Buscar

NUTRIÇÃO NA ATIVIDADE FÍSICA

Prévia do material em texto

Aula 11
Nutrição e 
Atividade 
Esportiva
DISC. : NUTRIÇÃO E DIETÉTICA AVANÇADA
DOCENTE: VANESSA LIMA CARVALHO.
Tópicos a serem
abordados!
• Sistemas Energéticos 
• ATP-CP;
• Glicolítico; 
• Oxidativo; 
• Metabolismo do 
Exercício
Bibliografia Recomendada
Bioenergética e 
Metabolismo de 
Macronutrientes
Bioenergética: estudo das 
transferências de energia 
entre as reações químicas 
em tecidos ativos. 
ENERGIA
Capacidade de gerar trabalho.
1ª lei da termodinâmica: a energia
não é criada e nem destruída, mas 
apenas transformada.
ANABOLISMO CATABOLISMO
Consome Energia Libera Energia
METABOLISMO
+
ATP
Adenosina Trifosfato
• É a fonte imediata de energia para
todas as células e funções corporais.
• Partes principais: (1) adenina, (2)
uma porção de ribose e (3) três
fosfatos ligados.
• As ligações que unem os dois
fosfatos mais externos são
denominadas ligações de alta
energia.
ATP – Adenosina Trifosfato
A energia é 
transferida dos 
alimentos e 
transformada 
em ATP via 
fosforilação.
O ATP é um 
composto rico 
em energia.
Armazenado 
em pequenas 
quantidades.
Apenas 80 -
100g de ATP. 
Suficiente 
apenas para 
alguns 
segundos de 
exercício 
intenso. 
E não pode ser 
fornecida 
através do 
sangue ou a 
partir de outros 
tecidos. 
Deverá ser 
ressintetizado
continuamente 
no mesmo 
ritmo com que 
é utilizada. 
Outras reservas 
energéticas são 
utilizadas para 
reabastecer a 
ATP (CHO, PTN, 
LIP). 
Como acontece a produção de 
energia durante o exercício?
Sistemas de Energia Humana
Existem basicamente três processos distintos, mas integrados, que operam no processo
de regeneração do ATP que, conjuntamente, impedem que sua concentração tecidual
diminua acentualmente durante o exercício físico intenso.
• SISTEMA ATP-CP
• SISTEMA GLICOLÍTICO
• SISTEMA OXIDATIVO
ANAERÓBICO
Alático
Lático
AERÓBICO
Comportamento dos Sistemas Energéticos
Sistema ATP-CP
Sistema ATP-CP
Também conhecido 
como sistema 
energético do 
fosfagênio 
Proporciona 
potência máxima 
por um período de 
8 a 10 segundos 
Características: 
Transferência de 
energia da molécula 
de CP para ADP 
formando ATP
Corrida de 100 
metros 
Exercícios de alta 
intensidade e curta 
duração 
Sistema ATP-CP
Creatina
• A creatina é um composto de aminoácidos
presente nas fibras musculares e no cérebro.
• A palavra deriva do grego kreas, que significa
carne.
• A creatina não é essencial, ou seja, não depende
da ingestão pois pode ser produzida pelo
organismo humano.
• Contudo a suplementação desse composto pode
elevar as concentrações musculares, o que é
proposto como agente ergogênico
Metabolismo 
da Creatina
CREATINA 
Exógena – Dieta
1g de creatina por dia;
Produtos de origem animal: 
carnes bovinas e peixes.
Endógena – Fígado, 
rins e pâncreas
Arginina
Glicina
Metionina
Consumo
de creatina
através da 
dieta
Alimento Concentração de 
Creatina (g/kg)
Arenque 6,5 – 10,0
Carne suína 5,0
Carne bovina 4,5
Salmão 4,5
Atum 4,0
Bacalhau 4,0
Metabolismo da Creatina
1) Creatina ingerida pela dieta
2) 95% armazenada no músculo esquelético
3) No repouso: 70% na forma fosforilada e 30% na forma livre
4) Ressíntese de ATP em exercícios de alta intensidade
5) Creatinina: eliminada pelos rins
6) No rim: arginina + glicina: guanidinoacetato e ornitina
7) No fígado: guanidinoacetato recebe o grupo metil fornecido a partir da
metionina
8) Creatina formada é distribuída pelo corpo
Creatina
• A concentração de ATP nos músculos estriados só é capaz de fornecer
energia para 1-2 segundos de atividade muscular intensa.
• Um reservatório adicional de energia é constituído por fosfocreatina (FC),
presente em concentrações 3-5 vezes maiores do que as de ATP.
• A fosfocreatina é produzida nos períodos de repouso, por fosforilação da
creatina à custa de ATP:
• Creatina + ATP ↔ 𝐹𝑜𝑠𝑓𝑜𝑐𝑟𝑒𝑎𝑡𝑖𝑛𝑎 + 𝐴𝐷𝑃 + 𝐻
+
Sistema ATP-CP
• A reação é prontamente
reversível e, durante a atividade
muscular, processa-se no sentido
da regeneração de ATP.
