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RESUMO MIOLOGIA

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Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
ANATOMIA DO SISTEMA MUSCULAR 
SISTEMA MUSCULAR 
 Faz parte do sistema locomotor junto com os ossos e as articulações. 
 É formado por um conjunto de músculos voluntariamente controlados que constituem o corpo 
humano. 
FUNÇÕES 
 MOVIMENTO DO CORPO: alteram sua forma no movimento, podendo estar contraído ou 
estendido. OS MOVIMENTOS SÓ ACONTECEM NA CONTRAÇÃO MUSCULAR. Trabalham em 
pares e de maneira antagônica. 
 ESTABILIZAÇÃO DAS POSIÇÕES DO CORPO TÔNUS MUSCULAR: é o estado de contração 
do músculo, mesmo no repouso. Os músculos não estão completamente relaxados. 
 ARMAZENAMENTO E MOVIMENTO DE SUBSTÂNCIAS DENTRO DO CORPO: a circulação é 
possível pela contração muscular. 
 PRODUÇÃO DE CALOR: o calor é um subproduto dos movimentos. 
CATEGORIAS DOS MÚSCULOS 
Os músculos são divididos em três categorias conforme as suas fibras (célula do músculo): 
 TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO: tem um controle nervoso voluntário. Suas fibras 
são alinhadas, longas e multinucleadas. 
 TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO: tem um controle nervoso involuntário. Suas fibras 
são uni ou binucleadas. As fibras são alinhadas, mas sofrem anastomoses, separadas por discos 
intercalares. 
 TECIDO MUSCULAR LISO: tem um controle involuntário. Suas fibras são fusiformes, com núcleo 
único, sem estriações. Forma todos os órgãos ocos. É um músculo misto por não ter fibras 
organizadas. É o tipo que se regenera mais rápido por sua histologia. 
 
ANASTOMOSE = uma rede de canais que se bifurcam e recombinam em vários pontos. 
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL 
Da parte interna para a externa: 
1. FIBRAS (células) se unem e são unidas pela membrana ENDOMÍSIO. 
2. FASCÍCULOS OU FEIXES que são várias fibras unidas pela membrana PERIMÍSIO. 
3. MÚSCULO que são vários fascículos unidos pelo EPIMÍSIO. 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 VENTRE OU CABEÇA: é a parte carnosa do músculo. Altamente contrátil. 
 FÁSCIA: é uma bainha que envolve os grupos musculares com ação semelhante. 
 APONEUROSE: tendão em forma de lâmina. 
 TENDÃO: é a PARTE NÃO CONTRÁTIL do músculo. Conecta o músculo ao osso. Formado por 
fibras colágenas e elásticas. Tem uma bainha também, BAINHA TENDINOSA, que serve para 
evitar o deslizamento entre os tendões. 
NOTA CLÍNICA 
TENOSSINOVITE 
É um processo inflamatório por movimento exagerado da articulação. É uma inflamação na Bainha 
Tendinosa. 
DISPOSIÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES 
 MÚSCULO SEMIPENIFORME: inserção apenas de um lado. 
 MÚSCULO MULTIPENIFORME: vários peniformes. 
 MÚSCULO PENIFORME: tem fibras oblíquas. Quanto menor e mais oblíqua as fibras estiverem 
inseridas no tendão do músculo, mais força o músculo desempenha. 
 MÚSCULO CONVERGENTE: fibras se encontram em um mesmo tendão. Esse tendão permite a 
abertura das fibras em forma de leque. É um músculo de cobertura. 
 MÚSCULO PARALELO: fibras longas. Também chamado de fusiforme. Tem tendões das duas 
extremidades do músculo. 
 MÚSCULO CIRCULAR: fibras são redondas. Sempre envolvem uma abertura (óstio). Funciona 
no nosso corpo como esfíncteres. Quando contraídos fecham o óstio. 
 
 
 
 
 
