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MÉTODOS DE CÁLCULO – ESTABILIDADE DE TALUDES 1 - MÉTODO DO TALUDE INFINITO 2 - MÉTODO DE CULMANN Utilizado para taludes sem nível d’agua, isto é, com u=0. Além disso, os taludes devem ser verticais ou subverticais, com inclinação próxima a 90°. O solo é considerado um corpo rígido que desliza ao longo de uma superfície de ruptura planar Esta superfície de ruptura se instala ao longo de um plano pré-determinado, sempre passando pelo pé do talude. Tendo o conhecimento da geometria do talude e também da cunha de ruptura arbitrada pode- se saber as forças participantes no equilíbrio da cunha, que são: força peso, força de coesão e força de atrito (Figura 2.1). Figura 2.1 – Cunha de Ruptura no Método de Culmann Para resistir ao esforço de cisalhamento (T) que ocorre na interface da cunha de ruptura é necessário mobilizar os parâmetros de resistência de coesão (c) e ângulo de atrito (). Logo, no Método de Culmann estes parâmetros são denominados coesão mobilizada (cm) e ângulo de atrito mobilizado (m). 𝐶𝑚 = 𝑐 𝐹𝑠 𝑡𝑔𝑚 = 𝑡𝑔 𝐹𝑠 Fazendo o equilíbrio de forças na cunha de ruptura resulta na determinação da altura crítica de corte. Esta altura representa a máxima profundidade de escavação que um talude vertical ou subvertical pode sofrer de forma a se manter a estável. Resumindo: 𝐻 = 4𝑐𝑚 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝑖 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝑚 𝛾 ∗ [1 − cos(𝑖 − 𝑚)] Onde: - H = altura crítica de escavação; - i = inclinação do talude; - cm = coesão mobilizada; - 𝑚= ângulo de atrito mobilizado; - = peso específico do solo. 3 - MÉTODO DE TAYLOR Para taludes com uma única camada de solo Taylor elaborou tabelas e ábacos, correlacionando o número de estabilidade (N) com a inclinação do talude, para diversos ângulos de atrito do solo (). Figura 3.1 – Ábaco de Número de Estabilidade Esses ábacos foram desenvolvidos a partir do estudo de diferentes métodos pré-existentes, que consideram superfície de ruptura plana ou circular. As Figuras 3.2 e 3.3 representam os ábacos de Taylor. Neste método o fator de segurança (Fs) pode ser determinado por meio do Número de Estabilidade (N) e da inclinação do talude. Segundo Carmignani (2009) o ABACO A é dividido por uma linha curva em duas zonas, A e B: - Zona A: o círculo de ruptura passa no pé do talude, corresponde aos taludes mais íngremes; - Zona B: os taludes são menos íngremes e três diferentes situações são consideradas. Caso 1 - o círculo de escorregamento passa pelo pé do talude, mas há um trecho do círculo que se localiza em cota inferior ao talude e é representado por linhas cheias no ábaco, Caso 2 - o círculo de escorregamento passa abaixo do pé do talude, e é representado no ábaco por linhas tracejadas, de traços longos. Quando as linhas tracejadas não aparecem porque coincidem com as linhas cheias, este caso se confunde com o anterior; e Caso 3 – o círculo de escorregamento intercepta o talude e o ponto mais baixo comparece na mesma cota da altura do pé do talude. Corresponde à situação em que uma camada ou estrato mais resistente, situado à altura do pé do talude, inibe o aprofundamento do círculo crítico de escorregamento. Está representado por linhas tracejadas de traços curtos. Para utilização desse ábaco procede-se da seguinte forma: a) Escolhe-se Caso A ou Caso B; b) Adotar o fator de segurança inicial: Fsadotado; c) Com base na inclinação do talude e no Fsadotado encontra-se o 𝑚: 𝑡𝑔𝑚 = 𝑡𝑔 𝐹𝑠𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 d) Obtém-se do Ábaco o Número de estabilidade (N); e) Determina-se a coesão mobilizada (Cm): 𝑁 = 𝑐𝑚 𝛾.𝐻 f) Sabendo-se que 𝐶𝑚 = 𝑐 𝐹𝑠𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 ; é possível determinar o Fscalculado g) Comparar Fsadotado com Fscalculadp; - Caso Fsadotado = Fscalculado::::::::::::::::::::::::::;;OK!!!!! - Caso Fsadotado ≠ Fscalcuado::::::::::::::::::::::::::;;Não OK! h) Fazem-se tentativas sucessivas até obter a convergência de “Fsadotado” com “Fscalculado”. Quando se obtém a convergência, tem-se o fator de segurança do círculo de ruptura analisado.
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