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Web Aula 4 - IDADE DE DEUS     
UNIDADE 1 - A IDADE MÉDIA 
Vamos dar uma olhadinha para entender como tudo começou e terminou.    
O “período medieval” abrangeu em torno de 1000 anos, ficando entre a queda do Império Romano em 476 e a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453.   
Com a invasão dos “povos bárbaros” (séc. V) a estrutura da vida social foi modificada, e temos ai o início da Idade Média.  
Muitos problemas surgiram nessa época gerando graves crises econômicas e sociais, como por exemplo, fenômenos naturais que devastaram plantações e animais, fome, rebeliões de servos, guerras e pestes, tudo isso anunciou o final da época medieval.  
  
A filosofia medieval foi bastante influenciada por povos de diferentes localidades e costumes: judeus, europeus e árabes que estavam em Roma.    
O Cristianismo surge no Oriente, chega à Grécia, segue para Roma se espalhando posteriormente para outras localidades. Paulo de Tarso é o nome mais importante na divulgação da doutrina cristã. 
Na Idade Média, a Igreja Católica dominou o cenário religioso. Detentora do poder espiritual influenciava o modo de pensar, e as formas de comportamento das pessoas. Ela tinha também grande poder econômico, possuindo terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Nesse contexto, inaugura-se a patrística. 
Você se recorda do que foi a "Patrística?"
A filosofia Patrística que era uma forma de engrandecer o cristianismo, passando a ideia de uma religião com fundamentos racionais. Com a filosofia patrística temos a difusão, consolidação e constituição do pensamento cristão. 
O nome mais expressivo desse movimento é o de Santo Agostinho.    
Alegoria da caverna de Platão           
A partir das ideias de Platão, Agostinho formula a doutrina da iluminação e explica como é possível receber de Deus as verdades eternas. Conclui que todo conhecimento verdadeiro é resultado de uma iluminação divina, que permite ao homem chegar à verdade.       
Da mesma forma como o povo preso na caverna viu a verdade quando saiu de dentro dela, a luz divina tem o poder de iluminar nosso pensamento. Agostinho dizia que para sermos iluminados por Deus precisamos crer nas escrituras. Porém, apenas com o trabalho da razão a fé poderá ser demonstrada.
E quanto ao mal, quem é o responsável?     
Como o mal pode existir no mundo, já que tudo foi criado por Deus, que é pura perfeição e bondade?  
Tendo o livre-arbítrio o homem se torna responsável pela existência do mal no mundo.   
Política e Religião na Idade Média    
Na Idade Media entendia-se que só seria possível chegar ao bem apenas no convívio da comunidade cristã. Os teólogos passaram a desenvolver argumentos para provar que acreditar em Deus não vai contra a razão, pelo contrário, tem tudo a ver com ela.   
    