• A fosfocreatina, lenta e
espontaneamente, é convertida a
creatinina, que é liberada na
circulação e excretada pela urina.
Sistema ATP-CP
• ATP e fosfocreatina (sistema ATP-CP) constituem
um suprimento imediato de energia para o
trabalho muscular, suficiente para esforços
máximos e pouco duradouros, de 6-8 segundos.
• Sua utilização é um processo estritamente
anaeróbio, fornecendo a maior parte da energia
para atividades como: corrida de 100m rasos,
natação por 25m, levantamento de pesos, saque
no tênis, salto em altura, chute no futebol, etc.
Creatina –
Suplementação 
/ Benefícios
Melhoria do desempenho atividades de alta intensidade 
e curta duração; 
Aumento da velocidade de recuperação entre séries; 
Protelamento do início da fadiga;
Atletas envolvidos em trabalho de ganho de massa 
muscular;
Atletas de Endurance* 
Protocolo de Suplementação
Fase de Sobrecarga (5 a 7 dias)
20 a 30g de Cr por dia;
0,3g/kg de massa corporal/dia;
Quatro doses iguais de 5 a 7 gramas;
Dissolvida em 250 ml de líquido.
Fase de Manutenção
2 a 5g por dia;
0,03g /kg de massa corporal
Sistema Glicolítico
Sistema 
Glicolítico
A continuidade do trabalho muscular exigirá
energia derivada de outras fontes.
O próximo suprimento é o glicogênio
muscular.
A degradação de glicogênio é inicialmente
anaeróbia, já que a reserva muscular de
oxigênio é pequena e a oferta de oxigênio
pela circulação não aumenta de forma
imediata e proporcional à demanda muscular
de ATP.
Sistema Glicolítico
Consumo de oxigênio 
= 25 vezes maior; 
Consumo de ATP = 
120 vezes maior.
Carboidratos são os 
únicos substratos que 
podem ser oxidados 
anaerobiamente.
Relembrando...
• Glicemia: é a concentração de glicose no sangue ou mais precisamente no
plasma
• Glicólise: É a sequência metabólica de várias reações enzimáticas, na qual a
glicose é oxidada produzindo duas moléculas de Ácido pirúvico duas moléculas
de ATP e dois equivalentes reduzidos de NAD+
• Gliconeogênese: é o mecanismo pelo qual se produz glicose, por meio de
conversão de compostos aglicanos (não açucares e não carboidratos)
• Glicogênese: corresponde ao processo de síntese de glicogênio no fígado e
músculos, no qual moléculas de glicose são adicionadas à cadeia do glicogênio.
• Glicogenólise: é a quebra de glicogênio realizada através da retirada sucessiva
de glicoses
Sistema 
Glicolítico
Glicólise do grego, glykos , doce e lysis , rompe 
É a segunda via metabólica capaz de produzir ATP 
rapidamente , sem o envolvimento de oxigênio. 
Degradação da glicose para produção de ATP 
Não produz grande quantidades de ATP 
Exercícios alta intensidade com duração de 1 a 2 
minutos (corrida de 400 e 800m)
Sistema Glicolítico
Glicose Ácido pirúvico Ácido lático
2 ATP / MOL DE GLICOSE CONTRAÇÃO MUSCULAR
Exercícios 
Anaeróbicos Láticos
• Alta Intensidade
• Duração Moderada
• Corrida 400m
• Natação 100m
Sistema 
Glicolítico
Glicose anaeróbia – Sistema Ácido lático
ou Láctico
Energia a curto prazo (1 a 2 minutos)
Exemplos: 400m corrida (48 seg)
100 m natação (54 seg)
Ressintetizar P→ energia rapidamente
• Reação da Glicólise:
• 𝐺𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 + 2 𝐴𝐷𝑃 + 2 𝑃𝑖 + 2 𝑁𝐴𝐷
+
→ 2 𝑝𝑖𝑟𝑢𝑣𝑎𝑡𝑜 + 2 𝑁𝐴𝐷𝐻 +
2 𝐻 + +2 𝐴𝑇𝑃 + 2 𝐻2𝑂
• E agora, o que acontece?
• Durante atividades físicas vigorosas, o piruvato é reduzido a lactato
para gerar novamente NAD+, o que permite a continuação da
glicólise com baixa produção de ATP.
SistemaGlicolítico
Sistema Glicolítico
• Se o oxigênio não estiver
disponível , o ácido pirúvico aceita o
par de hidrogênios formando o
ÁCIDO LÁTICO.
• Regeneração do NADH em NAD+.
• Sem utilização do Oxigênio.
• Possibilitando o continuação da
glicólise.
Destino do Ácido Lático
• Não deve ser encarado como
“desgaste metabólico”.
• Solução a curto prazo do
problema.
• Fonte valiosa de energia química
potencial.
• Qual é o fator limitante?
