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Prévia do material em texto

Interpretação e 
Produção de Texto
Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Elizabeth Maria Ziliotto
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
5
Para um aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades.
É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
 · identificar os fatores de textualidade;
 · empregar o processo de conectividade por coesão e coerência na leitura e 
produção textual. 
Mecanismos de conectividade na 
construção dos sentidos textuais
• Que faz do texto um texto?
• Mecanismos de Coesão e Coerência nos textos
6
Unidade: Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
Contextualização
Circuito Fechado
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, 
água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, 
sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo; pente. Cueca, 
camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, 
níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maços de cigarros, 
caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, 
guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, 
cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos 
de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, 
quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. 
Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, 
bilhetes, telefone, papéis. (Ricardo Ramos)
http://www.portugues.com.br/redacao/textos-sem-coesao.html
À primeira vista, tanto a imagem da corrente de roldanas, partida ao meio, com um dos 
elos, separado e sustentado por um balão, como o texto Circuito Fechado, de Ricardo Ramos 
parecem uma série de elementos soltos, sem relação, entretanto podem ser chamados de texto. 
Vamos entender o porquê disso!
Numa leitura mais atenta, é possível observar que há uma articulação entre os elementos 
que compõem a figura ilustrativa e os do texto, ambos abrem esta unidade de estudo. No texto 
não verbal, ou seja, na ilustração, o formato dos elementos principais é o de uma corrente de 
roldanas, ligadas entre si, que normalmente integram engrenagens e mecanismos que permitem 
o funcionamento de uma máquina.
O texto verbal é composto por substantivos selecionados e combinados, que revelam um 
significado implícito, aparentemente desconexo, mas facilmente identificado pelo leitor. A 
sequência das palavras ou frases justapostas retrata um mundo moderno que bem conhecemos, 
trata-se da rotina de um homem de negócios. Assim, apesar da estranheza provocada na primeira 
leitura, o texto é coerente, ou seja, faz sentido.
A ligação entre os elementos que constituem um texto é um dos fatores de textualidade 
chamado de coesão. Se analisada como mecanismo de ligação entre partes, está relacionada 
com os conectivos que existem em um texto, mas é possível que um texto seja coerente sem 
apresentar elementos coesivos. Isso acontece porque a coerência textual está nos sentidos 
construídos pelo leitor que reconhece as relações propostas pelo autor. Nem sempre um texto 
precisa ser coeso ou apresentar vários conectivos, para ser classificado como um texto, entretanto 
é imprescindível que ele seja coerente, isto é, que apresente uma ideia lógica, fornecendo 
elementos que permitam e facilitem a compreensão do leitor.
Nesta unidade, vamos estudar os diferentes mecanismos de conectividade que permitem 
que um texto seja assim considerado, vamos identificar quais são os fatores de textualidade e os 
recursos de conexão que constroem os significados e a comunicabilidade das ideias. 
7
Que faz do texto um texto?
Quando enunciamos ou discursamos, selecionamos e combinamos palavras, frases ou 
orações, apropriadas para formular uma mensagem que provoque uma resposta no ouvinte ou 
leitor. Por outro lado, o interlocutor compreende, interpreta e responde com postura ativa àquele 
enunciado, internamente por meio de seus pensamentos e conhecimentos ou, externamente, 
por meio de um novo enunciado oral ou escrito. Todo esse processo se dá pela interação social, 
ou seja, pela relação dialógica entre os sujeitos nas práticas sociais e por meio da linguagem 
constituída pelo verbal ou não verbal.
Ao criarmos as mensagens de comunicação, escolhemos um formato, um modo de configurar 
o produto textual. A esse formato, chamamos de gênero, isto é, o conjunto de propriedades 
formais que delineiam o texto quanto ao tipo de construção que apresenta um conteúdo temático 
e um estilo. Os gêneros textuais são importantes instrumentos de transmissão de mensagens, 
são gerados a partir das nossas necessidades de comunicação nas interações e vivências. 
Cada esfera de ação humana comporta um repertório significativo dos gêneros textuais ou 
do discurso. O que importa nessa classificação é entender quais são os elementos, isto é, que 
condições específicas e finalidades conduzem à seleção e combinação dos elementos para a 
produção dos sentidos nas mais diversas formas de mensagens elaboradas.
