, 
um quadro em branco, e que as pessoas nascem 
sem ideias inatas.
John Locke
 A filosofia de Locke é materialista, mas contém 
tendências idealistas. 
 Ele reconhecia duas substâncias, a matéria e o espírito.
 Também concordava que Deus é a causa suprema das coisas.
 Mas ele sugeriu que a matéria tem a aptidão de pensar e, 
desta forma, ele disfarça um princípio materialista com uma 
forma teológica. 
 Escreveu que essa aptidão poderia ter sido dada 
à matéria por Deus. 
John Locke
 Sua teoria considerava a existência das qualidades 
primárias e secundárias das coisas.
 Locke chamou de qualidades primárias a solidez, 
a extensão, a figura e o movimento das coisas. 
 Considerava que estas qualidades são inerentes 
às próprias coisas. 
 As sensações que as coisas provocariam nos seres humanos 
aconteceriam por semelhança ou segundo a imagem dessas 
qualidades objetivamente existentes. 
John Locke
 As qualidades secundárias eram, para Locke, a cor, o som, 
o sabor, provocadas pelo movimento das partículas e dos 
corpos inacessíveis à percepção. 
 Mas as sensações não seriam as imagens das qualidades 
objetivamente existentes. Elas são subjetivas. 
 Esta dualidade da filosofia de Locke serviu de ponte para 
o materialismo e o idealismo.
John Locke
 Na filosofia de Locke, a matéria seria uma massa inerte, 
cujo movimento é originado de fora por um motor primário, 
que é Deus. 
 Apesar da limitação de suas teorias, a filosofia de Locke 
desempenhou um grande papel no avanço da filosofia. 
 Seu mérito maior foi ter fundado a filosofia do bom senso. 
 Ele estabeleceu que não pode haver uma filosofia separada 
da razão, sempre acompanhada pelos sentidos humanos.
Interatividade
Para Locke, a matéria seria uma massa inerte e as sensações 
seriam subjetivas. Como essa dualidade da filosofia de Locke 
serviu de ponte para o materialismo e o idealismo?
a) O materialismo defende que tudo o que aparece existe, 
e o idealismo defende que tudo o que aparece 
são ideias subjetivas.
b) O materialismo defende que tudo o que aparece é subjetivo, 
já o idealismo defende que tudo o que aparece é objetivo. 
c) O materialismo e o idealismo defendem que tudo o que 
aparece existe.
d) O materialismo e o idealismo defendem que tudo o que 
aparece são ideias subjetivas.
e) O materialismo defende que nada aparece e o idealismo 
que tudo aparece. 
George Berkeley
 O bispo George Berkeley é conhecido como 
o “Pai do Idealismo”. 
 Foi um filósofo irlandês do Iluminismo, conhecido por sua 
teoria do imaterialismo. 
 O imaterialismo era um tipo de idealismo semelhante 
ao idealismo moderno. 
 Junto com John Locke e David Hume, foi uma figura 
importante no movimento dos empiristas britânicos. 
 Seu empirismo era radical, pois, para ele, 
“ser é ser percebido”.
George Berkeley
 Para ele, nosso conhecimento deve ser baseado 
em nossas percepções. 
 Não haveria, de fato, nenhum objeto cognoscível 
real por trás da percepção. 
 O que era real era a própria percepção ou o ato de conhecer. 
 Sua explicação sugeriu que, para que cada um de nós tivesse 
o mesmo tipo de percepção de um objeto, Deus teria de ser a 
causa imediata de todas as nossas percepções. 
 Esta versão de idealismo de Berkeley é chamada 
de idealismo subjetivo ou idealismo dogmático. 
George Berkeley
A realidade poderia ser resumida da seguinte forma: 
 Existe um espírito infinito (Deus) e uma infinidade de espíritos 
finitos (humanos), e estamos em comunicação com Deus 
através da nossa experiência. 
 O que consideramos ser toda a nossa experiência do mundo 
é análogo à linguagem de Deus, pois seria a maneira de Deus 
falar conosco. 
 Todas as leis da ciência e da Natureza que vemos ao nosso 
redor são análogas à gramática da linguagem de Deus. 
 Nessa teoria não há necessidade de postular a existência 
da matéria de forma alguma, pois toda a realidade seria 
efetivamente mental.
George Berkeley
 Para Berkeley, o empirismo determina que o papel da 
experiência e da percepção sensorial é imprescindível 
na formação das ideias. 
 Por este motivo não podem existir ideias inatas.
 Berkeley acreditava que a existência estava 
ligada à experiência. 
 Os objetos existiriam apenas como percepção 
e não como matéria separada da percepção. 
 Por isso que “Ser é ser percebido ou perceber”. 
George Berkeley
 O mundo externo teria apenas uma realidade relativa 
e temporária. 
 Se duas pessoas vissem a mesma coisa, essa coisa existiria.
 Mas se ninguém visse uma coisa, aquela coisa só poderia 
existir na mente de Deus. 
