Buscar

fichamento controle externo e interno_Lucas Antunes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fichamento de Estudo de Caso
Lucas Antunes
Trabalho da Disciplina Controle Externo e Interno,
 Tutor: Prof. Antonio Luis Draque Penso
Florianópolis
2019
FICHAMENTO
TÍTULO: Controle Externo e Interno 
CASO: Governando o “Sonho Chinês”: Corrupção Desigualdade e o Estado de Direito
REFERÊNCIA: 
DITTEL, Rafael; AMEGRITHMIRE; SZYDLOWSKI, Kait. Governando o “Sonho Chinês”: Corrupção, Desigualdade e o Estado De Direito. Boston: Harvard Business School Publishing, 2015.
TEXTO: 
O artigo faz uma análise da situação que Xi Jinping encontrou na China no começo de seu governo em 2013, e de seu plano de governo a partir daí, auto nominado de “o sonho chinês”. Para isso, os autores primeiramente dão uma breve resumida no passado da China, passando pelas dinastias antigas e pelas derrotas que o país sofreu em guerras até a criação da República Popular da China (PRC). Eles analisam com mais detalhes as 4 mudanças de liderança, e suas reformar políticas, que o país teve com o Partido Comunista Chinês desde a criação da PRC em.
De acordo com Ditell, Amegrithmire e Szydlowski, Mao Zedong foi o primeiro líder e o criador da República Popular da China. Seu governo era baseado no Marxismo e na luta de classes tendo os camponeses como peças chaves, ao invés de trabalhadores urbanos como em outros países. A relação do comunismo de Mao com a sociedade era dada pelo chamado “contrato social socialista”, onde o estado oferecia estabilidade, assistência e igualdade social em troca da aceitação do não crescimento individual, fim da propriedade privada e monopólio político do Partido Comunista Chinês.
Mao Zedong tinha um estilo de transformação e experimentação, fazia uso de campanhas políticas de mobilização de massa e propaganda intensiva. Como exemplo os autores apontam a campanha do “Movimento Antidireitista, que punia críticos do partido, e a campanha “Grande Salto”, 1958, a qual tinha como objetivo modernizar o país e competir com outros países, porém as exigências do estado sobre os trabalhadores matou cerca de 40 milhões em 3 anos.
O fracasso levou Mao a se afastar da presidência, contudo manteve a posição de liderança no partido. Ele usou sua influência para promover outras campanhas e revoluções, uma delas apoiava protestos radicais de grupos chamados de “Guarda Vermelha”, que levou a sociedade a sofrer com a violência e o caos, visto que integrantes dos movimentos e até cidadãos comuns passaram a competir pelo comprometimento com a revolução do líder.
Segundo os autores, Deng Xiaoping assumiu a liderança da PRC de 1978 a 1992 depois da morte de Mao em 1976. O país estava abalado pelos motins do antecessor de Deng, este renegou as campanhas de massa famosas no governo de Mao, focou no crescimento da economia de mercado sem sair do sistema socialista, aumentou a produção agrícola gerando maior renda, aplicou a política de natalidade retirando benefícios de quem tivesse mais de um filho não autorizado, liberou o investimento direto estrangeiro (FDI), o que pareceu controverso com os ideais comunistas, porém Deng seguia compromissado com princípios do Partido Comunista Chinês apoiado no Marxismo-lenismo e Maoísmo.
As mudanças de Deng mostraram resultados na economia, porém protestos por maior liberdade e contra a corrupção surgiram, o mais importante foi iniciado por universitários na Praça da Paz Celestial e foi interrompido pelo exército chinês estimando-se centenas de mortos.
Jiang Zenim foi nomeado presidente da China em 1993, época em que o socialismo europeu e soviético estavam sofrendo reformas com privatizações e reforma de mercado, ele ficou no cargo até 2003. Jiang seguiu a linha parecida do cenário socialista mundial, manteve reformas pró mercado, expandiu o papel do capital estrangeiro, privatizou um grande número de empresas estatais, aplicou reformas significativas na previdência social e anunciou que empresários seriam autorizados a se tornarem membros do CCP, o que chocou o partido, no entanto foi visto como uma tentativa de criar controle sobre o setor privado que estava em ascensão.
