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os 3 e lementos da
técnica vocal na
M IX VOICE
e-book
p o r C a i o F r e i r e 
V O C A L C O A C H E F U N D A D O R M M V
R e v i s ã o : F o n o a u d i ó l o g a F e r n a n d a L o p e s
Como nossa voz é produzida?
 
1- Respiração:
O processo de respiração é dividido em duas partes: inspiração e expiração. 
Na inspiração, o ar é direcionado para dentro dos pulmões. Na expiração o ar é expulso dos 
pulmões. No caso da produção da voz, a expiração direciona o ar às pregas vocais que 
estarão devidamente posicionadas.
 
2 - Fonação:
Através de um processo muscular, as pregas vocais fecham o "encanamento" por onde o ar 
passa no processo de expiração, criando uma resistência a pressão de ar que vem dos 
pulmões. As pregas vocais aduzidas (fechadas), quando assumem uma coordenação de certa 
permissividade na passagem de ar, devido a pressão de ar que vem dos pulmões e do efeito 
de aerodinâmica conhecido por efeito Bernoulli, vibram criando um comportamento de ciclos 
vibratórios. Desta coordenação nasce o som que conhecemos como "som fundamental". Este 
é um som que pode ser grave ou agudo, mas não tem vogal definida.
 
3 - Ressonância:
O som é amplificado ou amortecido através do espaço entre as pregas vocais e os lábios. Em 
alguns casos a ressonância também ocorre nas cavidades nasais. É nesta etapa que o som 
fundamental define-se em uma vogal e assume diferentes características timbrísticas (de 
identidade percebida).
 
 
Pensando em uma técnica vocal equilibrada, é impossível dissociar estes três elementos. 
Um elemento depende e influencia ao outro. Buscaremos juntos uma harmonia entre 
estes, com o objetivo de mínimo esforço e máximo controle. Sobre os elementos:
 
1- Fluxo de ar
Deve cumprir com a função de "abastecimento" da vibração das pregas vocais, 
adequando-se a diferentes níveis de adução, diante de diferentes demandas 
de sonoridade e intensidade.
 
2 - Consistência Muscular de Pregas Vocais
Adução e tensionamento adequados de pregas vocais
diante da sonoridade desejada, 
boa "negociação" entre os diferentes registros 
(comportamentos mecânicos semelhantes de pregas vocais).
 
3 - Formato do Trato Vocal (Shape)
Deve filtrar e favorecer adequadamente o som que nasce das pregas vocais e 
ressoa até os lábios.
A respiração é primordial para nossa sobrevivência. Ela promove a troca gasosa de gás 
carbônico por oxigênio. Falar e cantar são apenas funções adaptadas dentro deste 
processo.
 
Entendemos por sistema respiratório todos os órgãos responsáveis pela respiração. 
Alvéolos pulmonares, bronquíolos, brônquios, traquéia, laringe, faringe, boca, fossas 
nasais.
 
E existem músculos ligados a esse processo como o famoso diafragma, os músculos 
intercostais e os músculos abdominais.
 
O processo respiratório tem dois movimentos: A inspiração (ar para dentro dos pulmões) e 
a expiração (ar é expulso dos pulmões).
 
Pensando nesses movimentos em relação a técnica vocal: na inspiração "armazenamos o 
combustível", enquanto na expiração conjunta com a resistência de pregas vocais, 
transformamos energia aerodinâmica em energia acústica (fonação).
 
 
 
 
 
 
 
1- Diante da necessidade 
de oxigênio, o cérebro 
convoca os músculos 
necessários para 
inspiração.
 
 
2- O diafragma contrai e se 
"achata", expandindo a 
caixa torácica de forma 
inferior, intercostais 
expandem caixa 
torácica horizontalmente 
inflando os pulmões.
 
 
 
 
Diafragma
 
 Intercostais 
 
 
 
Cérebro
 
 
 
 
Diafragma
 
 
 
 Intercostais 
 
 
 
Cérebro
 
 
 
 
1- Cérebro sinaliza a 
necessidade de expulsão 
do gás carbônico.
 
 
 
 
2- Diaframa e intercostais 
relaxam. Diafragma sobe, 
caixa torácica volta ao 
estado normal, pulmões 
desinflam.
 
 
 
 
1- O cérebro recruta os 
músculos inspiratórios a partir 
da demanda daquele trecho ou 
nota a ser cantada. 
 
