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A RELEVANCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA TOMADA DE DECISÃO

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - “Sociedade Nilza Cordeiro 
Herdy de Educação e Cultura S/S Ltda.” 
UNIGRANRIO - ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEVI JOÃO DE FREITAS CARDOSO 
LIGIA DE AQUINO FERREIRA 
LUIZ CARLOS FONSECA 
MOACIR FREIRE DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
A Relevância da Contabilidade Gerencial na Tomada de Decisão 
 
 
 
 
 
 
ORIENTADOR: PROF.: Anderson Fumaux 
 
 
 
 
 
 
 
 
Duque de Caxias – RJ 
2015 
 
LEVI JOÃO DE FREITAS CARDOSO 
LIGIA DE AQUINO FERREIRA 
LUIZ CARLOS FONSECA 
MOACIR FREIRE DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL: 
A Relevância da Contabilidade Gerencial na Tomada de Decisão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Universidade do Grande Rio – “Prof. José 
de Souza Herdy” como requisitos necessários 
para a obtenção do grau de Bacharel em 
Ciências Contábeis. 
 
 Orientador: Anderson Fumaux 
 
 
 
 
 
 
Duque de Caxias – RJ 
2015
 
LIGIA DE AQUINO FERREIRA 
LUIZ CARLOS FONSECA 
MOACIR FREIRE DA SILVA 
 
 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL: 
A Relevância da Contabilidade Gerencial na Tomada de Decisão 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Sociedade Nilza Cordeiro 
Herdy de Educação e Cultura S/S Ltda., 
como parte dos requisitos necessários 
para a obtenção do grau de Bacharel em 
Ciências Contabéis. 
 
 
______________________________ 
Profº Orientador: Anderson Fumaux 
 
 
Duque de Caxias, 27 de Junho de 2015. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
___________________________________________________________ 
Prof. da Sociedade Nilza Cordeiro Herdy de Educação e Cultura S/S Ltda. 
 
 
___________________________________________________________ 
Prof. da Sociedade Nilza Cordeiro Herdy de Educação e Cultura S/S Ltda. 
 
 
___________________________________________________________ 
Prof. da Sociedade Nilza Cordeiro Herdy de Educação e Cultura S/S Ltda. 
 
 
Duque de Caxias – RJ 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, qυе nos criou e foi criativo nesta 
tarefa. Sеυ fôlego dе vida еm nós fоі o 
sustentáculo е o encorajamento para 
questionarmos realidades е propormos 
sempre υm novo mundo dе 
possibilidades. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades. 
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram 
a janela que hoje vislumbramos um horizonte superior, eivados pela acendrada 
confiança no mérito e ética aqui presentes. 
Ao nosso orientador Anderson Fumaux, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, 
pelas suas correções e incentivos. 
As nossas esposas (marido) pela compreensão. 
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. 
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito 
obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Que os vossos esforços desafiem as 
impossibilidades, lembrai-vos de que as 
grandes coisas do homem foram 
conquistadas do que parecia impossível.” 
(Charles Chaplin) 
 
RESUMO 
 
No mundo de hoje a competitividade no mercado de trabalho está cada vez maior, 
em função do aumento no número de clientes que, por sua vez, estão mais 
exigentes e a procura dos melhores produtos e serviços, junto com a melhor 
qualidade possível. Deste modo as empresas precisam se adaptar às essas 
exigências, batalhando contra a concorrência. Assim, temos a Contabilidade 
Gerencial que é aquela que identifica informações, auxiliando, assim, os 
administradores na gestão de suas empresas. Ela tem por objetivo fornecer dados 
reais para aperfeiçoar o processo de tomada de decisão, almejando o planejamento 
e a prosperidade das organizações. Neste trabalho foram usadas pesquisas 
bibliográficas através de livros, referente ao o tema, com o objetivo de definir e 
demonstrar a Relevância da Contabilidade Gerencial para a Tomada de Decisão 
como uma das principais ferramentas de auxílio à tomada de decisões. 
 
 
Palavras-chave: Qualidade; Exigências; Contabilidade Gerencial; Gestão; 
Informações; Relevância e Decisão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
In today's world competitiveness in the labor market is increasing, due to the 
increase in the number of customers, in turn, they are discerning and demand for 
better products and services, along with the best possible quality. Therefore 
companies need to adapt to these requirements, battling competition. Thus we have 
the Managerial Accounting is one that identifies information, helping, so, 
administrators in managing their businesses. It aims to provide real data to improve 
the decision-making process, aiming the planning and prosperity of organizations. In 
this work we were used library research through books, related to the subject in order 
to define and demonstrate the relevance of Managerial Accounting for Decision 
Making as a major tool to aid decision making. 
 
Keywords: quality, requirements, Management Accounting, management, 
information, relevance, decision. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 Balanço Patrimonial – Fonte: www.portalcfc.org.br ..................................... 23 
Figura 2 Composição do BP – Fonte: www.portalcfc.org.br ...................................... 24 
Figura 3 Estrutura do BP – Autor: Profº Francisco Viana .......................................... 29 
Figura 4 Estrutura da DRE – Fonte: Autores ............................................................. 37 
Figura 5 Demonstração de Lucros ou Prejuizos – Fonte: Autores ............................ 40 
Figura 6 Funções da Contabilidade Gerencial – Fonte: ATKINSON (2000) .............. 44 
Figura 7 Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira – Fonte: PADOVEZE 
(2009, p. 24) .............................................................................................................. 45 
Figura 8 Comparativo Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira – Autor: 
Profº Virgílio de Oliveira ............................................................................................ 46 
Figura 9 Alavancagem Financeira – Fonte: www.cavalcanteassociados.com.br ..... 57 
Figura 10 Elaboração do Planejamento – Fonte: Autores ......................................... 60 
Figura 11 Princípios – Fonte: www.pmkb.com.br ...................................................... 61 
Figura 12 Controladoria (Missão x Objetivos) – Fonte: Autores ................................ 64 
Figura 13 Diferenças entre Métodos de Custeio – Fonte: Autores ............................ 71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMARIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................... 12 
1.2 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 12 
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 12 
1.4 DELIMITAÇÃO ...............................................................................................
14 
1.5 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 14 
1.6 METODOLOGIA ............................................................................................. 15 
1.7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 15 
2 A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E A IMPORTANCIA DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .......................................................................... 16 
2.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE ................................................................. 17 
2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................. 19 
2.2.1 As Normas e Padronização .................................................................. 20 
2.2.2 Principais Demonstrações Contábeis ................................................ 21 
2.2.3 Demonstrações Contábeis Básicas .................................................... 22 
2.2.3.1 Balanço Patrimonial ................................................................................ 22 
2.2.3.1.1 Composição Patrimonial..........................................................................23 
2.2.3.1.2 Estrutura Patrimonial Resumida..............................................................24 
2.2.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ................................... 30 
2.2.3.2.1 Composição dos Resultados...................................................................30 
2.2.3.2.2 As Diferentes Fases do Lucro ................................................................ 35 
2.2.3.2.3 Estrutura da DRE .................................................................................... 37 
3 CARACTERIZAR A CONTABILIDADE GERENCIAL E O SEU PAPEL NA 
ORGANIZAÇÃO ....................................................................................................... 42 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL ............................. 42 
3.2 CONTABILIDADE GERENCIAL X CONTABILIDADE FINANCEIRA ............. 44 
3.3 A APLICABILIDADE DA CONTABILIDADE GERENCIAL .............................. 47 
3.4 O CONTADOR E A CONTABILIDADE GERENCIAL ..................................... 48 
 
3.5 A RELEVÂNCIA DOS INDICADORES PARA A CONTABILIDADE 
GERENCIAL .......................................................................................................... 50 
4 A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, DO CONTROLE E DA 
CONTABILIDADE GERENCIAL PARA A CONTROLADORIA ............................... 58 
4.1 O PLANEJAMENTO ....................................................................................... 59 
4.2 O CONTROLE ................................................................................................ 61 
4.3 MISSÃO E OBJETIVO DA CONTROLADORIA .............................................. 63 
4.4 A CONTABILIDADE GERENCIAL NA CONTROLADORIA ............................ 64 
5 A RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA A 
CONTABILIDADE GERENCIAL ............................................................................... 67 
5.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS ..................................................................... 67 
5.2 MÉTODO DE CUSTEIO ................................................................................. 68 
5.3 CUSTEIO POR ABSORÇÃO .......................................................................... 69 
5.4 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO ................................................................ 69 
5.5 DIFERENÇAS ENTRE CUSTEIO POR ABSORÇÃO E VARIÁVEL ............... 70 
5.6 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES ......................................................... 72 
6 DETERMINAR A RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA 
TOMADA DE DECISÃO ........................................................................................... 74 
6.1 GESTÃO E A CONTABILIDADE GERENCIAL ............................................... 75 
7 A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
CONTÁBIL ................................................................................................................ 78 
7.1 O SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL COMO FERRAMENTA DE 
APOIO GERENCIAL .............................................................................................. 80 
7.1.1 Sistema de Suporte da Decisão (SSD) .................................................. 80 
7.1.2 Sistema de Suporte Executivo (SSE) .................................................... 81 
7.1.3 Sistema de Informação Gerencial (SIG) ................................................ 81 
7.2 A RELEVÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS 
EMPRESAS ........................................................................................................... 83 
7.3 ASPECTOS QUE FORTALECEM O SISTEMA GERENCIAL NAS 
EMPRESAS ........................................................................................................... 84 
7.4 RELATÓRIOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL ..................... 85 
 
