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1 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
 Aborda-se na dentro da primeira aula conceitos acerca do 
geoprocessamento associado a ciência do solo: 
• GEOPROCESSAMENTO 
Ciência que utiliza de técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento de 
informações geográficas. – Definição abordada em aula de levantamento. 
Ciência que detém um conjunto de operações tecnológicas que visa a coleta, 
tratamento, manipulação e apresentação de dados geográficos sejam eles espaciais ou 
temporais de um objeto de estudo. – Definição abordada dentro de 
geoprocessamento. 
 
• TÉCNICAS 
 
• Cartografia Digital - Método científico que se destina a representar fatos e 
fenômenos observados na superfície da terra através de simbologia própria e 
em formato digital. 
• CAD – Computer Aided Design ou Desenho assistido por computador 
o Representação gráfica 
o Decomposição dos arquivos 
o Edição dos mapas 
o Exibição em tela 
o Impressão 
• Sistema de Posicionamento Global – (GPS) - Mecanismo de posicionamento por 
satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a sua posição, assim como o 
horário, sob quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em 
qualquer lugar na Terra; desde que o receptor se encontre no campo de visão de 
três satélites GPS (quatro ou mais para precisão maior) 
• Sistema de Informação Geográfica - (SIG) – Três partes relevantes: 
o Armazena a geometria e os atributos de dados georreferenciados, isto é, 
localizados na superfície terrestre e numa projeção cartográfica. 
o Conjunto de valores numéricos ou não sem significado próprio. 
o Conjunto de dados que possuem significado para determinado uso ou 
aplicação. 
Subsistema do SIG – 
o Subsistema de entrada de informações 
o Subsistema de armazenamento e recuperação das informações 
o Subsistema de manipulação e análise de informações 
o Subsistema de representação dos resultados 
 
2 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
• Análise Espacial – Geoestatística - Procedimento de pesquisa a qual utilizando-se 
de ferramentas de geoestatística, que procura analisar padrões espaciais e 
verificar se são aleatórios ou não. 
• Digital Fotogrametria - O processamento digital de imagens é utilizado na 
fotogrametria com o intuito de melhorar a qualidade de visualização, 
restaurando ou corrigindo distorções. E com o intuito de reconhecer padrões 
nas imagens e identificar feições (ALVES, 2012). 
 
• MAPAS 
➢ Nesse eixo da aula foi recortado acerca da história do mapa e como seria 
sua linha do tempo com adaptações durante essa cronologia. 
Representação no plano, em diferentes escalas, dos aspectos geográficos, 
naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura 
planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada 
aos mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos. 
 
• SIG ≠ CAD = Abordagem das diferenças entre as duas vertentes. 
o CAD é ferramenta de desenho 
o CAD não georreferencia realmente 
o CAD não faz operação com mapas 
o SIG pode ter um CAD como módulo de entrada de dados 
o SIG reúne vários tipos de arquivos 
o SIG opera vários tipos de arquivos 
Conceituação 
o Geoestatística 
Parte da estatística que trata de variáveis que mostram comportamento espacial 
e não são inteiramente independentes. 
 
o Krigagem 
Faz inferências para valores nas localizações não amostradas através dos dados 
da amostragem, com estimativas não tendenciosas e com variância mínima. 
 
o Sensoriamento remoto 
Conjunto de técnicas que possibilita a obtenção de informações sobre alvos na 
superfície terrestre (objetos, áreas, fenômenos), através do registro da interação 
da radiação eletromagnética com a superfície, realizado por sensores distantes, 
ou remotos. 
 
 
3 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
Ilustração do slide do professor Nildo. 
 
• VANTAGENS DO USO DO GEOPROCESSAMENTO EM MAPEAMENTOS 
o Grande quantidade de dados pode ser armazenados 
o Arquivos de diferentes formatos podem ser combinados 
o Rapidez na operação 
o Pode-se comparar análises em tempos diferentes 
o Eliminação de subjetividade 
o Diversos tipos de produto final 
 
• APLICAÇÃO 
o Mapeamento das paisagens 
o Classificações técnicas na Agricultura (Cap. de Uso, Aptidão Agrícola, para 
Irrigação, etc.) 
o Planejamento Ambiental 
o Zoneamento Urbano e Rural 
o Agricultura de Precisão. 
 
 
 SOLOS 
Solo é o corpo tridimensional, natural e dinâmico da crosta terrestre, que resulta da ação 
conjugada do clima e organismos vivos sobre a rocha, sendo esta ação condicionada pelo 
relevo ou topografia e que é uma função do tempo. (Ribeiro, 1998) 
Fatores de Formação do Solo: 
o Material de Origem – precursores geológicos ou orgânicos do solo; 
o Clima – precipitação pluvial e temperatura; 
o Organismo- os organismos vivos em ênfase os micróbios, os animais e o seres 
humanos; 
o Relevo – (topografia), inclinação do solo, posição do terreno 
o Tempo- período desde que os materiais de origem começam a se transformar em 
solo. 
 
 
4 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
• PROCESSOS ENVOLVIDOS NA FORMAÇÃO DO SOLO 
o Perda de matéria (lixiviação física e química); 
o Adição de matéria – proveniente de fonte externa – matéria orgânica, 
poeiras minerais vinda da atmosfera e sais minerais (fluxos ascendestes) ; 
o Translocação de matéria – remobilizações verticais e horizontais no 
interior do perfil; 
o Transformação da matéria – decomposição de matéria orgânica. 
• HORIZONTES 
➢ Horizonte O – Formados geralmente acima do solo mineral ou ocorrem 
em um perfil de solo orgânico - Horizonte rico em matéria orgânica ( > 
35%). 
➢ Horizonte A – Horizontes minerais mais superficiais, geralmente contem 
matéria orgânica suficiente, em partes decomposta - Matéria mineral 
misturada com húmus. 
➢ Horizonte E – Horizonte com máxima eluviação de argilas, silicatos, óxidos 
de Fe e Al – Lixiviação K, Mg, Na e argila são removidos. 
➢ Horizonte B – Porção mais claramente expressa de zona de acumulação – 
Acumulação, ausente em solos jovens, distinto em solos antigos Al, Fe, 
argila (climas úmidos), Si, Ca (climas áridos). 
 
5 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
➢ Horizonte C – Menor intemperismo, menos afetada pelo processo de 
formação dos solos; 
➢ Horizonte R- Material parental. 
 
Classificação dos Solo - Variáveis para classificação do solo 
o Rocha original 
o Constituintes 
o Maturidade 
o Estrutura 
o Clima e vegetação 
 
 
 
 
 
 
 
• CLASSIFICAÇÃO DO SOLO 
 O objetivo geral da classificação do solo, como de qualquer outra 
classificação, é o de organizar o conhecimento de seus indivíduos de tal 
modo que, ao reconhecer um solo como pertencente a uma determinada 
classe, suas propriedades possam ser lembradas e suas relações possam 
ser mais facilmente entendidas. 
 
1.PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS 
 
 Um indivíduo é o menor corpo natural que pode ser definido como 
algo completo e uma coleção de indivíduos forma uma população. Da 
mesma forma que em outras classificações, se procura dentro da 
população de solos agrupar os indivíduos similares em uma classe ou 
taxon de acordo com características selecionadas, chamadas de 
diferenciais, que os distinguem de indivíduos de outras classes. Dentro de 
 
6 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
cada classe os indivíduos estão relacionados a um indivíduo modal quemelhor representa as características dessa classe. 
 
 Realizado um primeiro agrupamento dos indivíduos, 
permanecendo heterogeneidades entre os indivíduos de uma classe, pode 
ser realizada uma nova subdivisão segundo uma outra categoria 
diferencial, que por sua vez pode novamente ser subdividida. Esse 
agrupamento sucessivo dos indivíduos em classes em diferentes níveis 
constitui um sistema de classificação hierárquico de categorias múltiplas. 
As categorias mais altas têm poucas classes, enquanto que as mais baixas 
possuem muitas. Dessa forma, a homogeneidade das classes aumenta à 
medida que decresce o nível categórico. 
 
