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casa UNINGÁ - UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE INCHAMENTO AGREGADO MIUDO - AREIA Ademir Batista R.A 10492.13 Alessandra Aparecida Rosseto R.A 10601.13 Diego Fernando Ramos da Silva R.A 12126.14 David Ivanoski R.A 11780.14 Engenharia Civil Noturno – Turma A – Professora Marisa Nagano Maringá, 26 de Maio de 2015 Introdução Teórica e Objetivos Em seqüência aos trabalhos práticos da disciplina de Materiais de Construção, realizou-se o sexto ensaio, sendo ele o de “Determinação do Coeficiente de Inchamento do Agregado miúdo” no laboratório da disciplina, com a supervisão da professora Marisa Nagano. O inchamento varia com a umidade e, conhecendo-se a curva de inchamento (inchamento em função da umidade), basta que se determine a umidade para que se obtenha essa característica. Em linhas gerais a tensão superficial da película de água aumenta a bolha, os grãos de areia se separam. Depois de certa umidade a água toma os esforços e os grãos descem por adensamento. Segundo Basílio (1995), o fenômeno de variação do volume do agregado miúdo, provocado pela adição de água, denomina se inchamento. Assim se variarmos a quantidade de água contida na areia, seu volume também variará. Como nas obras a maior parte dos agregados são utilizados na forma em que são recebidos dos areais, as betonadas de argamassa e concreto podem sofrer variações, se a dosagem for feita em volume, podendo resultar em argamassas com diferentes índices de trabalhabilidade e resistência (SIQUEIRA, 2008). O coeficiente de inchamento se aplica na correção do agregado miúdo do concreto dosado em volume e na aquisição de agregado miúdo em volume. Essa diferença de volume aparente da areia ocorre porque a tensão superficial da água mantém as partículas de areia afastadas umas das outras (SIQUEIRA, 2008). O ensaio do inchamento consiste em adicionar água a uma amostra, e depois verificar o seu volume, após essas operações, será encontrado um Coeficiente Médio de Inchamento (CMI) junto a uma umidade crítica. A Areia é um agregado miúdo, pois possui diâmetro médio característica (DMC) ≤ 4,8mm. É formada, principalmente por quartzo (SiO2), mas dependendo da composição da rocha da qual é originária, pode agregar outros minerais como: feldspato, mica, zircão, magnetita, ilmenita, monazita, cassiterita, entre outros. Todo o ensaio é orientado pela norma NBR 6467:2006 – Determinação do inchamento de agregados miúdos. Preparativos Em posse da tabela para o experimento, inicia-se o trabalho prático, dividido em dois ensaios distintos, sendo: Teor de umidade e Coeficiente de inchamento do agregado miúdo, para posterior análise da média. Relaciona-se e confere-se a lista de materiais e equipamentos necessários, sendo os principais: Amostra de Agregados Miúdos (areia 5 Kg); Estufa; Cilindro de ferro; Balança de precisão (resolução 0,01gr) máximo até 5kg; Balança comercial (resolução 100gr) máximo até 100kg; Cápsulas com capacidade de 50 ml; Régua de aço; Encerado de lona ou bandeja de alumínio (1 m x 1 m) não aderente; Pincel. Procedimento Experimental - Secar a amostra de ensaio em estufa (105 – 110ºC) até constância de massa e resfriá-la até temperatura ambiente; - Colocar a amostra sobre uma bandeja de alumínio (1 m x 1 m) ou sobre uma lona impermeável, homogeneizar a amostra e determinar a massa unitária, segundo a NBR 7251; - Adicionar água sucessivamente de modo a obter teores de umidade próximos aos seguintes valores: 0,0%; 0,5 %; 1%; 2%; 3%; 4%; 5%; 7%; 9% e 12%. Homogeneizar cuidadosamente a amostra a cada adição de água. Coletar uma amostra de agregado a cada adição de água, para determinação do teor de umidade. Executar, simultaneamente, a determinação da massa unitária; – Determinar teor de umidade (h); - Determinar a massa de cada cápsula com a amostra coletada (Mh), secar em estufa e determinar sua massa (Ms); – Determinar coeficiente de Inchamento (CI) do agregado miúdo (áreia); – Plotar gráfico com resultados do Coeficiente de Inchamento (CI). Resultados e Discussões Realizados todos os procedimentos de execução do ensaio, obtivemos os resultados demonstrados nas tabelas, por meio dos cálculos descritos abaixo: 1ª parte: Tabela 01 – Teor de umidade Cálculo do teor de umidade do material contido em cada uma das cápsulas, de acordo com a NBR 6467:2006, item 7.1. Calcular o teor de umidade das amostras coletadas nas cápsulas, pela expressão: h = ( Mh-Ms ) x 100 Ms-Mcap Onde: h = teor de umidade do agregado em porcentagem; Mh= massa inicial da cápsula com areia úmida (g); Ms= massa da cápsula com a areia após a secagem (g); Mcapv= massa da cápsula vazia (g) Amostra nº 01 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 0,0% h = ( 36,07 - 36,04 ) x 100 h = 0,105 36,04 - 7,4 Amostra nº 02 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 0,5% h = ( 34,02 - 33,86 ) x 100 h = 0,588 33,86 - 6,63 Amostra nº 03 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 1,0% h = ( 30,59 - 30,32 ) x 100 h = 1,128 30,32 - 6,39 Amostra nº 04 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 2,0% h = ( 30,84 - 30,39 ) x 100 h = 1,853 30,39 - 6,11 Amostra nº 05 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 3,0% h = ( 33,91 - 32,99 ) x 100 h = 3,424 32,99 - 6,12 Amostra nº 06 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 4,0% h = ( 30,48 - 29,51 ) x 100 h = 4,107 29,51 - 5,89 Amostra nº 07 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 5,0% h = ( 32,01 - 30,88 ) x 100 h = 4,627 30,88 - 6,46 Amostra nº 08 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 7,0% h = ( 33,33 - 31,65 ) x 100 h = 6,813 31,65 - 6,99 Amostra nº 09 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 9,0% h = ( 31,22 - 29,18 ) x 100 h = 8,648 29,18 - 5,59 Amostra nº 10 Cálculo do teor de umidade do agregado(h) 12,0% h = ( 34,17 - 31,35 ) x 100 h = 11,520 31,35 - 6,87 Teor de umidade média Amostra nº 01 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 0,0% Hm = ( 0,0 + 0,08 ) Hm = 0,04 2 Amostra nº 02 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 0,5% Hm = ( 0,5 + 0,47 ) Hm = 0,49 2 Amostra nº 03 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 1,0% Hm = ( 1,0 + 0,89 ) Hm = 0,95 2 Amostra nº 04 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 2,0% Hm = ( 2,0 + 1,48 ) Hm = 1,74 2 Amostra nº 05 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 3,0% Hm = ( 3,0 + 2,78 ) Hm = 2,89 2 Amostra nº 06 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 4,0% Hm = ( 4,0 + 3,28 ) Hm = 3,64 2 Amostra nº 07 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 5,0% Hm = ( 5,0 + 3,65 ) Hm = 4,33 2 Amostra nº 08 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 7,0% Hm = ( 7,0 + 5,3 ) Hm = 6,15 2 Amostra nº 09 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual) 9,0% Hm = ( 9,0 + 6,99 ) Hm = 8,00 2 Amostra nº 10 Cálculo do teor de umidade média(Prevista/individual)1 2,0% Hm = ( 12,0+ 8,99 ) Hm = 10,50 2 Media de amostra nº 01 à nº10 Mtum1a10= ( Mmu - Magr.S ) Mtum1a10 x 100 Magr.S - Mmcap.v Onde: Mtum1a10 = Medio do teor de umidade de 1ª 10; Mmu = Média da massa inicial da cápsula com areia úmida (g); Magr.S = Média da massa da cápsula com a areia após a secagem (g); Mmcapv= Média da massa da cápsula vazia (g) Cálculo do teor de umidade média(Mprev. / Mind.)1 2,0% Mtum1a10 = ( 32,664 - 31,617 ) Mtum1a10 = ( 1,047 ) x 100 = 4,16 31,617 - 6,445 25,17 Cálculo do erro média prevista x média teor de umidade; M.erro = ( M.um prev - M. t um ) x100 M. erro = M.um prev M.erro = ( 4,35 - 4,16 ) x100 M. erro= 4,37 4,35 2ª Parte: Tabela 02 – Cálculo do coeficiente de inchamento Para cada teor de umidade, calcular o coeficiente de inchamento de acordo com a expressão: Ci= Vh = Mus ( 100+h ) Vs Muh 100 Onde: CI = coeficiente de inchamento Vh= volume do agregado úmido em cm3; Vs= volume do agregado seco em estufa, em cm3; Mus= massa unitária do agregado seco em gramas por cm3; Muh= massa unitária do agregado úmido em gramas por cm3; e h= teor de umidade em % Amostra nº 01 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 