7.5 CONDIÇÕES DE TOMADA DE DECISÃO ..................................................... 86 
7.6 OS NÍVEIS ABRANGIDOS PELO SISTEMA DE INFORMAÇÃO 
GERENCIAL........................................................................................................... 86 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 88 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 90 
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
1 INTRODUÇÃO 
 
Nas constantes mudanças desse nosso cenário econômico mundial as 
organizações tentam se adequar às práticas de gestão aplicadas à nossa realidade 
de mercado. 
Tais mudanças estão ocorrendo em todos os campos, seja tecnológico, 
político, social, ambiental, econômico, financeiro e etc., o que exige das empresas, 
meios confiáveis de obter informações, que deverão ser seguras, adequadas e em 
tempo hábil, para subsidiá-las no processo de tomada de decisão. 
Nesse momento de constantes mudanças e de aumento da competitividade 
nos negócios, as empresas vêm expondo sua importância para o crescimento da 
economia brasileira e mundial. 
O mundo de negócios é extremamente vasto, outrora; esses 
empreendimentos devem ser dotados de informações gerenciais seguras, 
transparentes e confiáveis, garantindo, dessa forma, o sucesso e a sua permanência 
no atual mercado. 
Assim, como excelente ferramenta de gestão, temos a Contabilidade 
Gerencial fornecendo informações que propiciam uma análise do desenvolvimento 
do negócio, o que permite ações corretivas no tempo certo e corretas decisões de 
investimentos contribuindo na busca contínua do seu crescimento, bem como na sua 
perpetuação no mercado. 
IUDÍCIBUS (1998), entende que a Contabilidade Gerencial está voltada para 
a administração, com vistas de fornecer informações úteis que possam ser utilizadas 
no modelo decisório. 
De maneira geral, todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil 
é feito para que a administração os utilize no processo de tomada de decisões. 
Um dos focos da Contabilidade Gerencial é o crescimento da empresa. Para 
isso é necessário estabelecer os processos de análise, controle e, como um fator de 
grande relevância, de planejamento que deverão ser realizados com o auxílio da 
Controladoria. 
Portanto, a incongruência das informações gerenciais pode comprometer o 
sucesso do empreendimento. 
Na visão de MARION (2009), a Contabilidade Gerencial é o instrumento que 
auxilia
a administração a tomar decisões. 
 
 
13 
Ele cita ainda que é por meio dela que a empresa avalia o desempenho dos 
negócios e obtém diretrizes para as decisões. 
A presente pesquisa buscará conduzir o gestor a utilizar as informações 
fornecidas pela Contabilidade Gerencial como auxílio à tomada de decisão e, assim, 
garantir o sucesso da empresa, possibilitando-a tomar decisões sólidas e confiáveis 
para a permanência e o sucesso da instituição nos negócios. 
Pretendemos, também, diferenciar os métodos de custeio absorção e variável 
para relatar as vantagens e desvantagens de cada um e, assim, refletirmos sobre 
qual o melhor método a ser utilizado dentro de uma empresa. 
 
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 
 
O problema de pesquisa deste trabalho é constatar de que forma a utilização 
da Contabilidade Gerencial pode auxiliar nas tomadas de decisão e na saúde 
econômico-financeira, gerando benefícios à entidade e reduzindo as decisões 
erradas que levam a encerrarem suas atividades. 
 
1.2 OBJETIVO GERAL 
 
Compreender a relevância da Contabilidade Gerencial como sistema de 
informações imprescindíveis as tomadas de decisões tempestivas, com o maior nível 
de segurança possível. 
 
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Caracterizar a Contabilidade Gerencial e o seu Papel nas 
Organizações; 
 Perceber a Importância do Planejamento, do Controle e da 
Contabilidade Gerencial para Controladoria; 
 Diferenciar os Métodos de Custeio por Absorção e Variável, ABC; 
 Determinar a Relevância da Contabilidade Gerencial na Tomada de 
Decisão e 
 
 
14 
 Descrever a contribuição da utilização do Sistema de Informação para 
a Contabilidade Gerencial. 
 
1.4 DELIMITAÇÃO 
 
Este trabalho limitou-se a evidenciar a relevância da Contabilidade Gerencial 
como ferramenta de auxílio à tomada de decisões no sistema organizacional, 
considerando as ferramentas gerencias que podem ser utilizadas pelos gestores, de 
forma a auxiliá-los no alcance de metas e objetivos pretendidos, caracterizando o 
papel fundamental da Contabilidade Gerencial na organização, bem como sua 
integração indispensável com a Controladoria, a Contabilidade de custos e o uso de 
um Sistema de Informação Contábil que abasteça seus diversos usuários de 
informações imprescindíveis para a melhor tomada de decisão. 
 
1.5 JUSTIFICATIVA 
 
A Contabilidade Gerencial é responsável por coletar dados, interpretá-los e 
transformá-los em informações úteis, contribuindo positivamente para o sucesso das 
empresas e auxiliando o processo de tomada de decisão. 
Segundo CREPALDI (2008, p.5), “Contabilidade Gerencial é o ramo da 
Contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de 
empresas com vistas a auxiliá-los em suas funções gerenciais”. 
Por ser um importante instrumento de apoio na gestão dos negócios, a 
Contabilidade Gerencial contribui significativamente para a eficiência operacional da 
organização pois trata a informação para uma variedade de decisões operacionais e 
administrativas. 
De acordo com PADOVEZE (2009), se houver dentro da organização 
pessoas que consigam traduzir conceitos contábeis em ações práticas, tradução 
essa realizada a partir das contribuições fornecidas pela Contabilidade Gerencial, a 
contabilidade estará sendo um instrumento para a administração. 
Assim, a presente pesquisa justifica-se em compreender a importância da 
Contabilidade Gerencial, tentando responder à seguinte questão: Qual é a 
relevância da Contabilidade Gerencial nas tomadas de decisão no sistema 
organizacional? 
 
 
15 
1.6 METODOLOGIA 
 
Para elaboração da pesquisa serão utilizados autores que darão suporte ao 
desenvolvimento do estudo, tais como CREPALDI (2008), IUDÍCIBUS (1998), 
PADOVEZE (2009), entre outros. 
A pesquisa será de forma descritiva e bibliográfica, buscando a solução do 
problema levantado, por meio de livros, artigos e sites especializados, sendo 
estruturada em três seções: 
Introdução, Desenvolvimento e Considerações Finais, onde será incluída a 
conclusão da pesquisa, bem como a resposta do problema. 
Nesse sentido, será utilizado o método dedutivo para verificação das 
informações coletadas, que serão analisadas e interpretadas com vistas à resumir a 
idéia que nos permitirá evidenciar a relevância da Contabilidade Gerencial como 
ferramenta de auxílio à tomada de decisões no sistema organizacional. 
 
1.7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Neste trabalho, serão apresentados aspectos teóricos que farão a ligação 
entre os objetivos específicos e o objetivo principal. 
Primeiramente, será abordada a evolução da Contabilidade, seu conceito e 
suas demonstrações contábeis básicas. Em seguida, uma demonstração de que a 
Contabilidade Gerencial está relacionada a área de “Controle” e “Gerenciamento”. 
Segundo Iudícibus (1998): A Contabilidade Gerencial é de suma importância 
dentro das várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na 
Contabilidade Financeira, na Contabilidade de Custos, nas Análises Financeiras e 
etc., fornecendo a seus diversos usuários informações econômico-financeiras e 
sociais, que auxiliam na tomada de decisão gerencial. 
Iudícibus (1998), enfatiza que todos procedimentos contábeis e financeiros 
ligados a orçamento empresarial, a planejamento empresarial, a fornecimentos de 
informes contábeis e financeiros para decisão, recaem no campo da contabilidade 
gerencial, pois é ela que contribui para elaboração de planejamentos estratégicos, 
controles e avaliações de desempenho da companhia. 
 
