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Livro Eletrônico
Aula 00
Conhecimentos Bancários p/ BRB (Escriturário) Com videoaulas - 2018
Professor: Vicente Camillo
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CONHECIMENTOS BANCçRIOS P/ BRB (ESCRITURçRIO) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. VICENTE CAMILLO 
 
 
Aula 00 
APRESENTA‚ÌO DO CURSO 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
INSTITUI‚ÍES NORMATIVAS 
Sum‡rio 
Sum‡rio ................................................................................................................................ 1 
Apresenta‹o do Curso .................................................................................................... 2 
Conteœdo e Estrutura do Curso ..................................................................................... 3 
Metodologia .................................................................................................................... 3 
A Metodologia Funciona? ............................................................................................. 4 
Cronograma e Avisos ..................................................................................................... 5 
Sistema Financeiro Nacional ............................................................................................. 7 
Institui›es Normativas ..................................................................................................... 15 
Conselho Monet‡rio Nacional .................................................................................... 15 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) ...................................................... 20 
Conselho Nacional de Previdncia Complementar (CNPC) .................................. 22 
Institui›es Supervisoras ................................................................................................... 23 
Banco Central do Brasil (Bacen) ................................................................................. 23 
Comit de Pol’tica Monet‡ria (Copom) .................................................................... 31 
Comiss‹o de Valores Mobili‡rios (CVM) .................................................................... 35 
Conselho De Recursos Do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) ........................... 52 
Superintendncia de Seguros Privados (Susep) ........................................................ 57 
Superintendncia Nacional de Previdncia Complementar (Previc) .................... 58 
Quest›es Propostas .......................................................................................................... 61 
Gabaritos ....................................................................................................................... 76 
Quest›es Comentadas .................................................................................................... 77 
Considera›es Finais ...................................................................................................... 106 
Anexo: Lei 4.595/64 Comentada .................................................................................. 107 
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CONHECIMENTOS BANCçRIOS P/ BRB (ESCRITURçRIO) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. VICENTE CAMILLO 
 
 
APRESENTA‚ÌO DO CURSO 
Estimado aluno (a), tudo bem? 
Fico muito satisfeito em ministrar o presente curso de CONHECIMENTOS BANCçRIOS 
PARA O CARGO DE ESCRITURçRIO DO BANCO DE BRASêLIA (BRB). 
O curso est‡ sendo lanado com base no œltimo edital, publicado pelo CESPE1. (ƒ 
importante citar que o presente curso contempla 100% do conteœdo exigido pelo 
edital). 
Bom, meu nome Ž Vicente Camillo, sou Economista formado pela Universidade 
Estadual Paulista (UNESP), com especializa›es em Regula‹o do Mercado de 
Capitais (Columbia Law School), Contabilidade e Auditoria (FIPECAFI/USP) e 
Carreiras Pœblicas (Anhanguera/Uniderp). 
Atualmente trabalho na Comiss‹o de Valores Mobili‡rios, cuja sede (meu local de 
trabalho) Ž no Rio de Janeiro/RJ. L‡ trabalho com a regula‹o das companhias 
abertas, alŽm de representar a autarquia em f—runs nacionais e internacionais sobre 
governana corporativa e desenvolvimento. 
Ministro aulas de Economia, Conhecimentos Banc‡rios, Estrutura e Funcionamento 
do Sistema Financeiro e Direito Societ‡rio, em n’vel de gradua‹o, em cursos livres 
preparat—rios para concursos pœblicos e certifica›es. Sou professor do EstratŽgia 
Concursos desde 2013! 
AlŽm do meu e-mail vdalvocamillo@gmail.com e do F—rum de Dœvidas dispon’vel 
na ‡rea restrita aos alunos matriculados no curso, voc pode me encontrar em 
minha p‡gina pessoal do Facebook, onde posto, rotineiramente, materiais, dicas, 
exerc’cios resolvidos e assuntos relacionados. ƒ s— acessar em: 
https://www.facebook.com/profvicentecamillo. 
 
1 http://www.cespe.unb.br/concursos/brb2011/arquivos/ED_1_2011_BRB_ABERTURA.PDF 
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CONHECIMENTOS BANCçRIOS P/ BRB (ESCRITURçRIO) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. VICENTE CAMILLO 
 
Conteœdo e Estrutura do Curso 
Nosso curso ser‡ dividido em 02 aulas. 
Em todas aulas adotaremos a mesma metodologia: apresenta‹o te—rica e 
resolu‹o de (muitos!) exerc’cios. 
O curso tambŽm ir‡ tambŽm contemplar v’deo aulas para todos os t—picos. Caso 
voc n‹o as tenha visualizado, Ž porque est‹o sendo gravadas e em processo de 
edi‹o. 
O aluno interessado na aprova‹o neste certame necessita cumprir com dois 
objetivos: compreender a matŽria e saber resolver as quest›es. Nada adianta saber 
tudo sobre mercado de valores mobili‡rios, mas n‹o ter a pr‡tica (a manha) na 
resolu‹o de quest›es. Afinal, o que importa Ž pontuar o m‡ximo poss’vel na prova! 
Por isto que me comprometo na oferta destes dois pressupostos necess‡rios para 
sua aprova‹o. A apresenta‹o da teoria ser‡ feita de modo a facilitar a 
compreens‹o e memoriza‹o da mesma. A resolu‹o de quest›es permite colocar 
em pr‡tica o esforo da compreens‹o. 
Assim, as aulas ter‹o a seguinte estrutura: 
 Teoria esquematizada e adequada ˆ linguagem da banca 
 Quest›es resolvidas da banca organizadora 
 Videoaulas 
 F—rum de dœvidas e atendimento individualizado ao aluno 
Metodologia 
 Os assuntos ser‹o tratados ponto a ponto, com LINGUAGEM OBJETIVA, CLARA, 
ATUALIZADA e de FçCIL ABSORÇÌO. Teremos, ainda, videoaulas da matŽria 
para que voc̂ possa complementar o estudo. Tudo para facilitar o 
aprendizado. 
 A resolu‹o de quest›es Ž uma das tŽcnicas mais eficazes para a absor‹o do 
conhecimento e uma importante ferramenta para sua prepara‹o, pois alŽm 
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TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 00 Ð PROF. VICENTE CAMILLO 
 
de aprender a parte te—rica, voc̂ aprende a fazer a prova. Quanto mais 
quest›es forem feitas, melhor tende a ser o ’ndice de acertos. O motivo Ž muito 
simples: quando falamos em provas de concurso, todo aluno deve ter em mente 
que o seu objetivo Ž aprender a resolver quest›es da forma como elas s‹o 
elaboradas e cobradas pelas bancas. 
 O foco no EstratŽgia Concursos s‹o os materiais em pdf. As aulas em v’deo visam 
COMPLEMENTAR o estudo e compreendem a PARTE TEîRICA DOS PRINCIPAIS 
PONTOS DA DISCIPLINA.O objetivo Ž facilitar o aprendizado e a absor‹o do 
conteœdo daqueles que ter‹o um primeiro contato com a disciplina. 
 Nosso estudo n‹o se limita apenas ˆ apresenta‹o das aulas ao longo do curso. 
ƒ natural surgirem dœvidas. Por isso, estarei sempre ˆ disposi‹o para responder 
aos seus questionamentos por meio do f—rum de dœvidas. 
A Metodologia Funciona? 
Acreditamos que a nossa metodologia seja o ideal para o nosso objetivo: Fazer voc̂ 
acertar as quest›es de prova. Temos certeza que estamos no caminho certo 
quando recebemos avalia›es atravŽs do nosso sistema em rela‹o aos cursos 
ministrados, como as apresentadas abaixo: 
 
 
 
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E, Ž claro, voc pode tambŽm conferir os resultados dos nossos alunos no seguinte 
endereo: https://www.estrategiaconcursos.com.br/resultados 
Cronograma e Avisos 
Segue um aviso e o cronograma de aulas para sua organiza‹o e conhecimento. 
J‡ aproveito para te desejar bons estudos, persistncia e sucesso nessa caminhada. 
Afinal, este Ž o lema do EstratŽgia Concursos: 
 
 
 
 
 
 
 