2.SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS 
➢ Hierárquico 
➢ Multicategórico 
➢ Aberto - permite a inclusão novas classes e que torne possível a 
classificação de todos os solos existentes no território nacional. 
➢ Solo - coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, 
líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por 
materiais minerais e orgânicos, que ocupam a maior parte do 
manto das superfícies continentais do nosso planeta, contêm 
matéria viva e podem ser vegetados na natureza, onde ocorrem. 
Ocasionalmente podem ser modificados por atividades humanas 
 
 Existem vários sistemas de classificação de solos em uso no mundo. 
Alguns baseiam-se em todas as propriedades dos solos, constituindo 
classificações naturais ou taxonômicas; outros baseiam-se em 
características selecionadas para seu uso com determinados fins, 
constituindo classificações técnicas ou interpretativas. 
 Entre as classificações naturais ou taxonômicas, são de utilização 
mais difundida no mundo a classificação americana (Soil Taxonomy) e a 
classificação da FAO. No caso do Brasil foi elaborado um sistema próprio, 
denominado Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, que se ajusta 
melhor em relação a alguns tipos de solos que ocorrem na zona tropical. 
 Quanto às classificações técnicas, a mais difundida mundialmente 
é a Classificação de Capacidade de Uso, desenvolvido nos EUA pelo Serviço 
de Conservação de Solos. No Brasil, além desse sistema, utiliza-se o 
Sistema de Avaliação de Aptidão Agrícola das Terras. 
 
3.CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE SOLOS 
 
 O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos atual foi 
desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos (CNPS), da 
 
7 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
EMBRAPA, com a colaboração de pesquisadores de diversas universidades 
e instituições de pesquisa espalhadas pelo país (EMBRAPA, 1999). 
 O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos é um sistema de 
classificação natural ou taxonômica, organizando os solos a partir de 
características comuns em diversos níveis hierárquicos. Sua estruturação 
é na forma de categorias múltiplas com estrutura hierárquica 
descendente, subdivididas em classes. Para tal, o sistema baseia-se em 
horizontes diagnósticos e atributos ou propriedades diagnósticas, que 
constituem as características diferenciais. 
 
 O 1º nível categórico (Ordens) leva em conta a presença ou 
ausência de atributos ou horizontes diagnósticos que refletem o tipo e 
grau de desenvolvimento dos processos que atuaram na formação do 
solo. Ex.: Argissolo - solo com B textural com argila de atividade baixa. 
 O 2º nível categórico (Subordens) considera propriedades ou 
características diferenciais que refletem a atuação de outros processos de 
formação que agiram junto ou que afetaram os processos dominantes, ou 
que são responsáveis pela ausência de horizontes diagnósticos, ou ainda 
que representam variações importantes dentro das ordens. Ex.: Argissolo 
Vermelho-Amarelo - Argissolo com matiz 5YR ou mais vermelho e mais 
amarelo que 2,5YR na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B 
(inclusive BA). 
 O 3º nível (Grandes Grupos) leva em consideração o tipo e 
arranjamento dos horizontes, ou a atividade da argila ou a condição de 
saturação do complexo sortivo (bases, alumínio, sódio e/ou sais solúveis), 
ou ainda a presença de horizontes ou de propriedades que restringem o 
desenvolvimento das raízes ou que afetem o movimento da água no solo. 
Ex. Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico 
 O 4º nível (Subgrupos) representa o conceito central da classe 
(típico), ou características intermediárias ou extraordinárias. Ex.: Argissolo 
Vermelho-Amarelo Distrófico abrúptico – com mudança textural abrupta. 
 O 5º nível (Famílias) designa, em seqüência, conforme 
necessidade: grupamento textural, presença de cascalhos e concreções, 
constituição esquelética, tipo de horizonte A, mineralogia, saturação por 
bases e alumínio, teor de ferro, etc (Embrapa, 1999, p291-300). Ex.: 
Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico abrúptico, textura média/argilosa, 
A moderado. 
 O 6º nível (Séries) são subdivisões da família, para utilização em 
levantamentos detalhados, relacionadas principalmente a características 
que afetem o uso do solo, como relações solo-água-planta e para 
finalidades de engenharia e geotécnica. Devem ser usados nomes 
próprios relacionados à região de ocorrência dos solos. No Brasil, a série 
de solos nunca foi utilizada formalmente. 
 
 
8 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
 
 
 
Figura 7.1. Representação esquemática dos diferentes níveis categóricos 
de um solo. 
 A representação da classe de solo, acompanhada pelo respectivo 
símbolo utilizado na legenda de identificação do solo em um mapa, é feita, 
por exemplo, da seguinte forma: 
 
PVAd1 - ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico abrúptico, textura 
média/argilosa, A moderado fase relevo ondulado. 
 
a. Símbolo: PVAd1, conforme Embrapa (1999, p. 383), onde P representa 
Argissolo, o VA Vermelho-Amarelo e o “d” Distrófico. O número serve 
para separar unidades no mapeamento de solos da mesma classe até 
esse nível, que se diferenciam nos níveis categóricos abaixo (ou fases). 
b. Classe de solo no 1º e 2º níveis categóricos em caixa alta, no 3o nível 
com a primeira letra maiúscula e no 4o nível em minúscula. 
c. Classe de solo no 5º nível (família) mostrando o grupamento textural 
(média no horizonte A e argilosa no horizonte B) e o tipo de horizonte 
A (A moderado) (nesse caso). 
d. Fase de relevo: Ondulado 
 
 
9 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 As fases de vegetação, relevo, pedregosidade ou rochosidade, 
erosão e substrato (Embrapa, 1999; p. 303) são utilizadas para se obter 
classes taxonômicas mais homogêneas, necessárias no caso de 
levantamentos de solos mais detalhados ou para prover informações 
adicionais de interesse a classificações técnicas ou interpretativas. Podem 
ser utilizadas em qualquer nível categórico, desde subordens até séries. 
Dessa forma, a partir da classificação do solo, pode-se obter uma série de 
informações de suas características internas, bem como do ambiente em 
que ele está inserido. No presente caso, foi utilizada somente a fase de 
relevo, sendo que as informações a respeito da vegetação, 
pedregosidade, rochosidade, uso atual dos solos e substrato, entre outras, 
podem ser encontradas na descrição geral do perfil no relatório do 
levantamento pedológico. 
 
• Limites 
 
 
 
• Atributos diagnósticos 
 
Vários são os atributos do solo, dentre eles: material orgânico e mineral, 
atividade da fração argila, caráter alumínico, V%, cerosidade, mudança 
textural abrupta, caráter sódico, etc. 
 
Esses atributos são utilizados para identificar os horizontes diagnósticos, 
que por sua vez são indispensáveis e considerados como a base do SiBCS. 
 
• Horizontes Diagnósticos 
Horizonte hístico - É um tipo de horizontede coloração preta, cinzenta muito escura ou 
brunada em que predominam características relacionadas ao elevado teor de matéria 
orgânica. É resultante de acumulações de resíduos vegetais, em graus variáveis de 
decomposição, depositados superficialmente, ainda que, no presente, possa encontrar-
se recoberto por horizontes ou depósitos minerais e mesmo camadas orgânicas mais 
 
10 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
recentes. Mesmo após revolvimento da parte superficial do solo (por exemplo, por 
aração), os teores de carbono orgânico (VALLADARES, 2003), após mescla com material 
mineral oriundo de horizontes ou camadas inferiores, mantêm-se elevados e superiores 
ou iguais a 80 g kg-1. 
Compreende materiais depositados nos solos sob condições de excesso de água 
(horizonte H), por longos períodos ou todo o ano, ainda que no presente tenha sido 
artificialmente drenado, e materiais depositados em condições de drenagem livre 
(horizonte O), sem estagnação de água, condicionados pelo clima úmido, frio e de 
vegetação alto-montana. 
O horizonte hístico pode ocorrer à superfície ou estar soterrado por material mineral e 
deve atender a um dos seguintes requisitos: 
 a) Espessura maior ou igual a 20 cm; 
 b) Espessura maior ou igual a 40 cm quando 75 % (expresso em volume) ou mais do 
horizonte for constituído de tecido vegetal na forma de restos de ramos finos, raízes finas 
e cascas de árvores, excluindo as partes vivas; 
 c) Espessura de 10 cm ou mais quando sobrejacente a um contato lítico; ou 
sobrejacente a material fragmentar constituído por 90 % ou mais de volume de 
fragmentos de rocha (cascalho, calhaus e matacões). 
Horizonte A chernozêmico - É um horizonte mineral superficial, relativamente espesso, 
de cor escura, com alta saturação por bases e que, mesmo após revolvimento superficial 
(por exemplo, por aração), deve ter as seguintes características: 
 a) Estrutura do solo suficientemente desenvolvida, com agregação e grau de 
desenvolvimento moderado ou forte, não sendo admitida, simultaneamente, estrutura 
maciça e consistência quando seco nas classes dura, muito dura ou extremamente dura. 
Prismas sem estrutura secundária, com dimensão superior a 30 cm também não são 
admitidos, à semelhança de estrutura maciça; 
 b) Cor do solo de croma igual ou inferior a 3 quando úmido, valores iguais ou mais 
escuros que 3 quando úmido e que 5 quando seco. Se o horizonte superficial apresentar 
400 g kg-1 de solo ou mais de carbonato de cálcio equivalente, os limites de valor 
quando seco são relegados; quando úmido, o limite passa a ser de 5 ou menos; 
 c) Saturação por bases (V) de 65 % ou mais, com predomínio do íon cálcio e/ou 
magnésio; 
 d) Conteúdo de carbono orgânico de 6 g kg-1 de solo ou mais em todo o horizonte, 
conforme o critério de espessura no item seguinte. Se, devido à presença de 400 g kg-1 
de solo ou mais de carbonato de cálcio equivalente, os requisitos de cor forem 
diferenciados do usual, o conteúdo de carbono orgânico será de 25 g kg-1 de solo ou mais 
nos 18 cm superficiais. O limite superior do teor de carbono orgânico, para caracterizar 
o horizonte A chernozêmico, é o limite inferior excludente do horizonte hístico; 
 