 
 
16 
2 A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E A IMPORTANCIA DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Na história da contabilidade, o período moderno foi a fase da pré-ciência. A 
introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de 
comerciantes italianos do século XIII. Os empréstimos à empresas comerciais e os 
investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais 
que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, 
fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os 
empregados (GUSDORF 1988). 
A necessidade de acompanhar a evolução do patrimônio foi o grande motivo 
para seu desenvolvimento. O surgimento do capitalismo deu impulso definitivo à 
essa importante disciplina, potencializando seu uso e aumentando sua eficácia. 
Através dos tempos, verifica-se que o grau de avanço da contabilidade está 
diretamente associado ao grau de progresso econômico, social e institucional de 
cada sociedade. Entretanto é inegável explicitar que, embora a contabilidade seja 
instrumento eficaz de gestão nas, é nas economias de mercado que a contabilidade 
atinge seu ponto mais alto. Verifica-se até 1920 aproximadamente, uma influência 
muito grande da escola européia e da italiana em particular, e a partir de então 
desenvolve-se o approach norte americano favorecido não apenas pelo apoio de 
uma ampla estrutura econômica e política, más também por pesquisa e trabalho dos 
órgãos associativos (RODRIGUES, 1986). 
A contabilidade só cria foros de metodologia realmente científica se houver 
muito trabalho e muita pesquisa. Temos todos os pré-requisitos para transformar a 
profissão em algo importante no Brasil. É preciso primeiramente organizar talentos e 
recursos. Por outro lado, em apreciação geral, é importante conhecer qual foi a 
evolução histórica da disciplina para podermos entender melhor o que ela é hoje. 
A contabilidade é uma ciência essencialmente utilitária, no sentido de que 
responde por mecanismos próprios, a estímulos dos vários setores da economia. 
Portanto, entender a evolução das sociedades,
em seu aspecto econômico, dos 
usuários da informação contábil em suas necessidades informativas, é a melhor 
forma de entender e definir os objetivos da contabilidade. Apesar das diferenças de 
abordagens das várias escolas, devemos reconhecer que somente existe uma 
contabilidade, baseado em postulados, princípios, normas e procedimentos 
 
 
17 
racionalmente deduzidos e testados pelo desafio da praticabilidade. Todavia, não 
devemos desprezar um postulado, um princípio ou procedimento somente porque 
não é praticável imediatamente em termos de custo da informação e de benefício 
(SÁ,1997) 
 
2.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE 
 
A Contabilidade Financeira não era suficiente para resolver tais problemas, 
surgindo a Contabilidade de Custos, primeiramente utilizada apenas com fins de 
mensuração monetária de estoques e resultado. Porém, o mercado está em 
constante evolução e o crescimento das empresas originou novas necessidades. 
A Contabilidade de Custos e seus métodos de custeio são utilizados agora 
como instrumento importante do planejamento estratégico das empresas. Mudando 
o ambiente e a estrutura dos negócios, as informações fornecidas para a tomada de 
decisões devem mudar também. 
A competitividade tem exigido das empresas a busca contínua em aprimorar a 
qualidade em todos os processos e atividades que executam, buscando obter a 
aceitação dos seus produtos e/ou serviços e alcançar a permanência no mercado 
que atuam. Um dos aspectos primordiais para alcançar esta permanência é a 
formação do preço de venda dos produtos e serviços que oferece ao mercado. As 
variáveis que interferem no preço de venda são tão numerosas e de intensidade 
diversa que nem sempre serão as mesmas nas empresas que exploram ramos de 
atividades similares. A interação sistêmica com as áreas que mantêm 
relacionamentos diretos e indiretos exige que este preço de venda sofra influências 
que não permitirão às empresas o estabelecimento daquele preço que pretendem, 
diante da lucratividade que gostariam de obter. 
Conhecendo a estrutura do preço de venda, um dos elementos participantes 
desta estrutura que se destaca na atualidade é o custo. Dependendo do método 
utilizado para determinação do custo do produto e do serviço, a taxa de marcação – 
mark-up - que tem o objetivo de facilitar e criar uma rotina para os procedimentos de 
identificação do preço de venda terá diferentes valores. 
Como o elemento custo é um dos principais na formação do preço de venda 
e, quando se pretende gerenciá-lo para determinados objetivos da empresa, tais 
como: aumentar preço de venda, diminuir algum componente deste custo, 
 
 
18 
estabelecer objetivos de custo-meta ou até de preço-meta, entre outros, a análise 
dos componentes deste custo passa a ser também procedimento primordial. Para 
que esta análise seja eficiente e contribua para o melhor gerenciamento dos custos 
e na definição do preço de venda que atenda as políticas, estratégias e objetivos 
traçados pela empresa poderão ser necessários a união das virtudes apresentadas 
por todos os métodos de custeio, notadamente quando se compara o custo padrão 
estabelecido e aqueles efetivamente ocorridos, juntamente com a análise de valor 
apregoada pelo Activity-Based Costing (ABC). 
A Contabilidade Gerencial é o ramo da Contabilidade que tem por objetivo 
fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas 
funções gerenciais. A Contabilidade de Custos, cuja função inicial era fornecer 
elementos para avaliação dos estoques e apuração do resultado, passou, nas 
últimas décadas, a prestar duas funções muito importantes na Contabilidade 
Gerencial: a utilização dos dados de custos para auxílio ao controle e tomada de 
decisões. No que diz respeito à função administrativa de controle, a Contabilidade 
de Custos fornece informações para o estabelecimento de padrões, orçamentos ou 
previsões e, a seguir, acompanhar o efetivamente acontecido com os valores 
previstos. Com relação à utilização dos dados da Contabilidade de Custos para a 
tomada de decisões, estes podem ser muito úteis para o administrador pesar as 
conseqüências de medidas, tais como: se a capacidade de produção da fábrica é 
insuficiente para atender todos os pedidos dos clientes, qual produto ou linha de 
produtos deve ser cortado? Como fixar o preço de venda de um produto? deve-se 
continuar comprando matérias-primas de terceiros ou interessa fabricá-las na 
empresa? 
A Contabilidade Gerencial mensura e relata informações financeiras, bem 
como outros tipos de informações, que ajudam aos gerentes atingir as metas da 
organização. 
A Contabilidade Financeira, como vimos, está limitada pelos princípios 
fundamentais de contabilidade. Estes princípios restringem as regras de 
reconhecimento da receita e mensuração de custo e também os tipos de itens que 
são classificados como ativos, passivos e patrimônio líquido no balanço patrimonial. 
Ao contrário, a Contabilidade Gerencial não está restrita àqueles princípios 
contábeis. Por exemplo, uma companhia de produtos de consumo pode apresentar 
um valor estimado específico de uma marca (a marca NIKE) nos seus relatórios 
 
 
19 
financeiros internos para os gerentes de marketing, embora isto não esteja de 
acordo com os princípios fundamentais de contabilidade. A Contabilidade Gerencial 
não se destina exclusivamente aos usuários internos da empresa. Os gestores estão 
cada vez mais compartilhando a informação contábil com os usuários externos, 
como fornecedores e clientes. 
A tarefa principal dos gestores é o gerenciamento de custos. Utiliza-se o 
gerenciamento de custos para descrever as ações que os gerentes tomam com o 
intuito de satisfazer os clientes enquanto continuamente reduzem e controlam 
custos. Um importante componente do gerenciamento de custo é o reconhecimento 
de que decisões tomadas hoje muitas das vezes comprometerão a organização na 
incorrência de custos subseqüentes. Consideremos os custos de disponibilização de 
materiais numa fábrica. Decisões acerca do layout da fábrica e a extensão dos 
movimentos físicos dos materiais requisitados pela produção são tomadas 
tipicamente antes do início da produção. Estas decisões influenciam o custo de 
disponibilização de materiais assim que a produção começa. Os gestores em todo o 
mundo estão cada vez mais conscientes da importância da qualidade e 
conveniência dos produtos e serviços vendidos aos clientes externos. Por sua vez, 
os contadores estão se tornando mais sensíveis à qualidade e utilidade da 
informação contábil solicitada pelos gestores. Por exemplo, conforme mencionado 
por Horngren, um grupo de contadores gerenciais na Johnson & Johnson (indústria 
produtora de diversos produtos de consumo, como Band Aids) tem sua declaração 
de visão resumida nas frases “encante nossos clientes” e “seja o melhor”. O sucesso 
da contabilidade gerencial existe à medida que há uma melhora nas decisões 
tomadas pelos gestores que têm a posse da informação contábil. 
 
2.2 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Nesta Unidade você conhecerá as Demonstrações Contábeis obrigatórias, 
aprofundando seu conhecimento na composição da estrutura das demonstrações 
contábeis básicas. Para tanto apresentaremos três tópicos centrais: 
 Conhecer as Normas e Padronização das Demonstrações Contábeis 
obrigatórias; 
 Conhecer quais são as Demonstrações Contábeis e 
 
 
20 
 Entender a composição patrimonial e do Resultado do Exercício, bem 
como a definição dos itens que compõem as demonstrações contábeis 
básicas. 
Esses temas serão trabalhados nas próximas três seções, por meio das quais 
você conhecerá as Demonstrações Contábeis
obrigatórias e estudará 
detalhadamente a estrutura das demonstrações contábeis básicas e a classificação 
e definição dos itens que as compõem. 
 