“O	SEGREDO DO	SUCESSO É	A	
CONSTÂNCIA NO	OBJETIVO”
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos 
da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre 
direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e 
pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores 
que elaboram os cursos. 
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TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) Ž nosso ponto de partida, pois reœne 
institui›es, pœblicas e privadas, que permitem a realiza‹o dos fluxos de renda 
entre os agentes superavit‡rios e os agentes deficit‡rios da economia. 
Como assim? 
Na economia h‡ dois tipos de pessoas: aquelas que poupam, consumindo menos 
do que ganham e aquelas que n‹o poupam, ou seja, gastam mais do que seus 
rendimentos. 
Imagine qu‹o dif’cil (e desorganizado) seria o ÒencontroÓ entre estas pessoas. As 
que gastam mais do que a renda, seja para consumir ou investir, necessitam de 
recursos extras para cumprir com suas obriga›es. 
Os indiv’duos que poupam gostariam de aplicar seus recursos, obtendo 
remunera‹o extra em alguma aplica‹o financeira. 
Para resolver este problema foi criado o SFN: reunir as institui›es que realizam a 
intermedia‹o entre agentes credores (superavit‡rios) e agentes devedores 
(deficit‡rios). 
Como veremos adiante, estas institui›es, alŽm de intermediar o fluxo de recursos 
entre poupadores e devedores, realizam diversas outras fun›es, como a regula‹o 
do pr—prio sistema, e o aux’lio para que a intermedia‹o ocorra da forma mais 
eficiente poss’vel. 
Esta Ž a fun‹o principal. 
Mas, como tudo na vida, h‡ outras fun›es pelas quais o SFN existe. 
H‡, inclusive, uma fun‹o estabelecida pela pr—pria Constitui‹o Federal de 1988 
(CF/88). 
No artigo 192, a CF/88 disp›e que o SFN Ž estruturado de forma a promover o 
desenvolvimento equilibrado do Pa’s e servir aos interesses da coletividade. 
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Nada mais natural. Afinal, o desenvolvimento equilibrado do Pa’s depende de 
eficiente intermedia‹o financeira, efetuada pelas institui›es que comp›em o 
SFN. 
ƒ s— pensar no seguinte: as empresas interessadas em investir no Pa’s, promovendo 
emprego e crescimento econ™mico, n‹o disp›em de todo o capital necess‡rio 
para tanto. Desta maneira, necessitam recorrer ˆs institui›es financeiras para 
captar recursos para seus investimentos. Quanto mais eficiente esse processo 
(intermedia‹o financeira), mais barato pode custar estes recursos, incentivando 
mais investimentos, mais gera‹o de empregos e assim por diante. 
Desta forma, o SFN tambŽm atende ˆ fun‹o de promover desenvolvimento 
equilibrado. 
Outra fun‹o importante Ž a fiscaliza‹o do funcionamento do pr—prio sistema. 
Afinal, nada adianta promover a intera‹o entre poupadores e devedores e n‹o 
fiscalizar. 
Desta maneira, o SFN serve tambŽm para fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional, 
atravŽs de institui›es (que veremos adiante) que servem para isto. 
Por fim, a œltima fun‹o Ž a diversifica‹o de riscos. 
N‹o se assuste com o nome! 
Diversificar riscos serve para reduzir riscos de calote no sistema financeiro. 
Vamos citar um exemplo. 
O professor precisa de recursos para adquirir uma empresa. O aluno, poupador e 
prudente, possui este recurso, mas considera o professor ÒcaloteiroÓ e, desta 
maneira, n‹o ir‡ emprestar recursos ao professor. 
Estar’amos em uma situa‹o complicada, pois os investimentos pretendidos pelo 
professor podem apresentar bons resultados no futuro, contribuindo no 
desenvolvimento. Mas, como n‹o possui recursos para tanto, n‹o os realiza. 
Mas, se o aluno (assim como outras pessoas) decide depositar seus recursos em 
entidades do SFN (como um banco comercial, por exemplo), esta pode intermediar 
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a capta‹o de recursos e a concess‹o de financiamento para os investimentos do 
professor. 
Naturalmente, caso o professor n‹o pague as parcelas do emprŽstimo (cumprindo 
a profecia de ÒcaloteiroÓ), o banco n‹o iria se ver em situa‹o dif’cil, pois Ž uma 
grande institui‹o. 
Desta forma, houve diversifica‹o de risco atravŽs do SFN. O aluno n‹o ir‡ ficar 
prejudicado, pois suas economias continuar‹o l‡ mesmo com o ÒcaloteÓ do 
professor. Os demais poupadores, assim como a institui‹o financeira, tambŽm se 
sentir‹o na mesma situa‹o confort‡vel, visto a diversifica‹o de risco realizada. 
Portanto, podemos resumir as fun›es do SFN antes de continuar com a aula: 
¥ Intermedia‹o de recursos entre poupadores e devedores 
¥ Promover o desenvolvimento equilibrado 
¥ Fiscaliza‹o das institui›es participantes 
¥ Diversifica‹o de riscos. 
Bom, j‡ conhecemos as fun›es do SFN. 
Mas, quais as institui›es que dele fazem parte? 
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Esta Ž a divis‹o do SFN proposta pelo Banco Central e apresentada no s’tio 
eletr™nico da pr—pria entidade. Resumidamente, as entidades pertencentes ao SFN 
est‹o divididas entre —rg‹os normativos, entidades supervisoras e operadores: 
ü îrg‹os Normativos Ð Constitu’dos por institui›es que estabelecem as 
diretrizes e normativasgerais do SFN. A principal entidade Ž o Conselho Monet‡rio 
Nacional. 
ü Entidades Supervisoras Ð Enquanto os —rg‹os normativos estabelecem as 
diretrizes, as entidades supervisoras regulam e fiscalizam as atividades das entidades 
que pretende regular. Podem, inclusive, aplicar multas e demais san›es ˆs 
entidades que n‹o atendem aos determinantes regulamentares. 
ƒ importante frisar que mesmo que chamadas de ÒsupervisorasÓ, estas entidades 
tambŽm elaboram normas (regulamentam) nos mercados que supervisionam. Por 
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exemplo: a CVM Ž entidade supervisora do ponto de vista do SFN, mas, por 
regulamentar o mercado de capitais, tambŽm pode ser entendida como entidade 
normativa em rela‹o ao mercado de capitais. 
O modo como s‹o classificadas depende do referencial (se do ponto de vista do 
SFN, ou do ponto de vista do mercado em que atuam), ou da vis‹o do autor. 
ü Operadores Ð Todas as demais entidades que fazem parte do SFN e 
participam da intermedia‹o financeira. Nesta aula, elas est‹o divididas em 
Institui›es Financeiras Banc‡rias, Institui›es Financeiras N‹o Banc‡rias e 
Institui›es Financeiras Auxiliares. 
Esta Ž a defini‹o estabelecida pelo pr—prio Banco Central. No entanto, alguns 
autores ensinam outras formas de se classificar as institui›es pertencentes ao 
sistema financeiro. 
Abaixo segue a forma mais conhecida. No entanto, aten‹o: o quadro abaixo 
difere da classifica‹o apresentada pelo Banco Central, que Ž a qual iremos focar 
nestas aulas. 
 
 
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Nota-se, por exemplo, que na classifica‹o anterior o Banco do Brasil Ž apresentado 
como uma institui‹o normativa. No entanto, na classifica‹o proposta pelo Banco 
Central, o Banco do Brasil Ž uma institui‹o financeira operadora. 
Por isso que, mais uma vez, fao esta ressalva: utilizaremos a classifica‹o do Banco 
Central. A outra est‡ contida nesta aula a t’tulo de curiosidade e cautela. 
Ainda, segue outra forma Òamig‡velÓ de visualizarmos as mesmas institui›es, 
adicionando mais categoriza›es. Segue abaixo2: 
 
