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Unidade II IDEALISMO Prof. Renato Bulcão Posições filosóficas materialistas e idealistas Tanto as doutrinas materialistas quanto as idealistas foram desenvolvidas entre os séculos 16 e 17. A partir do pensamento de René Descartes, os filósofos buscaram afirmar uma ou outra posição. Vamos examinar as ideias dos principais filósofos deste período. René Descartes Descartes tem o mérito de ter afirmado que tudo o que realmente podemos saber é o que está em nossas próprias consciências. Todo mundo externo é uma ideia ou uma imagem nas nossas mentes. Portanto, seria possível duvidar da realidade do mundo externo com seus objetos reais. Apenas a afirmação “eu penso, logo, eu sou” é a única afirmação da qual não se pode duvidar. Isso insere Descartes na posição de um idealista epistemológico. René Descartes A filosofia de Descartes considerava necessário duvidar de tudo, inclusive da existência de Deus. Mas não se pode negar a existência de um pensamento que duvida. Assim, ele chega à conclusão de que a única coisa certa é o pensamento: “Penso, logo existo” (cogito, ergo sum). Descartes converteu, assim, a faculdade do cérebro humano de pensar em substância metafísica imaterial, em contraponto à matéria. Descartes adotou como critério para a verdade do pensamento a evidência e a inteligibilidade de nossas representações: “é verdade tudo o que percebo de maneira clara e distinta”. René Descartes Sua filosofia apresenta um dualismo quando reconhece a existência de duas substâncias completamente independentes uma da outra. A primeira é a matéria, uma substância física da extensão. A segunda é o espírito, que seria uma substância pensante. Para Descartes, essas duas substâncias não teriam nada de comum entre si, e não poderiam cooperar uma com a outra. Para explicar como o ser humano era considerado um produto da natureza em que essas substâncias estão unidas num só corpo e cooperam uma com a outra, ele admitiu a existência de Deus, uma substância infinita e todo-poderosa. Só Deus poderia criar uma ação recíproca entre as substâncias material e imaterial. Baruch Spinoza Benedito (Baruch) Spinoza (1632-1677) era descendente dos judeus portugueses que tinham fugido para a Holanda para escapar das perseguições religiosas. Desde o século XVI, a Holanda foi o primeiro país capitalista a existir da forma que entendemos hoje em dia. A ruptura de Spinoza com o judaísmo custou sua expulsão da religião judaica e da comunidade. Spinoza não se filiou a nenhuma outra religião. Levou uma vida modesta independente, trabalhando como polidor de lentes. Baruch Spinoza Durante sua vida só foram publicadas duas obras, os “Princípios da Filosofia de Descartes” (1663) e o anônimo “Tratado Teológico-Político” (1670). Sua obra mais importante, a “Ética”, na qual expõe seu sistema filosófico, só foi publicada em 1677, depois de sua morte. A teoria da substância material forma o núcleo do sistema filosófico de Spinoza. Ele refutou o dualismo metafísico de Descartes e só reconhecia uma substância única: “Na natureza, diz, não podem existir duas substâncias. Uma substância não pode ser a causa de outra, ou melhor, uma não pode ser produzida por outra”. Baruch Spinoza A substância não depende de nenhum criador divino, mas é sua própria causa e a de todas as coisas existentes no mundo. Desta maneira, sua teoria da substância é a teoria do materialismo. Para ele, Deus e a natureza são a mesma coisa. Spinoza foi o primeiro a fazer do ateísmo um sistema conexo. Todas as coisas do mundo seriam diretamente accessíveis aos sentidos humanos através de uma “natureza produzida” (natura naturata). Baruch Spinoza A natureza produzida é o mundo das manifestações da substância, o mundo dos modos. Os modos seriam mutáveis e inconstantes, pois são apenas formas casuais da manifestação da substância. Todas as coisas concretas, entre elas o ser humano, pertenceriam ao mundo dos modos. Também entre os modos estaria incluído o movimento. A substância sempre é homogênea e indivisível. A variedade das coisas só existiria nas coisas transitórias, nos modos. Baruch Spinoza A substância é sua própria causa, bem como causa das coisas mutáveis concretas, dos