2.2.1 As Normas e Padronização 
 
A padronização das demonstrações contábeis (também usualmente 
denominada “demonstrações financeiras), para fins de análise tem por finalidade 
levar as peças contábeis a um padrão que atenda às diretrizes técnicas internas da 
instituição ou do profissional, facilitando o trabalho do analista financeiro, 
independentemente de que o mesmo esteja desenvolvendo a análise para tomar a 
decisão de investimentos, a decisão de crédito ou tenha qualquer outro objetivo. 
Há todo um aparato legal e conceitual que orienta os profissionais da área 
contábil na elaboração das demonstrações financeiras, isto é, do balanço, da 
demonstração de resultado do exercício, da demonstração das mutações do 
patrimônio líquido e da demonstração de fluxo de caixa, quando for o caso. 
Segundo Martins (1996), a legislação comercial, tributária, a Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Instituto 
Brasileiro de Contadores (IBRACON), são alguns dos órgãos nacionais que cuidam 
de normas contábeis. Na esfera internacional o IFAC (Internacional Federation of 
Accounting), o IASC (Internacional Accouting Standards Committee) e até a 
Organização das Nações Unidas (ONU) são exemplos de instituições que têm 
preocupação com a qualidade das informações e que emitem normas e orientações 
de natureza contábil. 
Assim sendo, as exigências externas, da legislação, dos princípios contábeis 
geralmente aceitos e de outras normas visando a regulamentar os procedimentos 
contábeis têm grande validade na medida em que podem transmitir segurança ao 
analista quanto às técnicas e padronizações adotadas pela empresa na elaboração 
das demonstrações financeiras. 
 
 
 
21 
2.2.2 As Principais Demonstrações Contábeis 
 
Para melhor entendermos este tópico, vamos realizar alguns esclarecimentos 
sobre terminologias adotadas na análise financeira: o resultado do exercício 
corresponde ao valor obtido da diferença entre receitas e despesas, e pode 
representar lucro se as receitas forem maiores que as despesas, ou prejuízo, sendo 
estas menores que as despesas. 
Outra terminologia utilizada refere-se a exercício social. Esta representa um 
período de 12 meses, que é a base para apurar o resultado ou levantar o balanço da 
empresa, podendo iniciar e terminar em qualquer época do ano. Ressalta-se, no 
entanto, que o mais usual é que o exercício social comece em 1º de janeiro e 
termine em 31 de dezembro. 
Ainda exercícios futuros, exercícios seguintes e exercícios subseqüentes têm 
a mesma definição e referem-se a períodos posteriores ao levantamento da 
demonstração, não sendo necessariamente o próximo. 
A Lei 6.404/76, segundo Silva (2005), obriga à elaboração de algumas 
demonstrações financeiras. Vejamos o que diz em seu artigo 176, o qual foi alterado 
em 28 de dezembro de 2007 pela Lei 11.638: Ao fim de cada exercício social, a 
Diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as 
seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação 
do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
I – balanço patrimonial; 
II – demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III – demonstração do resultado do exercício; 
IV – demonstração de fluxo de caixa 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
Ressalte-se que uma companhia fechada, com patrimônio líquido, na data do 
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à 
elaboração e publicação da demonstração do fluxo de caixa. 
Assim sendo, a legislação obriga às sociedades anônimas e demais 
sociedades mercantis à elaboração destas demonstrações financeiras, que por sua 
vez são complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos 
necessários para o esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do 
exercício. 
 
 
22 
Obviamente, o ideal seria que as empresas dispusessem de informações 
sobre seus resultados e sua solidez, independentemente de qualquer 
obrigatoriedade legal, de modo que houvesse a imposição cultural e profissional no 
sentido de orientar suas decisões a partir de análises realistas e fundamentadas em 
informações fidedignas. 
 
2.2.3 Demonstrações Contábeis Básicas 
 
As demonstrações contábeis básicas são duas: 
1) Balanço Patrimonial e 
2) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
A primeira evidencia as informações do ponto de vista patrimonial, isto é, 
bens, direitos e obrigações; já a segunda apresenta o comportamento dos itens que 
compõem o resultado (as receitas e despesas) em um determinado período. A 
seguir você conhecerá cada uma delas em detalhe. 
 
2.2.3.1 Balanço Patrimonial 
 
A Contabilidade retrata, por meio do balanço, a situação patrimonial da 
empresa em determinada data, propiciando aos analistas o conhecimento de seus 
bens e direitos, de suas obrigações e de sua estrutura patrimonial. Sinteticamente, o 
balanço retrata a posição patrimonial da empresa em determinado momento, 
composta por bens, direitos e obrigações. É a fotografia da empresa em 
determinado momento, normalmente por ocasião do encerramento do exercício 
social (Silva, 2005). 
De acordo com a NBC T 3, item 3.2.1.1: 
 
“O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, 
quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição 
patrimonial e financeira da Entidade”. 
 
 
 De acordo com a legislação vigente, segue apresentada abaixo a estrutura 
do balanço patrimonial, de acordo com o Conselho Federal de Contabilidade: 
 
 
23 
Figura 1 – Balanço Patrimonial 
 Fonte: wwwportalcfc.org.br 
 
Para melhor compreendê-lo,vamos dividir seu estudo em duas partes: 
Composição Patrimonial e Estrutura do Balanço Patrimonial. 
 
2.2.3.1.1 Composição Patrimonial 
 
O Balanço Patrimonial é dividido em dois grandes blocos: ativo e passivo. O 
ativo mostra tudo o que existe concretamente na empresa, na estática patrimonial; 
representa as aplicações de recursos. Todos os bens ou direitos devem ser 
comprovados por documentos, que podem ser tocados ou vistos. Ainda encontram-
se no Balanço Patrimonial as despesas antecipadas e as diferidas, as quais 
representam investimentos que beneficiarão exercícios futuros. 
O passivo é expresso pelo passivo exigível e pelo patrimônio líquido, que 
mostram as origens dos recursos que se encontram investidos no ativo. É preciso 
lembrar, porém, que as demonstrações mostram apenas os fatos registráveis, 
segundo os princípios contábeis, ou seja, os fatos objetivamente mensuráveis em 
 
 
24 
dinheiro, como compras, vendas, pagamentos, recebimentos, depósitos, débitos em 
conta, despesas incorridas, receitas faturadas, etc., deixando de lado uma série 
inumerável de fatos, como marcas, participação de mercado, imagem, tecnologia, os 
quais só podem ser contabilizados, isto é, registrados, quando forem avaliados por 
técnicos especialistas, com capacidade para determinar o valor destes intangíveis. 
Vejamos a composição do Balanço Patrimonial elaborado de acordo com os 
critérios previstos na NBCT 3.2, com nova redação dada pela Lei nº 
11.638/2007 e MP nº 449/2008 alterada pela Lei 11.941 de 27/05/2009 : 
 
Figura 2 – Composição do Balanço Patrimonial 
 
ATIVO 
 
CIRCULANTE 
Disponibilidade 
Duplicatas a Receber 
(-) Duplicatas Descontadas 
Contas a Receber 
Estoques 
Outros Créditos 
Despesas do Exercício Seguinte 
 
NÃO-CIRCULANTE 
Realizável
a Longo Prazo 
Valores a Receber 
Investimentos 
Participação em Outras Empresas 
Outros Investimentos 
Imobilizado 
Bens em Operação 
Imobilizado em Andamento 
(-) Depreciação Acumulada 
Intangível 
Direito Autoral 
Fundo de Comércio 
Software 
(-) Amortização Acumulada 
PASSIVO 
 
CIRCULANTE 
Empréstimos e Financiamentos Bancários 
Fornecedores Nacionais 
Fornecedores Estrangeiros 
Obrigações Trabalhistas 
Obrigações Tributárias 
Outras Obrigações 
 
NÃO-CIRCULANTE 
Financiamentos 
Obrigações 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Capital Social 
Reservas de Capital 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucros 
Ações em Tesouraria 
Prejuízos Acumulados 
Fonte: wwwportalcfc.org.br 
 
2.2.3.1.2 Estrutura Patrimonial Resumida 
 
A seguir vamos detalhar cada um destes subitens. 
ATIVO 
O Ativo representa as aplicações dos recursos. São de natureza devedora, 
isto é, aumentam quando são debitadas e diminuem quando são creditadas. Estas 
contas estão dispostas segundo a ordem de liquidez. Assim, as contas com maior 
 
 
25 
liquidez são as que aparecem na parte superior do ativo, e as de mais difícil 
realização, na parte inferior. Por isso é que o dinheiro aparece em primeiro lugar, por 
representar o ativo de liquidez imediata. Fazem parte deste grupo os Bens, 
representados pelo caixa, estoques, veículos, máquinas, entre outros, e os Direitos, 
sendo representados pelos valores a receber, ações de outras empresas, depósitos 
bancários, entre outros. 
Atenção para o fato de que no grupo do Ativo existem as contas redutoras, 
que têm esta denominação por apresentarem natureza contrária ao seu grupo de 
origem, o Ativo. 
 