2 Segundo Faccini, Leonardo Ð Mercado de Valores Mobili‡rios: teoria e quest›es Ð Rio de Janeiro: 
Eduitora GEN, 2015 
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ƒ evidente que todas as representa›es acima citadas significam o mesmo 
conceito. Diferem, apenas, na classifica‹o das institui›es. Desta forma, Ž 
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importante a apresenta‹o de todas elas, para evitar alguma ÒsurpresaÓ em sua 
prova. 
Todas as institui›es solicitadas pelo Edital ser‹o contempladas a partir de agora. 
Iniciamos com o Conselho Monet‡rio Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INSTITUI‚ÍES NORMATIVAS 
Como o pr—prio nome sugere, as institui›es normativas s‹o as respons‡veis por 
estabelecer as normas gerais do SFN e de seus mercados. A institui‹o normativa 
por excelncia Ž o CMN (normatiza os mercados de c‰mbio, capitais, crŽdito e 
monet‡rio). Ele Ž o cobrado pelo nosso edital; no entanto, o CNSP Ž tambŽm 
apresentado. 
Antes de iniciarmos o estudo das institui›es, fao uma importante ressalva: todo o 
conteœdo apresentado est‡ baseado nas Leis 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro 
Nacional) e 9.069/95 (Lei do Plano Real). Ocorre que a Lei 4.595/64 foi atualizada 
desde que publicada, mas muitas das suas atualiza›es n‹o est‹o refletidas em seu 
texto legal. 
Isto significa que as bancas, ao cobrarem a letra da lei, solicitam dispositivos que 
n‹o est‹o mais em vigor. Para lidar com este problema resolvi apresentar o 
conteœdo legal no decorrer da aula, exatamente como as Leis apresentam em seus 
textos legais. Ao final da aula est‡ apresentada a LEI 4.595 COMENTADA, anexo em 
que s‹o discutidas estas altera›es normativas supervenientes e como funciona 
atualmente nosso Sistema Financeiro Nacional. Peo que n‹o perca isto de vista e 
estude das duas formas: pela aula (lei seca) e pelo anexo (SFN na pr‡tica). 
Bom, vamos iniciar. 
Conselho Monet‡rio Nacional 
O Conselho Monet‡rio Nacional (CMN) foi criado pela Lei 4.595 de 1964. 
ƒ composto pelo Ministro da Fazenda (que Ž o Presidente do CMN), pelo Ministro do 
Planejamento, Oramento e Gest‹o (MPOG) e pelo Presidente do Banco Central 
do Brasil. 
Portanto, que fique memorizada a composi‹o do CMN: 
¥ Ministro da Fazenda Ð ƒ o Presidente do CMN 
¥ Ministro do MPOG 
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¥ Presidente do BACEN 
As reuni›es do CMN s‹o realizadas, ordinariamente, 1 vez por ms. O Presidente do 
CMN pode convocar reuni›es extraordin‡rias quando lhe for conveniente. 
 As delibera›es do CMN s‹o realizadas mediante resolu›es, por maioria de votos, 
cabendo ao Presidente a prerrogativa de deliberar, nos casos de urgncia e 
relevante interesse, ad referendum dos demais membros. 
Mas o que seria esse tal de ad referendum? 
Quando a matŽria Ž urgente e de interesse relevante (guarde esta hip—tese, pois 
apenas nela pode haver este tipo de delibera‹o), o Presidente decide a matŽria 
e depois submete o assunto, na reuni‹o seguinte do Conselho, ao referendo dos 
demais membros (Ministro do MPOG e Presidente do BACEN). Ou seja, Ž necess‡rio 
que os demais membros ratifiquem a decis‹o tomada pelo Presidente do CMN. 
O Conselho possui fun‹o exclusivamente normativa, ou seja, atua na fixa‹o e 
estabelecimento de diretrizes, regulamenta‹o, regula‹o e disciplina do SFN. 
ƒ interessante recordar estas express›es grafadas acima, pois elas podem fazer 
diferena no momento da prova. Afinal, como o CMN n‹o possui atividade 
executiva, qualquer quest‹o que apresente, entre suas fun›es, termos como 
ÒexecutarÓ, ÒfiscalizarÓ, ÒsupervisionarÓ, ÒefetuarÓ, ÒreceberÓ, ÒfazerÓ, entre outras 
afins, Ž suspeita. 
Continuando, devemos compreender que a fun‹o primeira do CMN Ž formular a 
pol’tica da moeda e do crŽdito. Moeda e crŽdito s‹o as formas principais em que 
os recursos s‹o transferidos entre os agentes superavit‡rios e deficit‡rios na 
economia. 
Ou seja, esta fun‹o prim‡ria deve permitir que a pol’tica de moeda e crŽdito 
atenda ao progresso econ™mico e social do Pa’s, assim como seja administrada de 
maneira eficiente,a fim de manter a estabilidade do SFN e, em œltima an‡lise, do 
pr—prio Pa’s. 
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No entanto, formular a pol’tica de moeda e crŽdito Ž algo muito amplo e abstrato. 
O CMN tambŽm atua de forma mais pr‡tica, atendendo a diversas fun›es que 
objetivam a formula‹o da pol’tica de moeda e crŽdito. 
Vejamos as principais com os devidos coment‡rios. Ressalta-se que as fun›es aqui 
citadas da mesma maneira que na Lei, pois Ž como geralmente a banca solicita na 
prova 
¥ Regular o valor interno da moeda - Serve tanto para prevenir, como corrigir os 
surtos inflacion‡rios ou deflacion‡rios de origem interna ou externa, as depress›es 
econ™micas e outros desequil’brios oriundos de fen™menos conjunturais. Ligada a 
esta fun‹o, est‹o tambŽm as medidas adotadas pelo CMN para adaptar o volume 
dos meios de pagamento ˆs reais necessidades da economia nacional e seu 
processo de desenvolvimento. Neste sentido, a Lei que instituiu o Plano Real 
estabelece que cabe ao CMN estabelecer o conceito ampliado de moeda, alŽm 
de autorizar o Banco Central a exceder em atŽ 20% (vinte por cento) as emiss›es 
de reais autorizadas, em situa›es extraordin‡rias. 
¥ Regular o valor externo da moeda e o equil’brio no balano de pagamento 
do Pa’s, tendo em vista a melhor utiliza‹o dos recursos em moeda estrangeira Ð O 
CMN pode editar diretrizes com o objetivo de regular o valor da moeda nacional 
em rela‹o ao valor das moedas internacionais, principalmente o d—lar. Nas 
transa›es que o Brasil estabelece como os demais pa’ses h‡ troca de moedas. Ou 
seja, quando o Pa’s efetua vendas ao exterior, ele recebe l‡ fora provavelmente em 
d—lares e necessita converter estes d—lares em reais. Neste tipo de transa‹o se 
estabelece o valor externo da moeda. Se o Brasil apresenta saldo positivo, h‡ 
aumento das reservas internacionais e tendncia de valoriza‹o cambial; se 
negativo, redu‹o com tendncia de valoriza‹o d amoeda. Na pr‡tica, o CMN 
normatiza os instrumentos e formas de administra‹o das divisas externas, com o 
objetivo de manter o equil’brio no balano de pagamentos. TambŽm cabe ao CMN 
definir a forma como o Banco Central do Brasil administrar‡ as reservas 
internacionais. 
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¥ Estabelecer as metas de infla‹o Ð As metas de infla‹o e os respectivos 
intervalos de toler‰ncia s‹o estabelecidos anualmente pelo CMN e consistem na 
varia‹o anual de ’ndice de preos de ampla divulga‹o. Atualmente o ’ndice 
utilizado Ž o IPCA. Considera-se que a meta foi cumprida quando a varia‹o 
acumulada da infla‹o - medida pelo IPCA, relativa ao per’odo de janeiro a 
dezembro de cada ano calend‡rio - situar-se na faixa do seu respectivo intervalo 
de toler‰ncia. 
¥ Orientar a aplica‹o dos recursos das institui›es financeiras, quer pœblicas, 
quer privadas Ð Esta disposi‹o significa que compete ao CMN estabelecer quais 
institui›es financeiras podem exercer atividades nos segmentos dos mercados 
financeiros. Por exemplo, os bancos comerciais operam no mercado de crŽdito pois 
foram orientados pelo CMN a aplicar dos seus recursos neste sentido. 
¥ Propiciar o aperfeioamento das institui›es e dos instrumentos financeiros, 
com vistas ˆ maior eficincia do sistema de pagamentos e de mobiliza‹o de 
recursos Ð Trata-se de uma importante fun‹o com vistas a melhorar a atividade 
principal do SFN: a intermedia‹o financeira. Desta maneira, o CMN pode 
estabelecer diretrizes com o objetivo de trazer eficincia ˆ intermedia‹o de 
recursos entre poupadores e devedores. 
¥ Zelar pela liquidez e solvncia das institui›es financeiras Ð As institui›es 
financeiras, participantes do SFN, possuem importantes fun›es na economia. 
Imagine que os dep—sitos de todos os brasileiros sejam efetuados no Banco do Brasil. 
