Buscar

Da Arbitragem - TGP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ….......................................................................................... 02
1. Da Arbitragem …........................................................................................ 03
1.1 Conceito ….................................................................................….......... 03
2. Da Arbitragem no Brasil .….........................……........................................ 03
2.1 Da Lei nº 9.307/96 ….................................................................….......... 03
2.2 Do Procedimento Arbitral …...................................................................... 05
2.3 Fases da Arbitragem ................................................................................ 05
2.3.1 Fase Postulatória ................................................................................... 05
2.3.2 Fase Probatória ..................................................................................... 06
2.3.3 Fase Decisória ....................................................................................... 06
3. Da Sentença Arbitral ................................................................................... 07
4. Dos Árbitros ................................................................................................ 07
5. Da Lei nº 13.129/15 ..................................................................................... 08
CONCLUSÃO ….............................................................................................. 09
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …............................................................. 10
INTRODUÇÃO
A fim de tornar o Poder Judiciário mais célere e menos oneroso, a Arbitragem surge como meio alternativo para solução de conflitos, sendo um dos institutos mais procurados atualmente.
Dessa forma, o presente trabalho tem a finalidade de elucidar dúvidas acerca do instituto da Arbitragem no Brasil a partir da Lei nº 9.307/96, que tem como garantia o respeito ao princípio da Autonomia da Vontade das Partes e ao princípio da Boa-Fé, uma vez que as partes têm a capacidade de escolher as regras de direito que serão aplicadas e a livre escolha do árbitro. 
Da Arbitragem
1.1 Conceito
A arbitragem visa resolver conflitos de maneira alternativa para que não seja preciso movimentar uma máquina já abarrotada como o Judiciário. Fazendo uso deste instituto, as partes envolvidas escolherão um terceiro ou mais para solucionar o litígio, este será chamado árbitro e deverá ser imparcial, sua decisão terá o mesmo efeito de uma sentença judicial.
Nesse sentido, Carlos Alberto Carmona conceitua arbitragem como o 
“Meio alternativo de solução de controvérsias através da intervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de uma convenção privada, decidindo com base nela".
Segundo Luiz Fernando do Vale de Almeida esta 
“É uma ferramenta que surge como uma forma de dar segurança jurídica as pessoas, pois a lentidão da máquina judicial é patente, assim como seu custo social, o que, atualmente desencoraja aqueles que querem ver seus problemas resolvidos”.
Da Arbitragem no Brasil
A Arbitragem já esteve presente no país em Constituições passadas, como na de 1824, mas a atual Carta Magna refere-se ao instituto no art. 4º, § 9º, VII, assim como no art. 114, § 1º. E embora conhecido há décadas no direito nacional, apenas com a promulgação da Lei nº 9.307/96 recebeu a devida importância.
2.1 Da Lei nº 9.307/96
A Lei nº 9.307/96, também chamada de “Lei Marco Maciel”, apresenta a arbitragem como meio de solução de conflitos envolvendo patrimônios disponíveis. De acordo com Joel Dias Figueira Júnior
“Ampliam-se, portanto, não só o aspecto de acesso aos tribunais (seja pela legitimidade ativa, seja através da colocação a disposição dos interessados de novos mecanismos de pacificação social) como também as formas de solução e composição das lides. É nesses contexto social, político e jurídico que aparecem a institucionalização da mediação extrajudicial (...), o incremento processual das audiências preliminares de tentativas de composição amigável, a privatização dos interesses pelas instituições de classe e o desenvolvimento dos juízos arbitrais, além das buscas incansáveis de técnicas diferenciadas de tutela jurisdicional e sumarização das formas.” 
A lei supra referida surgiu para efetivar o Juízo Arbitral no Brasil, dando às decisões dos árbitros a mesma força das sentenças do Poder Judiciário, auxiliando, assim, este Poder. Cabe notar o evidente avanço da arbitrariedade, pois sem a necessidade da homologação judicial do laudo arbitral, fazendo deste um título executivo, poupa-se tempo daqueles envolvidos, não tirando sua autonomia e eficácia.
