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Roteiro de Aula - Arbitragem

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
Roteiro de aulas
Quarta aula
ARBITRAGEM
Caracteres essenciais
- meio heterônomo/heteronômico de solução de conflitos (autoridade é de terceiro = o árbitro)
- inerência da imparcialidade do árbitro (juiz privado, “juiz de aluguel”, juiz contratado), cuja garantia é a independência
 NOTA – imparcialidade do julgador é a ausência, por parte dele, de predisposição a favorecer qualquer das partes e a não afetação da sua esfera de interesses pela solução que ele possa proclamar ao conflito sob seu julgamento e decisão
- instituto complexo: sistema de julgamento (envolve os elementos cláusula compromssória, compromisso arbitral, contrato de aceitação, processo arbitral, sentença arbitral)
- realiza cognição (acertamento do direito) e incide somente em conflitos relativos a direitos disponíveis
- confidencialidade: árbitro é da confiança de ambos os conflitantes (confiança pode ser indireta)
- informalidade, com vista à celeridade
- sigilo (aspecto positivo: preservação da imagem e reputação dos envolvidos; aspecto negativo: pode ocultar questões de interesse público/da sociedade em geral ou grupo de pessoas)
- admite a equidade como “fonte do direito”, isto é, como critério de julgamento pelo árbitro (a lei pode autorizá-la diretamente ou deixar a escolha a líbito das partes)
- o árbitro pode conhecer e decidir sobre as questões de fato E sobre as questões de direito (“é juiz de fato e de direito”)
- modalidades:
	- segundo o critério de julgamento (a fonte de direito utilizada): 
- arbitragem de direito (o árbitro está adstrito/vinculado às normas legais)
- arbitragem de equidade (confere ao árbitro discricionariedade; a “justiça do caso concreto”, sem adstrição às normas legais)
	- segundo a vinculação para as partes:
		- facultativa (é de livre opção delas, mas pelo seu consenso mútuo – não é escolha de uma só)
		- obrigatória (é a única via de solução de determinado tipo de conflito segundo a ordem jurídico-normativa do país considerado)
Fundamentos para o seu uso hoje
- valorizada universalmente como um excelente “meio alternativo de solução de conflito”
- PONTES DE MIRANDA a via como um sistema “regressivo a período pré-estatal”
- dificuldades na prestação jurisdicional do Estado (tempo, custo, estrutura)
- celeridade frente à morosidade, ainda que possa implicar maior dispêndio financeiro (custos mais altos): relação custo-benefício mais vantajosa
- possibilidade de escolha de julgador especializado na área do conflito
- internacionalização dos negócios: empresas multi/transnacionais, globalização econômica, preferibilidade dos comerciantes pelas “práticas do comércio”, superação das diversidades dos tratamentos jurídicos nacionais, confiança na capacidade da sociedade de autogovernar-se (superação do welfare state – neo liberalismo)
- sigilo
Elementos estruturais
- cláusula compromissória: pacto adicional (mero pacto adjecto, não é cláusula essencial) a um contrato, pelo qual os contratantes se obrigam a resolver somente por arbitragem os conflitos futuros que possam vir a surgir relativamente a tal contrato (além desses elementos essenciais, pode conter os critérios de convocação em caso de surgimento de conflito, da escolha do árbitro; a adesão a algum regulamento de uma instituição arbitral etc – será então uma cláusula compromissória “cheia”
- compromisso arbitral: é o negócio jurídico pelo qual os conflitantes submetem à arbitragem um conflito (já instalado, portanto), exista ou não cláusula compromissória prévia
- contrato de aceitação: é o negócio celebrado entre os compromitentes (conflitantes que celebraram compromisso arbitral) e o árbitro (ou árbitros, pois podem escolher mais de um); por ele o árbitro ACEITA exercer a função de juiz (receptum)
- processo arbitral: é “aberto”, i.e., informal; por princípio cabe às partes “formatá-lo”, podendo delegar a tarefa ao árbitro ou aderir a regulamento de alguma instituição arbitral (como geralmente acontece na prática)
- sentença arbitral: o pronunciamento/provimento final do árbitro contém julgamento e decisão, isto é, define a solução do conflito, resolve-o, sendo, pois, sentença
	- o árbitro não emite mera sugestão ou parecer, ele DEFINE A SOLUÇÃO (JULGA E DECIDE), com autoridade; emite SENTENÇA
	- não se deve nominar a sentença de LAUDO, ainda que dependa de homologação (a necessidade de homologação não afeta a natureza do ato jurídico “sentença”)
Questões de inconstitucionalidade: frente aos princípios da inafastabilidade da jurisdição, do juiz natural e do duplo grau de jurisdição
Comentários à Lei 9307/96 (Lei de Arbitragem)
v. arts.1º, 2º, 3º, 4º, 6º e parágrafo; 7º, 9º; 11, inciso II; 13, caput e §§ 1º, 6º; 18; 19; 21, caput e § 2º; 22 e seus §§; 25, 29, 31, 35
Arbitragem nos Juizados Especiais: 
Lei 9099/95, arts.24 a 26 (comparações com a arbitragem em geral – da Lei 9037/96)

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