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Curso de extensão em terapia intensiva

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Curso de extensão em terapia intensiva
Prof.ª Claudia Maria Cunha
Enfermeira especialista em CTI 
CTI
CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO
UTI
FAZ PARTE DO CTI, JUNTO COM A UNIDADE CORONARIANA-(UCO)
UNIDADE SEMI INTENSIVA(USI)
Como surgiu o cti?
Unidade de Terapia Intensiva foi criada a partir da evolução das “Salas de Recuperação Pós-Anestésica” na década de 20 para pacientes submetidos à Neurocirurgia no Hospital Johns Hopkins – USA, e a 1ª UTI foi criada em 1926 em Boston pelo Dr. Walter Dandy.
Florence  Nightingale
Antes dessa primeira Unidade de Terapia Intensiva, um projeto idealizado pela enfermeira britânica Florence Nightingale merece nossa atenção. Em 1854 inicia-se a Guerra da Criméia no qual a Inglaterra, França e Turquia declaram guerra à Rússia. Em condições precárias de cuidados, havia uma alta mortalidade entre os soldados hospitalizados e as mortes chegaram ao índice de 40%. Um número muito alto, não? Foi aí que Florence e mais 38 voluntárias partiram para os Campos de Scurati, assumindo o atendimento e a mortalidade caiu para 2%.  O que aconteceu de tão diferente? Simples: a enfermeira classificou os doentes de acordo com o grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal maneira que os mais graves ficassem próximos à área de trabalho da enfermagem, para maior vigilância e melhor atendimento, ou seja, aquela era uma unidade de monitoração de paciente grave, é ali que nasce o projeto embrionário do que são hoje nossas UTI.
Primeiramente, é importante dizer que as UTI’s podem ser classificadas em Adulto, Pediátrica, Pediátrica Mista (pediátrica e neonatal), neonatal e as UTI’s Especializadas, dentre elas destacam-se: Cardiológica ou Coronariana, Cirúrgica, Neurológica, Transplante, dentre outras.
Este é o local no hospital destinado à oferta do SAV – Suporte Avançado de Vida ao paciente agudamente enfermo que tenha chances de sobreviver; e essa definição nos traz algumas reflexões e questionamentos, principalmente na falta de critérios para internar pacientes em UTI. 
PARA QUE SERVE A UTI?
tecnologia na uti
Algumas das características peculiares de uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), são: ambiente permeado de tecnologia de última geração, situações iminentes de emergência e necessidades de agilidade e habilidade no atendimento ao cliente.
Monitor multiparâmetro
VIGILEO
Plataforma de monitorização minimamente invasiva que mede o débito cardíaco contínuo quando usada com o sensor FloTrac. O volume sistólico a variação de volume sistólico também são medidos e exibidos no monitor Vigileo. A RVS é calculada e exibida quando há interface com o monitor ao lado do leito do paciente. O monitor Vigileo e o sensor FloTrac não exigem calibração para monitorar os parâmetros de fluxo. 
O monitor Vigileo pode também medir a oximetria venosa (SvcO2 - saturação de oxigênio venoso central e SvO2 - saturação venosa mista) quando usado com os cateteres de oximetria da Edwards Lifesciences adequados.
e.V 1000
Projetada para o uso no tratamento de pacientes com doenças agudas, o conjunto VolumeView proporciona parâmetros volumétricos informativos (EVLW, PVPI, GEDV e GEF) que podem ser usados especificamente no tratamento de edema pulmonar, lesão pulmonar aguda (LPA) ou síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). Os parâmetros volumétricos são fornecidos via termodiluição transpulmonar (TPTD
ECMO
Em medicina intensiva, a oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) é uma técnica médica extracorpórea usada para fornecer suporte de oxigênio para coração e pulmões em pacientes nos quais estes órgãos estão com a função muito prejudicada.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
CAPACITAÇÃO : O QUE É???
	Sendo a UTI um dos setores mais importantes e de alta complexidade tanto por parte da gravidade dos pacientes recebidos, bem como os equipamentos utilizados, muitas vezes produzidos em outros pais, obrigando os profissionais de enfermagem a aderirem ao sistema de Educação Continuada (SILVEIRA, 2013).
Paciente crítico ou grave
BRASIL (1998) define paciente Grave aquele que apresenta instabilidade de um ou mais de seus sistemas orgânicos, devidos a alterações agudas ou agudizadas, ameaçadora da vida.
Knobel (2006a) caracteriza a expressão paciente grave como sendo aquele paciente que apresenta um acelerado processo patológico e também requer uma atitude decisiva e capacidade de julgamento dos profissionais de saúde para prestar assistência apropriada à sua situação clínica. 
	A Unidade de Terapia Intensiva é destinada a pacientes graves, porém recuperáveis. É dotada de aparelhos que são capazes de manter a sobrevida desses pacientes e exige profissionais com alto nível de conhecimento (GOMES, 2008). 	Tratando-se da equipe de enfermagem, ela deverá manter-se atualizada, apta a desenvolver atividades de forma segura e qualificada, pois todo cuidado refletirá diretamente na recuperação desse paciente. 