 
2- Músculos inspiratórios são 
ativados proporcionalmente à 
partir da expectativa de 
sonoridade. Para determinadas 
notas ou trechos é necessário 
um menor ou um maior volume 
pulmonar, o que influenciará 
diretamente na pressão 
subglótica.
 
 
Diafragma
 
 Intercostais 
 
 
Cérebro
 
 
 
 
Dia
frag
ma
 
 
 
 
Intercostais
 
 
 
 
Cérebro
 
 
 
 
1- Cérebro sinaliza aos 
músculos a necessidade de 
enviar ar para as pregas vocais.
 
 
 
2- Diferente da expiração normal, o 
fluxo aéreo pode ser regulado, 
controlando-se gradativamente o 
relaxamento do diafragma. E isso é 
importante pelo fato de que no canto, 
o ciclo é muito mais alongado do que 
na fala. 
Nesta etapa é possível regular o nível 
de pressão subglótica (pressão de ar 
abaixo das pregas vocais) o que 
influenciará diretamente na 
intensidade do som, e em menor 
escala, na frequência emitida (nota 
cantada).
O controle da pressão subglótica é 
importantíssimo para o controle das 
intensidades!
Muitas técnicas e escolas de pensamento defendem a ideia de um "apoio" diafragmático, sobretudo 
para a emissão de notas agudas.
 
 O termo apoio diafragmático, por vezes está associado e fazer uma força abdominal "para fora", 
outras vezes está associado a fazer uma força abdominal "para dentro"... estas confusões diante de 
nomenclaturas e didáticas são muito comuns e suas diferentes interpretações já foram inclusive 
estudadas por estudiosos vocais como Johan Sundberg e Hubert Noé. Muitas vezes o que para 
determinado método é apoio, para outro é contra-apoio e há realmente muitos desencontros nas 
nomenclaturas e conceitos.
 
 No MMV, não nos prenderemos a estas nomenclaturas. Não que consideremos que uma forma de ensinar é 
melhor do que a outra, mas em nosso método de ensino optaremos por utilizar uma respiração "suficiente", 
econômica e equilibrada diante do nível de fechamento glótico. Obviamente em casos de debilidades técnicas 
referentes ao fluxo aéreo necessário, serviremos-nos da conscientização e de exercícios para a coordenação 
dos músculos respiratórios. 
 
 É fato que a respiração diafragmática e intercostal existem, mas dependendo de como forem 
pedagogicamente abordadas, podem ser contraproducentes.
Por isso optaremos principalmente por buscar sonoridades e corrigir debilidades, o que ficará mais 
claro no decorrer do treinamento Vocal Coach Essencial. Priorizamos para um melhor controle de 
fluxo aéreo a consciência fisiológica, uma pressão subglótica adequada e uma boa postura. Veja o 
exemplo a seguir:
Cabeça levemente baixa;
Ombros relaxados;
Osso Esterno para fora.
Créditos da imagem: freepik.com
 
 
Uma boa postura resolve uma multidão de problemas, em especial os problemas 
oriundos do fluxo aéreo instável. Favorece também um alinhamento do trato vocal e um 
melhor funcionamento da voz como um todo. Obviamente há excessões onde não se é 
possível manter uma postura perfeita, como por exemplo, em interpretações de teatro 
musical, onde existem as mais diversas coreografias. 
 
Osso esterno 
Mas recomendamos quando 
possível e plausível, para 
otimização técnica, uma postura 
onde a cabeça esteja levemente 
baixa (1,5 cm em média), os ombros 
estejam relaxados e o osso esterno 
esteja posicionado de um modo 
mais "para fora". 
 
Além do vocal coach, 
do fonoaudiólogo e do otorrinolaringologista,
 será de grande valia para o cantor um 
acompanhamento com ortopedista, 
fisioterapeuta, e com os demais profissionais 
que trabalham o corpo na perspectiva da 
postura. Quando tudo funciona bem, a voz 
funciona muito melhor!
 
Abordaremos agora as principais estruturas responsáveis pela consistência 
muscular de pregas vocais.
A laringe,também conhecida como "caixa da voz" é o órgão do sistema respiratório 
situado entre a traquéia e a faringe. 
 
Ela é constituída por mucosa, cartilagens, ligamentos e músculos.
Dentro dela estão situadas as pregas vocais. 
 