11 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 e) Espessura, incluindo horizontes transicionais, (tais como AB, AE ou AC), mesmo 
quando revolvido o material de solo, de acordo com um dos seguintes requisitos: 
 1) 10 cm ou mais, se o horizonte A é seguido de contato com a rocha; ou 
 2) 18 cm (no mínimo) e mais que um terço da espessura do solum (A+B), se este tiver 
menos que 75 cm; ou 
 3) Para solos sem horizonte B, 18 cm no mínimo e mais de um terço da espessura 
dos horizontes A+C, se esta for inferior a 75 cm; ou 
 4) 25 cm (no mínimo), se o solum tiver 75 cm ou mais de espessura. 
Horizonte A húmico - É um horizonte mineral superficial, com valor e croma (cor do solo 
úmido) igual ou inferior a 4 e saturação por bases (V) inferior a 65 %, apresentando 
espessura e conteúdo de carbono orgânico (C-org) dentro de limites específicos, 
conforme os seguintes critérios: 
 a) Espessura mínima como a descrita para o horizonte A chernozêmico; 
 b) Conteúdo de carbono orgânico inferior ao limite mínimo para caracterizar o 
horizonte hístico; 
 c) Conteúdo total de carbono igual ou maior ao valor obtido pela seguinte equação: 
 ∑ (C-org, em g kg-1, de sub-horizontes A x espessura do sub-horizonte, em dm) ≥ 60 + 
(0,1 x média ponderada de argila, em g kg-1, do horizonte superficial, incluindo AB ou 
AC). 
Assim, deve-se proceder aos seguintes cálculos para avaliar se o horizonte pode ser 
qualificado como húmico. Inicialmente, multiplica-se o conteúdo de carbono orgânico (g 
kg-1) de cada sub-horizonte pela espessura do mesmo sub-horizonte, em dm. O 
somatório dos produtos dos teores de C-org pela espessura dos sub-horizontes, é o 
conteúdo de C-org total do horizonte A (C-org total). A seguir, calcula-se a média 
ponderada de argila do horizonte A, a qual é obtida multiplicando-se o teor de argila (g 
kg-1) do sub-horizonte pela espessura do mesmo sub-horizonte (dm) e dividindo-se o 
resultado pela espessura total do horizonte A, em dm (teor de argila dos sub-horizontes 
A em g kg-1 x espessura dos mesmos suborizontes, em dm / espessura total do horizonte 
A, em dm). 
O valor de C-org total requerido para um horizonte qualificar-se como húmico deve ser 
maior ou igual aos resultados obtidos pela seguinte inequação: 
C-org total ≥ 60 + (0,1 x média ponderada de argila do horizonte A) 
 
Para facilitar a compreensão dos procedimentos acima, é apresentado, a seguir, um 
exemplo prático dos cálculos realizados em um horizonte A, descrito e coletado em 
campo. 
 
12 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
Subhorizonte Prof. (cm) C-org Argila Média ponderada da argila C-org total 
 ---------------------------- g kg-1--------------------------- 
A1 0 - 31 20,6 200 200 x 3,1 dm/6,8 dm = 91,18 20,6 x 3,1 dm = 63,86 
A2 31 - 53 10,6 230 230 x 2,2 dm/6,8 dm = 74,41 10,6 x 2,2 dm = 23,32 
AB 53 - 68 8,4 250 250 x 1,5 dm/6,8 dm = 55,15 8,4 x 1,5 dm = 12,60 
 Total = 220,74 Total = 99,78 
 
Substituindo a média ponderada de argila na inequação "C-org total ≥ 60 + (0,1 x média 
ponderada de argila)", tem-se: 
C-org total ≥ 60 + (0,1 x 220,74) = 82,07. O valor de C-org total existente no horizonte A 
é de 99,78, portanto, maior que 82,07 (considerado como o mínimo requerido para que 
o horizonte seja enquadrado como A húmico) em função do conteúdo médio ponderado 
de argila de 220,74 g kg-1. Assim, o horizonte usado como exemplo é húmico. 
Horizonte A proeminente - Tem características comparáveis àquelas do A chernozêmico, 
no que se refere a cor, teor de carbono orgânico, consistência, estrutura e espessura; 
diferindo, essencialmente, por apresentar saturação por bases (V) inferior a 65 %. Difere 
do horizonte A húmico prlo teor de carbono orgânico conjugado com espessura e teor 
de argila. 
Horizonte A antrópico - É um horizonte formado ou modificado pelo uso contínuo do solo, 
pelo homem, como lugar de residência ou cultivo por períodos prolongados, com adições 
de material orgânico, em mistura ou não com material mineral, e contendo fragmentos 
de cerâmica e/ou artefatos líticos e/ou restos de ossos e/ou conchas. 
Horizonte A fraco - É um horizonte mineral superficial fracamente desenvolvido, seja pelo 
reduzido teor de colóides minerais ou orgânicos, seja por condições externas declima e 
vegetação, como as que ocorrem na zona semiárida com vegetação de caatinga 
hiperxerófila. 
O horizonte A fraco é identificado pelas seguintes características: 
 a) Cor do material de solo com valor ≥ 4 quando úmido, e ≥ 6 quando seco; estrutura 
em grãos simples, maciça ou com grau fraco de desenvolvimento; e teor de carbono 
orgânico inferior a 6 g kg-1; ou 
 b) Espessura menor que 5 cm, não importando as condições de cor, estrutura e 
conteúdo de carbono orgânico (todo horizonte superficial com menos de 5 cm de 
espessura é fraco). 
Horizonte A moderado - São incluídos nesta categoria os horizontes que não se 
enquadram no conjunto das definições dos demais horizontes diagnósticos superficiais. 
 
13 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
Em geral o horizonte A moderado difere dos horizontes A chernozêmico, proeminente e 
húmico pela espessura e/ou cor e do A fraco pelo conteúdo de carbono orgânico e pela 
estrutura, não apresentando ainda os requisitos para que seja caracterizado como 
horizonte hístico ou A antrópico. 
• Horizontes Subsuperficiais 
 