 
INSERÇÕES MUSCULARES 
 INSERÇÃO PROXIMAL (ORIGEM): extremidade do músculo que está presa do segmento que 
permanecerá fixo durante o movimento. 
 INSERÇÃO DISTAL: extremidade do músculo que está presa no segmento que se deslocará 
durante o movimento. 
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
 MÚSCULO AGONISTA: principal responsável pelo movimento ao sofrer contração. 
 MÚSCULO ANTAGONISTA: sempre que tem um agonista contraindo, tem um antagonista se 
opondo ao movimento. 
 MÚSCULO SINERGISTA: músculos auxiliares do antagonista. Permite o movimento correto. 
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NOTA CLÍNICA 
ATROFIA, HIPERTROFIA E DISTROFIA MUSCULAR 
A diminuição do tamanho da fibra muscular se chama atrofia. O aumento do tamanho da fibra muscular 
se chama hipertrofia. Já a distrofia muscular é uma condição congênita ou patológica, sendo uma 
degeneração das fibras musculares. 
MÚSCULOS DA FACE 
Os músculos da face são divididos em músculos da expressão facial e da mastigação. 
EXPRESSÃO FACIAL 
TODOS OS MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL SÃO INERVADOS PELO NERVO FACIAL. 
 OCCIPITOFRONTAL (VENTRE FRONTAL E VENTRE OCCIPITAL): Cobre os ossos frontal e 
occipital. Tem dois ventres unidos por uma aponeurose chamada APONEUROSE EPICRÂNICA. 
 ORBICULAR DO OLHO (PARTE PALPEBRAL E A PARTE ORBICULAR): Atua como esfíncter. Na 
contração o olho fecha. A parte pálpebra trabalha mais no movimento de piscar levemente. A 
parte periférica trabalha mais no movimento de fechar o olho com força. 
 ORBICULAR DA BOCA: Funciona como esfíncter. Na contração fecha a boca. 
 NASAL (PARTE TRANSVERSA E A PARTE ALAR): É dividido por uma aponeurose. As duas partes 
atuam de maneira antagônica. A parte alar dilata as aberturas das narinas. A parte transversa 
comprime as aberturas das narinas. 
 PRÓCERO: A contração deprime a extremidade medial da sobrancelha formando cristas 
horizontais. 
 LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR 
 LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA: Profundo ao músculo zigomático. 
 LEVANTADOR O LÁBIO SUPERIOR E DA ASA DO NARIZ 
 BUCINADOR: Faz o movimento de sucção. 
 ZIGOMÁTICO MAIOR (LATERAL) E ZIGOMÁTICO MENOR (MEDIAL): elevam o ângulo da boca e 
o lábio superior. Fazem o movimento de gargalhada. 
 DEPRESSOR DO LÁBIO INFERIOR 
 DEPRESSOR DO ÂNGULO DA BOCA 
 MÚSCULO MENTUAL: No queixo. 
 MÚSCULO RISÓRIO: É um músculo inconstante, ou seja, pode ou não ter. Não é cobrado na 
prática. 
CORPO ADIPOSO DE BICHAT: Preenche o espaço entre o músculo masseter e o músculo bucinador. Não 
tem importância clínica, e nem relação com a gordura corporal. Não é cobrado na prática. 
NOTA CLÍNICA 
PARALISIA DA FACE 
 É o acometimento do nervo facial paralisando os músculos inervados por esse. 
 LAGOFTALMO: quando o músculo orbicular do olho (parte palpebral) não consegue fechar o 
olho, mesmo dormindo. 
 ECTRÓPIO PARALÍTICO: é quando tem uma ptose (decaimento da pálpebra) – lacrimejam 
constantemente. 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
MASTIGAÇÃO 
OS MÚSCULOS FACIAIS DA MASTIGAÇÃO SÃO TODOS INERVADOS PELOS NERVOS MANDIBULARES. 
AÇÃO DOS MÚSCULOS: elevar a mandíbula – a depressão é a gravidade quem faz. 
 TEMPORAL: é um músculo convergente. Sua I.P é no osso temporal. Sua I.D é no processo 
coronoide da mandíbula. Tem movimentos de: protrusão (para frente), retração (para trás) e 
lateralização. 
 MASSETER: é um músculo forte. Tem sua parte superficial e a profunda. Sua I.P é na margem 
inferior o arco zigomático. Sua I.D é no ângulo da mandíbula. Tem movimento de protrusão. 
 PTERIGÓIDEO MEDIAL: Tem duas partes sendo uma superficial e outra profunda. É inferior ao 
pterigoideo lateral. Sua I.P é na fossa pterigoidea. Sua I.D é no ângulo da mandíbula. 
 PTEIGÓIDEO LATERAL: É formado por duas cabeças. Sua I.P é na lâmina medial do processo 
pterigoideo. Sua I.D é no processo condilar da mandíbula. 
GLÂNDULA PARÓTIDA (uma das glândulas salivares): localizada na margem posterior do músculo 
masseter. Tem um ducto chamado DUCTO PAROTÍDEO, que leva saliva até a cavidade oral. Ele 
atravessa todo o masseter e quando chega na margem, ele penetra no músculo bucinador. 
 