A coordenação desses músculos e estruturas combinados com o fluxo de ar, geram um 
som chamado "som fundamental", que posteriormente será amplificado pelo Trato Vocal 
(falaremos sobre isso mais à frente).
 
A laringe funciona como uma válvula de proteção, que impede a entrada de substâncias e 
partículas na via respiratória, sobretudo durante a deglutição (ato ou ação de engolir 
alimentos ou substâncias). Também exerce a função de regular a pressão de ar em 
nossos pulmões. 
 
Sendo assim, além de ser responsável pela produção da voz, 
ela é essencial para funções biológicas. Como diria Sundberg, a laringe é um cão de guarda
 do nosso sistema respiratório! Ou seja, embora tenhamos controle de estruturas da laringe 
para emitirmos a voz quando quisermos, ela também possui movimentos "reflexos" associados 
a funções vitais, como por exemplo em tosses ou em sons que fazemos quando ficamos 
assustados ou surpresos. Quando nos sentimos ameaçados ela tende a fechar-se! E se meu 
cérebro interpretar uma nota aguda como ameaça? 
Sim! Ela tende a fechar-se e dificultar o processo. Por essas e outras no MMV costumamos 
dizer que a técnica vocal começa na mente!
 
Pregas vocais 
abduzidas, 
separadas.
 
Pregas vocais 
aduzidas, 
fechadas.
 
Pregas Vocais 
(Abdução)
Pregas Vocais 
(Adução)
As pregas vocais são tecidos/ dobras musculares 
situados dentro da laringe. Com o auxílio dos músculos 
da laringe, estas se distendem e se encurtam.
 
Quando as pregas vocais estão afastadas, estas 
possuem um espaço vazio entre elas. Ao espaço entre 
as pregas vocais, damos o nome de glote.
 
O movimento de fechamento das pregas vocais chama-
se adução. Este movimento fecha a glote.
 
O movimento de abertura das pregas vocais chama-se 
abdução. Este movimento abre a glote.
(destaque em azul)
Quando as pregas vocais estão aduzidas, estas criam uma resistência à pressão de ar que vem 
dos pulmões (pressão subglótica). Quando acontece uma certa permissividade na passagem de ar 
diante desta coordenação de fechamento glótico, o fluxo de ar vence a resistência presente e 
passa por entre as pregas. Dessa forma, conjuntamente ao efeito Bernoulli (efeito de aerodinâmica) 
elas se atraem e vibram, gerando então o som fundamental. Um som até então, sem vogal definida.
(pregas vocais: destaque em vermelho)
Estes músculos são responsáveis pelo controle das cartilagens da laringe e pelos diferentes 
movimentos de nossas pregas vocais.
 
O controle desses músculos nos possibilita mudar as notas que cantamos, aumentar a 
resistência de pregas vocais para um maior volume ou diminuir para um menor volume, além de 
influenciar de certa forma o nosso timbre (identidade vocal).
 
O grupo dos músculos abdutores é responsável pelo afastamento das pregas vocais, ou seja, 
pela abertura glótica. Estes são os músculos cricoaritenóideos posteriores (CAP).
 
O grupo de músculos adutores é responsável pelo fechamento das pregas vocais, ou seja, 
pelo fechamento glótico. Estes são os músculos aritenóideos, oblíquos e transverso (AA), 
cricoaritenóideos laterais (CAL) e tireoaritenóideos externos (TA externo).
 
Daremos agora uma atenção especial ao grupo de músculos tensores de pregas vocais.
 
Músculos tireoaritenóideos internos (TAi)
 
Estes músculos formam a principal massa das pregas vocais. A contração desse par de 
músculos possibilita espessamento e encurtamento de pregas vocais. Como sua contração 
causa espessamento, sua atividade é de certa forma também "adutora", pois aproxima mais 
firmemente as pregas vocais do ponto de contato no centro. 
Portanto torna o som mais denso, mais firme.
 
Músculos cricotireóideos (CT)
 
Estes são responsáveis pelo alongamento das pregas vocais. Promovem também por 
consequência uma diminuição de massa nas pregas vocais.
Uma analogia - não levem a ferro e fogo:
 
Pensemos num violão. As cordas mais grossas geram com maior facilidade um som mais grave. As 
cordas mais finas geram com maior facilidade um som mais agudo. Logo, com as pregas vocais mais 
espessas, cantamos mais facilmente notas mais graves, enquanto com as pregas vocais mais finas 
cantamos mais facilmente notas mais agudas.
 