 Berkeley acreditava que é Deus quem nos faz experimentar 
os objetos físicos diretamente, deixando que nós 
experimentemos a matéria.
 Ele chamou essa teoria de imaterialismo, em oposição 
ao materialismo do seu tempo, mas sua filosofia foi 
posteriormente chamada de Idealismo Subjetivo.
David Hume
 David Hume (1711- 1776) pertencia à camada conservadora 
da burguesia privilegiada. 
 Hume era um partidário da oligarquia que defendia 
a Igreja e o Estado. 
 Hume sabia que o problema da filosofia de Berkeley era ser 
baseada na sensação, negando a existência real das coisas.
 Isto tornou sua filosofia contraditória à ciência. 
 Para eliminar as contradições internas da filosofia de 
Berkeley, ele construiu uma crítica mais sutil do materialismo.
David Hume
 Para Hume, não havia como demonstrar a existência de Deus.
 Ele duvidava da existência da substância objetiva, não só de 
substância material (as coisas) como também a substância 
espiritual (a mente).
 Hume acreditava que apenas a experiência fornece 
imediatamente todo conhecimento ao ser humano. 
 Hume nem tentou pensar por que os conhecimentos das 
causas materiais suscitam os sentidos externos. Ele reduziu, 
como também fez Aristóteles, a experiência 
à acumulação de sensações na memória. 
David Hume
 Para Hume, nenhuma das proposições e afirmativas sobre 
a fonte das sensações que podiam ser pensadas não 
conseguiam ser demonstradas. 
 Assim, ele desenvolveu a teoria da impossibilidade de 
conhecer as coisas, mesmo que elas existam na realidade. 
 Ao duvidar da existência das coisas fora da consciência 
e fora dos limites das sensações humanas, Hume adotou 
uma posição do ceticismo. 
 Hume negou a existência da matéria. 
 Fez isso declarando que era insolúvel resolver o problema 
do mundo objetivo.
David Hume
 Para Hume era impossível demonstrar a existência 
de uma causalidade objetiva na natureza. 
 Mesmo depois que dois fenômenos sucessivos se repetissem 
milhões de vezes, nada poderia garantir que da próxima vez 
isto se repetiria da mesma forma. 
 Ao desistir de encontrar as soluções do problema da 
existência objetiva do mundo exterior, e também de pensar 
como os objetos que possuem influência sobre os órgãos dos 
sentidos provocam as sensações, ele chegou à negação da 
relação de uma causa objetiva entre os objetos. 
Interatividade
Para Berkeley, nosso conhecimento deve ser baseado em 
nossas percepções. O que era real era a própria percepção 
ou ato de conhecer. Portanto, para ele: 
a) sabemos que a água é molhada porque alguém nos disse.
b) sabemos que a água é molhada porque Deus nos disse.
c) sabemos que a água é molhada porque temos a ideia inata 
da substância “água”. 
d) sabemos que a água é molhada porque pomosa mão na água.
e) sabemos que a água é molhada porque entendemos 
a ideia do que é “molhada”. 
Iluministas e materialistas na França do Século XVIII
 O século 18 foi para a França o momento da decadência 
do feudalismo e do crescimento da burguesia. 
 O processo de decomposição do feudalismo e o crescimento 
da produção capitalista e da acumulação de riquezas pela 
burguesia atingiram o limite. 
 As contradições entre os nobres latifundiários e o clero de 
um lado, e a burguesia do outro, ao lado da qual estavam o 
campesinato, a pequena-burguesia urbana e o proletariado 
artesão, acabou provocando a Revolução Francesa. 
 Era a guerra da burguesia contra o feudalismo.
Iluministas e materialistas na França do Século XVIII
 A sociedade e o Estado, construídos sobre o privilégio e 
sobre o poder ilimitado e absoluto do rei, eram refutados 
pela teoria do “Direito Natural” do “Contrato Social” e da 
soberania do povo. 
 A burguesia queria o direito de propriedade 
e de livre-concorrência.
 A primeira geração dos iluministas defendia os interesses 
da grande burguesia. 
 Eles desenvolveram os ideais do liberalismo político 
moderado e do constitucionalismo. 
 Tinham como modelo a monarquia constitucional 
da Inglaterra. 
Iluministas e materialistas na França do Século XVIII
 O representante da ala moderada dos iluministas franceses 
foi Montesquieu (1689-1755). 
 Para ele, havia virtude na república; acreditava que o 
pensamento religioso deveria ser livre e censurava a 
soberania e a opressão dos privilégios da nobreza. 
 Em sua obra “O Espírito das Leis” propõe a ideia da divisão 
do Poder em Legislativo, Judiciário e Executivo.
Iluministas e materialistas na França do Século XVIII
 O maior adversário da Igreja e do clero 
era Voltaire (1694 - 1778). 
 Defendia a liberdade individual contra a Igreja, os jesuítas 
e a inquisição. 