MÚSCULOS DO PESCOÇO 
MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS: a contração eleva o osso hioide. São eles: m. digástrico, m. estilo-
hióideo, m. milo-hióideo, m. gênio-hióideo. 
MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS: a contração deprime o hioide. São eles: m. esterno-hióideo, m. omo-
hióideo,
m. esternotireóideo, m. tireo-hióideo. 
 MÚSCULO PLATISMA: é uma ‘’ tela ‘’ do pescoço. É bem fino. Sua I.P é no esterno. Sua I.D é na 
mandíbula. Na contração deprime a pele. 
 ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO (CABEÇA ESTERNAL E CABEÇA CLAVICULAR): Sua I.P é no esterno 
e na clavícula. Sua I.D é no processo mastoideo. É usado como referência anatômico por dividir 
em dois trígonos a região do pescoço. Permite a rotação do pescoço quando contraído 
bilateralmente. Flexão ou rotação do pescoço quando é contraído unilateralmente. É 
INERVADO PELO NERVO ACESSÓRIO. 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 DIGÁSTRICO (VENTRE ANTERIOR E O VENTRE POSTERIOR): Tem forma de ‘’U’’. Tem dois 
ventres. Sua I.P do ventre posterior é na incisura mastoidea, e a sua I.P do ventre anterior é na 
fossa digástrica na mandíbula. A I.D é no hióide. 
 MILO-HIÓIDEO: Forma o assoalho da boca. Sua I.P é na linha milo-hióidea da mandíbula. 
 GÊNIO-HIÓIDEO: É profundo ao milo-hioideo. Suas I.P são nas espinhas genianas inferiores da 
mandíbula. Na aula prática só dá para ver na peça da língua. 
 ESTILO-HIÓIDEO: Sua I.P é no processo estiloide do osso temporal. 
 ESTERNO-HIÓIDEO: Sua I.P é no esterno. 
 ESTERNOTIREÓIDEO: A contração deprime a cartilagem e facilita a fonação. Sua I.D é na 
cartilagem tireóidea. 
 TIREO-HIÓIDEO: Sua I.P é na cartilagem tireóidea. 
 OMO-HIÓIDEO (VENTRE SUPERIOR E VENTRE INFERIOR): Tem dois ventres. O ventre superior 
tem I.P na clavícula. O ventre inferior tem I.P na margem inferior da escápula. Normalmente só 
um ventre (superior) dá para ver na prática. 
 ESCALENOS: formam o assoalho do trígono posterior. São três escalenos: ESCALENO ANTERIOR 
– Tem I.D na primeira costela no tubérculo escaleno. Tem I.P no processo transverso das 
vértebras cervicais (C3 até C6). ESCALENO MÉDIO – Tem I.D na superfície da primeira costela. 
Tem I.P no processo transverso da C2 até a C7. ESCALENO POSTERIOR – Tem I.P no processo 
transverso da C5 até C7. Tem I.D na segunda costela. Normalmente os escalenos médio e 
posterior estão grudados. Para diferenciar o escaleno anterior do escaleno médio basta 
procurar o HIATO INTERESCALÊNICO, está entre os dois, serve de passagem para vasos 
sanguíneos, veia subclávia e plexo braquial (o plexo braquial é um conjunto de nervos que vai 
inervar membros superiores). 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 
MÚSCULOS DO DORSO 
Os músculos do dorso são divididos em três camadas: superficial, média e profunda. 
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO DORSO: são os músculos da camada superficial e da camada média. Isso 
significa que a sua origem embrionária não é no dorso. Esses mesmo músculos, com exceção do 
trapézio, são INERVADOS POR RAMOS ANTERIORES DOS NERVOS ESPINHAIS. 
MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO DORSO: são os músculos da camada profunda do dorso. Isso significa que 
a sua origem embrionária foi no dorso. Esses mesmos músculos são INERVADOS POR RAMOS 
POSTERIORES DOS NERVOS ESPINHAIS. 
CAMADA SUPERFICIAL – 4 MÚSCULOS 
SÃO MÚSCULOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MEMBROS SUPERIORES. 
 TRAPÉZIO: Tem uma inervação própria. É INERVADO PELO NERVO ACESSÓRIO E PELOS RAMOS 
ANTERIORES DOS NERVOS ESPINHAIS. Essa sua inervação dupla que permite o seu estímulo 
doloroso nos protocolos de RCP. Sua I.P é na linha nucal superior, protuberância occipital 
externa, ligamento nucal e processo espinhoso da C7 até a T12. Sua I.D é na espinha e acrômio 
da escápula. 
 GRANDE DORSAL: é um músculo de cobertura e altamente vascularizado – usado para a 
reconstrução da parede do tórax. Sua I.P é no processo espinhoso da T6 até a L5, sacro, crista 
ilíaca e costelas. Sua I.D é no sulco intertubercular do úmero. 
 ROMBOIDE MAIOR E ROMBOIDE MENOR: O romboide menor é superior ao romboide maior. 
Suas I.P são nos processos espinhosos das últimas cervicais e nas primeiras torácicas. Suas I.D 
são na margem medial da escápula. 
 LEVANTADOR DA ESCÁPULA: Sua I.P é no processo transverso das cervicais. Sua I.D é no 
ângulo superior da escápula. 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 
CAMADA MÉDIA – 2 MÚSCULOS 
SÃO MÚSCULOS ACESSÓRIOS DA RESPIRAÇÃO. 
 MÚSCULO SERRÁTIL POSTERIOR SUPERIOR 
 MÚSCULO SERRÁTIL POSTERIOR INFERIOR 
CAMADA PROFUNDA – 3 MÚSCULOS 
SÃO MÚSCULOS DE RELAÇÃO EXCLUSIVA COM O DORSO. PROMOVEM A EXTENSÃO DA COLUNA 
VERTEBRAL. SÃO CHAMADOS DE ERETORES DA ESPINHA. 
 ILIOCOSTAL: é o mais lateral de todos. 
 LONGUÍSSIMO 
 ESPINAL 
APONEUROSE TORACOLOMBAR: é o tendão comum de todos os eretores. 
 