Outro detalhe importante: Ao compararmos a massa de pregas vocais de um homem adulto com as 
pregas vocais de uma menina de 15 anos, muito provavelmente teremos diferenças anatômicas 
significativas em massa e espessura, o que inicialmente tornará essas vozes bem diferentes em 
tonalidade e extensão.
 
Agora imagine as infinitas diferenças anatômicas e as diferentes coordenações
que cada ser humano pode executar! Isso é incrível !!!
 
 
Agora analisemos uma imagem real de pregas vocais, retiradas de uma 
videoestroboscopia de laringe:
Percebemos nesse comportamento as pregas 
vocais mais curtas e espessas. 
Predominância de 
Tireoaritenóideos internos 
(TAi).
 
Predominância de 
Cricotireóideos
(CT).
Nesse comportamento percebemos as 
pregas vocais mais alongadas e finas. 
Quando a pressão subglótica vence a resistência das pregas vocais,
o som é produzido. A "alquimia" do processo de fonação acontece desta forma.
 
O que antes era apenas fluxo de ar vindo dos pulmões, após causar pressão e vencer a resistência das 
pregas vocais, torna-se som.
 
Esta vibração é na verdade uma série de ciclos de "abre e fecha" 
das pregas vocais. Veja uma representação animada neste link: 
 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vocal_fold_animated.gif#/media/File:Vocal_fold_animated.
gif
 
Pregas vocais mais encurtadas e grossas tendem a vibrar mais lentamente, o que gerará uma 
quantidade menor de ciclos vibratórios por segundo. Esta coordenação tende a gerar um som mais grave.
 
Pregas vocais mais alongadas e finas tendem a vibrar mais rapidamente, o que gera uma quantidade 
maior de ciclos vibratórios por segundo. Esta coordenação tende a gerar um som mais agudo.
 
Os ciclos vibratórios podem ser mensurados pela unidade de medida Hertz, unidade esta que diz respeito 
a quantidade de ciclos vibratórios dentro de um segundo.
 
Um exemplo na realidade das pregas vocais: 
 
440 ciclos vibratórios de pregas vocais em um segundo = 440 Hz (abreviação para Hertz).
 
Quanto menor o número de Hertz, mais grave será o som.
Quanto maior o número de Hertz, mais agudo será o som.
 
Observe na imagem abaixo o aumento da quantidade de Hertz na medida em que as notas ficam mais 
agudas:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os registros vocais são tons timbristicamente semelhantes entre si, produzidos
 com mecanismo semelhante. Muitas são as divergências quanto ao assunto, mas 
ousamos abordar o tema para uma compreensão acerca dos comportamentos antagônicos 
gradativos de pregas vocais citados no treinamento Vocal Coach Essencial MMV.
Levemos em consideração a cor vermelha como sendo um comportamento de pregas 
vocais mais encurtadas e espessas, e a cor amarela como sendo um comportamento de 
pregas vocais mais esticadas e afinadas. Utilizaremos o gráfico para a compreensão da 
LÓGICA acerca dos mecanismos. Em nosso método, buscaremos uma boa transição entre 
estes mecanismos, gerando uma homogeneidade no som. Utilizaremos as nomenclaturas 
da Dra. Silvia Pinho.
MAIS ALONGAMENTO
MAIS ESPESSAMENTO
BASAL (VOCAL FRY)
TÊNUE (também conhecido 
como VOZ DE CABEÇA)
MÉDIO (também conhecido como 
MIX ou VOZ MISTA)
DENSO (também conhecido 
como VOZ DE PEITO)
ELEVADO (FALSETE) 
FLAUTA
ASSOBIO (WHISTLE)
MODAL 
REPRESENTAÇÃO
 DE POSSÍVEL
ESPESSURA DAS 
PREGAS VOCAIS
Pregasvocais mais longas e tensas, menos massa vibratória. OBS: no caso do registro 
de assobio, provavelmente não haja mais vibração nas bordas de PPVV, e sim, uma 
constrição esfinctérica.
Pregas vocais mais espessas, mais massa vibratória
 Os registros vocais são tons timbristicamente semelhantes entre si, produzidos
TÊNUE (também conhecido TÊNUE (também conhecido TÊNUE (também conhecido TÊNUE (também conhecido 
como VOZ DE CABEÇA)como VOZ DE CABEÇA)como VOZ DE CABEÇA)como VOZ DE CABEÇA)
MÉDIO (também conhecido como MÉDIO (também conhecido como MÉDIO (também conhecido como 
ASSOBIO (WHISTLE)
Pregas vocais mais longas e tensas, menos massa vibratória. OBS: no caso do registro 
de assobio, provavelmente não haja mais vibração nas bordas de PPVV, e sim, uma 
constrição esfinctérica.
Pregas vocais mais longas e tensas, menos massa vibratória. OBS: no caso do registro 
de assobio, provavelmente não haja mais vibração nas bordas de PPVV, e sim, uma 
DENSO (também conhecido DENSO (também conhecido DENSO (também conhecido 
como VOZ DE PEITO)como VOZ DE PEITO)como VOZ DE PEITO)
Pregas vocais mais espessas, mais massa vibratória
BASAL (VOCAL FRY)
DENSO (também conhecido 
como VOZ DE PEITO)
Pregas vocais mais espessas, mais massa vibratóriaMAIS ESPESSAMENTO
REPRESENTAÇÃO
 DE POSSÍVEL
ESPESSURA DAS 
PREGAS VOCAIS
MAIS ALONGAMENTO
 Ainda existem muitas divergências entre os especialistas a respeito destes 
mecanismos fisiológicos. Diante disso, vamos nos ater ao conhecimento dos 
principais termos utilizados em técnica vocal e focar principalmente na sinergia de 
coordenações para executar uma boa transição entre regiões e mecanismos de 
nossa voz.
Até hoje existe confusão a respeito dos registros vocais. Sobretudo pois por muito 
tempo, anteriormente à clareza dos exames vocais (como por exemplo a laringoscopia) e 
das ciências vocais, não se sabia exatamente como a voz era produzida. 
 