Ativo Circulante 
O primeiro grupo de ativo, Ativo Circulante, compreende as seguintes 
subdivisões: 
 Disponibilidades – são compostas por recursos financeiros possuídos 
pela empresa que podem ser utilizados imediatamente, sem restrições, 
tais como: caixa, bancos conta movimento, aplicações de liquidez 
imediata; 
 Créditos – são os direitos que a empresa possui para receber em um 
futuro próximo. expressam as contas a receber de clientes, a provisão 
para devedores duvidosos e os descontos de duplicatas; 
 Estoques – são as aplicações de liquidez não imediata. Para se 
transformarem em disponibilidades os créditos precisam ser vendidos. 
 Despesas de Exercícios Seguintes – são as aplicações de recursos 
em bens e serviços que no exercício subseqüente irão se transformar 
em despesas, tais como contrato de seguro com prazo de vigência 
para 12 meses, contrato de aluguel com prazo determinado. 
Ativo Não Circulante 
No grupo de contas contábeis denominado Ativo Não Circulante são 
registrados todos os bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento 
normal da entidade e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos 
com essa finalidade. 
O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos: 
 
 
 
 
26 
 Realizável a Longo Prazo 
No segundo grupo do ativo aparecem os direitos realizáveis a longo prazo, 
quais sejam, os direitos realizáveis após o término do exercício social seguinte, que 
como já referido anteriormente é o mesmo que exercício social subseqüente, tais 
como os valores a receber de sociedades coligadas e/ou controladas, contas a 
receber a longo prazo, entre outras. 
 
Ativo Permanente 
 É no terceiro e último grupo que estão os investimentos, o imobilizado 
e o ativo diferido. 
 Os investimentos – neste grupo estão classificados os bens e direitos 
que não são utilizados na atividade operacional da empresa, tais como 
imóveis destinados à locação, obras de arte, investimentos em ouro e 
as participações em outras empresas. 
 O imobilizado – compreende os itens que tenham por objeto bens 
destinados à manutenção das atividades da empresa, ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial e comercial. 
É representado por bens tangíveis ou intangíveis que são utilizados 
nas atividades da empresa, que tenham vida superior a um ano, 
relevância do valor e que não sejam destinados à venda. São 
exemplos os imóveis e terrenos, desde que estejam sendo utilizados 
na atividade-fim da empresa, máquinas e equipamentos, equipamentos 
de informática, veículos, móveis e instalações, imobilizações em 
andamento, entre outros. 
 
PASSIVO 
O passivo representa as fontes, também conhecidas como origem de 
recursos utilizadas pela empresa, podendo tais recursos serem provenientes de 
terceiros (dívidas) ou dos sócios por meio de aporte de capital ou de lucro gerado 
pela própria empresa. São de natureza credora, isto é, aumentam com o crédito e 
diminuem com o débito. 
Como já mencionado no Ativo, também o grupo do Passivo possui contas 
redutoras; tem esta denominação por apresentarem natureza contrária ao seu grupo 
de origem, o Passivo. 
 
 
27 
Passivo Circulante 
No grupo denominado “Passivo Circulante” são escrituradas as obrigações da 
entidade, inclusive financiamento para aquisição de direitos do ativo não-circulante, 
quando se vencerem no exercício seguinte (prazo de 12 meses seguintes ao do 
balanço). 
Como exemplo de subcontas que deverão ser incluídas no Passivo 
Circulante: 
1) Obrigações com funcionários, relativas a salários, participações nos 
resultados, férias a pagar, abonos pecuniários e outras verbas de natureza 
trabalhista. 
2) Provisões de Férias e 13º Salário, incluindo os respectivos encargos 
sociais e adicionais de 1/3 de férias. 
3) Obrigações Tributárias, inclusive parcelas a vencerem a curto prazo 
relativas a programas de refinanciamento de dívidas fiscais e 
previdenciárias (como REFIS), FGTS e outros encargos de natureza 
tributária, incluindo multa e juros. 
4) Fornecedores (incluindo juros, multas e outras obrigações contratuais, 
pelo regime de competência). 
5) Instituições Financeiras: empréstimos, financiamentos e saldos devedores 
bancários, incluindo cheques pré-datados e valores dos limites de crédito 
de contas correntes utilizadas. 
6) Créditos de sócios, acionistas, diretores e empresas coligadas e 
controladas, quando sua liquidação estivar estipulada para o exercício 
seguinte. 
Passivo Não Circulante 
No grupo denominado “Passivo Não Circulante” são escrituradas as 
obrigações da entidade, inclusive financiamento para aquisição de direitos do ativo 
não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte. Normalmente tais 
obrigações correspondem a valores exigíveis a partir do 13º mês seguinte ao 
exercício social. 
Como exemplo de subcontas que deverão ser incluídas no Passivo Não 
Circulante: 
1) Instituições Financeiras: parcelas de empréstimos e financiamentos, 
incluindo os respectivos juros e encargos contratuais decorridos, vencíveis 
 
 
28 
após o exercício seguinte ao do fechamento de balanço (ou seja, a partir 
do 13º mês do encerramento do exercício). 
2) Créditos de sócios, acionistas, diretores e empresas coligadas e 
controladas, quando sua liquidação estivar estipulada após o exercício 
seguinte. 
3) Obrigações Tributárias de longo prazo, incluindo parcelas relativas a 
programas de refinanciamento de dívidas fiscais e previdenciárias (como 
REFIS), acrescidos dos encargos legais previstos pelo regime de 
competência. 
4) Debêntures e outras obrigações contratuais exigíveis após o exercício 
seguinte. 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Por fim, no passivo consta o Patrimônio Líquido, que representa a parte da 
empresa que pertence a seus proprietários. Ele representa as fontes próprias à 
disposição da empresa. É subdividido em: 
 
Capital Social 
No caso das sociedades anônimas, o capital social pode ser
representado 
pelas ações, ou por cotas, quando se trata de uma sociedade por cotas de 
responsabilidade limitada. 
 
Reservas de capital 
Estas se constituem numa espécie de reforço ao capital social. Assim, capital 
social, reservas e lucros ou prejuízos acumulados compõem o patrimônio líquido da 
empresa. Estas compreendem: ágio na emissão de ações, alienação de partes 
beneficiárias, alienações de bônus de subscrição, prêmio recebido pela emissão de 
debêntures, doação de bens, subvenções recebidas pelas empresas e correção 
monetária do capital realizado. 
 
Reservas de lucros 
 São constituídas a partir do lucro da empresa no período. Destacam-se: as 
reservas legais, estatutárias, para contingência e as reservas de lucros a realizar. 
 
 
 
29 
 Prejuízos acumulados 
 A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados é a demonstração 
contábil destinada a evidenciar, num determinado período, as mutações nos 
resultados acumulados da Entidade (NBCT 3.4) 
Como referido anteriormente, o Balanço Patrimonial é estruturado por meio do 
ativo e do passivo. O ativo mostra onde a empresa aplicou os recursos, ou seja, 
quais são os bens e direitos de que dispõe. O passivo retrata de onde vieram os 
recursos, isto é, quais são as fontes ou origens de recursos da empresa. 
O quadro a seguir representa a estrutura legal do Balanço Patrimonial: 
Figura 3 – Estrutura do BP 
ATIVO TOTAL 505.211,72 
 
ATIVO CIRCULANTE 317.597,01 
 Disponível 74.820,51 
 CAIXA 31.857,23 
 BANCO 42.963,28 
 Outros ativos circulantes 242.776,50 
 CLIENTES 178.425,20 
 ESTOQUE 64.351,30 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 187.614,71 
 Realizável a longo prazo 82.827,15 
 DUPLICATAS A RECEBER LP 82.827,15 
 Imobilizados 104.787,56 
 MÓVEIS E UTENSILIOS 35.614,80 
 (-) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA MOVEIS E UTENSILIOS (3.561,48) 
 EQUIPAMENTOS DE PROC DE DADOS 12.500,00 
 (-) DEPRECIAÇÃO DE EQUIP. PROC DE DADOS (5.000,00) 
 EQUIPAMENTOS 81.542,80 
 (-) DEPRECIAÇÃO EQUIPAMENTOS (16.308,56) 
 
PASSIVO + PATRIMONIO LÍQUIDO 505.211,72 
 
PASSIVO CIRCULANTE 242.715,92 
 Obrigações com funcionários 109.674,22 
 SALÁRIOS A PAGAR 59.728,52 
 PRO-LABORE 15.000,00 
 OBRIGAÇÕES PREVIDENCIARIAS 14.945,70 
 DIVIDENDOS A PAGAR 20.000,00 
 Outras Obrigações 87.453,72 
 DUPLICATAS A PAGAR 87.453,72 
 Tributos e contribuições 45.587,98 
 SIMPLES NACIONAL A PAGAR 45.587,98 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 125.416,74 
 Exigível a longo prazo 125.416,74 
 FORNECEDOR 125.416,74 
PATRIMONIO LIQUIDO 137.079,06 
 Capital social 100.000,00 
 CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO 100.000,00 
 Reserva de capital - 
 Ajuste de avaliação patrimonial - 
 Reserva de lucro 37.079,06 
 Ações em Tesouraria - 
Autor: Profº Francisco Viana 
 