Horizonte B textural (Bt) - É um horizonte mineral subsuperficial com textura francoarenosa ou 
mais fina, em que houve incremento de argila (fração < 0,002 mm), orientada ou não, desde que 
não exclusivamente por descontinuidade de material originário, resultante de acumulação ou 
concentração absoluta ou relativa decorrente de processos de iluviação e/ou formação in situ 
e/ou herdada do material de origem e/ou infiltração de argila ou argila mais silte, com ou sem 
matéria orgânica e/ou destruição de argila no horizonte A e/ou perda de argila no horizonte A 
por erosão diferencial. O conteúdo de argila do horizonte B textural é maior que o do horizonte 
A ou E e pode ou não ser maior que o do horizonte C. 
Este horizonte pode ser encontrado à superfície se o solo foi parcialmente truncado por erosão. 
A natureza coloidal da argila a torna suscetível de mobilidade com a água no solo se a percolação 
é relevante. Na deposição em meio aquoso, as partículas de argilominerais usualmente de 
formato laminar tendem a repousar aplanadas no local de apoio. Transportadas pela água, as 
argilas translocadas tendem a formar películas, com orientação paralela às superfícies que 
revestem, ao contrário das argilas formadas in situ, que apresentam orientação desordenada. 
Entretanto, outros tipos de revestimento de material coloidal inorgânico são também levados 
em conta como características de horizonte B textural e reconhecidos como cerosidade. 
A cerosidade considerada na identificação do B textural é constituída por revestimentos de 
materiais coloidais minerais que, se bem desenvolvidos, são facilmente perceptíveis pelo 
aspecto lustroso e brilho graxo, na forma de preenchimento de poros e revestimentos de 
unidades estruturais (agregados ou peds). 
Nos solos sem macroagregados, com estrutura do tipo grãos simples ou maciça, a argila iluvial 
apresenta-se sob a forma de revestimento nos grãos individuais de areia, orientada de acordo 
com a superfície dos mesmos ou formando pontes ligando os grãos. 
Na identificação de campo da maioria dos horizontes B texturais, a cerosidade é importante. No 
entanto, a simples ocorrência de cerosidade pode não ser adequada para caracterizar o 
horizonte B textural, sendo necessário conjugá-la com outros critérios auxiliares, pois, devido 
ao escoamento turbulento da água por fendas, o preenchimento dos poros pode se dar em um 
único evento de chuva ou inundação. Por esta razão, a cerosidade num horizonte B textural 
deverá estar presente em diferentes faces das unidades estruturais e não, exclusivamente nas 
faces verticais. 
Será considerada como B textural a ocorrência de lamelas, de textura francoarenosa ou mais 
fina, que, em conjunto, perfaçam 15 cm ou mais de espessura, admitindo-se que entre as 
mesmas possa ocorrer material das classes texturais areia e areia franca.Em síntese, o horizonte 
B textural se forma sob um horizonte ou horizontes superficiais 
Horizonte B latossólico (Bw) - É um horizonte mineral subsuperficial, cujos constituintes 
evidenciam avançado estágio de intemperização, explícita pela alteração quase completa dos 
 
14 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
minerais facilmente alteráveis, seguida de intensa dessilicificação, lixiviação de bases e 
concentração residual de sesquióxidos, e/ou argilominerais do tipo 1:1 e minerais primários 
resistentes ao intemperismo. Em geral, o horizonte B latossólico é constituído por quantidades 
variáveis de óxidos de ferro e de alumínio, argilominerais do tipo 1:1, quartzo e outros minerais 
mais resistentes ao intemperismo. 
Horizonte B incipiente (Bi) - Trata-se de horizonte subsuperficial, subjacente ao A, Ap, ou AB, 
que sofreu alteração física e química em grau não muito avançado, porém suficiente para o 
desenvolvimento de cor ou de unidades estruturais, e no qual mais da metade do volume de 
todos os sub-horizontes não deve consistir em estrutura da rocha original. 
Horizonte B nítico (Bt) - Horizonte mineral subsuperficial, não hidromórfico, de textura argilosa 
ou muito argilosa, sem incremento de argila do horizonte superficial para o subsuperficial ou 
com pequeno incremento, traduzido em relação textural B/A sempre inferior a 1,5. Apresentam 
ordinariamente argila de atividade baixa ou caráter alítico. 
A estrutura, de grau de desenvolvimento moderado ou forte, é em blocos subangulares e/ou 
angulares ou prismática, que pode ser composta de blocos. Apresenta cerosidade em 
quantidade e grau de desenvolvimento no mínimo comum e moderado e/ou superfícies de 
compressão (foscas ou brilhantes). O horizonte B nítico apresenta transição gradual ou difusa 
entre os seus sub-horizontes e pode ser encontrado à superfície se o solo foi erodido. 
Horizonte B espódico (Bs, Bhs, Bh) - É um horizonte mineral subsuperficial, com espessura 
mínima de 2,5 cm (excetuando o horizonte plácico, cuja espessura mínima é de 0,5 cm), que 
apresenta acumulação iluvial de matéria orgânica humificada combinada com alumínio, 
podendo ou não conter ferro. O alumínio está sempre presente nos horizontes espódicos e deve 
ser essencial à sua formação. 
Ocorre, normalmente, sob qualquer tipo de horizonte A ou sob um horizonte E (álbico ou não) 
que pode ser precedido de horizonte A ou horizonte hístico. 
É possível que o horizonte B espódico ocorra na superfície se o solo foi truncado, ou se houve 
mistura da parte superficial do solo pelo uso agrícola. 
De um modo geral, o horizonte B espódico não apresenta organização estrutural definida, 
exibindo tipos de estrutura na forma de grãos simples ou maciça, podendo, eventualmente, 
ocorrer outros tipos de estrutura com fraco grau de desenvolvimento. No horizonte B espódico 
são comuns partículas de areia e silte total ou parcialmente revestidas com uma fina película de 
material iluvial ou o preenchimento completo ou quase completo do espaço poroso com esse 
material 
Horizonte B plânico - Tipo especial de horizonte B textural, com ou sem caráter sódico, 
subjacente a horizontes A ou E, apresentando mudança textural abrupta ou transição abrupta 
associada à relação textural com valor dentro do especificado para horizonte B textural, porém 
calculado entre o primeiro sub-horizonte B e o horizonte imediatamente acima (A ou E). 
Apresenta estrutura prismática, colunar ou em blocos angulares e subangulares grandes ou 
médios e, às vezes, estrutura maciça, permeabilidade lenta ou muito lenta e cores acinzentadas 
ou escurecidas, podendo ou não possuir cores neutras de redução com ou sem mosqueados. 
Este horizonte pode ser responsável pela formação de lençol de água suspenso,de existência 
temporária e, normalmente, apresenta teores elevados de argila dispersa. 
 
15 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
Horizonte E álbico (E) - É um horizonte mineral comumente subsuperficial, no qual a remoção 
ou segregação de material coloidal mineral e orgânico progrediu a tal ponto que a cor do 
horizonte é determinada principalmente pela cor das partículas primárias de areia e silte e não 
por revestimento nessas partículas. 
Horizonte plíntico - Caracteriza-se pela presença de plintita em quantidade igual ou superior a 
15 % (por volume) e espessura de pelo menos 15 cm. 
É um horizonte mineral B e/ou C que apresenta um arranjamento de cores vermelhas e 
acinzentadas ou brancas, com ou sem cores amareladas ou brunadas, formando um padrão 
reticulado, poligonal ou laminar. A coloração é usualmente variegada, com predominância de 
cores avermelhadas, bruno-amareladas, amarelo-brunadas, acinzentadas e esbranquiçadas 
(menos frequentemente amarelo-claras). 
Muitos horizontes plínticos possuem matriz acinzentada ou esbranquiçada, com mosqueados 
abundantes de cores vermelha, vermelho-amarelada e vermelho-escura, ocorrendo, também, 
mosqueados com tonalidade amarelada. 
Horizonte litoplíntico - É constituído por petroplintita contínua ou praticamente contínua. Este 
horizonte pode englobar uma seção do perfil muito fraturada, mas em que existe predomínio 
de blocos de petroplintita com tamanho mínimo de 20 cm, ou com poucas fendas, que aparecem 
que são separadas umas das outras por 10 cm ou mais. 
 
Para ser diagnóstico, o horizonte litoplíntico deve ter uma espessura de 10 cm ou mais. Este 
horizonte constitui um sério impedimento à penetração das raízes e ao livre fluxo da água. 
O horizonte litoplíntico difere de um horizonte B espódico cimentado (ortstein) por conter pouca 
ou nenhuma matéria orgânica. 
Horizonte glei - É um horizonte mineral subsuperficial ou eventualmente superficial, com 
espessura de 15 cm ou mais, caracterizado por redução de ferro e prevalência do estado 
reduzido, no todo ou em parte, devido principalmente à água estagnada, como evidenciado por 
cores neutras ou próximas de neutras na matriz do horizonte, com ou sem mosqueados de cores 
mais vivas. Trata-se de horizonte fortemente influenciado pelo lençol freático e regime de 
umidade redutor, virtualmente livre de oxigênio dissolvido em razão da saturação por água 
durante todo o ano, ou pelo menos por um longo período, associado à demanda de oxigênio 
pela atividade biológica. 
Esse horizonte pode ser constituído por material de qualquer classe textural e suas cores são de 
cromas bastante baixos, próximas de neutras ou realmente neutras, tornando-se, porém, mais 
brunadas ou amareladas por exposição do material ao ar. 
Horizonte cálcico - É formado pela acumulação de carbonato de cálcio normalmente no 
horizonte C, mas pode ocorrer nos horizontes B ou A. 
O horizonte cálcico apresenta espessura de 15 cm ou mais, é enriquecido com carbonato de 
cálcio secundário e contém 150 g kg-1 ou mais de carbonato de cálcio equivalente, tendo no 
mínimo 50 g kg-1 a mais de carbonato que o horizonte ou camada subjacente. Este último 
requisito é expresso em volume, se o carbonato secundário do horizonte cálcico ocorre como 
pendentes em cascalhos, como concreções ou na forma pulverulenta. Se tal horizonte cálcico 
está sobre mármore, marga ou outros materiais altamente calcíticos (400 g kg-1 ou mais de 
 