	Infelizmente o que temos observado é a falta de interesse desses profissionais em aumentar seus conhecimentos, em dar continuidade ao seu processo de aprendizado, restando para a educação permanente o lugar de menor importância em seu cotidiano.
A educação é um processo que não se esgota, sendo o primeiro passo para o crescimento de uma profissão e profissionais, o enfermeiro que percebe isto encontra no cotidiano e durante toda a vida profissional situações de ensino aprendizagem (SALUM, 2000).
Ambiente de cti importância da capacitação
Reflexão e discussão
Pensando.....
QUAL A IMPORTÂNCIA DA MINHA ESPECIALIZAÇÃO NA MINHA VIDA PROFISSIONAL?
COMO PODE INFLUENCIAR NA VIDA DO MEU PACIENTE?
DE QUE MANEIRA,POSSO CONTRIBUIR PARA O BOM ANDAMENTO DA MINHA EQUIPE?
NA SUA OPINIÃO, SER UM PROFISSIONAL COM ESPECIALIZAÇÃO EM CTI, PODERÁ TRAZER BENEFÍCIOS PROFISSIONAIS/FINANCEIROS?POR QUE?
EXERCÍCIOS PARA CASA
PESQUISE SOBRE:
Nitroprussiato de sódio
Nitroglicerina
Dobutamina
Verapamil/Diltiazem
eletrocardiograma
O eletrocardiograma
O eletrocardiograma nada mais é que um registrador de voltagens, colocado na superfície do corpo e que vai determinar os eventos elétricos, pelos quais passa o coração. O eletrocardiograma registra as ondas de despolarização; como o coração se organiza como um sincício, ocorre uma massa de despolarização tanto atrial, quanto ventricular.
A onda P representa a despolarização atrial , ou seja, ela registra o momento em que acontece a contração atrial. Em seguida este estímulo vai passar pelo nodo A-V, não podendo ser detectado no eletrocardiograma, produzindo uma linha isoelétrica, que fica entre a onda P e o complexo QRS.
O complexo QRS representa a despolarização do ventrículo , enquanto a onda T representa a repolarização do ventrículo , que acontece ao final do período de ejeção.
O tamanho da onda é determinado pelo conjunto dos potenciais de ação que acontecem numa determinada área. Caso a amplitude da onda seja muito grande, significa dizer que pode haver uma hipertrofia cardíaca, como ocorre num indivíduo com hipertensão ou em um atleta que apresenta uma hipertrofia fisiológica.
Num indivíduo que sofreu um infarto, a amplitude da onda elétrica é menor, ou seja, um indivíduo infartado raramente vai apresentar uma onda R muito grande.
Entre a onda P e o complexo QRS, o estímulo elétrico está passando pelo nodo átrio-ventricular. Nem sempre é possível observar a onda Q, pois ela representa a despolarização da 1ª parte do ventrículo, correspondendo à região do septo. Dependendo da posição da derivação, não é possível se perceber esta onda. Porém, a onda R vai ser sempre percebida, pois ela representa a despolarização da parede dos ventrículos.
Derivações Periféricas
Se denominam Derivações Periféricas as derivações do ECG obtidas a partir dos eletrodos colocados nos membros.
Estas derivações fornecem dados eletrocardiográficos do plano frontal (não proporcionam dados sobre potencial dirigidos para a frente ou paratrás).
Existem dois tipos de Derivações Periféricas: As derivações bipolares, ou de Einthoven, e as derivações unipolares aumentadas
As Derivações e seus Significados
No ECG de 12 derivações, 6 delas são periféricas e 6 pré-cordiais. Das 6 periféricas, 3 são bipolares (DI, DII e DIII) e 3 unipolares (aVR, aVF e aVL). As pré-cordiais são captadas com a colocação de um eletrodo diretamente sobre o tórax, seguindo a delimitação dos espaços intercostais; são designadas de V1, V2, V3, V4, V5 e V6. 
DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS Bipolares
DI 
Localização dos eletrodos no MSE e MSD. É positivo o eletrodo do MSE e negativo o do MSD. Explora a superfície lateral e do coração. É uma deflexão positiva. 
DII 
Localização dos eletrodos no MSD e MIE. É positivo o eletrodo do MIE e negativo o do MSD. Explora a superfície lateral esquerda. É uma deflexão positiva. 
DIII 
Localização dos eletrodos no MSE e MIE, sendo positivo o do MIE e negativo o do MSE. Explora a mesma superfície das anteriores. É bipolar e positiva. 
Unipolares
aVR 
Localização do eletrodo no MSD, sendo este positivo. Explora o átrio direito. A captação da atividade produz ondas negativas.
aVF 
Localização do eletrodo no MIE, sendo o eletrodo  positivo. Explora a superfície lateral esquerda, mas também a parede inferior. Produz deflexões (ondas) positivas.
AVL
Localização do eletrodo no MSE. O eletrodo deste membro é positivo. Explora a superfície lateral esquerda e produz deflexões positivas
DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS BIPOLARES E UNIPOLARES
RELEMBRANDO.....
ARRITMIAS Cardíacas

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