Logo, a pedagogia vocal era construída em boa parte por espelhamento neuronal, 
metáforas, sensações físicas e as nomenclaturas eram influenciadas obviamente pelo 
contexto histórico e pelas expectativas que o indivíduo tinha em relação ao som 
percebido. 
 
 Não estou dizendo que essa pedagogia não funcionava! 
Obviamente as sensações proprioceptivas e metáforas foram e ainda podem ser muito úteis 
como ferramentas pedagógicas. 
 
No entanto, nós do MMV pensamos que uma pedagogia vocal pautada apenas em 
sensações de peito e cabeça por exemplo, podem auxiliar a uns e atrapalhar a outros. 
 
Isso porque nem todos tem a mesma capacidade proprioceptiva, e as interpretações de 
sensações e metáforas podem ser subjetivas e por vezes mal interpretadas, causando mal 
entendidos.
 
 A voz de peito nada mais é do que o som que nasce de pregas vocais encurtadas e com 
bastante massa vibratória em atividade. Ou seja, as pregas vocais estão mais densas e 
o som é grave.
 
O som que nasce desta coordenação em nada acontece na região do peito ou do tórax.
 
Veja este experimento: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=wR41CRbIjV4
 
Apenas com um trato vocal sintético, foi possível a execução de diferentes vogais em 
diferentes "registros". Ou seja, mesmo sem um tórax, é possível executar o que 
antigamente chamavam de "voz de peito".
 
 
 
 
Por isso, evitaremos termos oriundos de 
sensações como voz de máscara, voz de cabeça 
e de peito, por serem em alguns casos 
possivelmente contraproducentes, já que do 
ponto de vista científico não fazem muito 
sentido. 
 
Em nosso método, optamos por apoiar-mos mais 
fortemente na compreensão fisiológica do que 
nas sensações. Portanto, utilizaremos quando 
necessário, as nomenclaturas e definições de 
registros vocais como sendo: basal, denso, 
médio, elevado, flauta e assobio, da Dra. Silvia 
Pinho. 
 
Mesmo porque, se analisarmos a fundo, além da 
voz não estar nem no peito e nem na cabeça, 
quase toda a extensão vocal pode ser mista em 
comportamento
 TAi x CT, com diferentes proporções, assim 
como nossa tabela demonstrou com as cores 
amarela e vermelha e diferentes tons de laranja.
 
Cabe ao cantor (ou ao professor) decidir qual 
estética ficará melhor para cada situação. Estas 
misturas levarão a uma voz mais leve ou mais 
pesada.
 