 Acreditava que era ridícula a origem divina do poder real.
 Defendia a concepção científica do mundo e divulgava 
o livre-pensamento. 
 O maior pensador da pequena-burguesia foi Jean Jaques 
Rousseau (1712 - 1778).
 Sua obra principal é o “Contrato Social” (1762). 
Iluministas e materialistas na França do Século XVIII
 Rousseau defendia que todo regime político-social é o 
resultado de uma convenção ou acordo entre os homens 
que se civilizaram, saindo assim de seu estado natural 
(como animais). 
 Na doutrina de Rousseau surge pela primeira vez 
o materialismo histórico. 
 A causa do aparecimento da desigualdade social é a divisão 
do trabalho, e a desigualdade política é o resultado da 
desigualdade de distribuição da propriedade entre os homens.
 Este livro se transformou no programa revolucionário 
que guiou a Revolução Francesa. 
O idealismo clássico alemão
 A metafísica impedia qualquer possibilidade dialética 
de abordar os fenômenos da natureza. 
 Alguns pensadores como Descartes, Spinoza, Leibniz, 
Rousseau e Diderot revelavam traços evidentes de dialética.
 Mas a dialética nasceu no idealismo clássico alemão, que 
se desenvolveu a partir do trabalho de Emanuel Kant e está 
intimamente ligada ao movimento do Romantismo.
O idealismo clássico alemão
Além do próprio Kant, os principais participantes apresentaram 
versões particulares da teoria de Kant, como:
 Johann Gottlieb Fichte, 
 Friedrich Schelling,
 Georg Wilhelm Friedrich Hegel 
 e Arthur Schopenhauer. 
O idealismo clássico alemão
 A burguesia alemã era diferente da francesa. 
 A Alemanha era, então, o mais atrasado país da Europa 
Ocidental. O regime feudal continuava existindo 
na Alemanha até o princípio do século XIX. 
 Neste período apareceram escritores que figuram entre os 
representantes mais notáveis da literatura mundial, como 
Goethe, Schiller e Lessing. 
O idealismo clássico alemão
 O idealismo alemão, desde o seu precursor, que foi Leibniz, 
lutou contra o materialismo. 
 Acreditavam que o princípio espiritual subjetivo ou objetivo 
determinava a percepção da matéria como a realidade objetiva 
numa maneira idealista. 
 Isto era possível porque outros sistemas idealistas também se 
apoiavam no conhecimento materialista científico naturalista. 
 Assim, conseguiram demonstrar que, na base de muitos 
exemplos científicos, existia uma analogia entre os processos 
do pensamento e os processos da natureza e da história. 
O idealismo clássico alemão
 Os idealistas também perceberam que existiam leis idênticas 
que explicavam o funcionamento de todos esses processos.
 Emanuel Kant tentou unir as duas escolas filosóficas 
dominantes do século XVIII, o racionalismo (que sustentava 
que o conhecimento poderia ser alcançado apenas pela razão, 
a priori) e o empirismo (que sustentava que o conhecimento 
só poderia ser alcançado através dos sentidos, a posteriori). 
 Os idealistas alemães trabalharam tanto com o conteúdo 
materialista que, por fim, o sistema de Hegel se tornou, por 
decorrência de seu método e conteúdo, um materialismo 
escrito de uma forma idealista.
O idealismo clássico alemão
 O idealismo transcendental de Kant afirmou que sabemos 
mais do que as ideias de Berkeley em nossas mentes na 
medida em que também conhecemos diretamente pelo 
menos a possibilidade da existência das coisas em si.
 Hegel afirmou que o pensamento abstrato puro 
como formulado por Kant era limitado e conduzia 
a contradições insolúveis. 
 Para superar essas deficiências, Hegel introduziu 
a importância da história e do outro no despertar 
da autoconsciência. 
O idealismo clássico alemão
 Assim, Hegel propôs um pensamento totalmente novo, que, 
por sua vez, foi extremamente influente no desenvolvimento 
posterior da filosofia europeia.
 Schopenhauer afirmou que a coisa em si de Kant era o mesmo 
que a vontade ou pelo menos que sua proposta de vontade 
era a manifestação mais imediata da coisa em si que 
podemos experimentar. 
 Ele entendeu que a “vontade da vida” seria um impulso 
fundamental, entrelaçado com o desejo, como a força motriz 
do mundo, anterior ao pensamento e até mesmo 
anterior ao ser.
Interatividade
Rousseau defendia que todo regime político-social é o resultado 
de uma convenção ou acordo entre os homens que se 
civilizaram, saindo assim de seu estado natural. Isto porque:
a) toda forma de governo é um contrato entre as pessoas.
b) todo governo consulta a vontade das pessoas.
c) nenhum governo tem a participação popular.
d) há governos que são contratados. 
e) o voto é uma forma de contrato. 
ATÉ A PRÓXIMA!

Continue navegando