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Direito Medieval - Wellessom

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Direito Medieval
O Direito Medieval, conhecido também como Direito Feudal, era o Direito aplicado pelos senhores feudais no âmbito de seu feudo.
O Direito Medieval teve seu início com a queda do Império Romano, que foi motivada vários quesitos: questões políticas, degradação do sistema comercial, centralização do poder, descontrole do poder, ataques de outros povos (conhecidos como bárbaros).
Com as invasões bárbaras cada vez mais intensas, as cidades começaram a ficar perigosas, além das condições de higiene ser precárias, como esgoto a céu aberto doenças como a peste negra aumentando cada vez o medo de sua população. Neste meio termo em que os bárbaros (que na verdade era todo e qualquer forasteiro que invadia o Império era denominado de bárbaro) e a população cada vez mais amedrontada, os proprietários de terras começaram a enxergar um meio de lucrar com isso.
Como os senhores feudais possuíam terras, ele resolveram construir fortalezas para abrigar o povo que estava de saída das cidades, o comércio da cidade já não estava conseguindo ser autossuficiente e isso acabou sendo um bom negócio para os senhores feudais. Os senhores feudais abriram as portas de suas fortalezas para receberem os povos vindos das cidades, porém tudo tem um preço. Cada Feudo em si possuía suas próprias regras de convivência, regras essas que eram estabelecidas de acordo com os costumes de cada senhor feudal, essas leis não eram necessariamente escritas.
Embora os senhores feudais tinham algumas tradições, como o Comitatus, Colonato e Benefícium alguns abusos foram encontrados. A Igreja inseriu bispos em cada Feudo, de forma a manter o controle e fiscalização como, por exemplo: as atitudes dos senhores feudais. Como a Igreja também tinha razões políticas ela também tinha que manter seu domínio perante os feudos.
Numa época em que o Império Romano ruía, a mistura de povos foi inevitável e consequentemente todo o sistema jurídico do Império Romano sofreu algumas alterações. Os romanos possuíam um conhecimento bem mais elevado do direito, já tinham leis positivadas, mas os bárbaros não. Os bárbaros tinham como sistema jurídico os costumes (conhecido também como direito consuetudinário) e essa mescla de povos e culturas deram início a um novo sistema jurídico – Direito Bárbaro-Romano.
Era preciso sistematizar o ensino do Direito, e foi nesse período que surgiu as primeiras universidades, a Universidade de Quaraouiyine no ano de 859 d.C. em Marrocos e a Universidade de Bolonha no ano de 1088 d.C. em Bolonha – Itália. A princípio essas universidades de ensino superior estudavam as ciências: Medicina, Direito (romano e canônico) e Teologia.
Estudava-se também, gramática, lógica e retórica nessas universidades. A retórica que hoje em dia é muito utilizada pelos profissionais do Direito, é a arte da eloquência, de argumentação, a arte de reconhecer os meios disponíveis para a persuasão através da credibilidade, lógica ou até mesmo das emoções.
Essas universidades tiveram grande influência de duas grandes personalidades da filosofia, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Embora esses dois não tinham o mesmo pensamento, já que, Santo Agostinho puxava mais para o lado de Platão – neoplatonismo, e São Tomás de Aquino para o lado de Aristóteles.
Santo Agostinho acreditava em um mundo perfeito – metafísico – e também em um mundo cheio de ideias, de racionalidade e de um verdadeiro conhecimento. Já São Tomás de Aquino acreditava no ser humano como figuras de DEUS. Ele ainda destacou algumas leis: Leis Eternas, uma ordem do universo (compreendida somente por DEUS), Leis Naturais, concessões de DEUS aos homens (mandamentos), e Leis Positivas, leis formuladas pelo homem (imperfeitas).

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