16 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
carbonato de cálcio equivalente), a percentagem de carbonatos não necessita decrescer em 
profundidade. 
Horizonte petrocálcico - Com o enriquecimento em carbonatos, o horizonte cálcico tende 
progressivamente a se tornar obturado com carbonatos e cimentado, formando horizonte 
contínuo, endurecido, maciço, que passa a ser reconhecido como horizonte petrocálcico. Nos 
estágios iniciais do horizonte cálcico, este tem carbonatos de consistência macia e disseminados 
na matriz do solo, ou acumulados em concreções endurecidas ou ambos. O horizonte 
petrocálcico evidencia o avanço evolutivo do processo de calcificação. 
É um horizonte contínuo, resultante da consolidação e cimentação de um horizonte cálcico por 
carbonato de cálcio, ou, em alguns locais, com carbonato de magnésio. Pode haver presença 
acessória de sílica. 
Horizonte sulfúrico - O horizonte sulfúrico tem 15 cm ou mais de espessura e é composto de 
material mineral ou orgânico cujo valor de pH medido em água (1:2,5; solo:água) é de 3,5 ou 
menor, evidenciando a presença do ácido sulfúrico. Além disso, deve possuir uma ou mais das 
seguintes características: 
 a) concentração de jarosita; ou 
 b) materiais sulfídricos imediatamente subjacentes ao horizonte; ou 
 c) 0,05 % ou mais de sulfato solúvel em água. 
Não é especificada a cor da jarosita (que pode ter croma 3 ou maior), nem requer 
necessariamente a sua presença. Horizontes sulfúricos sem jarosita são encontrados em 
materiais com alto teor de matéria orgânica, ou em materiais minerais de um tempo geológico 
anterior expostos à superfície. 
Um horizonte sulfúrico forma-se pela oxidação de materiais minerais ou orgânicos ricos em 
sulfetos como resultado da drenagem, mais comumente artificial. Tal horizonte apresenta 
condições de acidez altamente tóxicas para a maioria das plantas. Também pode formar-se em 
locais onde materiais sulfídricos tenham sido expostos como resultado da mineração de 
superfície, construção de estradas, dragagem ou outras operações de movimento de terra. 
Horizonte vértico - Horizonte mineral subsuperficial que, devido à expansão e contração das 
argilas, apresenta feições pedológicas típicas, que são as superfícies de fricção (slickensides) em 
quantidade no mínimo comum, e/ou unidades estruturais cuneiformes e/ou paralelepipédicas 
(SANTOS et al., 2005), cujo eixo longitudinal está inclinado a 10° ou mais em relação ao 
horizontal, e fendas em algum período mais seco do ano com pelo menos 1 cm de largura. A sua 
textura mais frequentemente varia de argilosa a muito argilosa, admitindo-se, na faixa de 
textura média, um mínimo de 300 g kg-1 de argila. O horizonte vértico pode coincidir com 
horizontes AC, B (Bi ou Bt) ou C, e apresentar cores escuras, acinzentadas, amareladas ou 
avermelhadas. Para ser diagnóstico, este horizonte deve apresentar uma espessura mínima de 
20 cm. 
Em áreas irrigadas ou mal drenadas (sem fendas aparentes), o coeficiente de expansão linear 
(COLE) deve ser 0,06 ou maior ou a expansibilidade linear deve ser de 6 cm ou mais. 
O horizonte vértico tem precedência diagnóstica sobre os horizontes B incipiente, B nítico e glei. 
 
17 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
Fragipã - É um horizonte mineral subsuperficial, endurecido quando seco, contínuo ou presente 
em 50 % ou mais do volume de outro horizonte, normalmente de textura média. Pode estar 
subjacente a um horizonte B espódico, B textural ou horizonte álbico. Tem conteúdo de matéria 
orgânica muito baixo, a densidade do solo é maior que a dos horizontes sobrejacentes e é 
aparentemente cimentado quando seco, tendo então consistência dura, muito dura ou 
extremamente dura. 
Duripã - É um horizonte mineral subsuperficial, cimentado, contínuo ou presente em 50 % ou 
mais do volume de outro horizonte com grau variável de cimentação por sílica e podendo ainda 
conter óxido de ferro e carbonato de cálcio. Como resultado disto, os duripãs variam de 
aparência, porém todos, quando úmidos, apresentam consistência muito firme ou 
extremamente firme e são sempre quebradiços, mesmo após prolongado umedecimento. 
É um horizonte no qual: 
 a) A cimentação é suficientemente forte, de modoque fragmentos secos não se esboroam, 
mesmo durante prolongado período de umedecimento; 
 b) Revestimentos de sílica, presentes em alguns poros e em algumas faces estruturais, são 
insolúveis em solução de HCl 1 mol L-1, mesmo durante prolongado tempo de saturação, mas 
são solúveis em solução concentrada e aquecida de KOH ou diante da adição alternada de ácido 
e álcali; 
 c) A cimentação não é destruída em mais da metade de qualquer capeamento laminar que 
possa estar presente, ou em algum outro horizonte contínuo ou imbricado, quando o material 
de solo é saturado com ácido, mas é completamente destruída pela solução concentrada e 
aquecida de KOH por tratamento único ou alternado com ácido; 
 d) As raízes e a água não penetram na parte cimentada, a não ser ao longo de fraturas verticais 
que se distanciam de 10 cm ou mais. 
 
Classes do 1º nível categórico 
 
1. ARGISSOLOS – 
→ Material mineral 
→ Tb 
→ Bt abaixo de qualquer tipo de horizonte A, exceto hístico 
→ Incremento no teor de argila no B 
→ Transição clara, abrupta ou gradual 
→ Profundidade variável 
→ Bem ou mal drenados 
Cores variadas 
 
2. CAMBISSOLOS – 
→ Material mineral 
→ Bi subjacente a qualquer tipo de horizonte A 
 
18 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
→ Horizonte A ou hístico < 40 cm 
→ Bem a imperfeitamente drenados 
→ Rasos a profundos 
→ V% alto ou baixo 
→ Bi textura franco-arenosa ou mais fina 
→ Alguns podem possuir características semelhantes aos LATOSSOLOS 
Alto teor de silte 
 
3. CHERNOSSOLOS – 
→ Material mineral 
→ Alto V%, geralmente >70%, ocupados com Ca e Mg 
→ Ta 
→ Horiz A chernozêmico sobrejacente a Bt, Bi, Bnítico, cálcico ou carbonático 
→ Pouco coloridos, escuros 
→ Bem ou imperfeitamente drenados 
→ Desde moderadamente ácidos a fortemente alcalinos 
 
4. ESPODOSSOLOS – 
 
→ Material mineral 
→ B espódico, subjacente a horiz. E ou A ou hístico(desde que possua 40 cm ou 
menos de espessura) 
→ Cores: - A → cinzenta → preta 
 - E → cinzenta/acinzent clara → branca 
 - Bh → cinzenta escura → preta 
→ Profundidade variável → horiz E com até 3 a 4 metros de espessura 
→ Solos pobres, moderada a fortemente ácidos 
→ Baixa saturação por bases 
→ Ocorrem em relevo plano, sob diversos tipos de vegetação 
 
5. GLEISSOLOS – 
→ Solos hidromórficos 
→ Material mineral 
→ Horizonte glei dentro dos primeiros 50 cm da superfície do solo 
→ Horizonte glei de 50 a 125 cm da superfície do solo desde que imediatamente 
abaixo do horiz A ou E ou precedidos por por horiz Bi, Bt ou C com presença de 
mosqueados abundantes com cores de redução 
→ São periodicamente ou permanentemente saturados com água 
→ Mal a muito mal drenados 
 
6. LATOSSOLOS – 
→ Material mineral 
→ Bw abaixo de qualquer tipo de horiz diagnóstico superficial, exceto hístico 
 
19 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
→ Muito intemperizados 
→ Poucos minerais primários e secundários 
→ CTC < 17 cmol
c
kg
-1
 