MÚSCULOS DO TÓRAX 
Primeiro tem que achar o diafragma, é ele quem separa o toráx do abdome. 
 PEITORAL MAIOR: é usado na recuperação muscular de outros lugares, principalmente na face. 
Suas I.P são nas cartilagens costais, esterno e clavícula. Sua I.D é no lábio do sulco 
intertubercular do úmero. Faz sempre a adução do úmero. 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 PEITORAL MENOR: Sua I.D é no processo coracoide da escápula. Suas I.P são nas costelas 3, 4 e 
5. Atua deprimindo o ombro. 
 SUBCLÁVIO: atua com o peitoral menor para deprimir o ombro. Sua I.D é no sulco subclávio da 
clavícula. Sua I.P é na primeira costela, do lado do sulco da artéria subclávia. 
 SERRÁTIL ANTERIOR: Vem desde a escápula, forma a parede lateral do tórax. Sua I.D está na 
margem medial da escápula. Sua I.P está nas costelas. Tem a função de manter a escápula 
colada no dorso. Se na aula prática a agulha estiver atrás da escápula é o serrátil anterior, se 
estiver em uma incisão atrás da escápula é o subescapular. 
 INTERCOSTAL INTERNO: eles chegam até o esterno, por isso permitem sua localização na aula 
prática pelo lado externo, no lado do esterno. São músculos da respiração – deprimem a caixa 
torácica na expiração. 
 INTERCOSTAL EXTERNO: não chegam até o esterno. São músculos da respiração – elevam a 
caixa torácica na inspiração. 
 TRANSVERSO DO TÓRAX: Sua I.P está no esterno e no processo xifoide do esterno. Suas I.D 
estão da 2ª a 6ª cartilagens costais. Deprimem as cartilagens costais para o controle do volume 
do tórax. 
 SUBCOSTAL: Parede posterior do tórax na parte interna. Ajuda no controle do volume do tórax 
também. 
 DIAFRAGMA: é um músculo de lâmina, de cobertura total. NÃO TEM I.P E I.D. Suas inserções 
são periféricas I. Anterior: processo xifoide do esterno; I. Lateral: costelas flutuantes; I. 
Posterior: vértebras lombares. Todas as inserções convergem para um cordão tendinoso, onde 
o coração se apoia também, e tem passagem de estruturas, chamado CENTRO TENDINOSO. O 
diafragma contém duas cúpulas, sendo a cúpula direita a mais alta por conta do fígado. Cada 
cúpula é INERVADA POR UM NERVO FRÊNICO de maneira independente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 
MÚSCULOS DO ABDOME 
 Os músculos do abdome formam a parede antero-lateral do abdome que não tem muita 
fixação óssea. A ação conjunta, além dos específicos, é a contração no sentido de manter a pressão 
intra-abdominal adequada. Essa pressão é responsável por manter os órgãos em suas posições 
adequadas. A pressão intra-abdominal adequada ainda favorece a micção, a defecação e o parto 
fisiológico. 
PAREDE ANTERIOR: composta por 5 músculos. Cada músculo tem uma aponeurose extensa. Na linha 
média do abdome essas aponeuroses se entrelaçam e formam um reforço da parede abdominal, 
chamado de LINHA ALBA (vai da sínfise púbica até o processo xifoide do esterno). 
 OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME: as fibras têm um sentido ínfero-medial. Faz flexão lateral e 
rotação lateral do tronco no sentido oposto (contralateral). 
 OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME:
as fibras têm sentido supero-medial. Faz rotação lateral e 
flexão lateral do tronco no mesmo sentido da contração (ipsilateral). 
 TRANSVERSO DO ABDOME: sentido da fibra é transversa. É o mais profundo. 
 RETO DO ABDOME: vai do processo xifoide do esterno até a sínfise púbica. É um músculo mais 
‘ solto ‘, e para se manter no lugar tem INTERSECÇÕES TENDÍNEAS, que marcam a hipertrofia 
do abdomem – ‘’ tanquinho ‘’. 
 PIRAMIDAL: é um músculo inconstante, isso significa que nem sempre terá. Atua aumentando 
a tensão da linha alba. 
 QUADRADO DO LOMBO: Sua I.P é a crista ilíaca e processo costiforme da L5. Sua I.D está na 
última costela. Tem a ação de deprimir a última costela. 
 PSOAS MAIOR: Suas I.P estão nas T12 e lombares. Sua I.D está no trocanter menor do fêmur 
(atravessa o ligamento inguinal). Atua na flexão de coxa na articulação do quadril. 
 PSOAS MENOR: é um músculo inconstante. 
 ILÍACO: preenche a fossa ilíaca do quadril. Sua I.P é a fossa ilíaca – sempre que um músculo 
está preenchendo um local, sua I.P será o local preenchido. Sua I.D é no trocando menor do 
fêmur. 
 ÍLIO-PSOAS: É a junção do psoas maior e do ilíaco depois que passa o ligamento inguinal. É 
INERVADO PELO NERVO FEMORAL. 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
NOTA CLÍNICA 
SÍNDROME DO ABDOME AMEIXA SECA 
É um caso em que não há formação da parede abdominal – exposição de todos os órgãos. 
HÉRNIA UMBILICAL 
A região umbilical na linha alba é a mais vulnerável. Ocorrem a formação de hérnias umbilicais por 
vários fatores que aumente o abdome. 
ONFALOCELE 
É a permanência de uma herniação umbilical desde o desenvolvimento fetal. Nasce com uma protrusão 
dos órgãos abdominais. 
MOVIMENTOS DE TRONCO 
 