Santo Agostinho, dizia que por sua vez dizia que as instituições políticas e seus governantes são tendentes ao mal; elas se corrompem com facilidade, sendo desonestos, demonstrando serem piores que os piratas que saqueiam os navios, sendo pior o que fazem os governantes, pois saqueiam povos inteiros. 
1 - O Que foi a Escolástica?   
Entre o século IX e XV, a igreja Romana, ampliava seu poder, dominava a Europa, preparava as cruzadas e também abria as primeiras escolas. Este período do pensamento cristão é denominado escolástica, porque era a filosofia ensinada nas escolas da época por mestres chamados escolásticos. Diversamente da patrística, que queria elaboração a teologia católica, o interesse da escolástica era a elaboração da filosofia cristã.    
O auge da escolástica ocorre com S. Tomaz de Aquino, no séc. XIII
TOMÁS DE AQUINO (1.226-1.274): A CRISTIANIZAÇÃO DE ARISTÓTELES    
Aquino procurou harmonizar a doutrina aristotélica com a doutrina cristã e defendeu a existência de um acordo entre a fé e a razão. Defende a posição de que a última palavra deveria estar na revelação, porém é a razão que norteia a fé e lhe dá coerência.  
A POSSIBILIDADE DE SE DEMONSTRAR A EXISTÊNCIA DE DEUS  
Como pensador cristão, Santo Tomás serve-se da filosofia para que possa deduzir, racionalmente, a existência de Deus, que ele não questiona; ao contrário, mostra como se pode inferir a Sua existência através dos cinco caminhos que a razão pode percorrer para concluir, daí, a existência de Deus.   
O argumento do primeiro motor: se tudo que existe é movido por alguma coisa, podemos dizer que há um primeiro motor, que move todas as coisas, mas não precisa de nada para ser movido, pois seria impossível remeter-se infinitamente a uma causa motriz; esse primeiro motor só pode ser, portanto, Deus.  
A causa eficiente - se tudo aquilo que existe tem a sua causa eficiente, isto é, aquilo que lhe proporcionou existência imediata, necessariamente haverá uma causa eficiente que, em última instância, seja responsável por tudo aquilo que existe; essa primeira causa eficiente só pode ser, portanto, Deus. 
Ser necessário e ser contingente - tudo aquilo que existe poderia ou não existir, uma vez existindo significa que, então, necessariamente existe algo, pois, se não existisse esse Ser Necessário, nada mais existiria; esse Ser Necessário, portanto, só pode ser, portanto, Deus. 
Os graus de perfeição - se tudo aquilo que existe tem diferentes graus de ser, ou seja, alguns seres são mais perenes, outros mais efêmeros, uns mais perfeitos e outros mais imperfeitos, verifica-se que há uma escala ou uma hierarquia entre esses mesmos seres; assim, deve existir um ser que esteja no topo de tal hierarquia, com o máximo de ser, de perfeição e de perenidade; esse ser, portanto, só pode ser Deus.    
A finalidade do ser - O argumento do governador supremo das coisas: se a totalidade dos seres obedece a um governo, ou seja, a uma ordem, é preciso, pois, que haja um ser responsável por ele; esse ser, portanto, só pode ser Deus.  
UNIDADE 2 - O PENSAMENTO MODERNO
TRANSIÇÃO DA IDADE MÉDIA PARA A IDADE MODERNA
No sec. XIV, no final do período medieval, o pensamento muda novamente e surgem outras formas de pensar, agora se defende a separação radical entre a razão e a fé, entre Filosofia e Teologia. 
O homem e seus atributos de liberdade e razão passam a ser importantes novamente, e não apenas o mundo divino. Nas artes, predominam os temas pagãos, afastados da temática religiosa. Valoriza-se o corpo e a dignidade humana. 
Podemos localizar a Modernidade entre 1453 (séc. XV) - data da tomada de Constantinopla, até 1789 (séc. XVIII) - no início da Revolução Francesa.
NOVO TEMPO E NOVO MUNDO: IDADE MODERNA, RENASCIMENTO E REFORMA.
Choque de mentalidades
O conjunto de atitudes do homem moderno contrapunha-se à mentalidade medieval influenciada pelo pensamento contemplativo e submisso às verdades da fé. O homem moderno buscava não somente conhecer a realidade, mas exercer controle sobre ela. Ele queria descobrir as leis que regem os fenômenos naturais. O objetivo era prever para prover.
Ameaças à nova mentalidade
A transição para a mentalidade científica moderna não foi um processo súbito, tranquilo e sem resistências. A Igreja não aceitava as transformações e por isso castigava pensadores da época (Tribunal da Inquisição) e organizando listas de livros proibidos (o Index). A teoria heliocêntrica: atingia a concepção cristã de que o homem é o ser supremo da criação e a terra perderia o privilégio de ser o centro. 
A natureza e o universo passariam a ser concebidos a partir de um novo paradigma baseado tanto na observação quanto na representação matemática. Essa mudança passou a ser vista como uma ameaça aos dogmas da Igreja. 
Novos valores, novas ideias propostas pela burguesia   
Em vez de um mundo centrado em Deus, (teocêntrico), um mundo centrado no homem (antropocêntrico). Trata-se da valorização da obra humana; 
Em vez de um mundo centrado na fé (verdades reveladas), um mundo explicado pelas operações racionais (verdades estabelecidas pela razão). Isso levou a um desenvolvimento do Racionalismo e de uma filosofia laica (não religiosa); 
Emvez da ênfase no ideal da cristandade, um mundo marcado pela individualidade.  
As três mudanças mais significativas da modernidade são: a descoberta da América, o Renascimento e a Reforma.    
A descoberta do Novo Mundo - Um fator importante, que levou a mudança do pensamento moderno, foi a descoberta do Novo Mundo, pois revelou a falsidade e fragilidade da geografia antiga, o desconhecimento da flora e fauna encontradas. Revelou também a falta de conhecimento de outros povos e culturas. 
O RENASCIMENTO - REVALORIZAÇÃO DO HOMEM E DA NATUREZA  
Movimento cultural (séculos XV e XVI), que criaria a base conceitual e de valores que permitiria a valorização da razão e da ciência no século XVII. Inspirou-se no humanismo, que defendia o estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus ideais de exaltação do homem e de seus atributos como: a razão e a liberdade. Propiciou o desenvolvimento de uma mentalidade racionalista voltada para a observação e a investigação dos problemas do mundo.  
UMA NOVA CONCEPÇÃO DO HOMEM E DO MUNDO
Século XVII e o surgimento da ciência moderna    
A partir do século XVII a ciência passou por grandes mudanças. A partir dos estudos de Descartes e de Locke, o racionalismo e o empirismo passaram a serem considerados os pilares da ciência moderna.   
Racionalismo é a concepção que afirma que a razão é a única faculdade capaz de propiciar conhecimento adequado da realidade. Descartes pode ser considerado o representante ilustre do racionalismo. Recomendava que desconfiássemos das percepções sensoriais, responsabilizando-as pelos frequentes erros do conhecimento.  
O empirismo apóia-se nas teorias de John Locke (1632 - 1704) e considera a experiência a base do conhecimento - só se pode aceitar como válido o que pode ser demonstrado experimentalmente.   
O que foi o Iluminismo? Foi um movimento político, cultural e filosófico. Autores iluministas defendiam a lógica e o raciocínio como base do conhecimento da natureza, do progresso e da compreensão entre os homens. Kant é tido como o maior filósofo iluminista.

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