E sim, em alguns casos ainda nos valemos das 
sensações de peito e cabeça como ferramentas 
pedagógicas.
 
 No entanto temos notado a experiência cada 
vez menos necessária e eficiente da utilização 
de tais termos. Temos então, utilizado esse tipo 
de abordagem com pouca frequência e apenas 
em casos muito específicos, avaliados 
refinadamente por cada vocal coach.
 
 
 
 
Seth Riggs, pedagogo vocal criador do método SLS (Speech Level Singing), dizia que 
os grandes cantores têm uma capacidade de "negociar" as trocas de mecanismos 
vocais. As trocas bruscas de registros geram uma diferença de timbre e por 
consequência uma mudança estética abrupta, dando a impressão que o cantor "falhou", 
ou "desafinou". 
 
Passaggio, bridge (ponte), transição, são diferentes termos que se referem a essa 
mudança gradativa de atuação entre registros.
 
Essas transições mudam de região dependendo da fisiologia daquela voz, de quais 
vogais utilizamos, da intensidade que cantamos, da atual condição de saúde em que 
aquela voz se encontra, feedbacks acústicos e outros motivos.
 
Este é mais um dos assuntos que gera divergência entre os teóricos. Nós 
consideraremos duas principais passagens no registro modal. A primeira passagem 
acontece entre o subregistro denso e o médio. A segunda passagem acontece entre o 
subregistro médio e o subregistro tênue.[1] 
1- Singing for the stars, (1985)
2 - Richard Miller, Training Tenor Voices (Nova York: Schirmer Books, 1993) 7.
Photo on <a href="https://visualhunt.com/re/baccf0">Visualhunt.com</a>
Para elucidar as passagens de registro precisamos adentrar num outro assunto, as 
classificações vocais. Vamos antes aprender alguns conceitos:
 
 Extensão Vocal: Todas as notas que um cantor/a consegue emitir, 
confortavelmente ou não.
 
 Tessitura Vocal: Todas as notas que um cantor/a consegue emitir 
confortavelmente, com boa qualidade sonora.
 
Tanto a extensão vocal como a tessitura aumentam com um bom treino técnico 
vocal.
 
 
Nos métodos clássicos existem classificações e subclassificações vocais, medindo 
a tessitura e outras características da voz do cantor/a.
Isso porque cada autor de peça clássica, geralmente já faz cada música pensando 
em um tipo de voz para interpretá-la. Tanto pela extensão necessária quanto pelas 
características de timbre e emissão. 
 
Pense nas classificações vocais do canto erudito como um papel a ser 
representado. Existem vozes mais ou menos adequadas para cada peça clássica, 
cabe ao maestro escolher a voz que mais combina com a expectativa da sonoridade 
pretendida.
 
Photo credit: <a href="https://visualhunt.com/author/f63331">MattusB</a> on <a href="https://visualhunt.com/re/e86bfc">Visualhunt.com</a> / <a 
href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.0/"> CC BY-NC</a>
Outro caso em que as classificações vocais fazem todo sentido é em corais 
ou grupos, já que existirão diferentes "papéis" dentro de uma mesma música. 
Uns para vozes mais agudas, outros para vozes mais médias ou graves.
Photo credit: <a href="https://visualhunt.com/author/97b107">PraveenbenK</a> on <a 
href="https://visualhunt.com/re/e86bfc">Visualhunt</a> / <a 
href="http://creativecommons.org/licenses/by/2.0/"> CC BY</a>
Outro caso em que as classificações vocais fazem todo sentido é em corais 
 
 
Logo, faz sentido colocar uma voz mais aguda para fazer um "papel" onde agudos 
sejam exigidos e uma voz mais grave num "papel" onde graves sejam exigidos.
 
Aí cabe classificar cada voz,pois quer dizer que naquele momento aquela voz é a 
mais adequada para determinado "papel", exigindo menos esforço de cada cantor.
 
No entanto, uma classificação desnecessária, prematura e mal feita, pode limitar 
psicologicamente uma pessoa que ainda não teve sua voz treinada, devido aos 
paradigmas que causam frases como:
 
- Você é contralto, não pode cantar agudos!
Resultado possível: Insegurança para cantar agudos.
 
- Você é Tenor, não deveria cantar graves...
Resultado possível: Insegurança para cantar graves.
 