A Arbitragem poderá ser de equidade ou de direito, à vontade das partes, bem como a escolha do(s) árbitro(s). Também é necessária uma cláusula compromissória no contrato para que se possa estabelecer a Arbitragem como meio de solução do litígio. 
Um dos princípios a ser observado quando se fala em Juízo Arbitral é o princípio da Autonomia da Vontade das Partes. Nesse contexto, observou o Ministro Maurício Corrêa ao dar seu voto em julgamento:
“A convenção de arbitragem é a fonte ordinária do direito processual arbitral, espécie destinada à solução privada dos conflitos de interesses e que tem por fundamento maior autonomia da vontade das partes. Estas, espontaneamente, optam em submeter os litígios existentes ou que venham a surgir nas relações negociais à decisão de um árbitro, dispondo da jurisdição estatal.”
Para que o compromisso seja válido, o mesmo precisa contemplar certas especificações, quais sejam: qualificação das partes e do árbitro; matéria objeto da discussão; onde será proferida a decisão arbitral.
2.2 Do Procedimento Arbitral
Embora os advogados, por estarem afeitos ao trâmite do processo judicial, ainda tentem procurar falhas processuais quando estão diante de um juízo arbitral, há uma diferença no procedimento do conflito nos processos arbitral e judicial. Enquanto no âmbito judicial, o juiz e as normas são impostas às partes, no processo arbitral as partes determinam as regras que serão utilizadas e quem será o árbitro para que se solucione o conflito. Outra diferença que cabe ressaltar é que o processo arbitral é privado e específico, já o processo judicial é público e genérico.
Fases da Arbitragem
Após o termo de compromisso firmado e estabelecida a arbitragem, dá-se início ao processo arbitral que é composto por três fases, são elas:
Fase Postulatória
A parte autora apresentará sua petição inicial, juntamente com os documentos nos quais a mesma está baseada. Posteriormente será intimado o acusado para que faça sua defesa e assim deverá fazer, anexando os documentos que julgar necessários.
Existindo, nas alegações da parte acusada, fato que modifique, impeça ou extinga o direito do autor da ação, este terá direito de resposta. 
Ainda na fase postulatória, o árbitro deverá convocar uma audiência para tentativa de conciliação. Se as partes não conciliarem, o árbitro analisará as a produção de provas.
Após, o árbitro despachará dizendo se defere ou não o pedido. Feitas as alegações, cabe ao mesmo determinar o fim da fase postulatória, declarando se dará início à fase probatória ou pronunciará a sentença, encerrando o processo, revelando o que se chama “julgamento antecipado”.
Fase Probatória
Nessa fase serão realizadas perícias, serão ouvidas as testemunhas e as partes, que ainda poderão juntar novas provas se desejarem. O árbitro ainda pode requerer provas, mesmo que ao tempo da instrução, as partes não tenham feito o pedido. Isso se faz possível, uma vez que para proferir sentença o árbitro precisa estar convencido. Assim como, se por algum outro meio já restar provado determinado fato para o qual foi deferido pedido de realização da prova,o árbitro poderá dispensar o seu cumprimento.
Realizadas todas as provas e estando o árbitro convicto, é momento de julgar, quando se dá início a última fase do processo.
Fase Decisória
Nessa etapa, não será mais possível que se juntem novas provas, as partes apenas terão a oportunidade de fortalecer suas teses, apresentando os pontos mais importantes da sua argumentação – do mesmo modo como acontece no processo judicial.
Por fim, com o processo em mãos, o árbitro proferirá a sua decisão e desta as partes serão notificadas. O conhecimento das partes sobre a sentença acontecerá como estabelece o art. 29 da Lei 9.307 de 1996, que dispõe da seguinte forma: 
 “Proferida a sentença arbitral, dá-se por finda a arbitragem, devendo o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, enviar cópia da decisão às partes, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, ou, ainda, entregando-a diretamente às partes, mediante recibo”.