• Acidose Metabólica
• Resultante do desequilíbrio
entre a produção e o consumo
dos íons H+.
• Quantidade de H+ excede a
produção de lactato durante a
contração muscular.
Ácido Lático
Sistema Oxidativo
Sistema Oxidativo
• À medida que os sistemas
respiratório e circulatório são
ativados, a contribuição da
glicólise anaeróbia para o
fornecimento de energia para a
contração vai sendo substituída
pela oxidação aeróbica, completa,
da glicose.
Sistema Oxidativo
• Paralelamente, o fornecimento de ácidos graxos
para o sistema muscular aumenta.
• A oxidação dos ácidos graxos assume importância
crescente, à medida que a reserva de glicogênio
diminui.
• Após 3 minutos de exercício vigoroso, o trabalho
muscular é feito principalmente à custa de ATP
obtido por oxidação aeróbia dos substratos
disponíveis.
• Corridas de 1500 m ou mais, ciclismo, esqui, maratonas.
Sistema Oxidativo
Metabolismo 
aeróbio (envolve 
Oxigênio) 
1
Produz ATP em 
grandes 
quantidades 
2
Exercícios leves e 
moderados de longa 
duração (maratona, 
triatlon e etc.. ) 
3
Substratos que 
podem ser 
utilizados: PTN, CHO 
e LIP 
4
Acontece no interior 
das mitocôndrias 
5
Sistema 
Oxidativo
Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo de Krebs
Requisitos necessários para produção de 
energia via sistema aeróbico
MITOCÔNDRIAS PRESENÇA DE O2 INTERMEDIÁRIOS DO 
CICLO DE KREBS
Ciclo do Ácido Cítrico
• A principal função do ciclo de Krebs é o término da oxidação
(remoção do hidrogênio e a energia associada) dos carboidratos,
proteínas e gorduras.
• A importância da oxidação é que os hidrogênios contêm a energia
potencial das moléculas dos alimentos.
• O NAD e o FAD levam os hidrogênios para a cadeia de transporte de
elétrons.
Sistema Oxidativo
• Substratos energéticos:
• Glicogênio Muscular
• Ácidos graxos livres (tecido adiposo 
muscular)
• Glicose sanguínea (alimentação ou fígado)
• Aminoácidos*;
• Lactato*
Resumindo...
Fatores que 
influenciam a 
utilização de 
fontes de 
energia durante 
o exercício.
INTENSIDADE E 
DURAÇÃO DO EXERCÍCIO;
TIPO DE COMPOSIÇÃO DE 
FIBRA MUSCULAR;
DIETA E ALIMENTAÇÃO 
DURANTE OS 
EXERCÍCIOS;
TREINAMENTO.
Adaptações ao 
Treinamento 
Aeróbico
• Aumentar a capacidade do
metabolismo oxidativo.
• Melhorar capacidade de
transportar e captar oxigênio.
• Elevar a capacidade de
oxidação do lipídio.
• Aumentar o conteúdo de
mioglobina.
• Aumentar o número e tamanho
das mitocôndrias e suas enzimas
oxidativas.
TRABALHO 
AVALIATIVO
PROVA PRÁTICA
PROVA COLEGIADA
TRABALHO AVALIATIVO
• Trabalho em grupo – no máximo 7 componentes.
• Elaborar um trabalho escrito, nas normas da ABNT e com
embasamento científico (referências), contendo introdução,
desenvolvimento e conclusão sobre o tema proposto.
• Caracterizar o esporte (características gerais e fisiologia do exercício);
• Caracterizar a bioenergética do esporte em questão (ressíntese de ATP);
• Impactos na composição corporal;
• Suplementação mais indicada;
• Exemplo de cardápio (calculado – Macro e Micronutrientes).
• O trabalho também deverá ser apresentado.
• Todos os membros da equipe devem participar;
•Apresentação deve durar no máximo 20 minutos;
• Fazer apresentação em slides em formato JPEG;
TRABALHO AVALIATIVO
•Dados para cálculo da dieta (todos os grupos):
• Sexo: masculino; Atleta; Idade: 18 anos; Altura = 1,90m; Peso = 98 Kg.
Estando em fase preparatória da temporada, queixa-se de fadiga e cansaço
excessivo durante o período do treino. Relata sentir-se pesado durante a
realização de movimentos. Diz que precisa perder gordura corporal, porém
gostaria de aumentar massa muscular especialmente nos membros
inferiores.
• IMC = 27,14kg/m2
• Dobras cutâneas: Tríceps = 12mm; Bíceps = 11,5mm; Subescapular = 13mm;
Suprailíaca = 13,5mm; Panturrilha = 8mm
TRABALHO AVALIATIVO
• Ciclismo – 60 km
• Maratona - 42 km
• Corrida – 100 metros rasos
• Futebol
• Salto com vara
• Levantamento de peso
• Natação 300 m
• Judô
TRABALHO AVALIATIVO
Bom Trabalho!

Continue navegando