O que acontece com a economia brasileira se o BB quebrar? Provavelmente algo 
muito tr‡gico. Desta maneira, o CMN tem como fun‹o criar diretrizes para zelar 
pela liquidez (necessidade de recursos para cumprimento de obriga›es a curto 
prazo) e solvncia (garantia de cumprimento de todas as obriga›es) das 
institui›es financeiras participantes do SFN. 
¥ Coordenar as pol’ticas monet‡ria, credit’cia, orament‡ria, fiscal e da d’vida 
pœblica, interna e externa Ð O Governo tem diversas fun›es a cumprir. Dentre elas 
est‡ a pol’tica monet‡ria e credit’cia (oferta de moeda, liquidez e recursos para 
investimentos na economia) e a pol’tica fiscal (compreende os gastos do governo 
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com consumo investimento, que s‹o evidenciados no oramento pœblico). A fim de 
prevenir abusos e irregularidades no gerenciamento destas pol’ticas, sobretudo em 
rela‹o ao crescimento da d’vida pœblica, interna e externa, o CMN coordena as 
diretrizes destas atividades. Do ponto de vista pr‡tico, talvez o melhor exemplo de 
cumprimento desta fun‹o est‡ na defini‹o dos membros do CMN: Ministro da 
Fazenda (respons‡vel pela pol’tica fiscal e d’vida pœblica), Presidente do Bacen 
(respons‡vel pela pol’tica monet‡ria) e Ministro do Planejamento (respons‡vel pelo 
oramento). 
¥ Autorizar as emiss›es de papel-moeda Ð Veremos adiante que as emiss›es 
de papel-moeda est‹o a cargo do Banco Central. No entanto, o CMN autoriza as 
emiss›es. A pr—pria Lei fornece um exemplo desta fun‹o. Quando necess‡rio 
atender as exigncias das atividades produtivas e da circula‹o da riqueza do Pa’s, 
o CMN pode autorizar o Banco Central emitir, anualmente, atŽ o limite de 10% dos 
meios de pagamento existentes atŽ 31 de dezembro do ano anterior, desde que 
autorizado pelo Poder Legislativo para tanto. 
Desta fun‹o do CMN derivam outras, como: 
(i) Estabelecer condi›es para que o Banco Central da Repœblica do Brasil emita 
moeda-papel; 
(ii) Aprovar os oramentos monet‡rios, preparados pelo Banco Central da 
Repœblica do Brasil, por meio dos quais se estimar‹o as necessidades globais de 
moeda e crŽdito; e 
(iii) Determinar as caracter’sticas gerais das cŽdulas e das moedas 
Todas elas s‹o referentes ˆ autoriza‹o concedida ao Banco Central para a 
emiss‹o de papel-moeda. 
¥ Fixar as diretrizes e normas da pol’tica cambial Ð Como j‡ mencionado, cabe 
ao CMN regular o valor da moeda. Uma das maneiras de se fazer isto Ž atravŽs da 
fixa‹o de diretrizes e normas que a pol’tica cambial deve seguir. 
¥ Disciplinar o crŽdito em todas as suas modalidades e as opera›es credit’cias 
em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e presta›es de quaisquer 
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garantias por parte das institui›es financeiras Ð Certas institui›es financeiras 
realizam opera›es de crŽdito, ou seja, emprestam recursos aos indiv’duos que 
solicitarem. Ao CMN cabe regular e disciplinar as maneiras que estas atividadesser‹o feitas. 
¥ Regular a constitui‹o, funcionamento e fiscaliza‹o dos que exercerem 
atividades subordinadas ao SFN, bem como a aplica‹o das penalidades previstas 
Ð Basicamente, cabe ao CMN regular e disciplinar a atua‹o de todas as institui›es 
pertencentes ao SFN. 
¥ Limitar, sempre que necess‡rio, as taxas de juros, descontos comiss›es e 
qualquer outra forma de remunera‹o de opera›es e servios banc‡rios ou 
financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da Repœblica do Brasil Ð O 
CMN, sempre que entender necess‡rio, pode limitar as taxas de juros, bem como 
outras remunera›es usufru’das pela presta‹o de servios banc‡rios e financeiros. 
Esta fun‹o j‡ foi utilizada em demasia no per’odo que o Brasil apresentou alta 
infla‹o. 
¥ Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos 
pœblicos (atualmente chamadas de sociedades corretoras de t’tulos e valores 
mobili‡rios) Ð As Bolsas de Valores e as Sociedades Corretores de T’tulos e Valores 
Mobili‡rios s‹o entidades participantes do SFN (veremos adiante suas 
caracter’sticas), que seguem diretrizes gerais estabelecidas pelo CMN. 
¥ Expedir normas gerais de contabilidade e estat’stica a serem observadas 
pelas institui›es financeiras Ð Normas cont‡beis e de estat’stica s‹o fundamentais 
para o exerc’cio das atividades do SFN. Desta maneira, cabe ao CMN expedi-las. 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) formula as diretrizes e normas para 
o setor do Sistema Financeiro Nacional respons‡vel pelos seguros privados. 
Mas, o que s‹o seguros privados? 
S‹o contratos firmados entre uma sociedade seguradora e um interessado em se 
proteger contra eventuais riscos e contingncias predeterminados. 
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S‹o seguros privados os seguros de coisas, pessoas, bens, responsabilidades, 
obriga›es, direitos e garantias, ou seja, n‹o Ž s— o seguro de coisas (carro, por ex.), 
mas tambŽm seguro de vida etc. 
As principais fun›es do CNSP s‹o as seguintes: 
¥ Fixar as diretrizes e normas da pol’tica de seguros privados; 
¥ Regular a constitui‹o, organiza‹o, funcionamento e fiscaliza‹o dos que 
exercerem atividades de seguros privados, bem como a aplica‹o das 
penalidades previstas; 
¥ Estipular ’ndices e demais condi›es tŽcnicas sobre tarifas, investimentos e 
outras rela›es patrimoniais a serem observadas pelas Sociedades Seguradoras; 
¥ Fixar as caracter’sticas gerais dos contratos de seguros; 
¥ Fixar normas gerais de contabilidade e estat’stica a serem observadas pelas 
Sociedades Seguradoras; 
¥ Estabelecer as diretrizes gerais das opera›es de resseguro (as quais veremos 
adiante); 
¥ Disciplinar as opera›es de cosseguro (quando o valor assegurado Ž muito 
grande Ð imagine o valor que uma seguradora deveria pagar para um shopping 
que pegasse fogo por completo Ð Ž comum duas seguradoras prestarem juntas o 
servio de seguro); 
¥ Disciplinar a corretagem de seguros e a profiss‹o de corretor; 
¥ Regular o exerc’cio do poder disciplinar das entidades autorreguladoras do 
mercado de corretagem sobre seus membros, inclusive do poder de impor 
penalidades e de excluir membros; 
¥ Disciplinar a administra‹o das entidades autorreguladoras do mercado de 
corretagem e a fixa‹o de emolumentos, comiss›es e quaisquer outras despesas 
cobradas por tais entidades, quando for o caso. 
ƒ interessante fazer uma compara‹o entre o CNSP e o CMN. 
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Vimos que este fixa as diretrizes e normas para as institui›es financeiras, bolsas, 
bancos de c‰mbio, outros intermedi‡rios financeiros e administradores de recursos 
de terceiros. 
O CNSP faz algo parecido, s— que aplicado ao mercado de seguros privados. 
Conselho Nacional de Previdncia Complementar (CNPC) 
O Conselho Nacional de Previdncia Complementar exerce a fun‹o de —rg‹o 
regulador do regime de previdncia complementar operado pelas entidades 
fechadas de previdncia complementar. 
Ele Ž o CMN deste importante setor, cujas entidades operadoras s‹o os fundos de 
pens‹o (entidades fechadas de previdncia complementar). 
Atualmente o CNPC Ž um —rg‹o dentro da estrutura do MinistŽrio da Fazenda, pois 
este incorporou o MinistŽrio da Previdncia Social, ao qual o —rg‹o estava ligado 
anteriormente. E, deste modo, o Ministro da Fazenda Ž atualmente o Presidente do 
CNPC. 
O Conselho Nacional de Previdncia Complementar contar‡ com 8 (oito) 
integrantes, com direito a voto e mandato de 2 (dois) anos, permitida uma 
recondu‹o, sendo: 
I. 5 (cinco) representantes do poder pœblico; e 
II. 3 (trs) indicados, respectivamente: 
a) pelas entidades fechadas de previdncia complementar; 
b) pelos patrocinadores e instituidores; e 
c) pelos participantes e assistidos. 
Em fun‹o das modifica›es que est‹o sendo realizadas neste —rg‹o, 
considera›es adicionais ser‹o atualizadas neste t—pico quando oficialmente 
publicadas. 
 
