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Criminologia Escola Positivista

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Resumo Capítulo 1
O Problema Epistemológico da Criminologia, o Positivismo. O Construcionismo Social. A Fenomenologia. A Filosofia Crítica. Características destas Tendências. In: Criminologia da reação social/Lola Aniyar de Castro; tradução de Ester Kosovski. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1983.
O problema epistemológico da Criminologia
Os movimentos intelectuais alinhados ao estudo do conhecimento influenciaram o conhecimento da criminologia. Observa-se que devido as descobertas e evoluções nesses estudos temos o problema do método utilizado no estudo da criminologia.
O positivismo. Características
	A escola positiva deu origem a primeira maneira de fazer criminologia, despertando um interesse pelo homem delinquente. Ela obedece a um movimento mais geral dentro da filosofia das ciências, cujos autores mais conhecidos, embora em áreas diferentes, são talvez DArwim e Comte.
Suas características são as seguintes:
Existe um mundo físico e o homem pode desvendá-lo fazendo relações de causa-efeito.
 É importante para o positivista obter uma metodologia, ou um instrumental de técnicas de investigação de técnicas que seja útil para extrair as leis que regem o mundo físico.
Sujeito observador x objeto de observação: Há uma separação; o observador não está incluído na realidade que vai conhecer; é como se fora algo diferente daquela realidade.
O conhecimento é tido como objetivo. Se aquilo que se vai conhecer está fora do observador, o conhecimento será objetivo, real, não estaria impregnado por sua subjetividade nem por suas circunstâncias pessoais.
Sobre estas bases está fundamentada a presumida neutralidade da ciência.
Eis os princípios e ao mesmo tempo a grande fraqueza do positivismo, pois, ao entender que a ciência é neutra e objetiva porque o observador está separado da realidade; os positivistas excluem da análise o sujeito cognoscente no momento em que apreende a realidade. Podemos depreender dessas características algumas observações:
A atividade não é reflexiva, porque a observação sobre o mundo não retorna.
O positivismo generaliza sobre eventos recorrentes, analisando vários fatos isolados que se repetem no tempo e no espaço. Através de leis gerais, que definiriam a realidade do mundo físico e social.
Concepção mecanicista da vida social, tentam-se explicar os fatos sociais, tal como se explicariam os fenômenos das ciências naturais.
Ignoram o contexto único no qual ocorrem os eventos.
Estuda-se um aspecto da realidade em detrimento ao estudo da totalidade: o delinquente, tanto como o observador, pertence a determinado lugar, época e sistema de produção, e analisar só um aspecto da totalidade.
O positivismo aceita a realidade oficial como se esta fosse a única realidade.
 Entende que a realidade oficial é aquilo que está ali, é o que se tem que estudar e nada mais.
Para os positivistas o delinquente é uma pessoa anormal porque viola a lei. Mas não questiona a lei, por que está ali, quem a colocou, o que significa, para quê e para que serve, como opera.
O Construcionismo social. Características.
1.Observações baseadas em construções mentais: a realidade só existe na medida em que é interpretada e em consequência apreendida.
2. É uma doutrina relativista; a realidade social é interpreta segundo a maneira que cada um tem de ver as coisas e, portanto, é uma realidade variável. Para o Construcionismo social o observador desempenha um papel determinante, porque a forma como ele conheça vai impregnar o que vem a conhecer.
3. O Construcionismo é uma filosofia reflexiva que se volta sobre o investigador. Essa metodologia apaga a realidade exterior ao ser totalmente trasladada para a subjetividade do observador, com o qual se cai no extremo oposto. 
O ponto positivo o ter descoberto a natureza problemática da lei. 
Representante dessa corrente é Becker. Para o autor a criminalidade depende da resposta dos outros, dependem da reação que a coletividade teve diante do ato de uma pessoa; se essa reação não se dá, a pessoa não é delinquente, o delito não existe. A delinquência é criada pela lei (a causa do delito é a lei e não o delinquente) ao criar as categorias delitivas.
Temos então a criminologia interacionista com conceitos que permitiram descobrir que a lei não é uma coisa absoluta, autônoma, valiosa em si e por si, mas que depende de pessoas que num dado momento reagiram de uma certa maneira, determinando que a conduta constitua um fato punível.

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