A palavra texto provém do latim textum, que significa “tecido, entrelaçamento”. Desse modo, 
a atividade de tecer nada mais é do que entrelaçar unidades e partes a fim de formar um todo 
inter-relacionado. Todo texto é produto e processo. O trabalho de tecelão do produtor de textos 
escritos consiste na tessitura do texto pela rede de relações que garante sua unidade (coesão e 
coerência). O resultado da ação de tecer deve ser uma sequência de elementos não contraditórios 
que se conectam entre si, e se apresenta gradativamente por meio de um movimento que 
combina ou alterna repetição e progressão. A escolha do tipo de texto depende da intenção de 
quem planeja, seleciona e combina os elementos, com objetivo de comunicar algo a alguém. 
Segundo Halliday e Hasan, a palavra texto é usada em linguística para referir-se a qualquer 
passagem, falada ou escrita, de qualquer tamanho, que realmente forma um todo unificado. 
Nós sabemos, como regra geral, quando alguma passagem de nossa própria língua constitui 
um texto ou não. Isto não significa que nunca possa haver alguma dúvida. A diferença entre um 
texto e uma coleção de frases desconexas é, em última análise, uma questão de grau, e sempre 
pode haver instâncias sobre as quais nós temos dúvidas. Mas isso não invalida a observação 
geral de que somos sensíveis à diferença entre o que é texto e o que não é (Cohesion in English, 
Londres: Longman, 1976).
A Linguística textual define textualidade como conjunto de características que fazem com que 
um texto seja um texto e não apenas um amontoado de frases; e texto como unidade linguística 
concreta, não de forma, mas de significado, realizado por frases, em uma dada situação de 
interação comunicativa. Nesse sentido, três níveis devem ser considerados para a compreensão 
de um texto: o pragmático que se refere a seu funcionamento e atuação informacional e 
comunicativa, o semântico-conceitual, relativo à coerência e o formal, concernente à coesão.
O texto, portanto, é um conjunto (coeso e coerente) de elementos, reunidos em dois planos, 
o do conteúdo, em que se apresenta a ideia, o significado, e o da expressão, que é o modo, a 
8
Unidade: Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
forma de revelar, o significante. Esse processo de organização e produção descreve e explica o 
que o texto diz e como ele faz para dizer o que diz. 
O processo de leitura descreve e explica uma forma de ver a realidade com o objetivo de 
transmitir e defender uma determinada opinião. Esse importante aspecto permite que o texto 
seja um todo de sentido e não um amontoado de palavras e frases.Ler é compreender, analisar 
e interpretar os sentidos de um texto. 
Para realizarmos essas operações, precisamos conhecer os mecanismos de construção dos 
sentidos, observando, primeiramente, as relações dialógicas dadas, interna e externamente, 
em cada plano, o do conteúdo e o da expressão; e as relações entre um plano e outro. Além 
disso, consideremos as relações entre produtor e receptor envolvidos com o produto de 
representação e comunicação nessa busca de identificar os sentidos do texto de acordo com 
dada situação e contexto.
A leitura e a produção de textos resultam das relações dialógicas entre produtor e receptor 
e entre cada plano que compõe a unidade para construir os sentidos das comunicações nas 
práticas sociais. 
A ilustração seguinte representa graficamente o conceito dialógico entre os planos da 
textualidade e as partes ou elementos envolvidos no processo de comunicação. 
Conteúdo = ideia
(Signi�cado)
Expressão = forma/modo
(Signi�cante)
Fonte: Adaptado de Ziliotto, 2009. 
A comunicabilidade e a significação do produto textual resultam de determinados fatores que 
asseguram sua unidade. É preciso que o enunciador tenha determinada intenção de comunicar algo 
- intencionalidade discursiva para transmitir significados entre interlocutores de uma dada situação 
(lugar social, período de tempo). Nesse sentido, o enunciador seleciona e combina os elementos 
de seu produto de comunicação (enunciado/discurso/texto) e, para garantir a compreensão da 
mensagem, e a aceitação/adesão do enunciatário, realiza o processo de elaboração dos sentidos 
pela manifestação linguística e pelos mecanismos de conectividade textual.
Beaugrande & Dressler apresentam os sete princípios de textualidade que asseguram a 
unidade de sentido de um texto. Além dos dois mecanismos linguísticos e conceituais, a coesão e 
coerência, os outros cinco ligados ao aspecto pragmático (as relações entre produtor e receptor) 
do processo comunicativo são os fatores de textualidade que permitem a identificação de um 
texto (enunciado/discurso) como tal. 