modos. A substância, além da extensão, possuiria outro atributo, que é o de aparecer ao pensamento. Assim, Spinoza sugere um tipo de determinismo. Cada coisa, cada fenômeno da natureza é causalmente condicionado. Também a conduta do homem estaria sujeita a uma necessidade que a cause. A teoria da causalidade de Spinoza é metafísica. Ela identifica a causalidade com a necessidade. Assim, o materialismo de Spinoza tinha um caráter abstrato, metafísico. Interatividade Quando Descartes afirma “penso, logo existo”, ele está querendo dizer que: a) a única coisa que podemos sempre ter certeza é que pensamos, mesmo quando dormimos. b) o pensamento equivale à realidade das coisas. c) a ideia das coisas é mais importante do que elas. d) a matéria não existe. e) a matéria existe, mas não sabemos o que ela é. Gottfried Wilhelm Leibniz Leibniz (1646-1716) foi o maior representante das tendências progressistas da burguesia alemã. Leibniz era filho de um professor de moral na Universidade de Leipzig. Quando terminou seus estudos na universidade, viajou pela Europa e conheceu os cientistas e pensadores mais notáveis da sua época, como Newton, Huyghens e Spinoza. Suas obras mais importantes são a “Monadologia”, os “Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano”, e o “Tratado de Dinâmica”. Gottfried Wilhelm Leibniz Sua atividade filosófica, científica e política estava condicionada pelo caráter idealista. Ele procurou integrar o racionalismo com o empirismo. Na política defendeu os princípios da unificação nacional da Alemanha. Era contra o materialismo e o ateísmo, mas mesmo assim sofreu com a perseguição religiosa. Sua forma de idealismo é conhecida como panpsiquismo. Gottfried Wilhelm Leibniz Leibniz acreditava que os verdadeiros átomos do universo são mônadas. As mônadas seriam formas substanciais de seres, individuais, que não interagiam, mas eram dotadas de percepção. Para Leibniz, o mundo externo é ideal por ser um fenômeno espiritual, cujo movimento é o resultado de uma força dinâmica dependente dessas mônadas simples e imateriais. Deus seria a mônada central. Esta teria a capacidade de criar uma harmonia entre o mundo interno, das mentes que contivessem as mônadas alertas, e o mundo externo, dos objetos reais. Gottfried Wilhelm Leibniz O panpsiquismo sustentava que todas as partes da matéria envolvem a mente. O universo inteiro seria um organismo que possui uma mente. Assim para o panpsiquismo, todos os objetos da experiência são também sujeitos. Portanto, as plantas e os minerais teriam também experiências subjetivas, que seriam diferentes da consciência dos seres humanos. Leibniz foi o precursor do idealismo clássico alemão e sua dialética idealista foi concluída pela filosofia de Hegel. John Locke John Locke (1632 - 1704) foi um filósofo inglês do início do Iluminismo. Suas ideias tiveram enorme influência no desenvolvimento da epistemologia e da filosofia política. Ele é considerado um dos mais influentes dos primeiros pensadores do Iluminismo. Também foi o primeiro empirista britânico, um movimento que incluiu George Berkeley e David Hume. John Locke Ele afirmava que todas as nossas ideias são, em última instância, derivadasda experiência, e o conhecimento de que somos capazes é, portanto, limitado em seu alcance e certeza. Sua “Filosofia da Mente” é frequentemente citada como a origem das concepções modernas de identidade e do “Eu”. Ele também sugeriu que a mente era uma “tábula rasa”, um quadro em branco, e que as pessoas nascem sem ideias inatas. John Locke A filosofia de Locke é materialista, mas contém tendências idealistas. Ele reconhecia duas substâncias, a matéria e o espírito. Também concordava que Deus é a causa suprema das coisas. Mas ele sugeriu que a matéria tem a aptidão de pensar e, desta forma, ele disfarça um princípio materialista com uma forma teológica. Escreveu que essa aptidão poderia ter sido dada à matéria por Deus. John Locke Sua teoria considerava a existência das qualidades primárias e secundárias das coisas. Locke chamou de qualidades primárias a solidez, a extensão, a figura e o movimento das coisas. Considerava que estas qualidades são inerentes às próprias coisas. As sensações que as coisas