Interdependência entre Economia e Direito (3)

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ECONOMIA E DIREITO
ENFOQUE MICROECONÔMICO E MACROECONÔMICO
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MUNDO REAL
NORMAS JURÍDICAS
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TEORIA ECONÔMICA
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PAPEL REGULADOR DO ESTADO:
Avanço da liberalização dos mercados – comércio e finanças;
Redução da atividade econômica do Estado – neoliberalismo.
Privatização, abertura comercial, desregulamentação e reforma regulatória.
Objetivo: garantir a defesa da concorrência e os direitos dos consumidores.
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ENFOQUE MICROECONÔMICO
ENFOQUE MACROECONÔMICO
ANÁLISE:
Microeconomia: estuda a formação de preços em 
mercados específicos . Consumidores x Empresas 
interagem no mercado e decidem o Pe e Qe.
Macroeconomia: estuda a determinação e o 
comportamento dos grandes agregados nacionais.
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ENFOQUE MICROECONÔMICO: Teoria dos Mercados e o Direito
Teoria dos mercados: enfoque econômico → comportamento dos produtores e consumidores; enfoque jurídico → agente das relações de consumo – consumidor e fornecedor.
Estabelecimento comercial e papel do empresário: enfoque econômico → papel da organização dos fatores de produção; e enfoque jurídico → estabelecimento comercial.
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TEORIA DE ADAM SMITH:
Princípio da “mão invisível”: atuação da livre concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico. “Todos os agentes, em sua busca de lucrar o máximo, acabam promovendo o bem-estar de toda a comunidade.”
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QUANDO O ESTADO DEVE
 
INTERVIR NA ECONOMIA?
JUSTIFICATIVA ECONÔMICA?
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INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL
Economia capitalista – interação entre o setor privado e o setor público – ECONOMIA MISTA
O Sistema de Mercado é incapaz de desempenhar todas as atividades econômicas
Atuação do Governo
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IMPERFEIÇÕES DE MERCADO:
Falhas de Mercado: situações que tornam alguns mercados incapazes de alocar eficientemente os recursos econômicos.
Externalidades
Falhas de informação
Poder de monopólio
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EXTERNALIDADES:
Acontecem quando a produção ou o consumo de um bem acarreta efeitos positivos ou negativos sobre outros indivíduos ou empresas, que não se refletem nos preços de mercado.
Base econômica para a criação de leis antipoluição, de restrições quanto ao uso da terra, de proteção ambiental.
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FALHAS DE INFORMAÇÃO:
Acontecem quando os agentes econômicos não têm informação completa a respeito de determinado bem ou serviço → não tomarão decisões corretas no ato da compra.
“Assimetria de informação”
Intervenção do governo: regulamentação da comercialização de bens e serviços – prazo de validade, informação nutricional.
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PODER DE MONOPÓLIO:
Caracteriza-se quando um produtor (ou grupo de produtores) aumenta unilateralmente os preços, ou reduz a quantidade, ou diminui a qualidade ou a variedade de produtos ou serviços, com a finalidade de aumentar os lucros.
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Em respostas a essas falhas de mercado
↓
Normas jurídicas possibilitaram que a atuação do Governo na economia fosse cada vez mais abrangente.
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“MÃO VISÍVEL” DO GOVERNO:
Atuação do governo → como uma forma de aumentar a eficiência econômica.
Leis de defesa da concorrência → estruturas de mercado e a conduta das empresas.
Constituição Federal de 1988 – princípios básicos da atuação do Estado na economia.
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AÇÃO GOVERNAMENTAL E OS ABUSOS DO PODER ECONÔMICO
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC): formado pelos 3 órgãos encarregados da defesa da concorrência no país – Secretaria de Desenvolvimento Econômico - SDE, Secretaria de Acompanhamento Econômico - SEAE e o Conselho Administrativo de Direito Econômico - CADE.
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CADE - poder decisório sobre os processos por ele julgados, enquanto as secretarias apresentam um caráter mais instrutor do processo.
Objetivos: julgar os processos administrativos relativos a abusos do poder econômico e analisar as fusões de empresas.
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CADE:
Criado em 1962 e transformado em autarquia vinculado ao Ministério da Justiça em 1994.
Tem por finalidade orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos de poder econômico. 
Baseia suas decisões na lei antitruste de 1994, que regulamenta os acordos de união e cooperação entre as empresas. Julga também os “atos de cooperação” quando a junção representa mais de 20% do mercado.
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CADE condena a multa18 empresas do 'cartel do sal'
18 empresas e 39 pessoas físicas a pagar multa milionária por formação do "cartel do sal", que prejudicou o mercado brasileiro por 30 anos. 
No total, as empresas foram condenadas a pagar R$ 289,5 milhões.
De acordo com a investigação o conluio teria sido formado por 90% das empresas que comercializam sal no País, por combinar preços, dividir o mercado e controlar a oferta de sal marinho no país. 
As maiores multas foram aplicadas às empresas Salinor, de R$ 55,4 milhões, Norsal, de R$ 40,1 milhões, e Sal Cisne, de R$ 32,98 milhões. 
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Atuação do CADE:
Após receber os pareceres das duas secretarias o CADE tem a tarefa de julgar os processos, desempenhando 3 papéis principais: preventivo, repressivo e educativo.
Principal objetivo: zelar pela conduta concorrencial, impedindo práticas que violem a essência competitiva do mercado.
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FORMAS DE ATUAÇÃO:
Controle das estruturas de mercado: atos que resultem em qualquer forma de concentração econômica, seja por fusões ou incorporações de empresas, ou qualquer forma de agrupamento societário.
Controle de condutas: apuração de práticas anticoncorrenciais, como: fixação de preços de revenda, as vendas casadas, os acordos de exclusividade, a cartelização de mercados e os preços predatórios.
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CONCLUSÃO:
 