9
São em síntese:
 · intencionalidade: atitude de quem produz (fala ou escreve) o texto coesivo e coerente;
 · aceitabilidade: atitude do receptor diante da relevância ou utilidade de quem “lê” (vê ou 
escuta) o texto;
 · informatividade: grau de novidade do que trata o texto;
 · intertextualidade: diálogo entre textos (citação de si mesmo: interna ou do outro: externa; 
explícita ‘na íntegra’; implícita: parcial/modificada);
 · situacionalidade: fatores de relevância em dada situação comunicativa, contexto ou 
circunstâncias do texto;
 · conectividade: envolve a coesão: ligação gramatical entre os elementos selecionados e 
combinados para a configuração textual e a coerência: lógica de significados entre as 
partes que compõem um texto.
O processo de conectividade refere-se às relações entre os elementos da:
 · microestrutura organizacional de um texto, ou seja, nas relações das palavras, frases 
e períodos; 
 · macroestrutura: as ideias, os pensamentos. 
Dessa forma, a conectividade ocorre por: coesão e coerência. Os princípios de coerência e 
coesão são vistos como unidade de sentido e ligação das ideias do texto, respectivamente. 
Othon Garcia Marques, em Comunicação em prosa moderna, diz que coerência “é o que 
está junto ou ligado; consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica e de 
acordo com um plano definido”.
Maria da Graça Val, em Repensando a textualidade, afirma que a coesão “é a manifestação 
linguística da coerência; advém da maneira como os conceitos e relações subjacentes são 
expressos na superfície textual”. 
Segundo Leonor L. Fávero, os fatores de coesão dão conta da estruturação da sequência 
superficial do texto e os de coerência dão conta do processamento cognitivo do mesmo. Em 
síntese: a coesão é do nível microtextual (conjunto de frases conectadas por elementos léxico-
gramaticais) e apresenta a ligação das ideias do texto; a coerência é do nível macrotextual 
(estrutura que identifica o significado global do objeto textual), responsável pela unidade de 
sentido do texto.
Para Pensar
Sobre os mecanismos de conectividade textual, vamos ouvir a música Ainda bem, de 
Marisa Monte e apreciar o vídeo que combina uma série de elementos verbais (linguísticos) e não 
verbais (sonoros da música e visuais nos movimentos e gestos da dança) para compor a unidade 
de sentido textual. Acesse o link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=t7M89YJAPhM
10
Unidade: Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
Depois de desfrutar da apresentação, sugerimos que você selecione da letra da música e 
comente sobre um termo ou expressão que reúne em si o aspecto coesivo, em seguida, procure 
definir o que permite a coerência na estrutura ‘truncada’ do texto musical.
Se quiser trocar ideias sobre a atividade proposta, vá até o Fórum de Discussão da unidade 
e publique sua resposta para trocar ideias com o grupo!
Vamos lá?
Ainda Bem 
Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você
Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava, eu não tava a fim
Até desacreditei
De mim
O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão
Quem diria que a meu lado
Você iria ficar
Você veio pra ficar
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim
O meu coração
Já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão
Tinha sido maltratado
Tudo se transformou
Agora você chegou
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim
O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão
Quem diria que a meu lado
Você iria ficar
Você veio pra ficar
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim
O meu coração
Já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão
Tinha sido maltratado
Tudo se transformou
Agora você chegou
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim
Ainda Bem
Ainda bem
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Mecanismos de Coesão e Coerência nos textos
A coesão é o mecanismo de linguagem que nos permite interligar os elementos que formam 
a frase para que o sentido se construa. Pela coesão são realizadas as conexões gramaticais 
existentes entre as palavras, as frases e partes maiores do texto, ou seja, são as amarrações feitas 
pelos elementos gramaticais selecionados e combinados para garantir a unidade de sentido.
Os elementos que marcam as relações coesivas entre as palavras da superfície do texto são: 
as preposições (ligam palavras entre si), os pronomes de modo geral (recuperam ou substituem 
substantivos), as conjunções (ligam orações), e os advérbios ou expressões adverbiais (indicam 
circunstâncias de tempo, lugar, modo, etc.).