Hu Jintao se tornou presidente da República Popular da China em 2003, e governou com uma visão mais consciente e humanista. Ele visou abordar problemas sociais e o crescimento de forma mais sustentável, procurou reduzir as diferenças de renda e o desemprego, se preocupou com o progresso das áreas rurais melhorando a qualidade de vida nessas regiões, criou a ideia de que o partido deveria construir uma “sociedade harmoniosa”. Hu também criou uma campanha com objetivo de combater a corrupção. Contudo o governo de Hu Jintao sofreu com levantes e incidentes de massa, a maioria envolvia disputas de terras e conflitos ambientais.
 Xi Jinping foi nomeado presidente em março de 2013 estampando a visão política chamada por ele de “Sonho Chinês”, o qual se referia a uma nação forte e aos esforços por progresso do passado, seguindo o socialismo característico chinês. A sociedade apresentava uma crescente desigualdade, menos de 0,5 por cento das famílias tinham mais de 60 por cento da riqueza do país, a maioria dos considerados ricos da China era filiado ao Partido Comunista Chinês, a entrada de empresários no CCP mostrou beneficiar com troca de favores tanto o partido como os empresários. A participação em casos de corrupção do partido nos anos 90 aumentou 10 vezes, as reformas econômicas deram espaço pra isso, concedendo, por exemplo, liberdade para a manipulação de preços dos leilões de empresas estatais por funcionários, o salário baixo de funcionários públicos era apontado também como um incentivo para a corrupção.
Xi Jinping e seu premier, Li Keqiang, enfrentaram dificuldades, a dívida do país estava maior que nos anos anteriores devido a um estímulo monetário aplicado alguns anos antes, a sociedade apresentava descontentamento. A relação internacional com alguns países enfraqueceu, Coréia, Japão e Estados Unidos não estavam contentes com a Zona de Identificação de Defesa Aérea sobre o Mar da China Oriental criada por Xi. O partido estava desestabilizado, havia uma polaridade entre tecnocratas focados no desenvolvimento econômico e esquerdistas que buscavam os valores do socialismo.
Xi teve como prioridade inicial a disciplina interna do CCP, pedindo aos funcionários que diminuíssem os gastos desnecessários, ele visava à revitalização do partido. Aplicou fortes campanhas anticorrupção criando um departamento para o assunto dentro do partido, a Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCDI). 
A reunião anual do Comitê Central do Partido Comunista Chinês em 2014, focada pela primeira vez na constituição, anunciou que estabeleceria o estado de direito nos próximos anos, assim como a liberdade de expressão e de imprensa, liberdade religiosa e direitos humanos. O sistema de trabalho forçado e o registro de famílias que dividia rural de urbano estavam sendo abolidos.
O partido ainda tinha alguns desafios, como o do controle da internet. Um protesto estudantil chamou atenção em setembro de 2014 em Hong Kong, eles eram contra a ação do governo em examinar cuidadosamente os candidatos da próxima eleição da cidade, a repressão policial fez o levante chegar a mais de 100 mil participantes como reação. 
Por fim, Rafael Ditell, Amegrithmire e Kait Szydlowski (2015) levantam algumas questões sobre o governo d Xi Jinping, como qual seria o custo de sua estratégia de se concentrar em algumas questões deixando outras de lado, ou quais desafios ele teria pela frente que poderiam ameaçar o domínio, que já era de mais de 6 décadas, do Partido Comunista Chinês.
LOCAL: www.hbsp.harvard.edu/educators
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DITTEL, Rafael; AMEGRITHMIRE; SZYDLOWSKI, Kait. Governando o “Sonho Chinês”: Corrupção, Desigualdade e o Estado De Direito. Boston: Harvard Business School Publishing, 2015.
