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Acúmulos e pigmentações PATOLOGIA

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Acúmulos e pigmentações
Pigmentação é caracterizada pelo acúmulo, normal ou patológico, de substâncias em certos locais do organismo. Podem ser classificadas como pigmentações endógenas, que são sintetizadas dentro do próprio corpo, ou exógenas, se originadas fora do corpo. 
Exemplos de pigmentações exógenas:
Antracose: caracterizada pelo carbono (poeira de carvão), relacionada à poluição, que quando inalado é fagocitado pelos macrófagos alveolares e transportado através de canais linfáticos para os linfonodos regionais na região traqueobrônquica, causando escurecimento dos linfonodos e do parênquima pulmonar, sua coloração varia da amarela escura à negra.
Siderose: pigmentação relacionada ao minério de ferro. Chega aos pulmões por inalação de partículas de ferro, atinge principalmente trabalhadores de mineradoras de hematita, soldadoras e trabalhadores que manipulam pigmentos com óxido de ferro. Apresenta coloração marrom/ferrugem. 
Argiria: pigmentação relacionada aos sais de prata. Geralmente é oriunda por contaminação sistêmica por medicação, manifestando-se na pele e na mucosa bucal, apresentando uma coloração acinzentada e azul escura. 
Crisíase: pigmentação relacionada a deposição de sais de ouro, é uma condição rara que possui como causas o uso terapêutico (artrite reumatóidea) e acupuntura. 
Bismuto: pigmentação pelo elemento bismuto, ocorre raramente, mas pode ser observada em tratamento de sífilis, com coloração marrom/preta. 
Tatuagem: pigmentação por sais de enxofre, mercúrio, ferro e outros corantes, normalmente é limitada a pele e apresenta coloração variável. 
Saturnismo: pigmentação por sais de chumbo com coloração azulada ou preta, dependendo do tecido. 
Exemplos de pigmentações endógenas:
Lipofucsina: conhecida como pigmento do envelhecimento, é um material intracelular granular, castanho-amarelado, que se acumula em vários tecidos, principalmente no coração, fígado e cérebro, como consequência do envelhecimento ou atrofia. É constituída por complexos de lipídios e proteínas, não é nociva à célula, mas é importante como marcador de lesão antiga por radical livre. 
Melanina: é um pigmento preto-acastanhado, produzido pelos melanócitos localizados na epiderme, e atua como protetor contra a radiação ultravioleta prejudicial. Apresenta dois subtipos, a eumelanina: cor castanho-enegrecida, com maior concentração em pele negra e a feomelanina: cor vermelho-amarelada, maior concentração em pele clara.
*Albinismo: melanócitos não produzem melanina.
*Vitiligo: diminuição da quantidade de melanócitos na epiderme. 
Ácido homogentísico: é um intermediário no metabolismo da tirosina. Na alcaptonúria há acúmulo deste nos fluídos e tecidos corporais devido a ausência congênita da enzima ácido homogentísico oxidase. O acúmulo do ácido resulta em urina escura e alcalina desde o nascimento, sendo que a ocronose e artrite manifestam-se na vida adulta.
Hemossiderina: relacionada à pigmentação hemoglobínica, é um pigmento resultante da degradação da hemoglobina e que contém ferro. A célula armazena ferro na forma de ferritina, quando não há degradação da ferritina em ritmo normal gera a hemossiderina, podendo ser localizada ou sistema, nesta o pigmento se acumula nos macrófagos do fígado, baço, medula óssea, linfonodos, derme, pâncreas e rins. Apresenta coloração vermelho acastanhada. 
Bilirrubina: acúmulo de bilirrubina causado pela falta de biotransformação, podendo levar a icterícia devido sua deposição na pele, mucosas, tecidos e órgãos. Apresenta coloração amarelada. 
Hematoidina: pigmentação desprovida de ferro, com coloração amarelada, formada em focos de hemorragia depois que as hemácias são destruídas por macrófagos.
Porfirinas: distúrbio na biossíntese do grupo prostético Heme, que resulta num acúmulo de porfirinas e de seus precursores no organismo, e no aumento da excreção de copro e uroporfirinas nas fezes e urina, além da presença de altas taxas dessas substâncias na circulação sanguínea.
Pigmento malárico: é a hemozoína, derivada da degradação das hemácias durante o ciclo de vida assexuado do Plasmodium falciparum, caracterizado por grânulos castanho escuro acumulado nos macrófagos do fígado, baço, medula óssea e linfonodos. 
Pigmento esquistossomótico: degradação da hemoglobina no tubo digestivo do Schistosoma, essas são degradadas em peptídeos, aminoácidos e heme – cristais de heme castanho-escuros ou negros nas células de Kupffer (macrófagos no fígado) ou nos macrófagos do baço.

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