Assim, quando ligamos os determinantes dos nomes (artigos, adjetivos, numerais e pronomes) 
aos substantivos a que se referem, vamos concordá-los em gênero (masculino/feminino) e 
número (singular/plural). Isso ocorre com os artigos, adjetivos e pronomes que se ligam ao 
substantivo para determiná-lo, substituí-lo ou completá-lo. 
Podemos ainda fazer a coesão, isto é, a ligação entre o verbo e o sujeito. Nesse caso, realizamos 
a concordância verbal entre o verbo e o sujeito da frase, ou entre o verbo e seu complemento. 
Então, podemos identificar quem diz o que, para quem e sobre o quê.
A coesão entendida como mecanismo de conexão entre as palavras permite que recuperemos 
as relações entre as palavras e avancemos nas informações sobre o que desejamos dizer. A 
coesão serve para: 
 · referenciar: O professor pediu que fizéssemos o resumo do texto.
 · reforçar a ideia por repetição ou sinônimo: Ele nos alertou para evitar a cópia das 
palavras do autor ao fazer a síntese do texto.
 · resumir ou sintetizar: As palavras e frases copiadas, tudo deve ficar entre aspas.
 · repetir a ideia pela suspensão determo, indicada por uma vírgula, conhecido caso de 
elipse (suspensão ou omissão de termo): Meu resumo ocupou duas páginas, o dele, 
apenas uma.
 · sequenciar: Primeiro lemos o texto, depois selecionamos as palavras-chave.
Veja o exemplo seguinte: O professor ponderou que nota é resposta ao mérito do aluno. 
Essa afirmativa levou a classe a se dedicar melhor aos estudos. A expressão destacada, essa 
afirmativa, recupera toda a frase anterior, o emprego do pronome demonstrativo essa se refere 
a algo que foi dito antes, e o substantivo afirmativa substitui a ponderação do professor sobre o 
assunto abordado.
Palavras que referenciam adequadamente o conteúdo e conectores que recuperam, antecipam, 
expandem ou resumem dão unidade ao texto de forma coesiva. Vejamos mais um exemplo: 
Penso na lógica dos fatos, mas você acredita em milagres... Os pronomes retomam termos que já 
apareceram; a elipse (ocultamento/suspensão) evita repetições, a sinonímia pode levar a um sentido 
mais adequado sem repetir a mesma palavra, mas dando continuidade à ideia.
12
Unidade: Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
A coesão sequencial, marcada por conjunções e outros marcadores textuais dão progressão 
ao texto, observe: A mulher saiu de casa sem guarda-chuva. Embora tivesse observado que o 
céu estava carregado de nuvens, ainda assim não voltou para apanhar a proteção. Mas teve 
sorte, porque pouco tempo depois o sol apareceu e não caiu a tempestade que todos esperavam.
Sobre coerência, podemos entender as relações lógicas entre as ideias, as frases, que 
expressam os sentidos do texto para comunicar algo a alguém. Pelo mecanismo da coerência, 
são realizadas as conexões no plano das ideias que conferem sentido a um texto, ou seja, que 
permitem a sequenciação e progressão das informações sobre o que deve ser expresso.
Para que um texto seja coerente, o mecanismo da coerência textual pode ocorrer por:
 · Repetição: com desenvolvimento linear de elementos de recorrência, isto é, que 
recuperem a ideia apresentada. A sinonímia é um recurso indicado.
Ex.: Reagan perdeu a batalha no Congresso. O presidente americano não tem tido 
grande sucesso ultimamente em suas negociações com o Parlamento.
 · Progressão: desenvolvimento por ampliação do sentido constantemente renovada, isto 
é, a cada segmento vão sendo apresentadas mais informações. 
Ex.: Havia um país onde todos eram ladrões. À noite, cada habitante saía, com a gazua 
e a lanterna, e ia arrombar a casa de um vizinho. Voltava de madrugada, carregado e 
encontrava a sua casa roubada. E assim todos viviam em paz e sem prejuízo, pois um 
roubava o outro, e este, um terceiro, e assim por diante, até que se chegava ao último que 
roubava o primeiro. [...] (Ítalo Calvino)
 · Não contradição: desenvolvimento sem introduzir elementos que contradigam o que 
já foi enunciado anteriormente. O texto coerente não pode ferir o princípio da não 
contradição. Os enunciados não devem apresentar uma ideia que se choque com outra. 
Ex.: (sem coerência) Eram cinco horas, porém não vou ler agora esse documento e já 
fomos dispensados do trabalho.
