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Trabalho de Filosofia

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Faculdade de Tecnologia do Piauí – FATEPI
Curso de Direito – Filosofia do Direito – Prof. Valdomir Marques de Sousa
Aluno – Ronald Santos Coêlho – 1º Período
Aristóteles: Justiça como virtude
O problema que o autor apresenta no texto
A tese que o autor defende no texto
Os argumentos que o autor utilizou para sustentar a tese
A hipótese que o autor levanta para sustentação da tese
Os comentários que o autor faz sobre o problema
As conclusões do autor sobre o problema
Comentários pessoais
1. O Problema que o autor apresenta no texto.
O tema justiça é tratado no campo da ética como uma ciência prática.
2. A Tese que o autor defende no texto.
A justiça como uma virtude geral e uma virtude especial.
3. Os argumentos que o autor utilizou para sustentar a tese.
O conteúdo das leis é prática da justiça, sob vários enfoques.
O papel fundamental da justiça é a Igualdade, aplicada de várias maneiras.
3.1. Os vários ângulos da justiça aristotélica.
Aplicando a princípio da Igualdade, Aristóteles entende a justiça de duas formas fundamentais: a justiça distributiva e a justiça corretiva.
O justo particular é uma espécie de gênero total.
3.2. Justiça Distributiva
O fundamento dessa justiça é a divisão de bens e honras da comunidade, conforme a concepção individual do proveito adequado a seus méritos.
Relação de subordinação entre as partes envolvidas, entre aquele que distribui e aqueles que recebem.
Ajustiça distributiva atinge seu grau máximo de objetivo quando distribui de forma justa e proporcional o que é devido a cada uma das partes envolvidas, evitando-se os excesos.
A justiça distributiva é igualdade de caráter proporcional, significa a realização da justiça segundo um certo critério de progressão geométrica.
3.3. Justiça Corretiva
A relação a ser estabelecida entre os indivíduos é de coordenação, isto é, de iguais.
Baseia-se num critério rigoroso com o objetivo de restabelecer o equilíbrio rompido entre os particulares, denominada de igualdade aritmética.
4. A hipótese que o autor levanta para sustentação da tese.
São levantadas as hipóteses do justo legal, justo natural, equidade, amizade e justiça.
4.1. Justo legal
Corresponde à parte das prescrições vigentes entre os cidadãos de uma determinada pólis.
Uma vez posto, deixa de ser indiferente, tornando-se necessário.
Sua existência é definida pela vontade do legislador.
A lei possui força fundada na convenção.
O justo político resume-se no justo legal.
4.2. Justo Natural
Sua fundamentação está na própria natureza.
Por si só em todas as partes possui a mesma potência.
São regras que encontram aplicação, validade, força e aceitação universais.
4.3. Equidade
A ideia de equidade, equiparação, igualdade relembra a ideia de lei natural.
É a correção dos rigores da lei.
É agir de modo a complementar o caso que se apresenta aqui e agora.
É na ausência da lei que a equidade guarda sua utilidade maior.
É a medida corretiva da justiça legal.
4.4. Princípio da Amizade
Concorre preventivamente para o bem do convívio social.
É exaltado pelos legisladores.
É o elo que consegue unir os membros de um único corpo social.
Condiciona a existência da própria justiça.
4.5. Justiça
É um conceito vinculado a ética.
A noção de justiça está ligada a ideia de entendimento do que seja injustiça.
Para que a justiça venha a imperar é necessária a existência da amizade.
	4.5.1. O juiz é a justiça animada
É o mediador de todo processo de aplicação da justiça corretiva.
É a imparcial e equidistante personificação da justiça.
5. Os comentários que o autor faz sobre o problema
O autor procurou mostrar os principais traços que compõe a teoria aristotélica do que é justo.
A justiça é uma aptidão ética humana que apela para a razão prática para a realização de fins.
É um debate ético do bom e o mau, o justo e o injusto.
[e na comunidade organizada e soberana, que o homem político e racional consegue satisfazer às necessidades básicas de subsistência.
Para a pólis, isto é, sociedade organizada, todo homem está por natureza destinado a ela, pois fora dela somente um deus ou uma besta.
A justiça e a injustiça são questões relacionadas ao campo da razão prática.
A justiça não é única, é exercida de várias formas modalidades com vista a sua finalidade.
6. As conclusões do autor sobre a problema.
Para Aristóteles, a justiça total destaca-se como sendo a virtude de observância da lei.
Esta por sua vez vem complementada pela noção de justiça particular corretiva acompanhada pela noção de igualdade aritmética ou distributiva presidida pela noção de igualdade geométrica.
A justiça também está presente nas relações domésticas, políticas(legal e natural).
O papel do juiz é fundamental na solução de conflitos surgidos das desigualdades, pois ele representa a justiça personificada.
Para a justiça, a amizade está além da lei.
7. Comentários pessoais
	A justiça, na concepção aristotélica, corresponde à virtude em sua totalidade e, não somente parte, mas revestindo essa virtude em caráter jurídico. O conceito de justiça corretiva e distributiva de Aristóteles é uma conceito geral de justiça.
	A justiça e o Direito não são uma técnica de aplicação de normas positivadas ao fato concreto, mas uma aplicação da equidade, da utilidade e da ordem social, conforme as virtudes de convivência humana. Não se deve menosprezar do esqueleto jurídico o sentido subjetivo pelo qual se deve aplicar a cada um o que lhe é devido.
	Portanto, o conceito de justiça deve ser repensado pelo intérprete do Direito não como uma aplicação automática dos casos concretos à letra morta da lei escrita, mas sim conceituar essencialmente às virtudes da equidade, da dinâmica, da justa distribuição da justiça.

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