B) ROTAÇÃO LATERAL PARA O LADO OPOSTO E FLEXÃO LATERAL: Ação dos músculos oblíquo externo 
no sentido CONTRALATERAL, e oblíquo interno no sentido IPSILATERAL. 
C) FLEXÃO LATERAL: Ação dos músculos oblíquo externo e interno do abdome no sentido IPSILATERAL. 
D) ROTAÇÃO: Ação do músculo transverso do abdome no sentido IPSILATERAL. 
E) FLEXÃO DE TRONCO: Ação dos dois retos se contraindo. 
 
 
 
 
 
 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
MÚSCULOS DO OMBRO E DO BRAÇO 
 TRAPÉZIO 
 DELTOIDE: Junto com o trapézio dá o formato redondo do ombro. Atua na abdução do braço a 
partir do 15°, antes disso é o supra-espinal que atua. É um antagonista do peitoral maior – faz 
adução do úmero. O músculo peitoral maior e o músculo deltoide são separados por um 
espaço que serve de passagem para a VEIA CEFÁLICA. 
 SUPRA-ESPINAL: Atua na abdução do braço nos primeiro 15° que o deltoide não fez. 
 INFRA-ESPINAL: Atua no conjunto de rotação com o supra-espinal. 
 REDONDO MENOR: Sua I.P está na face posterior da escápula. Sua I.D está no tubérculo maior 
do úmero. 
 REDONDO MAIOR: Sua I.P está na face posterior da escápula. A sua I.D está no lábio do sulco 
intertubercular. 
 SUBESCAPULAR: Sua I.D é o tubérculo menor do úmero. 
 BÍCEPS BRAQUIAL (CABEÇA LONGA E CABEÇA CURTA): Tem ação de flexão de braço – é mais 
potente em flexão supinada. A sua I.P da cabeça curta (medial) está no processo coracoide da 
escápula. A sua I.P da cabeça longa (lateral) está no tubérculo supra-glenoidal da escápula. A 
I.D está na tuberosidade do rádio. É INERVADO PELO NERVO MUSCULOCUTÂNEO. 
 BRAQUIAL: profundo ao bíceps braquial. Tem ação de flexão do antebraço atuando de 
maneira igual na supinação ou pronação. Sua I.P está na diáfise do úmero. Sua I.D está na 
tuberosidade da ulna. É INERVADO PELO NERVO MUSCULOCUTÂNEO (predomínio) E PELO 
NERVO RADIAL. 
 CORACOBRAQUIAL: atua no braço na flexão de ombro. Sua I.P está no processo coracoide da 
escápula. Sua I.D está na diáfise do úmero. 
 TRÍCEPS BRAQUIAL: atua em ação antagonista ao bíceps. Faz a extensão do braço. Sua I.P da 
cabeça longa, lateral e medial (é a mais profunda) são respectivamente: tubérculo infra-
glenoidal da escápula; diáfise do úmero; diáfise do úmero. Sua I.D está no olecrano da ulna. 
ESPAÇOS ENTRE OS MÚSCULOS DOS BRAÇOS: 
 ESPAÇO TRIANGULAR: delimitado pela margem inferior do redondo menor, margem superior 
do redondo maior e cabeça longa do braquial. Passa ARTÉRIA E VEIA CIRCUNFLEXA DA 
ESCÁPULA. 
 ESPAÇO QUADRANGULAR: delimitado pela diáfise do úmero, margem inferior do redondo 
menor e margem superior do redondo maior, margem da cabeça longa do tríceps braquial. 
Passa ARTÉRIA E VEIA CIRCUNFLEXA POSTERIOR DO ÚMERO E NERVO AXILAR. 
 INTERVALO TRIANGULAR: delimitado pela diáfise do úmero, margem inferior do redondo 
maior e a cabeça longa do tríceps braquial. Passa NERVO RADIAL E ARTÉRIA BRAQUIAL 
PROFUNDA. 
 