Ex.: (coerente) São cinco horas. Não vou ler agora esse documento, pois já fomos 
dispensados do trabalho. 
 · Relação: os fatos do mundo representado pelo texto devem estar relacionados com a 
realidade configurada. A visão de mundo (do emissor & receptor) deve ser defendida 
com determinação e lógica.
Ex.: Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, 
creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, 
toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa abotoaduras, calças, meias, sapatos, 
gravata, paletó. [...] Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, 
papéis, telefone, agenda, copo com lápis. [...] Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. 
Papéis, telefone [...] (Ricardo Ramos)
Os sinais de pontuação são considerados elementos de estilo, mas também operam como 
conectores para a sequência de frases e parágrafos que apresentam determinada seleção de 
palavras, que as recuperam, resumem ou antecipam informações do conteúdo informacional. 
Vejamos, por exemplo, o emprego da vírgula nas frases do seguinte diálogo, cujo uso ou não 
dela altera totalmente o sentido expresso:
13
- Gostei do tratamento com Cromoterapia, você conhece?
- Esse não deve ser interessante! 
ou
- Esse não, deve ser interessante! 
Além disso, há um importante fator de coerência proveniente do conhecimento de mundo 
do leitor e do seu domínio da língua. Muitas vezes, a compreensão de um texto pelo leitor 
competente salva da incompreensão muitos textos, principalmente os literários e os textos que 
usam e abusam das licenças poéticas (publicitários, por exemplo) para comunicar as ideias.
Não contradições entre frases ou parágrafos, no encadeamento argumentativo, na progressão 
discursiva, nas amarrações de partes em finalizações e conclusões são aspectos conectores que 
asseguram a coerência na expressão das ideias a serem processadas cognitivamente pelo leitor. 
Em síntese, podemos dizer que um texto deve possuir coerência em três níveis:
 · do texto em si, ou seja, uma coerência interna expressa pelos conectores adequados;
 · do texto com a realidade, ou seja, uma coerência externa;
 · do texto com a proposta de comunicação a ser veiculada.
Para ler uma anedota
O moço foi pedir a mão da namorada em casamento. E o pai morrinha1 quis 
saber:
- Você acha que tem condições de dar a ela a mesma vida que ela tem aqui?
- Acho que sim. Eu também sou muito chato!
(Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 
2000. p. 31.)
Vejamos com quantas perguntas e respostas podemos desconstruir um texto para obter os 
sentidos dele. É evidente que não fazemos esse processo quando contamos ou ouvimos um 
texto, mas vamos fazer o exercício da desconstrução para perceber as possibilidades de relações 
entre os elementos que entram na construção de uma simples anedota, gênero oral, que revela 
crítica e bom humor.
 · Qual é a estrutura formal do texto? 
O texto contém três parágrafos, cinco períodos e nove orações (cada verbo ou locução 
verbal corresponde a uma oração).
 · Pra que serve o travessão? 
O travessão é um sinal gráfico usado para indicar a fala do personagem, a cada travessão, 
a fala de um interlocutor.
 · Como se chama a transcrição direta da fala do personagem? 
A transcrição direta da fala do personagem chama-se discurso direto.
 · Como se chama a transcrição indireta da fala do personagem, isto é, quando é o narrador 
1 Morrinha: pessoa que se mostra desagradável, maçante.
14
Unidade: Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
que conta a fala do personagem? 
Nesse caso, na transcrição direta da fala do personagem, temos o discurso indireto. 
 · Como ficaria a 1ª fala contada pelo narrador? 
A 1ª fala contada pelo narrador ficaria assim: E o pai morrinha quis saber se o moço 
tinha condições de dar a ela a mesma vida que ela tinha ali.
 · O que o pai quer dizer quando pergunta ao noivo se ele tem...? 
O pai, nesse caso, refere-se a condições materiais de oferecer: casa, dinheiro e fartura, etc.
 · O que o pai deve pensar sobre o rapaz, o noivo da filha? 
O pai deve pensar que o rapaz, provavelmente, é pobre.
 · A resposta do rapaz permite subentender que o pai da noiva é chato. Em que palavra se 
percebe isso? 
A palavra ‘morrinha’ caracteriza o pai, esse termo refere-se à pessoa que se mostra 
desagradável, maçante, por isso o subentendido.