 
 
 
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INSTITUI‚ÍES SUPERVISORAS 
A seguir, seguem as institui›es supervisoras e correlatas mais importantes: BACEN, 
COPOM, CVM, CRSFN, COAF e SUSEP. 
Banco Central do Brasil (Bacen) 
Na tabela com as institui›es pertencentes ao SFN, o Banco Central do Brasil 
(Bacen) figura como entidade supervisora, segue as diretrizes do Conselho 
Monet‡rio Nacional e supervisiona as entidades financeiras captadoras (ou n‹o) de 
dep—sitos ˆ vista, bancos de c‰mbio e demais institui›es financeiras intermedi‡rias. 
Evidentemente, Ž bastante coisa! 
Antes de detalhar suas fun›es, podemos resumi-las para facilitar a memoriza‹o: 
i. Emiss‹o de Moeda e execu‹o dos servios de meio circulante. 
ii. Formula‹o, execu‹o, e acompanhamento das pol’ticas cambial, 
monet‡ria e credit’cia. 
iii. Formula‹o, execu‹o e acompanhamento da pol’tica de rela›es 
financeiras com o exterior. 
iv. Recebimento de dep—sitos compuls—rios e volunt‡rios dos bancos comerciais 
e concess‹o de crŽdito a eles. 
v. Deposit‡rio das reservas internacionais do Pa’s. 
¥ EMISSOR DE MOEDA 
Esta Ž a primeira e, talvez, mais conhecida fun‹o do Bacen. 
O Banco Central detŽm o monop—lio das emiss›es de papel-moeda e moeda 
met‡lica. O CMN estabelece os limite e diretrizes para a emiss‹o, mas quem emite 
os ÒReaisÓ Ž o Banco Central. 
A moeda Ž algo necess‡rio e sua import‰ncia, intuitiva. Todas as transa›es 
econ™micas realizadas no Pa’s s‹o liquidadas em moeda. Quando compramos ou 
vendemos bens e servios, utilizamos moeda para pagar/receber estes bens. 
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Seria muito estranho se fosse de outra maneira. Imagine que este curso fosse 
vendido mediante a entrega de alimentos ao EstratŽgia Concursos. Os alunos 
interessados a aprova‹odo Concurso trariam alimentos atŽ a sede do EstratŽgia, 
que forneceria as aulas. Seria algo extremamente custoso e ineficiente. 
 No entanto, o excesso de moeda tambŽm Ž algo prejudicial. Quantidade de 
moeda superior ˆ necessidade dos indiv’duos geralmente provoca infla‹o. 
Vamos a um exemplo. 
No Brasil existe apenas 1 produto a venda (pipoca), vendido pelo pr—prio governo. 
Os habitantes do Pa’s, tendo ao todo R$ 1.000,00, compram 1 mil unidades de 
pipoca ao preo de R$ 1,00. 
Portanto, 1mil unidades de pipoca s‹o vendidas por ms. 
Agora, o Brasil eleva a quantidade de moeda em 100%, ou seja, h‡ dispon’veis R$ 2 
mil em circula‹o. 
Mas, a quantidade de pipoca produzida permanece a mesma. Afinal, demora 
certo tempo para mais milho ser produzido, mais panelas fabricadas e assim por 
diante. 
 O que acontece com o preo da pipoca? 
Bom, as mesmas 1 mil unidades de pipoca passam a ser vendidas por R$ 2,00. Toda 
a moeda na economia s— pode comprar pipoca, pois este Ž o œnico produto 
vendido. Evidentemente ninguŽm ir‡ ÒrasgarÓ dinheiro. 
Portanto, mais moeda na economia provocou aumento no preo da pipoca. 
O exemplo Ž simples, mas serve para demonstrar o efeito do aumento da 
quantidade de moeda em circula‹o na economia. 
Mais moeda = preos mais altos = mais infla‹o. 
AlŽm da emiss‹o de moeda propriamente dita, o Bacen pode controlar a 
quantidade de moeda em circula‹o na economia de outras formas, efetuando, 
assim, a pol’tica monet‡ria. 
Abaixo, seguem as maneiras poss’veis: 
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i. Emiss‹o de moeda Ð Exemplo j‡ citado, mas que est‡ repetido devido a sua 
import‰ncia. De acordo com os limites autorizados pelo CMN, o Bacen emite papel-
moeda e moeda met‡lica. 
ii. Executar os Servios de Meio Circulante Ð Substituir as moedas com defeito, 
ou rasgadas, ou atŽ mesmo que desaparecem de circula‹o. Desta maneira, o 
Bacen atende ˆ demanda por moeda. 
iii. Exercer o controle do crŽdito sob todas as suas formas Ð Ao controlar o crŽdito 
em circula‹o na economia, o Bacen controla a quantidade de moeda. 
iv. Receber os recolhimentos compuls—rios e os dep—sitos volunt‡rios ˆ vista das 
institui›es financeiras Ð Os Bancos Comercias que recebem dep—sitos ˆ vista 
podem criar dinheiro. Quando depositamos certa quantia em nossa conta corrente 
permanecemos com o saldo pronto para ser sacado. 
No entanto, o Banco utiliza estes valores para realizar suas opera›es financeiras. 
Ele pode emprestar a outros correntistas ou aplicar o dinheiro de diversas outras 
formas. Deste modo, o saldo que aparece em nossa conta corrente Ž apenas 
virtual. Ele n‹o est‡ l‡ fisicamente, pois foi alocado em outras aplica›es. 
Estas opera›es, ao elevar a quantidade de moeda em circula‹o, promovem 
tambŽm aumento de preos e da infla‹o. Nesta perspectiva, o Banco Central 
recolhe compulsoriamente certo percentual dos dep—sitos ˆ vista e a prazo alocado
 nos Bancos Comerciais. Esta opera‹o, conhecida popularmente como 
Òcompuls—rioÓ permite ao Bacen controlar a quantidade de moeda em circula‹o 
na economia 
Da mesma maneira, o Bacen pode recolher os dep—sitos volunt‡rios dos Bancos 
Comerciais, ou seja, servir de ÒBanco dos BancosÓ. 
v. Efetuar, como instrumento de pol’tica monet‡ria, opera›es de compra e 
venda de t’tulos pœblicos federais Ð O Governo Federal pode apresentar dŽficit em 
suas opera›es financeiras. Simplesmente, se tiver mais despesas que receitas em 
determinado per’odo, o Governo est‡ com a conta Òno negativoÓ. 
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Mas, existem algumas formas de financiar este dŽficit. Umas delas Ž a emiss‹o de 
t’tulos pœblicos. O Governo, atravŽs da Secretaria do Tesouro Nacional, vende estes 
t’tulos ao setor privado, que compra os papeis na expectativa de auferir 
rendimentos. 
O Banco Central pode realizar opera›es de compra e venda destes t’tulos junto 
ao setor privado. 
Aten‹o! O Banco Central n‹o pode comprar t’tulos diretamente do Governo 
Federal. Isto Ž proibido pela CF/88. O que ele faz Ž comprar os t’tulos que est‹o em 
posse do setor privado, a fim de realizar pol’tica monet‡ria. 
ƒ simples. Comprando os t’tulos do setor privado, o BACEN paga em dinheiro e eleva 
a quantidade de moeda em circula‹o na economia. Do mesmo modo, caso 
queira vender t’tulos ao setor privado, este paga com dinheiro. Como resultado, 
menos dinheiro permanece em circula‹o na economia. 
Resumindo: 
VENDA DE TêTULO AO SETOR PRIVADO è DIMINUI A CIRCULA‚ÌO DE MOEDA 
COMPRA DE TêTULOS DO SETOR PROVADO è AUMENTA A CIRCULA‚ÌO DE MOEDA. 
Desta maneira, caso o Banco Central pretenda realizar uma pol’tica monet‡ria 
expansionista (aumentar a quantidade de moeda na economia) ele compra t’tulos 
do setor privado. Do contr‡rio, caso queira praticar pol’tica monet‡ria 
contracionista, vende t’tulos ao setor privado. 
Este tipo de opera‹o Ž chamado de opera‹o de mercado aberto (open market) 
e ser‡ vista com maiores detalhes na Aula que tratar do tema mercado monet‡rio. 
¥ BANCO DOS BANCOS 
J‡ foi mencionada umas das opera›es em que o BACEN serve como banco dos 
bancos. Ao receber dep—sitos volunt‡rios das institui›es financeiras, cumpre esta 
fun‹o. 
Mas, h‡ algumas outras que se enquadram neste quesito. 
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Basicamente, o BACEN funciona como banco dos bancos quando presta servios 
eminentemente financeiros aos Bancos Comerciais. Quando um banco comercial 
precisa de financiamento e o BACEN concede, ele age como banco dos bancos. 
Do mesmo modo, como j‡ citado, quando os bancos comerciais procuram um 
ÒrepousoÓ para seus recursos, o Banco Central atende e os deposita em seus cofres. 
Esta fun‹o j‡ foi detalhada. Vamos compreender como o Banco Central concede 
emprŽstimos aos Bancos Comerciais. 
O Banco Central realiza opera›es de redesconto e emprŽstimos ˆs institui›es 
financeiras banc‡rias. Bom, vamos por partes. 
Primeiramente, cabe definir o que s‹o institui›es financeiras bancarias. S‹o 
aquelas que exercem as atividades de Bancos Comerciais, ou seja, que recebem 
dep—sitos ˆ vista. Desta maneira, um Banco de Investimentos, mesmo que faa 
parte do SFN, n‹o pode receber do Banco Central emprŽstimos e redescontos, 
tendo em vista que n‹o recebem dep—sitos ˆ vista (mais adiante este tema ser‡ 
tratado com mais detalhes). 
Os redescontos s‹o crŽditos concedidos pelo Banco Central ˆs institui›es 
financeiras banc‡rias que sofram de problemas de liquidez no curto prazo, ou seja, 
que apresentam dŽbitos mais elevados que crŽditos e n‹o tenham como cumprir 
com suas obriga›es no curto prazo. Um bom exemplo Ž o Banco Comercial que 
n‹o consegue cumprir com os saques di‡rios de seus correntistas. 
Nesta hip—tese, o Banco Central concede recursos a estas institui›es, que 
garantem a opera‹o depositando t’tulos pœblicos federais nos cofres do Bacen. A 
opera‹o Ž chamada de redesconto pois este Ž o nome da taxa de juros cobrada, 
o redesconto. 
Nestes casos o BACEN funciona como emprestadorde œltima inst‰ncia. Isto Ž, como 
os bancos n‹o conseguem tomar emprŽstimos no mercado com outras institui›es 
financeiras, pois est‹o geralmente em situa‹o de dificuldade, eles recorrem ao 
BACEN. 
Bom, estes conceitos s‹o mais do que suficientes para a compreens‹o da fun‹o 
de Banco dos Bancos exercida pelo BACEN, e s‹o resumidos como: 
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i. Receber dep—sitos volunt‡rios 
ii. Conceder emprŽstimos e redescontos 
¥ BANCO DO GOVERNO 
O Banco Central Ž o respons‡vel pelo dep—sito das reservas internacionais que o 
Pa’s possui. 
Nas transa›es econ™micas que o Brasil efetua com outras na›es, o Pa’s pode 
apresentar saldos positivos, ou negativos. 
Por exemplo, nas transa›es feitas com a Argentina, o Brasil pode exportar R$ 1 mil 
e importar R$ 10 mil. Neste cen‡rio apresenta um dŽficit de R$ 9 mil. 
Mas, pode tambŽm apresentar super‡vits. Neste caso, o Brasil recebe mais recursos 
do que precisa para pagar suas opera›es com o resto do mundo e, portanto, 
acumula reservas internacionais. 
O que fazer com estas reservas? Ora, depositar no Bacen! 
A Lei 4.595/64 define que o Bacen deve ser o deposit‡rio das reservas oficiais de 
ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque (DES). 
ƒ exatamente o que acabamos de explicar. As reservas se dividem em 3 maneiras: 