 
 
 
 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 
MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR 
São músculos que estabilizam o cíngulo (articulação glenoumeral). Todos têm inserção distal em 
tubérculos do úmero. 
 M. REDONDO MENOR 
 M. SUPRA-ESPINAL 
 M. SUBESCAPULAR 
 M. INFRA-ESPINAL 
MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO 
A fáscia fica mais espessa na parte distal para manter os tendões no local certo, essa parte se chama 
RETINÁCULO. 
 COMPARTIMENTO POSTERIOR: 
Estende o punho e os dedos, sendo inervados pelo 
NERVO RADIAL. 
 COMPARTIMENTO ANTERIOR: 
Flexiona o punho e os dedos, são inervados 
pelo NERVO MEDIANO E ULNAR. 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
MÚSCULOS FLEXORES DO ANTEBRAÇO – ANTERIORES 
São divididos em 3 camadas: superficial, média e profunda. INERVADOS PELO NERVO MEDIANO, a 
maioria. 
CAMADA SUPERFICIAL: 
 PRONADOR REDONDO 
 FLEXOR RADIAL DO CARPO 
 FLEXOR ULNAR DO CARPO: INERVADO APENAS PELO ULNAR. 
 PALMAR LONGO: é músculo inconstante. Seu tendão fica superficialmente ao retináculo dos 
flexores, por isso é possível saber da sua presença facilmente. Além disso, é uma referência 
anatômica, já que o nervo mediano acompanha o tendão do palmar longo. Ao final do tendão 
acontece a APONEUROSE PALMAR. 
CAMADA MÉDIA: 
 FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS: emite um tendão para cada um dos dedos, exceto para o 
polegar. A I.P dos flexores da camada superficial é o epicôndilo medial do úmero, processo 
coronoide da ulna e diáfise do rádio. A I.D são as falanges médias. 
CAMADA PROFUNDA: 
 FLEXOR LONGO DO POLEGAR 
 PRONADOR QUADRADO: profundo aos tendões do músculo profundo dos dedos e flexor longo 
do polegar. Une o rádio a ulna, forma uma ‘’ pulseirinha ‘’. 
 FLEXOR PROFUNDO DOS DEDOS: Suas I.D são nas falanges distais. TEM INERVAÇÃO DUPLA: 
NERVO MEDIANO E ULNAR. 
 
 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 
MÚSCULOS EXTENSORES DO ANTEBRAÇO - POSTERIORES 
São divididos em duas camadas: superficial e profunda. INERVADOS APENAS PELO NERVO RADIAL. 
CAMADA SUPERFICIAL: 
 BRAQUIORRADIAL: Faz parte do compartimento posterior, mas a localização é antero-lateral. 
Embora seja um músculo do compartimento dos extensores, ele atua na articulação do 
cotovelo e promove FLEXÃO DE ANTEBRAÇO. A I.P na diáfise lateral do úmero. A I.D no 
processo estiloide do rádio. 
 EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO 
 EXTENSOR RADIAL CURTO DO CARPO 
 EXTENSOR DOS DEDOS: Emite quatro tendões. 
 EXTENSOR DO DEDO MÍNIMO 
 EXTENSOR ULNAR DO CARPO 
 ANCÔNEO: logo abaixo do cotovelo, parte dele é profunda. 
CAMADA PROFUNDA: formam a tabaqueira anatômica, bem no meio entre eles. 
 SUPINADOR: triangular. Profundo ao braquirradial. 
 ABDUTOR LONGO DO POLEGAR 
 EXTENSOR CURTO DO POLEGAR 
 EXTENSOR LONGO DE POLEGAR 
 EXTENSOR DO INDICADOR: mais medial de todos. Normalmente acha o ventre dele na aula 
prática. 
TABAQUEIRA ANATÔMICA 
É um aprofundamento triangular na região dorsal
da mão. Limitada pelos tendões dos músculos abdutor 
longo e extensor curto do polegar, tendão extensor longo do polegar e osso escafoide. 
NOTA CLÍNICA 
SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO 
 Para diminuir o atrito e facilitar o deslizamento entre eles, cada tendão tem uma bainha – 
bainha tendínea. Entre o ligamento carpal transverso e os tendões cria-se um túnel, que acomoda 9 
tendões e um nervo. Sendo os 4 tendões do músculo flexor superficial dos dedos, 4 tendões do músculo 
flexor profundo dos dedos, 1 tendão do flexor longo do polegar, e o nervo mediado. Mesmo com a 
proteção, os movimentos repetitivos podem causar uma inflamação dessas bainhas. A primeira 
manifestação clínica será por compressão do nervo mediado. Dor e formigamento persistentes. A dor 
pode evoluir para o braço todo. 
 Uma das terapias usado é a cirurgia abrindo o retináculo dos flexores (também chamado de 
ligamento carpal transverso) para descomprimir os tendões. 
 