→ Fortemente a bem drenados 
→ Muito profundos 
→ Transição de horizontes difusas ou graduais 
→ Incremento pouco expressivo de argila A → B 
→ Muito ácidos, baixo V% 
Regiões equatoriais e tropicais → normalmente em relevos planos e suave 
ondulado 
7. LUVISSOLOS – 
→ Material mineral 
→ Não hidromórficos 
→ Bt → imediatamente subjacente A fraco ou A moderado 
→ Ta 
→ Alta saturação por bases 
→ Bem a imperfeitamente drenados 
→ Pouco profundos ( 60-120 cm ) 
→ Transição abrupta do A → B 
→ Podem apresentar pedregosidade na parte superficial e caráter solódico ou sódico 
na parte subsuperficial 
Estrutura geralmente em blocos 
8. NEOSSOLOS – 
→ LITÓLICOS, FLÚVICOS, REGOLÍTICOS e QUARTZARÊNICOS 
→ Material mineral ou orgânico 
→ Pouco espesso com pequena expressão dos processos pedogenéticos 
→ Não possuem horizonte B 
NEOSSOLOS LITÓLICOS 
→ Horizonte A ou O hístico, < 40 cm 
→ A-C, A-R ou A-Cr 
→ Contato lítico dentro de 50 cm da superfície 
NEOSSOLOS FLÚVICOS 
→ Derivados de sedimentos aluviais 
→ A-C 
→ Camadas estratificadas sem relação pedogenética 
→ Distribuição errática de C em profundidade 
NEOSSOLOS REGOLÍTICOS 
→ A-C ou A-R 
→ Admite contato lítico a uma profundidade > 50 
→ 4% ou mais de minerais primários alteráveis na fração areia da TFSA 
→ 5% ou mais da massa do horiz. C apresentando fragmentos da rocha semi-
intemperizada 
NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS 
→ A-C 
→ Sem contato lítico dentro de 50 cm de profundidade 
 
20 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
→ Textura areia ou areia franca até no mínimo 150 cm de profundidade ou até contato 
lítico 
→ Essencialmente quartzosos 
→ Ausência de minerais primários alteráveis, exceto quartzo 
 
9. NITOSSOLOS – 
→ Material mineral 
→ B nítico 
→ Tb, textura argilosa ou muito argilosa 
→ Estrutura em blocos angulares, subangulares ou prismática 
→ Superfície dos agregados reluzente, relacionada com a cerosidade 
→ Baixo gradiente textural 
→ Profundos, bem drenados, de coloração variando de vermelha a brunada 
→ Geralmente ácidos, baixo ou alto V% 
→ Qualquer tipo de horizonte A 
 
10. ORGANOSSOLOS – 
→ Pouco profundos 
→ Material orgânico (acumulação de restos vegetais em grau variável de 
decomposição) 
→ Mal a muito mal drenados, ou ambientes úmidos de altitude elevada saturados 
por água por poucos dias no período chuvoso. 
→ Coloração preta, cinzenta muito escura 
→ Elevados teores de C orgânico 
→ Apresentam horizontes H ou O hístico sobre camadas orgânicas 
→ Apresentam materiais minerais em proporções variáveis 
→ Fortemente ácidos, elevada CTC e baixo V% 
 
11. PLANOSSOLOS – 
→ Solos minerais 
→ Imperfeitamente ou mal drenados 
→ Horizonte superficial ou subsuperficial eluvial, de textura mais leve que contrasta 
abruptamente com horiz B plânico imediatamente subjacente 
→ B plânico → adensado, muita argila, baixa permeabilidade 
→ Lençol freático suspenso de existência temporária 
→ Mudança textural abrupta 
→ Estrutura forte grande blocos angulares 
→ Cores do B pouco vivas 
 
12. PLINTOSSOLOS – 
→ Solos minerais 
→ Formados sob condições de restrição a percolação 
→ Imperfeitamente ou mal drenados 
→ Apresentam expressiva plintização 
 
21 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
→ Predomínio de cores pálidas, com ou sem mosqueados ou coloração variegada 
→ Textura variável 
→ Fortemente ácidos, baixo V% 
→ Requer oscilação do lençol freático 
 
13. VERTISSOLOS – 
→ Solos minerais 
→ Horizonte vértico entre 25 e 100 cm e pequena variação textural 
→ Mudanças no volume com aumento no teor de umidade do solo → argilominerais 
2:1 
→ Fendas profundas na época seca 
→ Microrrelevo gilgai e estrutura cuneiforme 
→ Superfícies de fricção (slickensides) 
→ Normalmente pouco profundos a profundos 
→ Imperfeitamente a mal drenados 
→ Cores variadas 
→ Ruins fisicamente, textura argilosa a muito argilosa 
→ Férteis com elevada CTC, V% 
→ Ausência de qualquer tipo de B diagnóstico acima do horizonte vértico. 
 
 
 
Solos sem horizonte B 
1. Solos Litólicos (Neossolo Litólico) 
2. Solos Aluviais (Neossolo Flúvico) 
3. Solos Hidromórficos (Organossolo e Gleissolos) 
4. Vertissolos (Vertissolo) 
5. Solos Salinos (Gleissolo Sálico) 
6. Regossolos (Neossolo Regossólico) 
7. Areias Quartzosas (Neossolo Quartzarênico) 
 
Solos com horizonte B incipiente 
1. Cambissolos 
Solos com horizonte B textural 
1. Podzólicos (Argissolos) 
2. Terra Roxa Estruturada (Nitossolo) 
3. Bruno Não-Cálcico (Luvissolo) 
4.Solonetz-Solodizado (Planossolo) 
 
Solos com horizonte B espódico 
1. Podzol (Espodossolo) 
 
Solos com horizonte B latossólico 
1. Latossolos (Latossolo) 
 
 
 
22 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADES DE MAPEAMENTO DE SOLOS DO ESTADO DO CEARÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
Resumo em quadros dos solos 
 
 
 
 
 
SOLO NOME ANTIGO
UNIDADE 
GEOAMBIENTAL
CARACTERÍSTICAS 
DOMINANTES
LIMITAÇÕES DE 
USO
Planossolos 
Nátricos
Planossolos 
solódicos
Planície fluvial e níveis 
rebaixados das 
depressões sertanejas 
semiáridas
Solos rasos e moderadamente 
profundos, mal drenados; 
textura indiscriminada, 
fertilidade natural média a 
baixa com problemas de sais
Deficiência ou 
excesso de água; 
altos teores de sódio; 
condições físicas; 
drenagem imperfeita; 
susceptibilidade à 
erosão.
Planossolos 
Sálicos
Solonetz 
solodizado
Planícies fluviolacustres 
e níveis rebaixados das 
depressões sertanejas 
semiáridas
Solos rasos a moderadamente 
profundos, mal drenados. 
Pedregosidade superficial, 
elevado teor de sódio trocável.
Deficiência ou 
excesso de água; 
alto teor de sódio; 
condições físicas; 
susceptibilidade à 
erosão.
Vertissolos Vertissolos
Planícies fluviais e 
níveis rebaixados das 
depressões sertanejas 
semiáridas
Solos rasos, mal drenados, 
textura argilosa e fertilidade 
natural alta
Drenagem imperfeita; 
Suscepetibilidade à 
erosão; Condições 
físicas; Baixa 
permeabilidade.
Neossolos 
Litólicos
Litólicos
Depressões sertanejas 
e maciços residuais
Solos rasos, textura argilosa, 
fertilidade natural média, 
bastante susceptível à erosão, 
com fases pedresosas.
Pouca profundidade; 
Pedregosidade; 
Relevo acidentado; 
Alta susceptibilidade 
à erosão.
 