 
30 
 2.2.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 
A primeira demonstração financeira básica que você estudou foi o Balanço 
Patrimonial. A segunda é a Demonstração do Resultado do Exercício, que também é 
reconhecida pela sigla DRE. Esta demonstração mostra o lucro ou o prejuízo obtido 
pela empresa no período. Expressa o desempenho econômico, por meio das 
receitas dos custos e despesas de um período, para apurar o resultado. É uma 
demonstração dos aumentos e reduções causados ao Patrimônio Líquido pelas 
operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo, 
pelo ingresso de novos elementos. As despesas representam redução do Patrimônio 
Líquido, por meio da redução do ativo ou do aumento do passivo exigível (SILVA, 
2005). 
Objetivamente a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE – é o 
confronto entre receitas e despesas, ou seja, a partir dessa demonstração pode-se 
obter os valores correspondentes ao lucro ou ao prejuízo da empresa. Quando as 
receitas do período forem maiores que as despesas e custos temos um lucro e 
quando as despesas e custos forem maiores que as receitas temos um prejuízo. 
Cabe salientar que a DRE retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo 
monetário (fluxo de dinheiro). Sendo assim, o resultado obtido pela empresa em um 
dado período não representa o saldo da conta caixa desse mesmo período, mas 
reforça o fato de que lucro não significa saldo positivo no caixa ou prejuízo pode não 
representar saldo negativo. Vamos imaginar uma situação considerando que 
determinada empresa obteve prejuízo. Esse prejuízo e as conseqüentes dificuldades 
de recursos financeiros levaram essa empresa a buscar um financiamento. O saldo 
do caixa será positivo, porém o resultado da empresa continua sendo negativo. 
Para a DRE não importa se uma receita ou despesa tem reflexos em dinheiro, 
basta apenas que afete o Patrimônio Líquido, entre duas datas. É apresentada de 
forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se os custos e as despesas 
e em seguida indica-se o resultado (lucro ou prejuízo). 
Para entender melhor a DRE vamos organizar o seu estudo em 3 partes: a 
composição dos resultados, as diferentes fases do lucro e a estrutura da DRE. 
 
 2.2.3.2.1 Composição dos Resultados 
 
 
 
31 
Como o próprio nome indica, para realizarmos a composição do resultado é 
necessário uma composição de itens: 
a) Receita Operacional; 
b) Custos dos Produtos, Mercadorias ou Serviços Vendidos; 
c) Lucro Bruto; 
d) Despesas Operacionais; 
e) Lucro Operacional; 
f) Receitas e Despesas não Operacionais; 
g) Lucro Antes dos Impostos, Contribuições e Participações; 
h) Imposto de Renda, contribuição social e participações; 
i) Lucro Líquido do Exercício. 
Vamos agora compreender o significado de cada um desses itens: 
a) Receita Operacional 
A Receita Operacional decorre das operações normais e habituais da 
empresa. Se a empresa é comercial, decorre das vendas das mercadorias, se é de 
prestação de serviços, decorre dos serviços prestados. 
Dentro do item Receita Operacional você poderá encontrar: 
1) Receita operacional bruta; 
2) Vendas canceladas; 
3) Abatimentos sobre vendas; 
4) Impostos incidentes sobre vendas e 
5) Receita operacional líquida. 
A seguir uma breve descrição de cada uma delas. 
a.1) Receita operacional bruta – ROB 
Representa o faturamento bruto da empresa. É também denominada vendas 
brutas. Estas vendas ocorrem durante o ano e os preços unitários da venda de 
determinados produtos pode variar ao longo do próprio exercício social. 
a.2) Vendas canceladas 
Vendas canceladas são aquelas decorrentes das devoluções efetuadas pelos 
clientes, em função de os produtos não atenderem as suas especificações, 
apresentarem defeitos ou por qualquer outra razão. São aquelas vendas que não se 
efetivaram de fato, e que, por razões de registro contábil, assim são denominadas. 
a.3) Abatimentos sobre vendas 
 
 
32 
Os abatimentos são decorrentes de descontos especiais concedidos aos 
clientes em função de defeitos apresentados, por exemplo. 
a.4) Impostos incidentes sobre vendas 
No caso de impostos incidentes sobre vendas, trata-se de valores que foram 
transferidos pela empresa para os governos federal (IPI), estadual (ICMS) ou 
municipal (ISS), por exemplo. A empresa é mera depositária destes recursos, porém 
eles são registrados na contabilidade. 
a.5) Receita operacional líquida – ROL 
A receita operacional líquida é efetivamente a parte da receita que ficará para 
a empresa cobrir seus custos e despesas e para gerar lucro. Origina-se da dedução 
das devoluções, abatimentos e impostos incidentes sobre vendas da receita 
operacional bruta. 
b) Custo dos Produtos, Mercadorias ou Serviços Vendidos 
A expressão custo das vendas é bastante
genérica, devendo, por essa razão, 
ser especificada por setor da economia: 
 Para empresas industriais o custo das vendas é denominado Custo 
dos Produtos Vendidos (CPV) 
 Para as empresas comerciais o custo das vendas é denominado Custo 
das Mercadorias Vendidas (CMV) 
 Para as empresas prestadoras de serviços o custo das vendas é 
denominado Custo dos Serviços Prestados (CSP) 
c) Lucro Bruto 
É a diferença entre a receita operacional líquida e o custo dos produtos, 
mercadorias ou serviços vendidos. 
d) Despesas Operacionais 
Despesas operacionais são as necessárias para vender os produtos, 
administrar a empresa e financiar as operações. Enfim, são todas as despesas que 
contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa. Seus 
principais grupos são: 
1) Despesas com vendas; 
2) despesas administrativas; 
3) despesas financeiras e 
4) resultado de equivalência patrimonial. 
Na seqüência o conceito que define cada uma desses grupos: 
 
 
33 
d.1) Despesas com vendas 
Abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao 
consumidor (comercialização e distribuição). São despesas com o pessoal da área 
de vendas, comissões sobre vendas, salários e encargos do pessoal da área de 
vendas, aluguéis relativos aos escritórios de vendas, material de escritório, 
propaganda e publicidade, marketing. Também a provisão para devedores 
duvidosos é considerada uma despesa operacional com vendas, porém não 
dedutível para fins de apuração do lucro tributável. 
d.2) Despesas administrativas 
São aquelas necessárias para administrar (dirigir) a empresa. De maneira 
geral, são gastos nos escritórios que visam à direção ou à gestão da empresa. 
Podem-se citar como exemplo: honorários administrativos, salários e encargos 
sociais do pessoal administrativo, aluguéis, materiais e seguro dos escritórios, 
depreciação de móveis e utensílios, assinatura de jornais e periódicos, etc. 
d.3) Despesas financeiras 
São remunerações aos capitais de terceiros, tais como juros pagos ou 
incorridos, comissões bancárias, correção monetária pré-fixada sobre empréstimos, 
descontos concedidos, juros de mora pagos, etc. 
As despesas financeiras devem ser compensadas com as receitas financeiras 
(conforme disposição legal), isto é, estas receitas são deduzidas daquelas 
despesas. 
d.4) Resultado de equivalência patrimonial 
Conforme o artigo 248 da Lei 6.404, é obrigatório o uso do método da 
equivalência patrimonial para avaliação dos investimentos relevantes em sociedades 
coligadas, sob cuja administração tenha influência ou de que participe com 20% ou 
mais do capital social, e em sociedades controladas. É considerado relevante o 
investimento em cada sociedade controlada ou coligada se o valor contábil é igual 
ou superior a 10% do patrimônio líquido da companhia ou se no conjunto de 
sociedades controladas e coligadas esse valor for igual ou superior a 15%. No caso 
das sociedades anônimas de capital aberto, elas devem avaliar seus investimentos 
em sociedades controladas pelo método da equivalência patrimonial, 
independentemente de o investimento ser ou não relevante. 
 
 
34 
Por este método, a empresa investidora irá reconhecer em sua demonstração 
de resultado uma parcela do lucro ou prejuízo da empresa na qual tem 
investimentos, na proporção de sua participação no capital da outra. 
e) Lucro Operacional 
O lucro operacional é o lucro bruto menos as despesas operacionais, mais o 
ganho ou perda por equivalência patrimonial. 
f) Receitas e Despesas não Operacionais 
Este item que integra a composição do resultado de uma empresa pode se 
subdividir em: 
 1) Receitas não operacionais 
 2) Despesas não operacionais. 
Saiba como elas são constituídas. 
f.1) Receitas não operacionais 
Por receitas não operacionais entendem-se os valores relativos às receitas 
decorrentes de transações eventuais, isto é, algo que não é recorrente, que não se 
repete habitualmente. Exemplo: lucro obtido na venda de ativo imobilizado, ou ganho 
na alienação de um investimento, etc. 
f.2) Despesas não operacionais 
Seriam os valores atinentes às perdas em transações eventuais, como 
prejuízos na venda de bens do imobilizado, ou na alienação de investimentos. 
Perdas eventuais decorrentes de incêndios ou inundações, sem que haja cobertura 
de seguros, também são classificadas como despesas não operacionais. 
g) Lucro Antes dos Impostos, Contribuições e Participações 
Compreende o lucro do período antes de deduzir o Imposto de Renda, a 
Contribuição Social e as participações estatutárias no lucro. 
h) Imposto de Renda, Contribuição Social e Participações 
O Imposto de Renda do exercício é uma percentagem do lucro tributável. Este 
se distingue do lucro contábil que aparece na demonstração de resultado. Segundo 
a legislação fiscal, o lucro real (lucro tributável) é o lucro líquido do exercício, mais as 
despesas não dedutíveis (consideradas na apuração do lucro líquido), menos os 
valores autorizados pela legislação tributária, que não tenham sido computados na 
apuração do lucro líquido, menos as receitas não tributáveis. 
 