provocariam nos seres humanos aconteceriam por semelhança ou segundo a imagem dessas qualidades objetivamente existentes. John Locke As qualidades secundárias eram, para Locke, a cor, o som, o sabor, provocadas pelo movimento das partículas e dos corpos inacessíveis à percepção. Mas as sensações não seriam as imagens das qualidades objetivamente existentes. Elas são subjetivas. Esta dualidade da filosofia de Locke serviu de ponte para o materialismo e o idealismo. John Locke Na filosofia de Locke, a matéria seria uma massa inerte, cujo movimento é originado de fora por um motor primário, que é Deus. Apesar da limitação de suas teorias, a filosofia de Locke desempenhou um grande papel no avanço da filosofia. Seu mérito maior foi ter fundado a filosofia do bom senso. Ele estabeleceu que não pode haver uma filosofia separada da razão, sempre acompanhada pelos sentidos humanos. Interatividade Para Locke, a matéria seria uma massa inerte e as sensações seriam subjetivas. Como essa dualidade da filosofia de Locke serviu de ponte para o materialismo e o idealismo? a) O materialismo defende que tudo o que aparece existe, e o idealismo defende que tudo o que aparece são ideias subjetivas. b) O materialismo defende que tudo o que aparece é subjetivo, já o idealismo defende que tudo o que aparece é objetivo. c) O materialismo e o idealismo defendem que tudo o que aparece existe. d) O materialismo e o idealismo defendem que tudo o que aparece são ideias subjetivas. e) O materialismo defende que nada aparece e o idealismo que tudo aparece. George Berkeley O bispo George Berkeley é conhecido como o “Pai do Idealismo”. Foi um filósofo irlandês do Iluminismo, conhecido por sua teoria do imaterialismo. O imaterialismo era um tipo de idealismo semelhante ao idealismo moderno. Junto com John Locke e David Hume, foi uma figura importante no movimento dos empiristas britânicos. Seu empirismo era radical, pois, para ele, “ser é ser percebido”. George Berkeley Para ele, nosso conhecimento deve ser baseado em nossas percepções. Não haveria, de fato, nenhum objeto cognoscível real por trás da percepção. O que era real era a própria percepção ou o ato de conhecer. Sua explicação sugeriu que, para que cada um de nós tivesse o mesmo tipo de percepção de um objeto, Deus teria de ser a causa imediata de todas as nossas percepções. Esta versão de idealismo de Berkeley é chamada de idealismo subjetivo ou idealismo dogmático. George Berkeley A realidade poderia ser resumida da seguinte forma: Existe um espírito infinito (Deus) e uma infinidade de espíritos finitos (humanos), e estamos em comunicação com Deus através da nossa experiência. O que consideramos ser toda a nossa experiência do mundo é análogo à linguagem de Deus, pois seria a maneira de Deus falar conosco. Todas as leis da ciência e da Natureza que vemos ao nosso redor são análogas à gramática da linguagem de Deus. Nessa teoria não há necessidade de postular a existência da matéria de forma alguma, pois toda a realidade seria efetivamente mental. George Berkeley Para Berkeley, o empirismo determina que o papel da experiência e da percepção sensorial é imprescindível na formação das ideias. Por este motivo não podem existir ideias inatas. Berkeley acreditava que a existência estava ligada à experiência. Os objetos existiriam apenas como percepção e não como matéria separada da percepção. Por isso que “Ser é ser percebido ou perceber”. George Berkeley O mundo externo teria apenas uma realidade relativa e temporária. Se duas pessoas vissem a mesma coisa, essa coisa existiria. Mas se ninguém visse uma coisa, aquela coisa só poderia existir na mente de Deus. Berkeley acreditava que é Deus quem nos faz experimentar os objetos físicos diretamente, deixando que nós experimentemos a matéria. Ele chamou essa teoria de imaterialismo, em oposição ao materialismo do seu tempo, mas sua filosofia foi posteriormente chamada de Idealismo Subjetivo. David Hume David Hume (1711- 1776) pertencia à camada conservadora da burguesia privilegiada. Hume era um partidário da oligarquia que defendia a Igreja e o Estado. Hume sabia que o problema da filosofia de Berkeley era ser baseada na sensação, negando a existência real das coisas. Isto