24 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOLO NOME ANTIGO
UNIDADE 
GEOAMBIENTAL
CARACTERÍSTICAS 
DOMINANTES
LIMITAÇÕES DE 
USO
Neossolos 
Regolíticos
Regossolos
Drepressões 
sertanejas, planície 
litorânea e planícies 
fluviais
Solos profundos a 
moderadamente profundos, 
textura arenosa, 
excessivamente drenados, 
susceptíveis à erosão e 
fertilidade natural média.
Baixa retenção de 
umidade; 
Susceptibilidade à 
erosão.
Latossolos
Latossolos 
vermelho 
amarelos
Planaltos sedimetares 
(Planalto setentrional da 
Ibiapaba, Platô da Serra 
Grande, Chapada do 
Araripe, Chapada do 
Apodi, Depressões 
periféricas e Tabuleiros 
pré-litorâneos
Muito profundo e profundos, 
bem drenados, textura 
arenosa ou areno-argilosa, 
fertilidade natural média a 
baixa
Acidez; Baixa 
fertilidade; Baixa 
capacidade de 
retenção de umidade.
Argissolos Podzólicos
Maciços residuais, 
Tabuleiro pré-litorâneo e 
Depressões sertanejas 
dissecadas (Pés-de-
serras)
Rasos e profundos, textura 
média ou argila, 
moderadamente ou 
imperfeitamente drenados, 
fertilidade natural média a alta.
Relevo fortemente 
dissecado; Drenagem 
imperfeita; Pouca 
profundidade; 
Impedimento à 
mecanização.
Luvissolos
Bruno não-
cálcios
Depressão sertanejas 
fracas a 
moderadamente 
dissecadas
Moderadamente profundos, 
textura média ou argiloda, 
moderadamente drenados e 
fertilidade natural alta.
Pouca profundidade; 
Susceptibilidade à 
erosão; 
Pedregosidade; 
Impedimento à 
mecanização.
SOLO NOME ANTIGO
UNIDADE 
GEOAMBIENTAL
CARACTERÍSTICAS 
DOMINANTES
LIMITAÇÕES DE 
USO
Chernossolos
Bruziem 
avermelhado
Depressões sertanejas 
dissecadas e Maciços 
residuais.
Moderadamente profundos, 
textura argilosa, bem drenados 
de fertilidade natural alta.
Suscetibilidade à 
erosão; Impedimento 
à mecanização.
Cambissolos Cambissolos
Planaltos sedimentares: 
Chapada do Apodi
Rasos e moderadamente 
profundos; textura argilosa, 
bem drenados de fertilidade 
natural alta
Presença eventual de 
pedregosidade; 
Susceptibilidade à 
erosão.
Nitossolos
Terra roxa 
estruturada
Depressões sertanejas
Profundos, textura argilosa, 
bem drenados de fertilidade 
natural alta
Presença eventual de 
pedregosidade; 
Susceptibilidade à 
erosão.
Gleissolos
Solonchak 
solonetzico
Planícies litorâneas; 
Planícies fluviais
Moderadamente profundos, 
textura indiscriminada, mal 
drenados, altas concentrações 
de sais solúveis.
Drenagem imperfeita; 
salinização; excesso 
de água.
Gleissolos 
úmicos
Glei pouco 
úmido
Planícies litorâneas; 
Planícies fluviais
Moderadamente a pouca 
profundos, textura argilosa, 
drenados, fortemente ácidos.
Drenagem imperfeita; 
pouca profundidade 
acidez.
Afloramento de 
rochas 
Afloramento de 
rochas 
Todas as unidades e 
principalmente nas 
Depressões sertanejas 
e serras secas
Rochas nuas u muito pouco 
alteradas
Impraticáveis uso 
agrícola
 
25 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
Sistema Americano de Classificação do Solo 
Na década de 1950, os americanos fizeram modificações (ou aproximações) no sistema de 
classificação adotado por BALDWING, KELLOG & THORP, em 1938, depois modificado em 1949 por 
THORP. 
Em 1960, publicaram a Sétima Aproximação, no período de 1964 a 1974 fizeram novas 
aproximações, e finalmente, em 1975, publicaram o referencial como “Soil Taxonomy” com várias 
edições, a décima, em 2006. 
A figura 1 apresenta a hierarquia da classificação de solos considerando as categorias de ordem, 
subordem, grande grupo, sub grupo, família e série. 
 
Figura 1. Hierarquia do Sistema Americano de Classificação de Solos. 
A subordem Udept refere-se ao Inceptisol (ept de Inceptisol), com regime hídrico údico (ud de 
údico). O agrupamento ud de udico + ept de Inceptisol resulta em Udept. 
Os grandes grupos são constituídos pela ordem e subordem, precedidas das sílabas dos grandes 
grupos. 
No sistema americano, a ordem dos Oxisols na sua grande maioria correlaciona-se com os Latossolos 
do sistema brasileiro, os Ultisols com os Argissolos de baixo potencial nutricional, os Alfisols com os 
Argissolos de alto potencial nutricional, os Inceptisols com os Cambissolos, os Entisols com os 
Neossolos, os Mollisols com os Chernossolos, os Spodosols com os Espodossolos, os Vertisols com os 
Vertissolos e os Histosols com os Organossolos. 
No Brasil ocorrem as ordens dos Oxisols, Ultisols, Alfisols, Inceptisols, Entisols, Mollisols, Spodosols, 
Vertisols e Histosols. 
Na subordem do sistema americano, em geral, são considerados os regimes hídricos dos solos e sua 
seção de controle que refere-se a profundidade de estudo no perfil do solo, iniciando-se na superfície 
até os horizontes mais profundos, variando para cada classe de solo. 
 
26 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
Na subordem desse sistema, em geral, são considerados os regimes hídricos dos solos e sua seção 
de controle que refere-se a profundidade de estudo no perfil do solo iniciando-se na superfície até os 
horizontes mais profundos, variando nas classes de solos. 
Os regimes hídricos dos solos são os seguintes: áquico (a seção de controle do perfil de solo fica 
saturado por água praticamente todo o ano devido ao nível elevado do lençol freático), údico 
(nenhuma parte da seção de controle do perfil de solo seca cumulativamente por90 dias ou mais), 
perúdico (a seção de controle do perfil de solo sempre está úmida porque a precipitação supera a 
evapo-transpiração todos os meses do ano, árido (a seção de controle do perfil de solo na maioria dos 
anos seca cumulativamente mais da metade do tempo, quando a temperatura do solo é acima de 5°C 
na profundidade de 50 cm, e nunca fica úmida por 90 dias consecutivos quando a temperatura do 
solo é acima de 80 °C na profundidade de 50 cm, ústico (intermediário entre árido e údico), e xérico 
solos de locais com inverno úmido e frio e verão seco e quente (clima Mediterânico). 
O nível de grande grupo é uma sub divisão da subordem, considerando, em geral, as condições 
químicas pedológicas, exceto para os Vertisols, Mollisols, e Alfisols que são eutróficos, por definição. 
Alguns exemplos e ilustrações de grandes grupos de solos: 
• Hapludox (figura 2) referindo-se ao Oxisol (ox de Oxisol) que ocorre num local com regime hídrico 
údico (ud de údico) e Hapl (Hapl, no sentido de que não foram atendidas as alternativas anteriores 
dos grande grupo previstos no Soil Taxonomy como sombr, acr, eutr, e kandi, (SOIL TAXONOMY, 
2006). Esse solo que ocorre na região de Piracicaba (SP), Brasil correlaciona-se com o Latossolo 
Vermelho álico A moderado (EMBRAPA, 2006). 
• Eutrochrept (figura 3) referindo-se ao Inceptisol (ept de Inceptisol) com epipedon ócrico (ochr de 
ochric) e eutrófico (eutr de eutrófico), (SOIL TAXONOMY, 2006). Esse solo que ocorre na região de 
Veracruz, México correlaciona-se com Cambissolo Háplico eutrófico A moderado (EMBRAPA, 2006). 
• Paleudoll (figura 4) referindo-se ao Mollisol (oll de Mollisol), que ocorre num local com regime hídrico 
do solo údico (ud de údico), com discreto aumento de argila no perfil (Pale), (SOIL TAXONOMY, 2006). 
Esse solo que ocorre na região de Vera Cruz, México correlaciona-se com o Chernossolo Háplico órtico 
(EMBRAPA, 2006). 
• Quartzipsamment (figura 5) referido-se ao Entisol (ent de Entisol), psamm significando arenoso e 
Quartz, de quartzo na fração areia. Esse solo que ocorre na região de São Carlos (SP), Brasil 
correlaciona-se com o Neossolo Quartzarênico órtico. 
 
27 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
Figura 2. Hapludox (SOIL TAXONOMY) - Latossolo Vermelho álico A moderado. 
 
Figura 3. Eutrochrept (SOIL TAXONOMY) - Cambissolo Háplico eutrófico A moderado (EMBRAPA). 
 
28 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
Figura 4. Paleudoll (SOIL TAXONOMY) Chernossolo Háplico órtico (EMBRAPA). 
 
 
29 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
Figura 5. Quartzipsamment (SOIL TAXONOMY)- Neossolo Quartzarênico órtico (EMBRAPA). 
Na família são consideradas as propriedades dos solos com similaridade de textura, mineralogia, 
grau de acidez e temperatura, e na série são designados nomes dos locais onde os solos foram 
originalmente descritos. 
Os conceitos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da EMBRAPA foram baseados não só no 
sistema de classificação de solos de BALDWING, KELLOG & THORP de 1938, modificado por THORP 
em 1949, como também no sistema de classificação da FAO. 
Em 1999, a EMBRAPA publicou a primeira edição, depois revisada e ampliada em 2006. 
A classificação dos solos do sistema brasileiro, até o presente, contempla os níveis de ordem, 
subordem, grande grupo e sub grupo. 
A figura 6 apresenta a hierarquia da classificação de solos. 
 