Para ler uma tirinha de Laerte
Fonte: uol.com.br/laerte
Na leitura da tirinha, podemos observar os recursos não verbais que o desenho caricatural 
(desenho que deforma ou ressalta as características do objeto representado)proporciona. Ao 
ler esse tipo de texto, a observação dos elementos não verbais é muito importante, pois eles são 
carregados de sentidos para a construção dos sentidos do texto.
Começamos por destacar o uso da comicidade, para além dos recursos não verbais (aspectos 
visuais), na exploração do jogo de sentidos no emprego da dupla regência do verbo aspirar 
(transitivo direto/pede complemento sem preposição; transitivo indireto/pede complemento com 
preposição). Um sujeito usa o verbo com sentido de almejar, o outro usa o mesmo verbo com 
o sentido de sugar o ar ou de retirar a sujeira do local. As falas dos personagens apresentam-
se coesas e coerentes linguisticamente falando. Podemos comentar com nosso conhecimento 
linguístico sobre a regência do verbo aspirar, bem como pelo conhecimento de mundo sobre 
15
a experiência narrada no quadrinho. Nisso reside o sentido crítico fundamental da mensagem. 
Para completar a leitura, podemos considerar a visão de mundo de cada personagem, um 
deles tem aspirações de ascender rapidamente e acredita que isso possa ocorrer pelo simples 
fato de possuir/portar o diploma; o outro acredita que para subir na vida, é necessário começar 
mostrando a competência nos mínimos detalhes. Nesse sentido, vamos refletir sobre: Quem 
sabe mais sobre a vida, quem tem formação escolar ou a sabedoria de vida?
Mais um exemplo de conexão ou desconexão no texto publicitário de uma 
embalagem de leite em pó.
Reduit é leite puro e saboroso.
Reduit é saudável, pois nele quase toda gordura é retirada, permanecendo 
as outras qualidades nutricionais. Reduit é bom para jovens, adultos e 
dietas de baixas calorias.
Qual é o principal problema de coesão desse texto?
O pronome ‘outras’ resume tudo o que vem antes e inclui o elemento gordura no grupo das 
qualidades nutricionais. 
Qual é a incoerência textual? Se o leite é saudável porque “quase toda gordura é retirada” e a 
gordura está no grupo das qualidades nutricionais, como o leite pode ser considerado saudável 
por ter pouca gordura?
No exemplo apresentado, há dois tipos de incoerência: a externa (afirmar algo que entra em 
choque com o conhecido) a interna (negar uma afirmação que acabamos de fazer). As razões que 
violam a construção coerente do texto nesse sentido são: a falta de informação ou o repertório 
reduzido, a falta de domínio do enunciador para manter uma determinada visão de mundo.
Texto com incoerência semântica ou argumentativa (contraria o conhecimento 
de mundo)
No texto seguinte “Perfil de esportista”, podemos identificar um fragmento narrativo que 
viola a coerência do texto, identifique qual é e justifique por que isso acontece.
Ricardo era um jovem que adorava a vida ao ar livre; isso sempre decepcionou 
os pais, pois, ao contrário do que eles queriam, o rapaz nunca teve o menor 
gosto pelas atividades intelectuais. Por toda parte de seu quarto, havia sinais disso: 
raquetes de tênis, prancha de surf, equipamento de alpinismo, skate e, em sua 
estante, ao lado das obras completas de Shakespeare (autor preferido de quem ele 
se tornara assíduo leitor), uma bola que guardava com carinho desde a infância.
Como dizem, o quarto espelha as características de seu dono.
(Fonte: FIORIN e SAVIOLI, Para entender o texto. São Paulo: Ática, 2000, p. 268.)
Os sentidos implícitos nas intenções no enunciador
Observemos o diálogo entre os jovens rapazes na entrada da faculdade. Um deles, parado 
em frente à relação de candidatos aprovados, pensa consigo: Puxa vida! depois de tanto esforço, 
consegui ingressar na universidade... Mal consigo acreditar... as pessoas precisam saber da 
novidade... Volta-se para o companheiro e diz:
16
Unidade: Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
- João, você vem comigo até a secretaria da faculdade pra eu me matricular?
- Eu não sabia que você tinha passado no vestibular, Paulo!
Dar opiniões ou transmitir informações por meio de ideias implícitas é introduzir dados que 
não aparecem expressos na superfície do texto, mas podem ser explicitados a partir de elementos 
inscritos nele e recuperados pela situação em que se passam.