 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 
MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA 
FÁSCIA LATA: membrana que envolve todos os músculos. Nessa região em especial, a fáscia lata ajuda 
na contração dos vasos sanguíneos e o retorno do sangue venoso. A parte lateral da coxa tem uma 
fáscia lata mais resistente, chamado de TRATO ILIOTIBIAL. 
HIATO SAFENO: na porção inferior da extremidade medial do ligamento inguinal tem uma abertura da 
fáscia lata. A veia safena magna estabelece um contato com a veia femoral porque atravessa o hiato 
safeno. Não dá para ver na prática. 
 GLÚTEO MÁXIMO: é o mais importante extensor na articulação do quadril. Além de extensor 
da coxa, promove rotação lateral do fêmur. INERVADO PELO NERVO GLÚTEO INFERIOR. A I.P é 
na linha glútea da face glútea do quadril. As I.D são o trato iliotibial e tuberosidade glútea do 
fêmur. 
 GLÚTEO MÉDIO E GLÚTEO MÍNIMO: o glúteo mínimo é profundo ao médio. Tem ação e 
inervação conjunta. INERVADOS PELO NERVO GLÚTEO SUPERIOR. São importantes 
ABDUTORES DA COXA, também realizam rotação medial de coxa. Ambos têm I.P nas linhas 
glúteas face glútea do quadril, e I.D no trocanter maior do fêmur. O glúteo médio, em especial, 
é uma referência para injeção intramuscular. 
 TENSOR DA FÁSCIA LATA: é uma extensão do glúteo médio, portanto tem a mesma ação e 
mesma inervação. Tem inserção no trato iliotibial. É uma referência também para a injeção 
intramuscular. 
MÚSCULOS PÉLVICO-TROCANTÉRICOS: são rotatores laterais da coxa. São chamados assim porque a I.P 
deles vai de sacro até membrana obturadora do osso do quadril. Todos convergem para uma I.D comum 
na fossa trocantérica. 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 MÚSCULO PIRIFORME: atravessa o forame isquiático maior, e divide o forame em supra-
piriforme e infra-piriforme. No supra-pirifome tem a passagem de vasos glúteos. No infra-
piriforme tem a passagem do nervo isquiático. 
 GÊMEO SUPERIOR E GÊMEO INFERIOR: normalmente entre eles tem um tendão do músculo 
obturador interno. Na prova prática se espetar a agulha no tendão é o músculo que ela está 
pedindo. 
 QUADRADO FEMORAL 
 
MÚSCULOS DA COXA 
São divididos em três compartimentos bem delimitados com ação e inervação comum. 
Na coxa: flexão na frente (nervo femoral), extensão atrás (nervo isquiático) e adução medial (nervo 
obturatório). 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO ANTERIOR DA COXA: fazem flexão de coxa na articulação do quadril 
e extensão de perna na articulação do joelho. São inervados pelo NERVO FEMORAL. 
Entre os músculos anteriores tem um conjunto chamado de QUADRÍCEPS FEMORAL, são 
independentes, mas a ação é conjunta. São os mais potentes flexores de coxa e extensores de perna. 
São eles: 
 RETOFEMORAL: vem da espinha ilíaca antero-inferior e se insere na tuberosidade de tíbia. 
 VASTO MEDIAL 
 VASTO INTERMÉDIO: profundo ao retofemoral. 
 VASTO LATERAL: músculo de referência para injeção intramuscular. 
 TENDÃO DO QUADRÍCEPS FEMORAL: Sua I.P é na patela e sua I.D é na tuberosidade da tíbia. É 
usado no reflexo patelar, caso não ocorra a contração é uma lesão de nervo femoral. Casos de 
hiperflexão ou hipoflexão também são relacionadas a lesão nervosa. 
Outro músculo do compartimento anterior: 
 SARTÓRIO: sua I.P é na espinha ilíaca anterossuperior. Sua I.D abaixo do côndilo medial da tíbia 
– pata de ganso. Faz flexão de coxa e flexão de perna sozinho, e em conjunto faz rotação lateral 
da coxa e uma rotação medial da perna. Exemplo desses quatro movimentos: perna cruzada. 
MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO POSTERIOR DA COXA: são antagônicos aos anteriores. Fazem 
extensão de coxa e flexão de perna. Sãos inervados pelo NERVO ISQUIÁTICO. É composta por três 
músculos, um do lado do outro. São chamados de MÚSCULOS DO JARRETE – formam as margens 
superiores da fossa poplítea . 
 BÍCEPS FEMORAL 
 SEMITENDÍNEO: a I.D é abaixo do côndilo medial da tíbia – pata de ganso. 
 SEMIMEMBRANÁCEO 
PATA DE GANSO: formado pelos músculos semitendíneo (posterior), sartório (anterior), grácil 
(medial). 
MÚSCULOS DO COMPARTIMENTO MEDIAL DA COXA: formado pelos músculos adutores, que fazem 
adução. SÃO INERVADOS PELO NERVO OBTURATÓRIO, com exceção do pectíneo (NERVO FEMORAL) e 
pelo adutor magno (INERVAÇÃO DUPLA). 
 PECTÍNEO: tem I.P na linha pectínea do quadril e I.D na linha pectínea do fêmur. É uma exceção 
do compartimento, é INERVADO PELO NERVO FEMORAL e não pelo obturatório como os 
outros. É bem medial em relação ao iliopsoas. 
 ADUTOR LONGO: é colado no pectíneo. É o mais superficial dos três adutores. 
 ADUTOR CURTO: entre o adutor longo e o pectíneo. 
 ADUTOR MAGNO: é o mais adutor. Por seu tamanho recebe também mais inervação, logo é 
INERVADO PELO OBTURATÓRIO E TAMBÉM, NA PARTE POSTERIOR, PELO NERVO 
ISQUIÁTICO.O adutor tem uma aponeurose que ao chegar perto do joelho tem uma abertura 
chamada de HIATO DOS ADUTORES, é a transição de elementos anteriores e posteriores da 
coxa. 
 GRÁCIL: é um músculo fraco. Usado para enxertos, principalmente de esfíncteres. Tem sua I.P 
no púbis e sua I.D é abaixo do côndilo medial da tíbia – pata de ganso. 
 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
 