0,0% Mus = ( 5463,38 - 2433,85 ) Mus= ( 3029,53 ) 1,545 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 0,0% Ci= 1545 ( 100 + 0 ) 1,000 ( 100 ) Ci= 1,000 1545 100 100 Amostra nº 02 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 0,5% Mus = ( 5049,91 - 2433,85 ) Mus= ( 2616,06 ) 1,334 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 0,5% Ci= 1545 ( 100 + 0 ) 1.158 ( 100 ) Ci= 1.158 1,334 100 100 Amostra nº 03 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 1,0% Mus = ( 4916,65 - 2433,85 ) Mus= ( 2482,80 ) 1,266 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 1,0% Ci= 1545 ( 100 + 1 ) 1.220 ( 101 ) Ci= 1.233 1,266 100 100 Amostra nº 04 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 2,0% Mus = ( 4891,18 - 2433,85 ) Mus= ( 2457,33 ) 1,253 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 2,0% Ci= 1545 ( 100 + 2 ) 1.233 ( 102 ) Ci= 1.258 1,253 100 100 Amostra nº 05 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 3,0% Mus = ( 4864,78 - 2433,85 ) Mus= ( 2430,93 ) 1,240 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 3,0% Ci= 1545 ( 100 + 3 ) 1.246 ( 103 ) Ci= 1.283 1,24 100 100 Amostra nº 06 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 4,0% Mus = ( 4859,57 - 2433,85 ) Mus= ( 2425,72 ) 1,237 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 4,0% Ci= 1545 ( 100 + 4 ) 1.249 ( 104 ) Ci= 1.299 1,237 100 100 Amostra nº 07 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 5,0% Mus = ( 4888,2 - 2433,85 ) Mus= ( 2454,35 ) 1,252 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 5,0% Ci= 1545 ( 100 + 5 ) 1.234 ( 105 ) Ci= 1.296 1,252 100 100 Amostra nº 08 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 7,0% Mus = ( 5026,53 - 2433,85 ) Mus= ( 2592,68 ) 1,322 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 7,0% Ci= 1545 ( 100 + 9 ) 1.169 ( 109 ) Ci= 1.274 1,322 100 100 Amostra nº 09 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 9,0% Mus = ( 5026,53 - 2433,85 ) Mus= ( 2592,68 ) 1,322 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci) 9,0% Ci= 1545 ( 100 + 9 ) 1.169 ( 109 ) Ci= 1.274 1,322 100 100 Amostra nº 10 Cálculo da massa unitária seca (Mus) 12,0% Mus = ( 5106,48 - 2433,85 ) Mus= ( 2672,63 ) 1,363 g/cm³ 1960,88 1960,9 Cálculo do coeficiente inchamento (Ci)12,0% Ci= 1545 ( 100 + 12 ) 1.134 ( 112 ) Ci= 1.270 1,363 100 100 Conclusão Conforme demonstrado na primeira parte do experimento e analisado os resultados, chegamos a seguinte conclusão : A média do teor de umidade do agregado miúdo na condição seca é menor do que o teor previsto, considerando que pode haver divergências devido composição do agregado miúdo analisado. Na segunda parte do experimento, determinamos o índice do coeficiente de inchamento do agregado miúdo. Por meio deste ensaio percebemos que com a adição da água, a areia tem um aumento no seu volume, e depois de certa umidade, ela fica em uma razão de volume úmido por volume seco constante. Conforme demonstrado através de cálculos e no gráfico, em nosso experimento, obtivemos a umidade crítica de 1,9% e um inchamento médio de 1,28 com 2,63% de umidade. O coeficiente de inchamento máximo 1,299 e foi alcançado com 4,0% de umidade adicionado em seu volume inicial. Para umidades maiores, o volume não sofre inchamento significativo, devido à umidade indicada ser crítica. Bibliografia MT - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico - Divisão de Capacitação Tecnológica. Disponível em: <http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME192-97.pdf>. Acesso em: 05 de Junho de 2015. ABNT NBR 6467:20041. Agregados – Determinação do inchamento do agregado miúdo – Método de ensaio, Rio de Janeiro, 2006 – Versão corrigida 2, 2009. FALCÃO BAUER, L.A; Materiais de Construção Volume 01 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. Analise da qualidade do agregado miúdo –UFTPR. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1402/1/CT_TCC_2011_2_04.pdf. Acesso em 07 de junho de 2015.
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