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CURSO DE DIREITO
AVALIAÇÃO INTERDISCIPLINAR 7º SEMESTRE
O ICMS ECOLÓGICO PREVISTO NA LEI ESTADUAL Nº 322/1996 COMO INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA AMBIENTAL NO ESTADO DO AMAPÁ
O projeto de pesquisa refere-se à análise do ICMS ecológico no Estado do Amapá, como instrumento de política pública de proteção ao meio ambiente. Os objetivos da pesquisa foram analisar os princípios estruturantes do ICMS ecológico, verificar os critérios ecológicos de distribuição do ICMS pertencente aos municípios e previstos na Lei Estadual nº 322/1996 e propor modificações nos critérios de distribuição de receitas tributárias do ICMS para o Estado do Amapá.
A metodologia de trabalho utilizou técnicas qualitativas e quantitativas: a pesquisa bibliográfica, a consulta a banco de dados, documentos e a realização de visitas em órgãos públicos. A apresentação de dados quantitativos ocorre principalmente em tabelas. 
O Estado pode utilizar Instrumentos Econômicos de proteção ao meio ambiente. O Direito Tributário é um desses instrumentos. Conjugado com o Direito Ambiental exsurge a tributação ambiental. No Brasil, o ICMS ecológico tem sido a experiência mais bem sucedida. Não se trata de um novo imposto mas da distribuição, por intermédio de critérios ecológicos, dos recursos do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de competência dos Estados-Membros, porém pertencentes aos municípios. 
O ICMS ecológico somente pode ser criado por intermédio de lei, (princípio da legalidade) e se refere à distribuição das receitas tributárias entre os entes subnacionais (princípio do federalismo fiscal). Insere na área do direito tributário a variável ambiental (princípio da ubiquidade). 
Sua lógica determina que os municípios mais desenvolvidos e mais populosos que antropizam o meio ambiente devem arcar com parte do custo da proteção ao meio ambiente. No caso, perdem, ou deixam de ganhar receitas tributárias do ICMS, por conta de novos critérios que privilegiam questões ecológicas ou ambientais (princípio do poluidor-pagador). Os municípios que protegem o meio ambiente, em especial por intermédio das unidades de conservação, devem ser compensados e incentivados a proteger o meio ambiente, recebendo valores maiores do ICMS pertencentes aos municípios justamente pela adoção de critérios ecológicos ou ambientais (princípio do protetor- recebedor).
Inferiu-se que a Lei estadual nº 322/96 obedece aos princípios estruturantes do ICMS ecológico, pois foi criada por lei e distribui parte dos recursos aos municípios por critério ambiental, entretanto, dos 10 critérios da Lei, apenas um é ambiental, sendo três explicitamente poluidores. No período de 1997 a 2007 os recursos foram concentrados em Macapá e Santana que aumentaram sua participação nos recursos distribuídos, esse fenômeno ocorreu apenas no Amapá dos 13 estados pesquisados.

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