Os pressupostos, por exemplo, são um tipo de implícito dessa natureza, a informação nasce do 
próprio enunciado. Ao produzi-lo, o enunciador deixa marcas, pistas que permitem ao enunciatário 
(ouvinte ou leitor) deduzir o que está pressuposto. Quando a expressão é falada, fica mais fácil a 
identificação, pois junto do discurso, estão as expressões físicas: olhar, gestos, etc.
Em Alice no país das maravilhas, fábula (narrativa que contraria a lógica do mundo real) de 
Lewis Carroll, o chapeleiro maluco pergunta à menina se queria MAIS chá e ela responde que 
não poderia querer MAIS, se ainda não havia tomado nenhuma xícara. 
Segundo o professor Fiorin, os pressupostos são condição de argumentação, portanto devem 
se apoiar em elementos verdadeiros para serem aceitos. Seu uso capta a adesão do leitor, pois 
o pressuposto é um dado evidente, indiscutível.
No exemplo seguinte Ainda que tenha estudado muito, José não aprendeu. O posto é José 
não aprendeu. O pressuposto é José estudou muito.
Outro tipo de efeito de dizer sem ter dito é o subentendido. Não tem a mesma relação de lógica 
no sentido estrito, mas seu sentido implícito depende da percepção de códigos sociais e culturais 
de conhecimento do ouvinte. São os subentendidos, as informações que ocorrem nos enunciados, 
mas sua percepção depende do contexto enunciativo (sociossituacional, conhecimento mútuo 
entre interlocutores, saberes, relações). Não vêm marcados linguisticamente. É base para a 
ironia em muitos casos. 
Vejamos o exemplo de um professor em viagem por Cuba a quem foi questionado: “Você 
aprecia Fidel Castro?” E ele respondeu: “Eu amo a minha pátria.” Fica subentendido por trás 
da afirmação que o professor não aprecia Castro. (GUIMARÃES, 2009, p. 65)
Outro exemplo: “Você tem fogo?”- pergunta o transeunte que caminha pela rua com o cigarro 
na mão. Qual seria sua resposta? “Tenho” e não acenderia o cigarro. Na verdade, por trás da 
pergunta, vem ‘colada’ a ideia: “Acenda-me o cigarro, por favor?”.
Como síntese do tema abordado, podemos dizer que todo texto, enunciado ou discurso existe 
porque alguém o produz para dizer algo para ser ouvido, lido, interpretado, criticado, discutido, 
enfim, para compor uma resposta de acordo com os sentidos apreendidos pela exploração dos 
recursos e domínio da linguagem, pela visão de mundo a respeito da forma adotada para a 
transmissão do evento comunicativo.
Dentre os principais elementos para estabelecer as relações de sentido, temos os mecanismos 
de coesão e de coerência. O primeiro opera conexões entre os elementos gramaticais e 
semânticos no nível interno do texto. Já a coerência é o mecanismo responsável pelas relações 
entre as ideias e conceitos do texto. 
Podemos afirmar que um texto pode até não ser totalmente coeso, pode até não apresentar 
elementos de coesão caso de poemas, por exemplo, mas sem coerência o texto não existe. A 
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coerência violada pode comprometer não só a transmissão da mensagem, mas também levar a 
cabo uma relação de confiança entre produtor e consumidor, seja de determinado produto, seja 
nas relações humanas.
A coesão textual é elemento facilitador para a compreensão do texto, mas é a coerência que 
lhe dá sentido. Há textos desprovidos de elementos de coesão, mas coerentes, bem como o 
inverso também se dá. Observemos os exemplos seguintes:
Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Êta vida besta, meu Deus.
(ANDRADE, Carlos Drummond de.Poesia completa & prosa. 3ª ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.)
Tanto o texto de abertura do telejornal como opoema de Drummond são estruturados a 
partir de enumerações, o que dispensa os elementos coesivos. No entanto, o sentido dos textos 
deve-se à coerência global, que decorre da situação de comunicação (telejornal) e do gênero 
textual (poesia).
Já em: O time não jogou bem, mas perdeu, temos a conjunção mas funcionando como 
importante elemento coesivo para fazer a relação entre as duas orações. Entretanto, o texto é 
incoerente, pois não há relação de adversidade (oposição) entre o fato de o time não ter jogado 
bem e o de ter perdido.