 
MÚSCULOS DA PERNA 
São divididos em três compartimentos: 
COMPARTIMENTO ANTERIOR: SÃO INERVADOS PELO NERVO FIBULAR COMUM. A ação conjunta do 
compartimento é a extensão do tarso e dos dedos que fazem juntos dorsiflexão (‘’ pé de palhaço ‘’), 
inversão (supinação) do pé (planta do pé virada medialmente). 
 TIBIAL ANTERIOR 
 EXTENSOR LONGO DOS DEDOS: tem um tendão para cada dedo, menos o hálux. 
 EXTENSOR LONGO DO HÁLUX: é mais profundo. 
Entre os extensores longo dos dedos e o do hálux não tem cruzamento de tendão, então para distinguir 
é só seguir a direção. 
 
COMPARTIMENTO LATERAL: SÃO INERVADOS PELO NERVO FIBULAR COMUM. A ação conjunta do 
compartimento é a eversão (pronação) do pé, inversão do pé, flexão do tarso e dos dedos (antagonistas 
do compartimento anterior), flexão plantar (‘’ pé de bailarina ‘’). Cobrem a fíbula. 
 FIBULAR LONGO: é mais superficial. 
 FIBULAR CURTO: é profundo ao fibular longo. 
 
Layla Alba de Matias, MEDICINA XLI (1ª fase) 
 
COMPARTIMENTO POSTERIOR: SÃO INERVADOS PELO NERVO TIBIAL. 
Três músculos superficiais foram o TRÍCEPS SURAL (SURAL=PERNA). São eles: 
 GASTROCNÊMIO (CABEÇA LATERAL E CABEÇA MEDIAL): as margens inferiores da fosse 
poplítea são formadas pelas cabeças do gastrocnêmio. A sua ação é a flexão plantar apenas 
com o joelho estendido. 
 SÓLEO: sua I.P é na linha do músculo sóleo na tíbia. Quando o joelho está fletido apenas o 
sóleo faz flexão plantar. Algumas
pessoas tem um m. sóleo acessório, ele causa dor no 
movimento de flexão de perna, de tarso ou plantar. 
 PLANTAR: é um músculo pequeno, profundo ao grastrocnêmio. Tem seu tendão longo. É um 
músculo fraco, não tem tanto importância na flexão plantar. O seu tendão pode ser usado 
como enxerto. 
TENDÃO CALCÂNEO: é a junção dos tendões dos músculos do tríceps sural. É o tendão mais forte do 
corpo, e se insere na extremidade do calcâneo. 
Em uma camada mais profunda: 
 POPLÍTEO: preenche a fossa poplítea. 
 FLEXOR LONGO DO HÁLUX: lateral 
 FLEXOR LONGO DOS DEDOS: medial. 
 TIBIAL POSTERIOR: para encontrar tem que afastar os flexores. É profundo. 
Os tendões dos flexores longos do hálux e dos dedos cruzam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE É A FOSSA POPLÍTEA? 
É um compartimento do membro inferior preenchido principalmente por gordura. Quando o joelho é 
fletido, apresenta-se como uma depressão em forma de losango na parte posterior. Quando o joelho é 
estendido, a gordura na fossa salienta-se através da abertura entre os músculos, produz uma elevação 
arredondada. LIMITES: margens superiores formadas pelos m.m de jarrete, nas margens inferiores 
formada pelas cabeças do gastrocnêmio, na parte posterior é pele e fáscia poplítea.

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