tornou sua filosofia contraditória à ciência. Para eliminar as contradições internas da filosofia de Berkeley, ele construiu uma crítica mais sutil do materialismo. David Hume Para Hume, não havia como demonstrar a existência de Deus. Ele duvidava da existência da substância objetiva, não só de substância material (as coisas) como também a substância espiritual (a mente). Hume acreditava que apenas a experiência fornece imediatamente todo conhecimento ao ser humano. Hume nem tentou pensar por que os conhecimentos das causas materiais suscitam os sentidos externos. Ele reduziu, como também fez Aristóteles, a experiência à acumulação de sensações na memória. David Hume Para Hume, nenhuma das proposições e afirmativas sobre a fonte das sensações que podiam ser pensadas não conseguiam ser demonstradas. Assim, ele desenvolveu a teoria da impossibilidade de conhecer as coisas, mesmo que elas existam na realidade. Ao duvidar da existência das coisas fora da consciência e fora dos limites das sensações humanas, Hume adotou uma posição do ceticismo. Hume negou a existência da matéria. Fez isso declarando que era insolúvel resolver o problema do mundo objetivo. David Hume Para Hume era impossível demonstrar a existência de uma causalidade objetiva na natureza. Mesmo depois que dois fenômenos sucessivos se repetissem milhões de vezes, nada poderia garantir que da próxima vez isto se repetiria da mesma forma. Ao desistir de encontrar as soluções do problema da existência objetiva do mundo exterior, e também de pensar como os objetos que possuem influência sobre os órgãos dos sentidos provocam as sensações, ele chegou à negação da relação de uma causa objetiva entre os objetos. Interatividade Para Berkeley, nosso conhecimento deve ser baseado em nossas percepções. O que era real era a própria percepção ou ato de conhecer. Portanto, para ele: a) sabemos que a água é molhada porque alguém nos disse. b) sabemos que a água é molhada porque Deus nos disse. c) sabemos que a água é molhada porque temos a ideia inata da substância “água”. d) sabemos que a água é molhada porque pomosa mão na água. e) sabemos que a água é molhada porque entendemos a ideia do que é “molhada”. Iluministas e materialistas na França do Século XVIII O século 18 foi para a França o momento da decadência do feudalismo e do crescimento da burguesia. O processo de decomposição do feudalismo e o crescimento da produção capitalista e da acumulação de riquezas pela burguesia atingiram o limite. As contradições entre os nobres latifundiários e o clero de um lado, e a burguesia do outro, ao lado da qual estavam o campesinato, a pequena-burguesia urbana e o proletariado artesão, acabou provocando a Revolução Francesa. Era a guerra da burguesia contra o feudalismo. Iluministas e materialistas na França do Século XVIII A sociedade e o Estado, construídos sobre o privilégio e sobre o poder ilimitado e absoluto do rei, eram refutados pela teoria do “Direito Natural” do “Contrato Social” e da soberania do povo. A burguesia queria o direito de propriedade e de livre-concorrência. A primeira geração dos iluministas defendia os interesses da grande burguesia. Eles desenvolveram os ideais do liberalismo político moderado e do constitucionalismo. Tinham como modelo a monarquia constitucional da Inglaterra. Iluministas e materialistas na França do Século XVIII O representante da ala moderada dos iluministas franceses foi Montesquieu (1689-1755). Para ele, havia virtude na república; acreditava que o pensamento religioso deveria ser livre e censurava a soberania e a opressão dos privilégios da nobreza. Em sua obra “O Espírito das Leis” propõe a ideia da divisão do Poder em Legislativo, Judiciário e Executivo. Iluministas e materialistas na França do Século XVIII O maior adversário da Igreja e do clero era Voltaire (1694 - 1778). Defendia a liberdade individual contra a Igreja, os jesuítas e a inquisição. Acreditava que era ridícula a origem divina do poder real. Defendia a concepção científica do mundo e divulgava o livre-pensamento. O maior pensador da pequena-burguesia foi Jean Jaques Rousseau (1712 - 1778). Sua obra principal é o “Contrato Social” (1762). Iluministas e materialistas na França do