Vamos finalizar esta unidade com algumas considerações sobre intertextualidade, considerada 
um recurso linguístico em linguagens das mais variadas; elemento de constituição da textualidade 
coerente; estratégia de leitura e compreensão de textos; fenômeno da relação dialógica entre 
textos, de acordo com Bakhtin; técnica ou mecanismo de produção textual (estilização e paródia) 
e conhecimento de mundo.
De acordo com Guimarães, as práticas intertextuais inscrevem o texto num campo intelectual 
já conhecido do leitor, com quem estabelecem uma espécie de convivência, pela utilização de 
material que remete a um “já escrito” que predetermina o texto e lhe assegura a previsibilidade, 
desde a simples reminiscência até a citação. 
Na publicidade e na literatura, é comum vermos o emprego da intertextualidade como relação 
referencial entre textos. Lembremos aqui tipos de intertexto exemplificados por algumas das 
“canções do exílio” da literatura brasileira, inspiradas na Canção do Exílio de Gonçalves Dias, 
Corrupção, 
criminalidade, 
violência, fome, 
guerras. O novo 
milênio começa mal! 
Texto de abertura de 
um grande telejornal.
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Unidade: Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
de 1843. Podemos citar, entre elas, as paródias: o poema Migna Terra, de Juó Bananere (escrito 
na década de 1920 em “dialeto ítalo-paulista”), Canto de Regresso à Pátria, de Oswald de 
Andrade (1928), e Canção do Exílio Facilitada, de José Paulo Paes (1986). Eis alguns poemas 
para leitura e apreciação:
Migna terra tê parmeras,
Che ganta inzima o sabiá.
As aves que stó aqui, 
Tambê tutto sabi gorgeá.
(...) Os rios lá só maise grandi 
Dus rio di tuttas naçó;
I os matto si perdi di vista,
No meio da imensidó.
 Juó Bananere
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia. 
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
 Murilo Mendes, de Poemas (1925-1931) 
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Material Complementar
Para leitura e Aprofudamento
Resumo do texto: Atividades e estratégias de processamento textual, capítulo II, A construção 
textual do sentido de Ingedore Villaça Koch. 
Disponível em: https://bb.cruzeirodosulvirtual.com.br/bbcswebdav/courses/backup_int_pro_
tex_grad_content/backup_int_pro_tex_grad_content/un_III/mat_comp/mat_comp1.pdf
Para saber mais!! 
Acesse: 100 erros de português frequentes no mundo corporativo
• http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/100-erros-de-portugues-frequentes-no-
mundo-corporativo/
De A a Z, confira os erros de português mais frequentes no universo corporativo, segundo 
especialistas consultados por EXAME.com
São Paulo - Especialistas advertem: tropeçar no português pode prejudicar a sua carreira. 
Mas é certo também que há erros que saltam aos olhos e há aqueles que quase passam 
despercebidos. Por exemplo:
1- A/há
Erro: Atuo no setor de controladoria a 15 anos.
Forma correta: Atuo no setor de controladoria há 15 anos.
Explicação: Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver.
2- A champanhe/ o champanhe
Erro: Pegue a champanhe e vamos comemorar.
Forma correta: Pegue o champanhe e vamos comemorar.
Explicação: De acordo com o Dicionário Aurélio, a palavra “champanhe” provém do francês 
“champagne” e é um substantivo masculino, como defende a maioria dos gramáticos, explica 
Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional.
Outros Links úteis para acesso e consulta a conteúdos gramaticais: 
Educação no portal da UOL
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/crase-regras-de-uso-e-emprego.htm
http://www.brasilescola.com/gramatica/
http://www.infoescola.com/portugues/concordancia-verbal/
http://www.infoescola.com/portugues/concordancia-nominal/
http://www.gramaticaonline.com.br/page.aspx?id=1
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Unidade: Mecanismos de conectividade na construção dos sentidos textuais
Referências
FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco Savioli. Para entender o texto: leitura e redação. 
16ª ed. São Paulo: Ática. 
GUIMARÃES, Elisa. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009.
__________ . A articulação do texto. São Paulo: Ática, 1997.
KOCH, Ingedore G. Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 7ª ed. São Paulo: 
Contexto, 2003.
VALENTE, André. Língua, linguística e literatura: uma integração para o ensino. Rio de 
Janeiro: EDUERJ,1998.
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Anotações

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