moeda estrangeira (comumente em d—lar dos Estados Unidos) ouro e DES. 
Os Direitos Especiais de Saque nada mais s‹o que uma moeda criada pelo Fundo 
Monet‡rio Internacional (FMI), que serve para ser trocada entre os Bancos Centrais 
dos pa’ses. 
Neste t—pico, ainda Ž necess‡rio fazer um alerta. 
As transa›es entre o Banco Central e o Governo Federal s‹o limitadas e devem 
seguir diversos regulamentos. 
Em suma, precisamos saber que: 
i.O Banco Central n‹o pode conceder emprŽstimos e financiamentos ao Governo 
Central. Isto j‡ foi explicado quando citamos a proibi‹o do Banco Central em 
comprar t’tulos emitidos pelo Tesouro Nacional. 
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ii.As disponibilidades de caixa do Governo Federal ser‹o depositadas no Banco 
Central. Ou seja, os valores em caixa que pertencem ˆ Uni‹o, reservados para 
cumprir com suas obriga›es ou para simples reserva, devem ser depositados no 
BACEN. 
¥ SUPERVISÌO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
Vimos que o BACEN Ž parte das Institui›es Supervisoras do SFN. 
Evidentemente, deve supervisionar alguŽm, ou algo. As institui›es sob supervis‹o 
do BACEN s‹o: 
i. Institui›es que captam dep—sitos ˆ vista. Os Bancos Comerciais s‹o o melhor 
exemplo. 
ii. Institui›es financeiras que n‹o captam dep—sitos ˆ vista. Os Bancos de 
Investimento servem de exemplo: eles atuam captando dep—sitos a prazo e 
aplicando-os em t’tulos das mais diversas espŽcies. 
iii. Bancos de C‰mbio 
iv. Outras entidades financeiras que intermediam recursos. 
O Bacen exerce a atividade de supervis‹o de diversas maneiras. ƒ necess‡rio 
compreender as seguintes: 
¥ Exercer a fiscaliza‹o das institui›es financeiras e aplicar as penalidades 
previstas 
¥ Conceder autoriza‹o ˆs institui›es financeiras, a fim de que possam: 
a) funcionar no Pa’s; 
b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependncias, inclusive no exterior; 
c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
d) praticar opera›es de c‰mbio, crŽdito real e venda habitual de t’tulos da d’vida 
pœblica federal, estadual ou municipal, a›es, debntures, letras hipotec‡rias e 
outros t’tulos de crŽdito ou mobili‡rios; 
e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; 
f) alterar seus estatutos; 
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g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acion‡rio. 
¥ Determinar que as matrizes das institui›es financeiras registrem os cadastros 
das firmas que operam com suas agncias h‡ mais de um ano 
¥ Autorizar institui›es financeiras estrangeiras a operar no Brasil. Esta 
autoriza‹o Ž valida apenas mediante Decreto do Poder Executivo. Desta forma, 
conclui-se que, para uma institui‹o financeira estrangeira funcionar, faz-se 
necess‡ria AUTORIZA‚AO DO BACEN E DECRETO DO PODER EXECUTIVO. 
¥ Estabelecer condi›es para a posse e para o exerc’cio de quaisquer cargos 
de administra‹o de institui›es financeiras privadas, assim como para o exerc’cio 
de quaisquer fun›es em —rg‹os consultivos, fiscais e semelhantes. 
¥ Regular a execu‹o dos servios de compensa‹o de cheques e outros 
papŽis 
¥ Exercer permanente vigil‰ncia nos mercados financeiros e de capitais sobre 
empresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em rela‹o ˆs 
modalidades ou processos operacionais que utilizem 
Todas as fun›es acima s‹o autoexplicativas e, como j‡ sabemos, cabem ao 
Bacen. 
Bom, finalizamos as fun›es exercidas pelo BACEN. 
Para auxiliar, que tal um esquema para memorizar o t—pico? 
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Comit de Pol’tica Monet‡ria (Copom) 
O Conselho de Pol’tica Monet‡ria (COPOM) foi institu’do em 20 de junho de 1996, 
com o objetivo de implementar a pol’tica monet‡ria, definir a meta da Taxa Selic e 
analisar o Relat—rio de Infla‹o. 
As fun›es do COPOM est‹o quase que diariamente na m’dia comum e 
especializada. 
Afinal, todos j‡ nos deparamos com a legenda Selic. Mas, afinal, qual o seu 
significado. 
A SELIC Ž a taxa de juros mŽdia apurada diariamente pelo Sistema Especial de 
Liquida‹o e Cust—dia (Selic). Portanto, antes de saber seu significado, j‡ sabemos 
que a taxa tem este nome devido ao sistema em que Ž apurado. Ok? 
A taxa SELIC Ž determinada nas opera›es de financiamento, lastreadas por t’tulos 
pœblicos federais, realizadas diariamente no mercado. 
Vamos entender por meio de um exemplo. 
Os Bancos Comerciais emprestam recursos a outros Bancos Comerciais diariamente, 
pois todos eles devem fechar o dia com entradas e sa’das de recursos equilibradas. 
Isto Ž, caso, por exemplo, o Banco do Brasil (BB) encerre o dia com retiradas maiores 
•Emissão de Moeda
•Execução dos serviços de meio circulanteEmissor de Moeda
•Redesconto
•Cofre dos bancos comerciais
Banco dos Bancos
•Depositário das reservas internacionais
•Depositário do caixa do Governo FederalBanco do Governo
•Autorização e fiscalização das instituições financeiras, que recebem 
depósitos a vista ou nao, assim como bancos de câmbio e demais 
instituições intermediárias
Supervisão
•Formulação, execução, e acompanhamento das políticas cambial, 
monetária e creditíciaOutras
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que dep—sitos,ele precisa captar recursos no mercado para equilibrar o saldo 
destas opera›es. 
Ent‹o, o BB recorre a outros Bancos Comerciais, que emprestam estes recursos, 
cobrando, evidentemente, uma taxa de juros para realizar esta opera‹o. 
Digamos que a taxa de juros mŽdia cobrada neste tipo de opera‹o Ž igual a 20% 
a.a. Ou seja, a Taxa Selic Ž de 20% a.a. 
 O COPOM entende que esta taxa Ž muito alta e, em suas reuni›es, estabelece que 
o objetivo da Taxa Selic Ž de 10% a.a. 
O Banco Central, cumprindo sua fun‹o de respons‡vel pela pol’tica monet‡ria, 
comea a conceder crŽdito aos bancos no mercado com esta taxa de juros (10% 
a.a.). Pela lei da oferta e da procura, esta taxa inferior ocasiona maior demanda 
por recursos conferidos pelo BACEN, ao invŽs dos recursos concedidos pelos Bancos 
Comerciais. 
O que acontece com a Taxa Selic? 
Os Bancos Comerciais, interessados nestes financiamentos, passam a reduzir a taxa 
de juros cobrada em suas opera›es. Como a Taxa SELIC Ž uma mŽdia 
estabelecida nas opera›es de mercado, ela passa a ter o valor reduzido, atŽ a 
meta definida pelo COPOM. 
Portanto, a defini‹o da Taxa Selic pelo COPOM influncia em seu valor real, que Ž 
determinado pelo mercado. 
Desta forma que fique gravado: o COPOM estabelece a meta da Taxa Selic; o valor 
real Ž determinado nas opera›es de mercado, nas quais o Bacen intervŽm. 
Bom, agora que j‡ sabemos o que Ž a Taxa Selic, podemos prosseguir com o que 
nos interessa: composi‹o e fun›es do COPOM. 
O COPOM Ž composto pelo Presidente mais os Diretores do Banco Central do Brasil. 
As reuni›es ordin‡rias do COPOM s‹o realizadas a cada 45 dias, somando, portanto, 
8 reuni›es ordin‡rias por ano. O Presidente do Banco Central pode convocar 
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reuni›es extraordin‡rias, desde que, presentes, no m’nimo, o Presidente (ou seu 
substituto) e metade do nœmero de Diretores. 
As delibera›es s‹o feitas por maioria simples dos votos, cabendo ao Presidente o 
voto de qualidade. Ou seja, caso acontea empate, o Presidente pode 
desempatar a vota‹o. 
A defini‹o da Taxa Selic, e seu eventual viŽs, s‹o feitas nas reuni›es do COPOM, 
mediante vota‹o. 
J‡ explicamos a Taxa Selic. Mas, o que seria seu viŽs? 
O viŽs Ž a tendncia da Taxa Selic. Ou seja, qual provavelmente ser‡ a defini‹o 
da Taxa Selic na pr—xima reuni‹o. Esta sinaliza‹o Ž importante, pois passa ˆ 
economia qual o objetivo de pol’tica monet‡ria pretendido pelo Banco Central. 
Um viŽs de alta para a Taxa Selic significa que o COPOM entende que a meta da 
Taxa Selic deve aumentar no futuro pr—ximo, assim como as demais taxas de juros 
cobradas nas opera›es financiamento. Provavelmente o Banco Central entende 
necess‡ria a pr‡tica de pol’tica monet‡ria mais r’gida, que encarea o custo do 
dinheiro (atravŽs da eleva‹o da taxa de juros), reduzindo o valor das opera›es 
de financiamento. 
A l—gica Ž simples. A taxa de juros representa o custo dos emprŽstimos. A capta‹o 
de financiamentos deve ser amortizada com o acrŽscimo de juros. Quanto mais alta 
esta taxa, mais caro o financiamento e, consequentemente, menos atrativo aos 
tomadores. 
E a redu‹o de financiamentos resulta em efeitos recessivos na economia. E estes 
efeitos recessivos geram varia›es no comportamento da infla‹o. 
Como foi citado acima, cabe ao COPOM analisar o Relat—rio de Infla‹o. Caso 
entenda que a infla‹o segue acima da meta, ou do intervalo da meta, pode 
apertar ainda mais a pol’tica monet‡ria atravŽs do aumento da meta (ou eleva‹o 
do viŽs) da Taxa Selic. Novamente, taxa Selic mais elevada resulta em retra‹o de 
emprŽstimos e efeitos recessivos na economia, conduzindo a infla‹o ao centro da 
meta, ou dentro do intervalo permitido. 
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 E qual seria, atualmente, a meta de infla‹o? 
Resposta: 4,5% a.a., podendo variar em 2% para cima e 2% para baixo. Portanto a 
infla‹o pode se situar no intervalor 2,5% - 6,5% a.a. 
Destaca-se que, a partir de 201, o intervalo da meta de infla‹o ser‡ de 1,5%. Ou 
seja, a partir do exerc’cio de 2017 a infla‹o poder‡ se situar no intervalor 3% - 6% 
a.a. 
Como vimos no t—pico destinado ao CMN, a meta de infla‹o Ž definida pelo 
Conselho Monet‡rio Nacional. Cumpre ao Banco Central, atravŽs do COPOM, 
executar as pol’ticas necess‡rias para cumprimento da meta fixada. 
Caso a meta n‹o seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgar‡ 
publicamente as raz›es do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro 
de Estado da Fazenda, contendo: 
i. Descri‹o detalhada das causas do descumprimento; 
ii. Providncias para assegurar o retorno da infla‹o aos limites estabelecidos; e 
iii. O prazo no qual se espera que as providncias produzam efeito. 
Pelo visto, descumprir a meta de infla‹o Ž coisa sŽria. 
Desta maneira, Ž poss’vel compreender a relev‰ncia na determina‹o da Taxa Selic 
e na atua‹o do COPOM. 
Portanto, vamos resumir as fun›es e composi‹o do COPOM: 
 