Século XVIII Rousseau defendia que todo regime político-social é o resultado de uma convenção ou acordo entre os homens que se civilizaram, saindo assim de seu estado natural (como animais). Na doutrina de Rousseau surge pela primeira vez o materialismo histórico. A causa do aparecimento da desigualdade social é a divisão do trabalho, e a desigualdade política é o resultado da desigualdade de distribuição da propriedade entre os homens. Este livro se transformou no programa revolucionário que guiou a Revolução Francesa. O idealismo clássico alemão A metafísica impedia qualquer possibilidade dialética de abordar os fenômenos da natureza. Alguns pensadores como Descartes, Spinoza, Leibniz, Rousseau e Diderot revelavam traços evidentes de dialética. Mas a dialética nasceu no idealismo clássico alemão, que se desenvolveu a partir do trabalho de Emanuel Kant e está intimamente ligada ao movimento do Romantismo. O idealismo clássico alemão Além do próprio Kant, os principais participantes apresentaram versões particulares da teoria de Kant, como: Johann Gottlieb Fichte, Friedrich Schelling, Georg Wilhelm Friedrich Hegel e Arthur Schopenhauer. O idealismo clássico alemão A burguesia alemã era diferente da francesa. A Alemanha era, então, o mais atrasado país da Europa Ocidental. O regime feudal continuava existindo na Alemanha até o princípio do século XIX. Neste período apareceram escritores que figuram entre os representantes mais notáveis da literatura mundial, como Goethe, Schiller e Lessing. O idealismo clássico alemão O idealismo alemão, desde o seu precursor, que foi Leibniz, lutou contra o materialismo. Acreditavam que o princípio espiritual subjetivo ou objetivo determinava a percepção da matéria como a realidade objetiva numa maneira idealista. Isto era possível porque outros sistemas idealistas também se apoiavam no conhecimento materialista científico naturalista. Assim, conseguiram demonstrar que, na base de muitos exemplos científicos, existia uma analogia entre os processos do pensamento e os processos da natureza e da história. O idealismo clássico alemão Os idealistas também perceberam que existiam leis idênticas que explicavam o funcionamento de todos esses processos. Emanuel Kant tentou unir as duas escolas filosóficas dominantes do século XVIII, o racionalismo (que sustentava que o conhecimento poderia ser alcançado apenas pela razão, a priori) e o empirismo (que sustentava que o conhecimento só poderia ser alcançado através dos sentidos, a posteriori). Os idealistas alemães trabalharam tanto com o conteúdo materialista que, por fim, o sistema de Hegel se tornou, por decorrência de seu método e conteúdo, um materialismo escrito de uma forma idealista. O idealismo clássico alemão O idealismo transcendental de Kant afirmou que sabemos mais do que as ideias de Berkeley em nossas mentes na medida em que também conhecemos diretamente pelo menos a possibilidade da existência das coisas em si. Hegel afirmou que o pensamento abstrato puro como formulado por Kant era limitado e conduzia a contradições insolúveis. Para superar essas deficiências, Hegel introduziu a importância da história e do outro no despertar da autoconsciência. O idealismo clássico alemão Assim, Hegel propôs um pensamento totalmente novo, que, por sua vez, foi extremamente influente no desenvolvimento posterior da filosofia europeia. Schopenhauer afirmou que a coisa em si de Kant era o mesmo que a vontade ou pelo menos que sua proposta de vontade era a manifestação mais imediata da coisa em si que podemos experimentar. Ele entendeu que a “vontade da vida” seria um impulso fundamental, entrelaçado com o desejo, como a força motriz do mundo, anterior ao pensamento e até mesmo anterior ao ser. Interatividade Rousseau defendia que todo regime político-social é o resultado de uma convenção ou acordo entre os homens que se civilizaram, saindo assim de seu estado natural. Isto porque: a) toda forma de governo é um contrato entre as pessoas. b) todo governo consulta a vontade das pessoas. c) nenhum governo tem a participação popular. d) há governos que são contratados. e) o voto é uma forma de contrato. ATÉ A PRÓXIMA!
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