É DE EXTREMA
IMPORTÂNCIA A AÇÃO GOVERNAMENTAL
PARA A POLÍTICA DE DEFESA DA
CONCORRÊNCIA.
A DEFESA DA CONCORRÊNCIA
IMPLICA NECESSARIAMENTE A
DEFESA DO BEM-ESTAR PÚBLICO.
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ENFOQUE MACROECONÔMICO: Políticas Macroeconômicas
Políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior → competência da União.
Competência também para emitir moeda e legislar sobre o sistema monetário.
Política Fiscal: competência das três entidades da federação: União, Estados e Municípios.
Governo por meio dos gastos em investimentos → gera um aumento da demanda agregada.
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AGÊNCIAS REGULADORAS:
Processo de globalização → caracterizado pela integração econômica internacional → necessidade de um poder judiciário forte e bem definido, que garanta o bom funcionamento da economia.
 Com o processo de privatizações e concessões ocorrido no Brasil nos anos de 1990 → necessidade de criar órgãos especiais de regulação.
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AGÊNCIAS REGULADORAS:
Funções: fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada, controlar a qualidade na prestação do serviço, e estabelecer regras para o setor. E também verificar o cumprimento dos contratos de concessão, e as metas acordadas com as empresas entrantes, em sua maioria multinacional.
Principais agências: Aneel, Anatel, ANP, ANS, Susep e Anac. 
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Promoção do bem-estar social
A ação do Estado
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Ponto de vista econômico ou jurídico
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Bem-estar da população
DIREITO: estabelece as normas que regulam as relações entre indivíduos, grupos, e entre governos, indivíduos e organizações internacionais.
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Promoção do bem-estar social
Art. 170- A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
Soberania nacional;
Propriedade privada;
Função social da propriedade;
Livre concorrência;
Defesa do consumidor;
Defesa do meio ambiente;
Redução das desigualdades regionais e sociais;
Busca do pleno emprego;
Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídassob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
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Promoção do bem-estar social
Parágrafo único: É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Normas jurídicas buscam regular as atividades econômicas no sentido de tornar os mercados mais eficientes e melhorar a qualidade de vida para a população como um todo.
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ATIVIDADE:
Comente, de acordo com a relação existente entre a Economia e o Direito, as proposições abaixo, enfatizando em sua resposta o aspecto microeconômico e macroeconômico da relação:
“Os princípios gerais da atividade econômica: política monetária, de crédito, urbana, agrícola, cambial e de comércio exterior, são fundamentadas juridicamente na Constituição, em que se definem as competências econômicas das várias esferas do governo.”
“A justificativa econômica para a intervenção governamental nos mercados se apóia no fato de que no mundo real observam-se desvios em relação ao modelo ideal preconizado por Smith, as chamadas imperfeições de mercado.” 
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Referência Bibliográfica:
VASCONCELLOS, M. A. S. de e GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.