Figura 6. Hierarquia do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 
Diferenças entre os sistemas de classificação de solos do Brasil e dos Estados 
Unidos 
As principais diferenças entre os sistemas brasileiro e americano de classificação de solos 
são os seguintes: 
• A origem dos dados pedológicos no sistema brasileiro resultou de levantamentos de solos 
generalizados, principalmente nos níveis exploratórios e de reconhecimento. Ao contrário, 
o sistema americano teve origem a partir de levantamentos pedológicos detalhados. Como 
consequência, a estrutura do sistema brasileiro foi arquitetada iniciando-se no nível 
superior (ordem), para os níveis hierárquicos mais inferiores (atualmente o sistema 
brasileiro contempla o nível de sub grupo). Por outro lado, no sistema americano a 
hierarquia foi arquitetada do nível mais inferior (série) para os níveis superiores; 
 
30 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
• No nível hierárquico de subordem, o Sistema Brasileiro considera a cor para alguns solos 
(Latossolo, Nitossolo, Argissolo e Luvissolo). Ao contrário, o sistema americano, dá muito 
pouca importância a coloração, priorizando o regime de umidade no perfil de solo. Na 
prática, esse aspecto tem enorme importância no manejo porque a água no solo é muito 
mais importante do que sua coloração; 
• Enquanto que o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos da Embrapa considera o 
horizonte A como superficial, o Sistema Americano considera o epipedon como o horizonte 
superficial (A), podendo incluir parte ou todo horizonte B; 
• Nem todos Latossolos do Sistema Brasileiro correlacionam-se com os Oxisols do Sistema 
Americano. 
Internacional da FAO 
A Sociedade Internacional de Ciência do Solo, em 1960, recomendou a publicação da 
legenda do mapa de solos do Mundo na escala 1:5.000.000, para representar os solos do 
globo terrestre como referencial. 
Em 1969 foi publicado o primeiro mapa de solos do Mundo com aproximações ao longo do 
tempo, em 1994 foi publicada com a legenda revisada, e 1998 como World Reference Base 
(WRB). 
A figura 7 apresenta a hierarquia da legenda de solos da FAO considerando o primeiro e 
segundo níveis. 
 
31 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
 
Figura 7. Hierarquia da legenda de solos da FAO (1994). 
Diferenças entre os sistemas de classificação de solos do Brasil e 
dos Estados Unidos, e da FAO 
Não existe um sistema de classificação melhor do que o outro, cada um tem suas características 
próprias, o quadro abaixo mostra as diferenças dos sistemas brasileiro, americano e internacional. 
Muitos afirmam que o Sistema Americano é melhor do que o Brasileiro, mas na prática como 
enquadrar os solos brasileiros no nível de sub ordem que exige dados precisos dos regimes hídricos? 
Somente os Estados Unidos e não o Brasil dispõe desses dados de regime de umidade no solo. 
Existem grandes diferenças nos enfoques dos sistemas de classificação dos solos do Brasil (SiBCS, 
2006), dos Estados Unidos (SOIL TAXONOMY, 1999) e Internacional (WRB, 1998), quadro 20. A 
 
32 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
comparação da classificação dos solos no primeiro e segundo níveis consta nos quadros 1 e 2, 
respectivamente. 
Quadro 1. Principais diferenças entre os sistemas de classificação de solos. 
Critérios 
Sistema Brasileiro (SiBCS, 
2013) 
Sistema Americano (Soil Taxonomy, 2006) 
Sistema Internacional 
(WRB/FAO,1998) 
Hierarquia 
Descendente (da ordem em 
direção a série) 
Ascendente (da série em direção a ordem) 
Descendente (do 
primeiro para o 
segundo nível) 
Primeiro nível 
(ordem) 
Presença ou ausência dos 
horizontes diagnósticos de 
superfície e de sub 
superfície 
Presença ou ausência dos horizontes 
diagnósticos de superfície e de sub 
superfície, ocorrência ou não do regime 
hídrico arídico. 
Diferenciados com base 
nos processos 
pedogenéticos 
Número de 
classes de solos no 
primeiro nível 
13 12 12 
Segundo nível 
(subordem) 
Atuação dos processos 
pedogenéticos 
Tipos de regime hídrico, e de horizontes 
diagnósticos 
Prefixos e sufixos 
relacionados com o 
manejo 
Terceiro nível 
(ordem) 
Condições químicas 
pedológicas; tipo e arranjo 
dos horizontessub 
superficiais 
Condições químicas pedológicas, 
ocorrência ou não dos horizontes 
diagnósticos 
Não contempla 
Quarto nível (sub 
grupo) 
Solos típicos ou 
intermediários 
Solos típicos ou intermediários Não contempla 
Quinto nível 
(família) 
Atualmente não contempla 
Textura, mineralogia e regime de 
temperatura 
Não contempla 
Sexto nível (série) Atualmente não contempla Solos pedogeneticamente idênticos Não contempla 
Quadro 2. Comparação da classificação dos solos no primeiro nível da hierarquia. 
SiBCS (SiBCS, 2006) 
SOIL TAXONOMY (EUA, 
1999) 
WRB (1998) 
Neossolo Entisol Leptosol, Arenosol, Fluvisol 
Vertissolo Vertisol Vertisol 
Cambissolo Inceptisol Cambisol 
Planossolo Alfisol ou Ultisol Planosol 
Chernossolo Mollisols Chernozem 
Chernossolo Mollisols Kastanozem 
Chernossolo Mollisols Phaeozem 
Espodossolo Spodosol Podzol 
Argissolo Ultisol ou Alfisol Acrisol ou Alisol ou Lixisol 
Luvissolo Alfisol Luvisol 
Nitossolo Oxisol Nitisol 
Latossolo Oxisol Ferralsol 
Plintossolo Oxisol Plinthosol 
Organossolo Histosol Histosol 
- Andisol Andosol 
Neossolo Quartzarênico Psamment Ferralic Arenosol 
 
33 RESUMO PARA PROVA DE LEVANTAMENTO E CLASSFICAÇÃO DO SOLO 
SiBCS (SiBCS, 2006) 
SOIL TAXONOMY (EUA, 
1999) 
WRB (1998) 
Neossolo Flúvico Fluvent 
Eutric ou Dystric ou Mollic ou Umbric 
Fluvisol 
Neossolo Litólico A moderado Udorthent ou Ustorthent Lithic Leptosol 
Vertissolo Háplico Udert ou Uster Eutric Vertisol 
Cambissolo Háplico Ochrept ou Umbrept Dystric ou Eutric ou Cromic Cambisol 
Planossolo Nátrico Udalf ou Ustalf Haplic Solonetz 
Chernossolo Argilúvico Udoll ou Ustoll Luvic Phaeozém 
Espodossolo Humilúvico Humod Carbic Podzol 
Espodossolo Ferrilúvico Ferrod Ferric Podzol 
Argissolo eutrófico Tb Udalf ou Ustalf Haplic Lixisol 
Luvissolo Crômico ou Háplico Udalf ou Ustalf Haplic Luvisol 
Argissolo distrófico ou álico Tb Udult ou Ustult Haplic Acrisol 
Argissolo distrófico ou álico Ta Udult ou Ustult Haplic Alisol 
Nitossolo Vermelho Udox ou Ustox Rhodic Nitisol 
Latossolo Vermelho Udox ou Ustox Ferralsol 
Latossolo Amarelo Udox ou Ustox Ferralsol 
Latossolo Vermelho-Amarelo Udox ou Ustox Ferralsol 
Plintossolo Háplico eutrófico Udox ou Ustox Eutric Plinthosol 
Plintossolo Háplico distrófico ou 
álico 
Udox ou Ustox Dystric Plinthosol 
Gleissolo Melânico Aquoll Mollic ou Umbric Gleysol 
Gleissolo Háplico Aqualf ou Aquult ou Aquox Dystric ou Eutric Gleysol 
Organossolo Háplico Fibrist ou Hemist Fibric Histosol 
Exemplo de enquadramento do solo pelos sistemas de classificação do Brasil, dos Estados 
Unidos e Internacional (WRB): Latossolo Vermelho ácrico do Sistema Brasileiro de 
Classificação do Solo de um local com regime hídrico údico como Assis. 
Pelo sistema americano, classifica-se unindo os prefixos Acric de ácrico, ud de údico e Ox 
de oxisol, resultando em Acrudox, se o regime hídrico fosse ústico (ust) seria Acrustox. No 
sistema internacional enquadra-se como Geric Ferralsol.

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