 
35 
A provisão constituída pela empresa para o Imposto de Renda é debitada no 
resultado do exercício e creditada como obrigação no passivo circulante ou no 
exigível a longo prazo. 
D – Resultado do Exercício 
C – Provisão para Imposto de Renda 
A contribuição social é outra parcela que é calculada com base no lucro da 
empresa, sendo recolhida ao governo federal, conforme determinado na 
Constituição Brasileira. 
As participações estatutárias representam parcelas dos lucros destinadas aos 
empregados, diretores, debenturistas ou a portadores de partes beneficiárias, por 
exemplo. 
Chegamos ao último dos itens que podem integrar a composição dos 
resultados de uma empresa. 
i) Lucro Líquido do Exercício 
Após a apuração do lucro, já debitados o Imposto de Renda e a contribuição 
social fazem-se a dedução das participações previstas nos estatutos e aí se 
encontra o lucro líquido, que é a sobra líquida à disposição dos sócios ou acionistas. 
 
2.2.3.2.2 As Diferentes Fases do Lucro 
 
Como indicado no início do estudo da DRE, sua análise foi dividida em 3 
partes para facilitar o entendimento. Após termos detalhado a primeira parte, 
constituída pela composição dos resultados, passamos à segunda parte, que são as 
diferentes fases do lucro. 
Este item, no entanto, também merece uma subdivisão: 
a) Lucro Bruto; 
b) Lucro Operacional; 
c) Lucro Antes dos Impostos, Contribuições e Participações e 
d) Lucro Líquido do Exercício. 
Vamos às definições de cada um e à fórmula pela qual se chega a cada um 
desses valores. 
a) Lucro Bruto 
O resultado obtido da diferença entre a receita operacional líquida e o Custo 
da mercadoria Vendida – CMV, Custo do Produto Vendido – CPV ou Custo do 
 
 
36 
Serviço Vendido – CSV, é o chamado lucro bruto. E a margem bruta é a relação 
percentual entre o lucro bruto e a receita líquida. 
RECEITA BRUTA 
( – ) DEDUÇÕES 
( = ) RECEITA LÍQUIDA 
( – ) CUSTOS DAS VENDAS 
( = ) LUCRO BRUTO 
Ou ainda: 
(Receita bruta) – (Deduções) = Receita líquida 
(Receita líquida) – (Custos das vendas) = Lucro bruto 
b) Lucro Operacional 
O lucro operacional é o lucro bruto menos as despesas operacionais, mais ou 
menos o efeito (ganho ou perda) de equivalência patrimonial. Pode ser visualizado 
pelo seguinte esquema, que parte do anterior: 
LUCRO BRUTO 
( – ) DESPESAS OPERACIONAIS 
(+/-) RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 
Ou ainda: 
(Lucro bruto) – (despesas operacionais) -/+ (resultado de equivalência 
patrimonial) = Lucro
operacional 
c) Lucro Antes dos Impostos, Contribuições e Participações 
Compreende o lucro do período antes de deduzir o Imposto de Renda, a 
contribuição social e as participações estatutárias no lucro. É o mesmo que o lucro 
operacional mais as receitas não operacionais, menos as despesas não 
operacionais. 
LUCRO OPERACIONAL 
( – ) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
( + ) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
( = ) LUCRO ANTES DO IR, CONTRIB. SOCIAL E PARTICIPAÇÕES 
Ou ainda: 
(Lucro operacional) – (despesas não operacionais) + (receitas não 
operacional) = Lucro antes do IR, contribuição social e participações 
d) Lucro Líquido do Exercício 
 
 
37 
O lucro líquido é obtido depois de computarmos todas as receitas e 
deduzirmos os custos e despesas. O lucro líquido, portanto, é a parcela do resultado 
do período que sobrou para os acionistas ou sócios. 
O lucro líquido terá sua destinação orientada segundo os estatutos ou 
contrato social da empresa, segundo a assembléia dos acionistas ou decisão dos 
sócios e de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, que determina que 5% do 
lucro líquido do exercício, antes de qualquer destinação, deverão constituir a reserva 
legal, que não pode exceder 20% do capital social. 
Seguramente o lucro líquido é um dos itens mais importantes para os 
proprietários da empresa, pois possibilitará o retorno sobre os investimentos. 
LUCRO ANTES DO IR, CONTRIB. SOCIAL E PARTICIPAÇÕES 
( – ) PROVISÃO PARA IR, CONTRIB. SOCIAL E PARTICIPAÇÕES 
( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
 
2.2.3.2.3 Estrutura da DRE 
 
Chegamos ao final do estudo da DRE, dividido em 3 partes das quais já 
vencemos duas. Nesta última vamos conhecer a estrutura legal sugerida para 
elaboração da DRE. 
Figura 4 Estrutura DRE – Fonte: Autores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A seguir você vai conhecer o que cada um desses elementos representa. 
 
 
 
38 
Elementos que Integram o Demonstrativo 
 
Saldo no início do período – É o valor contábil remanescente do exercício 
anterior, ou seja, o saldo da conta lucros ou prejuízos acumulados constante do 
balanço patrimonial daquele exercício. Este saldo poderá ser credor ou devedor, 
dependendo se expressar lucros ou prejuízos, respectivamente. 
Ajustes de exercícios anteriores – A compreensão dos lançamentos 
contábeis de ajustes de exercícios anteriores se reveste de suma importância, pois 
seu uso indevido ou sua não utilização, quando cabível, causam distorções no 
resultado do exercício. A Lei 6.404, no § 1º de seu artigo 186, define-os como sendo 
lançamentos efetuados em decorrência da mudança de critério contábil ou de 
retificação de erro imputável a exercício anterior, desde que não possam ser 
atribuídos a fatos subseqüentes. Assim, apenas nestas duas condições eles podem 
e devem ser feitos. 
Destinação no exercício – É procedimento normal nas empresas que o lucro 
líquido do exercício, após deduzidas as participações e as provisões para 
contribuição social e imposto de Renda, seja destinado já por ocasião do 
levantamento do balanço patrimonial respectivo. Dessa forma, neste próprio balanço 
já estarão consignadas as destinações do lucro, sejam elas para reservas, retenções 
de lucros ou para pagamentos de dividendos, de modo a que o chamado saldo no 
início do período já tenha sido afetado por estas destinações. 
Assim, os acionistas, por ocasião da assembléia geral ordinária destinada à 
aprovação das contas do exercício anterior, já terão a proposta de destinação dos 
lucros daquele exercício devidamente contabilizada e constando das respectivas 
demonstrações financeiras, cabendo a eles aprová-las ou modificá-las. As 
destinações no exercício, portanto, referem-se a valores acrescidos à proposta 
original da administração ou a destinações decorrentes de assembléia geral 
extraordinária, normalmente para aumento do capital social, distribuição de 
dividendos adicionais ou para aquisição de ações da própria empresa (ações em 
tesouraria). 
Reversão, absorção e transferência de reservas – Entende-se como 
reversão o retorno de valores destacados do lucro líquido de períodos anteriores 
destinados à formação de Reservas Estatutárias, de Reservas de Contingência, de 
 
 
39 
Reservas de Lucros a Realizar e de Reservas de Lucros para Expansão, que voltam 
à composição de lucros acumulados para redestinação. 
A absorção é definida como sendo a utilização de Reservas de Capital, de 
Reserva Legal e, eventualmente, da Reserva de Reavaliação, na compensação de 
prejuízos contábeis. Já a transferência é o lançamento contábil de qualquer 
destinação de reserva, que não se caracterize como reversão ou absorção. O tipo 
mais comum de transferência é a destinação de reservas para aumento de capital 
social. 
Correção monetária do saldo inicial ajustado – até 31/12/95 também fazia 
parte da demonstração o valor da correção monetária do saldo inicial, considerando-
se para esta correção as alterações ocorridas no período em função de Ajustes de 
Exercícios Anteriores, das Destinações do Exercício e das Reversões, Absorções ou 
Transferências de Reservas. 
Resultado do exercício – é o valor do lucro líquido ou do prejuízo do 
período, após as participações e as provisões para o Imposto de Renda e a 
contribuição social. Este valor corresponde ao saldo final da conta transitória 
intitulada Resultado do Exercício, que é aberta por ocasião do encerramento do 
exercício social para receber os saldos de todas as contas de resultado, quais 
sejam, as de receitas, custos e despesas. 
Saldo à disposição da assembléia – é o valor resultante da soma algébrica 
do saldo inicial da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, dos Ajustes de 
Exercícios Anteriores, das Destinações do Exercício, das Reversões, Absorções e 
Transferências de Reservas e do Resultado do Exercício correspondente à 
demonstração. 
Proposta de destinação do saldo – determina o artigo 192 da Lei 6.404 que 
os órgãos de administração da companhia apresentarão à Assembléia Geral 
Ordinária, juntamente com as demonstrações financeiras, proposta sobre a 
destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício. Deve-se entender a 
determinação do dispositivo legal não de forma ampla com relação ao próprio saldo 
de Lucros Acumulados, pois é este valor que fica à disposição da Assembléia Geral. 
Entender o contrário significaria que o valor remanescente de Lucros Acumulados 
deveria permanecer eternamente intocável, o que não seria lógico admitir-se. 
Assim, é com base no saldo total, isto é, o remanescente do período anterior 
acrescido ou diminuído do resultado do próprio período, que os órgãos de 
 