Da Sentença Arbitral
Não sendo mais necessário que o Juiz togado homologue a decisão do árbitro, esta deve ser chamada de sentença, assim como a sentença proferida pelo Poder Judiciário. Nesse sentido, determina o art. 18 da Lei 9.307/96: “O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou homologação pelo Poder Judiciário”. 
Para Carlos Alberto Carmona, dar a sentença é o ato de maior relevância do juízo arbitral, pois é o “momento em que o julgador outorga a prestação jurisdicional pretendida pelas partes.” É quando se dá fim ao conflito.
A sentença pode ser declaratória, constitutiva ou condenatória. Há a possibilidade ainda, de a mesma se encaixar em mais de uma dessas classificações. Ademais, a sentença é unicameral, e assim como a sentença judicial, definitiva, tendo o auxílio do Poder Judiciário apenas em caso de Embargos de Declaração ou Nulidade da Sentença. No caso de Nulidade, o juiz deverá afirmar se a sentença é anulável ou não, não competindo a ele alterar a decisão já firmada pelo árbitro.
Dos Árbitros
Depois de nomeado, o árbitro operará solucionando conflitos de interesses, por isso deverá, bem como o juiz togado que atua no processo judicial, possuir alguns atributos, são eles: Imparcialidade, não beneficiando nenhum dos envolvidos; Independência, para garantir a imparcialidade, não podendo ser subordinado a nenhuma das partes; Competência, devendo preencher os requisitos que a Lei 9.307/96 determina para que alguém possa atuar como árbitro; Diligência, sendo seu dever ter cuidado ao exercer suas funções, desempenhando-as com zelo; Discrição, não esquecendo de ser prudente, mantendo em mente que o litígio diz respeito somente às partes. 
Para que os árbitros respondam penalmente enquanto estiverem exercendo suas funções, estes foram equiparados aos servidores públicos quanto aos efeitos do direito penal.
Por fim, ao conduzir o procedimento arbitral, o juízo deverá estar atento aos princípios processuais que devem ser respeitados, do contrário, a sentença estará sujeita a nulidade. Os princípios são: do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e do livre convencimento do árbitro.
Da Lei nº 13.129/15	
Cabe observar que no dia 26 de maio de 2015, o Vice-Presidente, Michel Temer, no exercício do cargo de Presidente da República, sancionou a Lei de nº 13.129 que altera as Leis 9.307/96 e 6.404/76. Dentre outros pontos trabalhados, a lei amplia o campo de aplicação da arbitragem e aborda temas como a escolha dos árbitros, a outorga de medidas cautelares e de urgência e a sentença arbitral. Além de revogar dispositivos da Lei nº 9.307 de 23 de setembro de 1996, exposta no presente trabalho.
CONCLUSÃO
Importante destacar que muito embora a Lei nº 13.129 de 2015 seja a mais recente, o trabalho apresentado se fez à luz da Lei nº 3.307 de 1996, que surgiu para trazer uma melhor aplicação da Arbitragem no Brasil.
O Instituto da Arbitragem é mais um meio legal e alternativo para solucionar litígios acerca de direitos disponíveis que surgiu como uma alternativa de resolver conflitos de maneira mais rápida, visto que o Poder Judiciário se tornou lento pela grande quantidade de processos em movimentação, mas que em momento nenhum impede que as partes procurem o meio judicial, uma vez que este estará sempre estará à disposição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e Processo – Um Comentário à Lei 9.307/96, São Paulo: Malheiros Editores, 1998.
ALMEIDA, Luiz Fernando do Vale de. Aspectos Práticos da Arbitragem, São Paulo: Quatier Latin, 2006.
FIGUEIRA JÚNIOR, Joel Dias. Arbitragem, Jurisdição e Execução. 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999. 
BRASIL, Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9307.htm>. Acesso em 12 de junho de 2015.
� PAGE �1�

Continue navegando