¥ Composto pelo Presidente e demais Diretores do Banco Central do Brasil 
¥ 8 reuni›es ordin‡rias por ano (Reuni‹o a cada 45 dias) 
¥ Implementar a pol’tica monet‡ria, definir a meta da Taxa Selic e analisar o 
Relat—rio de Infla‹o. 
 
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Comiss‹o de Valores Mobili‡rios (CVM) 
A Comiss‹o de Valores Mobili‡rios Ž a institui‹o supervisora do mercado de valores 
mobili‡rios. Como j‡ citado em diversos momentos, possui fun‹o normativa, 
supervisora, fiscalizadora e sancionat—ria. Todas elas ser‹o exploradas no decorrer 
deste t—pico. 
Antes de iniciarmos, um aviso importante: o assunto ÒCVMÓ ser‡ praticamente 
esgotado nesta aula. N‹o obstante, em outros t—picos tambŽm s‹o apresentadas 
fun›es da CVM com mais detalhes. Por exemplo, nesta aula apresentaremos, 
dentre outras competncias, a administra‹o dos registros previstos da Lei 6.385/76 
pela CVM, mas o detalhamento dos registros em si, apenas na aula espec’fica. 
Continuando, o esquema os t—picos abaixo elencam o mandato legal da CVM, 
alinhados da mesma forma que a Autarquia faz em suas apresenta›es 
institucionais3: 
ü Desenvolvimento do mercado 
Estimular a forma‹o de poupana e a sua aplica‹o em valores mobili‡rios; 
promover a expans‹o e o funcionamento eficiente e regular do mercado de a›es; 
e estimular as aplica›es permanentes em a›es do capital social de companhias 
abertas sob controle de capitais privados nacionais (Lei 6.385/76, art. 4¼, incisos I e 
II). 
ü Eficincia e funcionamento do mercado 
Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da bolsa e de balc‹o; 
assegurar a observ‰ncia de pr‡ticas comerciais equitativas no mercado de valores 
mobili‡rios; e assegurar a observ‰ncia, no mercado, das condi›es de utiliza‹o de 
crŽdito fixadas pelo Conselho Monet‡rio Nacional (Lei 6.385/76, art. 4¼, incisos III, VII 
e VIII). 
ü Prote‹o dos investidores 
 
3 Retirado de: 
http://www.cvm.gov.br/menu/acesso_informacao/institucional/sobre/mandatolegal.html0
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Proteger os titulares de valores mobili‡rios e os investidores do mercado contra 
emiss›es irregulares de valores mobili‡rios; atos ilegais de administradores e 
acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de 
carteira de valores mobili‡rios; e o uso de informa‹o relevante n‹o divulgada no 
mercado de valores mobili‡rios. Evitar ou coibir modalidades de fraude ou 
manipula‹o destinadas a criar condi›es artificiais de demanda, oferta ou preo 
dos valores mobili‡rios negociados no mercado (Lei 6.385/76, art. 4¼, incisos IV e V). 
ü Acesso ˆ informa‹o adequada 
Assegurar o acesso do pœblico a informa›es sobre os valores mobili‡rios 
negociados e as companhias que os tenham emitido, regulamentando a Lei e 
administrando o sistema de registro de emissores, de distribui‹o e de agentes 
regulados (Lei 6.385/76, art. 4¼, inciso VI, e art. 8¼, incisos I e II). 
ü Fiscaliza‹o e puni‹o 
Fiscalizar permanentemente as atividades e os servios do mercado de valores 
mobili‡rios, bem como a veicula‹o de informa›es relativas ao mercado, ˆs 
pessoas que dele participam e aos valores nele negociados, e impor penalidades 
aos infratores das Leis 6.404/76 e 6.385/76, das normas da pr—pria CVM ou de leis 
especiais cujo cumprimento lhe incumba fiscalizar (Lei 6.385/76, art. 8¼, incisos III e V, 
e art. 11). 
ƒ muito importante notar que o mandato legal da CVM se trata dos objetivos que a 
Autarquia e o CMN possuem conjuntamente no exerc’cio de suas competncias. 
Guarde isto, pois, como j‡ vimos, trata-se das imposi›es legais que norteiam todo 
o trabalho da CVM (e do seu, caso aprovado)! 
CONSTITUI‚ÌO E ORGANIZA‚ÌO 
A CVM Ž uma entidade aut‡rquica em regime especial, vinculada ao MinistŽrio da 
Fazenda, com personalidade jur’dica e patrim™nio pr—prios, dotada de autoridade 
administrativa independente, ausncia de subordina‹o hier‡rquica, mandato fixo 
e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orament‡ria. 
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Nos termos do Decreto-Lei n. 200/67, a autarquia Ž definida como o servio 
aut™nomo, criado por lei, com personalidade jur’dica, patrim™nio e receita pr—prios 
para executar atividades t’picas da Administra‹o Pœblica, que requeiram, para seu 
melhor funcionamento, gest‹o administrativa e financeira descentralizada (art. 5¼, 
I). 
Ou seja, a autarquia exerce suas atividades, consideradas como t’picas da 
administra‹o pœblica, de maneira descentralizada, com personalidade jur’dica 
pr—pria (CNPJ pr—prio), o que a titula como capaz de exercer direitos e suportar 
deveres com autonomia financeira, administrativa e patrimonial. 
Na li‹o de Hely Lopes Meirelles, "A autarquia n‹o age por delega‹o, age por 
direito pr—prio e com autoridade pœblica, na medida do jus imperii que lhe foi 
outorgado pela lei que a criou. Como pessoa jur’dica de Direito Pœblico interno, a 
autarquia traz ’nsita, para a consecu‹o de seus fins, uma parcela do poder estatal 
que lhe deu vida. Sendo um ente aut™nomo, n‹o h‡ subordina‹o hier‡rquica da 
autarquia para com a entidade estatal a que pertence, porque, se isto ocorresse, 
anularia seu car‡ter aut‡rquico. H‡ mera vincula‹o ˆ entidade matriz que, por 
isso, passa a exercer um controle legal, expresso no poder de corre‹o final’stica do 
servio aut‡rquico."4 
No entanto, a CVM n‹o Ž apenas uma autarquia, mas uma autarquia em regime 
especial. Isto quer dizer que a lei (mais precisamente a Lei 6.385/76) confere ˆ CVM 
mais privilŽgios, com o objetivo de conferir a ela maior autonomia na consecu‹o 
do seu mandato legal e competncias. 
N‹o cabe aqui afirmar quais competncias caracterizam a CVM como autarquia 
e quais a caracteriza como autarquia especial. Todas vistas no decorrer desta aula 
atendem ˆ sua caracteriza‹o como autarquia especial, como preceitua a Lei 
citada. 
Continuando, a CVM Ž administrada por um Presidente e quatro Diretores, 
nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de aprovados pelo Senado 
 