 
40 
administração farão sua proposta de destinação, mandarão contabilizá-la e ficarão 
no aguardo da ratificação da assembléia. 
Para seu melhor entendimento vamos exemplificar a metodologia de 
elaboração da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. 
Considere os seguintes dados: 
a) Saldo no início do período R$ 18.000; 
b) Saldo no final do exercício R$27.000; 
c) Lucro do Exercício R$ 60.000; 
d) Proposta de destinação do saldo R$ 51.000. 
Para elaborar essa demonstração é bastante simples: basta preencher a 
estrutura com os dados citados anteriormente nas letras a, b, c e d. 
 
Figura 5 - Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS R$ 
SALDO NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 18.000 
AJUSTE DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 0 
( = )SALDO INICIAL AJUSTADO 18.000 
( – ) DESTINAÇÃO NO EXERCÍCIO (51.000) 
( + / – ) RESULTADO DO EXERCÍCIO 60.000 
( = ) SALDO A DISPOSIÇÃO DA ASSEMBLÉIA 27.000 
( = ) SALDO AO FINAL DO EXERCÍCIO 27.000 
Fonte: Autores
Relatórios que Acompanham as Demonstrações Financeiras 
 
Nesta seção você vai constatar que os relatórios que acompanham as 
demonstrações financeiras podem ser de dois tipos: notas explicativas e/ou relatório 
da administração. 
a) Notas Explicativas e Pareceres 
Segundo Iudícibus (1988) o § 4º do artigo 176 da Lei 6.404, de 1976, 
determina que as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e 
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis, necessários para o 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
A finalidade das notas explicativas é auxiliar e esclarecer o usuário das 
demonstrações financeiras a entendê-las melhor, de forma a evitar que as mesmas 
 
 
41 
se tornem enganosas. Além do mais, as informações destacadas em notas 
explicativas devem ser relevantes quantitativa e qualitativamente (SILVA, 2005). 
Quando ocorrerem mudanças nos procedimentos contábeis de um ano para 
outro, estas devem ser destacadas se a repercussão no resultado for relevante. 
Podemos citar como exemplo a mudança no critério de avaliação dos estoques e a 
alteração no método de cálculo de depreciação de ativos. 
As demonstrações financeiras das companhias abertas são obrigatoriamente 
auditadas por auditores independentes, registrados na Comissão de Valores 
Mobiliários – CVM. Por isso estes pareceres integram as demonstrações publicadas, 
constituindo-se num importante instrumento para o analista. 
b) Relatórios da Administração 
O Relatório da Administração, também chamado de Mensagem aos 
Acionistas, deve funcionar como uma prestação de contas dos administradores aos 
acionistas e, ao mesmo tempo, deve fornecer uma análise prospectiva. Tais 
relatórios também podem apenas submeter as demonstrações financeiras à 
apreciação dos acionistas, sem apresentar qualquer in-formação relevante. Por 
outro lado, podem trazer um conjunto de informações importantes sobre o estágio 
em que se encontram determinados projetos, o histórico da empresa, os planos 
futuros, políticas de recursos humanos e investimentos em pesquisa e 
desenvolvimento (SANTOS, 2000). 
Dessa forma, entende-se que o relatório da administração apresenta e 
comenta a empresa, seus resultados, as expectativas futuras da direção e demais 
dados relevantes. Para que você entenda melhor o que é este relatório tomamos 
como exemplo os impactos gerados no patrimônio de uma empresa de 
terraplanagem a partir de uma transação referente ao contrato de prestação de 
serviço pelo prazo de 5 anos a uma construtora. Tal relatório deverá explicar a 
expectativa de resultados durante o período, com argumentos relevantes a respeito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
3 CARACTERIZAR A CONTABILIDADE GERENCIAL E O SEU PAPEL NAS 
ORGANIZAÇÕES 
 
O objetivo da contabilidade gerencial, é fornecer informações que auxiliem os 
gestores na tomada de decisão. 
Iudícibus (1994, p.26) define o objetivo da contabilidade como sendo o de: 
“[...] fornecer informação econômica relevante para que cada usuário possa tomar 
suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança”. Sendo assim a 
contabilidade fornece parâmetros para que o usuário, bem como seus gestores 
possam traçar seus objetivos e definir suas metas, tomando decisões alicerçados 
em fatores confiáveis. 
Nesse aspecto, segundo CHING (2003, p.4), “para poder trabalhar de 
maneira efetiva, as pessoas em uma organização precisam constantemente de 
informação a respeito do montante de recursos envolvidos e utilizados”. Se torna 
impossível uma organização funcionar e alcançar suas metas sem um sistema de 
informação que abasteça seus gestores de informações relevantes para a 
durabilidade do negócio. 
Ching (2003, p.6) diz que: “A natureza das informações da contabilidade 
gerencial é mais subjetiva, interpretativa e relevante”. São estas características que 
difere a contabilidade gerencial das demais, o fato de ser mais interpretativa e 
relevante quanto a situação real da empresa. 
 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
A Contabilidade Gerencial é atualmente um dos muitos segmentos da ciência 
contábil. Padoveze (2009) a caracteriza como uma área contábil autônoma em 
função do tratamento dado à informação, onde o foco é o planejamento, o controle e 
a tomada de decisão, bem como por seu caráter integrativo dentro de um sistema de 
informação contábil. 
 
A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como 
um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis 
já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de 
custos, na análise financeira, de balanços e etc., colocados numa 
perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma 
de apresentação e classificação diferenciada de maneira a auxiliar os 
 
 
43 
gerentes das entidades em seu processo decisório. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 
21). 
 
 
A Contabilidade Gerencial é o processo de identificação, mensuração, 
acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações 
financeiras utilizadas pela administração para o planejamento, avaliação e controle 
dentro de uma organização, para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus 
recursos. 
É a Contabilidade Gerencial que irá fornecer de informações contábeis, de 
maneira a auxiliar a administração na definição de sua política e na operação diária 
de um empreendimento. A técnica contábil é de máxima importância porque opera 
como o maior e quase universal instrumento existente para a representação de 
fatos. 
Por sua vez, para Oliveira (2001), a Contabilidade Gerencial fornece 
informações claras, precisas e objetivas para a tomada de decisão. A Contabilidade 
Gerencial tem ainda a função de fazer um planejamento perfeito, com objetivo de se 
chegar a um controle eficiente e eficaz, ou seja, controlar as atividades da empresa 
e organizar o sistema gerencial a fim de permitir à administração ter conhecimento 
dos fatos ocorridos, bem como seus resultados. 
Anthony (1979) destaca que a Contabilidade Gerencial preocupa-se com a 
informação contábil útil à administração. 
Cabe citar o entendimento de Padoveze (2009, p.34): 
 
Contabilidade Gerencial deve suprir, através do sistema de informação 
contábil gerencial, todas as áreas da companhia. Como nível de 
administração dentro da empresa utiliza a informação contábil de maneira 
diversa, cada qual com um nível de agregação diferente. O sistema de 
informação contábil-gerencial deverá providenciar que a informação 
contábil seja trabalhada de forma específica para cada segmento 
hierárquico da companhia. 
 
Conforme Crepaldi (2008, p.18), afirma que: 
 
A Contabilidade Gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo 
fornecer instrumentos aos administradores das empresas, para que os 
auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização 
dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle 
dos insumos, efetuado por um sistema de informação gerencial. 
 
 
 
44 
A Contabilidade Gerencial tem como foco o processo de tomada de decisão 
dos usuários internos da organização, em qualquer nível hierárquico, com a 
informação contábil necessária para as tomadas decisões. 
Segundo Atkinson (2000), a Contabilidade Gerencial possui diversas funções 
dentro de uma organização, com vistas de suprir os gestores com informações em 
todos os níveis da empresa. São elas: 
Figura 6 - Funções da Contabilidade Gerencial 
Função Definição 
Controle Operacional Fornece informações sobre a eficiência e qualidade das 
tarefas executadas. 
Custeio do Produto e do 
Cliente 
Mensura os custos dos recursos

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