4 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 23. ed. atualizada por Eurico de Andrade Azevedo 
e outros. São Paulo: Malheiros, 1998. p. 298. 
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Federal, dentre pessoas de ilibada reputa‹o e reconhecida competncia em 
matŽria de mercado de capitais. Os seguintes dispostos s‹o a eles aplic‡veis: 
ü Mandato de 5 anos, vedada a recondu‹o ao mesmo cargo. Isso significa, por 
exemplo, que um Diretor pode ser nomeado Diretor Presidente, mas um Diretor 
n‹o pode ser reconduzido como Diretor ap—s o final do seu mandato. 
ü A cada ano Ž renovado 1/5 dos membros da Diretoria Colegiada. O significado 
desta disposi‹o Ž simples: a cada ano Ž encerrado o mandato de um Diretor. 
Outra consequncia Ž derivada desta norma: se um dos Diretores encerrar seu 
mandato antes dos 5 anos previstos, seu substituto ir‡ exercer o cargo atŽ o 
tŽrmino do mandato do Diretor ÒoriginalÓ. Por exemplo, se o Diretor A foi 
nomeado, mas renunciar ao mandato no final de primeiro ano, seu substituto, o 
Diretor B, ter‡ 4 anos de mandato, e n‹o 5. 
ü Os Diretores somente perder‹o o mandato em virtude de (i) renœncia, (ii) de 
condena‹o judicial transitada em julgado ou de processo administrativo 
disciplinar e/ou de (iii) inobserv‰ncia, dos deveres e das proibi›es inerentes ao 
cargo. Esta Ž uma das mais importantes disposi›es em rela‹o ˆ autonomia 
operacional da CVM, tendo em vista que os Diretores possuem mandato fixo, 
n‹o podendo ser retirados do cargo por convenincia pol’tica, por exemplo. 
ü Cabe ao Ministro de Estado da Fazenda instaurar o processo administrativo 
disciplinar, que ser‡ conduzido por comiss‹o especial, competindo ao 
Presidente da Repœblica determinar o afastamento preventivo, quando for o 
caso, e proferir o julgamento. Como o Presidente da Repœblica nomeia, ele 
tambŽm pode proferir o julgamento do processo administrativo disciplinar que 
pode resultar na perda do mandato dos Diretores. 
ü No caso de renœncia, morte ou perda de mandato do Presidente da Comiss‹o 
de Valores Mobili‡rios, assumir‡ o Diretor mais antigo ou o mais idoso, nessa 
ordem, atŽ nova nomea‹o, sem preju’zo de suas atribui›es. A presente 
disposi‹o aplica-se apenas ao Diretor Presidente, lembrando que a nova 
nomea‹o segue os mesmo tramites da prevista para a nomea‹o de Diretores 
(indica‹o pelo Presidente da Repœblica, sabatina pelo Senado Federal e 
nomea‹o pelo Presidente da Repœblica). 
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ü No caso de renœncia, morte ou perda de mandato de Diretor, proceder-se-‡ ˆ 
nova nomea‹o pela forma disposta, para completar o mandato do 
substitu’do. Como j‡ citado, o novo nomeado completa o mandato do anterior. 
OsDiretores mais o Diretor Presidente formam um —rg‹o da CVM: o Colegiado (ou 
Diretoria Colegiada, se preferir). Este —rg‹o Ž muito importante, pois compete a ele 
fixar a pol’tica geral da CVM e expedir os atos normativos e exercer outras 
atribui›es legais e complementares de competncia da CVM. Em resumo, Ž o 
Colegiado que administra a CVM. 
COMPETæNCIAS 
A Lei 6.385/76 elenca diversas competncias da CVM atravŽs de diferentes prismas 
e considera›es. Algumas caracterizam-se como poder-dever (as quais a Autarquia 
deve praticar), outras s‹o discricion‡rias, a depender da convenincia e 
oportunidade da situa‹o; algumas possuem como destinat‡rios todo o mercado 
de capitais, enquanto outras s‹o destinadas a participantes espec’ficos do 
mercado. 
Em fun‹o desta gama de competncias, elas seguem abaixo ordenadas de 
acordo com a classifica‹o proposta com a finalidade de facilitar o entendimento 
da matŽria. 
Gerais e N‹o Discricion‡rias 
Neste item est‹o inclusas as competncias n‹o discricion‡rias (poder-dever) que 
possuem todo o mercado de capitais como destinat‡rio, com os coment‡rios 
necess‡rios: 
ü Regulamentar, com observ‰ncia da pol’tica definida pelo Conselho Monet‡rio 
Nacional, as matŽrias expressamente previstas na Lei 6.385/76 (Lei que disciplina 
o mercado de capitais e institui a CVM, cujos termos est‹o sendo vistos nesta 
aula e em aulas posteriores) e na Lei 6.404/76 (a Lei das Sociedades An™nimas, 
cujos termos relevantes ser‹o vistos na aula de Companhias Abertas); 
ü Administrar os registros institu’dos pela Lei 6.404/76. A rigor, a CVM possui 3 
espŽcies de registros: (i) registro dos emissores, como as companhias abertas e 
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os fundos de investimento; (ii) registro da emiss‹o dos valores mobili‡rios, quando 
distribu’dos publicamente (a regra geral Ž exigir emiss‹o de distribui‹o pœblica; 
as distribui›es privadas s‹o dispensadas de registro); e (iii) registro de pessoas e 
institui›es para operarem no mercado de valores mobili‡rios, em geral 
prestando servios no sistema de negocia‹o, distribui‹o e custodia de valores 
mobili‡rios (como as entidades administradoras de mercados, SCTVMs, SDTVMs, 
deposit‡rios centrais etc.) 
ü Fiscalizar permanentemente as atividades e os servios do mercado de valores 
mobili‡rios, bem como a veicula‹o de informa›es relativas ao mercado, ˆs 
pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados. Basicamente, esta 
Ž fun‹o fiscalizat—ria da CVM e compreende a fiscaliza‹o das seguintes 
pessoas/atividades: 
o a emiss‹o e distribui‹o de valores mobili‡rios no mercado; 
o a negocia‹o e intermedia‹o no mercado de valores mobili‡rios; 
o a negocia‹o e intermedia‹o no mercado de derivativos; 
o a organiza‹o, o funcionamento e as opera›es das Bolsas de Valores; 
o a organiza‹o, o funcionamento e as opera›es das Bolsas de 
Mercadorias e Futuros; 
o a administra‹o de carteiras e a cust—dia de valores mobili‡rios; 
o a auditoria das companhias abertas; e 
o os servios de consultor e analista de valores mobili‡rios. 
ü Propor ao Conselho Monet‡rio Nacional a eventual fixa‹o de limites m‡ximos 
de preo, comiss›es, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas 
pelos intermedi‡rios do mercado; e 
ü Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade ˆs que n‹o 
apresentem lucro em balano ou ˆs que deixem de pagar o dividendo m’nimo 
obrigat—rio. 
Gerais e Discricion‡rias 
Neste item est‹o inclusas as competncias discricion‡rias, realizadas de acordo 
com convenincia e oportunidade pela Autarquia (ser discricion‡rio n‹o significa 
que a CVM pode se omitir diante da situa‹o, se assim desejar, mas sim atuar 
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CONHECIMENTOS BANCçRIOS P/ BRB (ESCRITURçRIO) 
TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
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quando as situa›es descritas abaixo se fizerem presentes), que possuem todo o 
mercado de capitais como destinat‡rio, com os coment‡rios necess‡rios: 
ü Publicar projeto de ato normativo para receber sugest›es de interessados; 
ü Convocar, a seu ju’zo, qualquer pessoa que possa contribuir com informa›es 
ou opini›es para o aperfeioamento das normas a serem promulgadas. 
ü Examinar e extrair c—pias de registros cont‡beis, livros ou documentos, inclusive 
programas eletr™nicos e arquivos magnŽticos, —pticos ou de qualquer outra 
natureza, bem como papŽis de trabalho de auditores independentes, devendo 
tais documentos ser mantidos em perfeita ordem e estado de conserva‹o pelo 
prazo m’nimo de cinco anos: 
o as pessoas naturais e jur’dicas que integram o sistema de distribui‹o 
de valores mobili‡rios; 
o das companhias abertas e demais emissoras de valores mobili‡rios e, 
quando houver suspeita fundada de atos ilegais, das respectivas 
sociedades controladoras, controladas, coligadas e sociedades sob 
controle comum; 
o dos fundos e sociedades de investimento; 
o das carteiras e dep—sitos de valores mobili‡rios; 
o dos auditores independentes; 
o dos consultores e analistas de valores mobili‡rios; e 
o de outras pessoas quaisquer, naturais ou jur’dicas, quando da 
ocorrncia de qualquer irregularidade a ser apurada, para efeito de 
verifica‹o de ocorrncia de atos ilegais ou pr‡ticas n‹o equitativas. 
ü Intimar as pessoas referidas acima a prestar informa›es, ou esclarecimentos, 
sob comina‹o de multa, sem preju’zo da aplica‹o das penalidades que ser‹o 
vistas adiante; 
ü requisitar informa›es de qualquer —rg‹o pœblico, autarquia ou empresa 
pœblica; 
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ü determinar ˆs companhias abertas que republiquem, com corre›es ou 
aditamentos, demonstra›es financeiras, relat—rios ou informa›es divulgadas; 
ü apurar, mediante processo administrativo, atos ilegais e pr‡ticas n‹o equitativas 
de administradores, membros do conselho fiscal e acionistas de companhias 
abertas, dos intermedi‡rios e dos demais participantes do mercado; 
ü aplicar aos de administradores, membros do conselho fiscal e acionistas de 
companhias abertas, dos intermedi‡rios e dos demais participantes do mercado 
as penalidades vistas adiante (penalidades administrativas), sem preju’zo da 
responsabilidade civil ou penal; 
Continuando, com a finalidade de prevenir ou corrigir situa›es anormais do 
mercado, a CVM poder‡: 
ü Suspender a negocia‹o de determinado valor mobili‡rio ou decretar o recesso 
de bolsa de valores; 
ü Suspender ou cancelar os registros de que trata esta Lei; 
ü Divulgar informa›es ou recomenda›es com o fim de esclarecer ou orientar os 
participantes do mercado; 
ü Proibir aos participantes do mercado, sob comina‹o de multa, a pr‡tica de 
atos que especificar, prejudiciais ao seu funcionamento regular. 
E, por fim, a CVM tambŽm possui, dentre suas competncias, discricionariedade 
para: 
ü Celebrar convnios com —rg‹os similares de outros pa’ses, ou com entidades 
internacionais, para assistncia e coopera‹o na condu‹o de investiga›es 
para apurar transgress›es ˆs normas atinentes ao mercado de valores mobili‡rios 
ocorridas no Pa’s e no exterior, podendo

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