Não podemos esquecer-nos que o cérebro tem participação fundamental no 
acionamento de mecanismos que produzem a voz. E muito menos devemos nos 
esquecer que nossa laringe é um órgão que está sempre pronto a fechar-se ao 
menor sinal de "perigo". Uma mente cheia de paradigmas faz com que coloquemos 
um "freio de mão" em nossas possibilidades vocais, sobretudo em novas 
coordenações.
 
Por isso é essencial o cuidado com a linguagem, pois podemos tanto desbloquear 
como bloquear extensão e tessitura vocal, de acordo com a forma que 
"programamos" a mentalidade de nossos alunos em relação a suas próprias 
possibilidades vocais.
 
Em nosso método, abordaremos as classificações vocais básicas, apenas para 
compreender funções de passagem, sem subclassificações como no sistema FACH.
Levemos em consideração que a maioria dos arranjos musicais podem ser adaptados 
em diferentes tons, com diferentes intensidades e possibilidades, salvo alguns estilos 
que exigem uma interpretação fiel em todos os aspectos, como geralmente acontece
com músicas clássicas e eruditas.
 
Por isso a classificação vocal, de preferência, apenas deve ser dada ao aluno 
extremamente treinado, com voz e mentalidade bem resolvidas. Isso caso o aluno 
nos pergunte ou surja a necessidade para tal.
 
Caso contrário, fora do contexto da música clássica e erudita, se faz mais vantajosa 
a continuidade no desenvolvimento da tessitura e da extensão, evitando segregar 
tipos de vozes.
 
Vamos compreender de forma bem simples as classificações vocais femininas e 
masculinas, das vozes mais agudas para as mais graves:
 
 Masculinas
- Tenor
 - Barítono
- Baixo
 Femininas
- Soprano
 - Mezzo- Soprano 
 - Contralto
Photo credit: <a href="https://visualhunt.com/author/50cf2b">kenneth.mikko</a>
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Embora diferentes teóricos considerem a existência de várias passagens de 
registro, utilizaremos para fins pedagógicos, apenas duas principais passagens 
por tipo de voz, utilizando duas notas centrais como ponto central de 
referência. Destaque em azul para Dó central do piano.referência. Destaque em azul para Dó central do piano.
Soprano: A mais aguda das vozes femininas. 
Notas de referência: Primeira passagem Si 3 / Segunda passagem Mi 4.
Mezzo - Soprano: Possui as mesmas referências de passagens da Soprano, no 
entanto, o timbre é mais denso e encorpado.
Notas de referência: Primeira passagem Si 3 / Segunda passagem Mi 4.
Contralto: A mais grave das vozes femininas. Classificação rara.
Suas passagens estão na mesma região dos tenores.
Notas de referência: Primeira passagem Mi 3 / Segunda Passagem Lá 3.
 
Embora diferentes teóricos considerem a existência de várias passagens de 
Seguimos agora com as regiões de passagem nas classificações vocais masculinas. 
Destaque em azul para Dó central do piano.
 
Tenor: A mais aguda das vozes masculinas.
Notas de referência: Primeira passagem Mi 3 Segunda passagem Lá 3.
Barítono: Possui as mesmas referências de passagem dos tenores, mas timbre é 
mais denso e encorpado.
Notas de referência: Primeira passagem Mi 3 / Segunda passagem Lá 3.
Baixo: A mais grave das vozes masculinas. Assim como a contralto. é uma voz 
raríssima.
Notas de referência: Primeira passagem Lá 2 / Segunda Passagem Mi 3.
 
O Trato Vocal é o espaço entre as pregas vocais e os lábios (destaque em verde).
 
É neste espaço que o som fundamental emitido pelas pregas vocais é moldado, 
amplificado ou amortecido, dando formato a vogais, timbres e a diferentes 
possibilidades acústicas. O trato vocal também é conhecido como Filtro. 
 
O formato do trato vocal, também conhecido como shape ou formato da vogal, é o 
terceiro - e nem de longe o menos importante - elemento da técnica vocal. 
 
O trato vocal compreende a cavidade oral - língua, lábios, palato mole, palato duro e a 
a faringe - subdividida em rinofaringe, orofaringe e hipofaringe. 
 
Já parou pra pensar que é o moldar destes elementos que dá toda diferenciação entre 
um "i" e um "ô" por exemplo? 
 
Ao processo de enriquecimento e amplificação do som fundamental no trato vocal, dá-
se o nome de ressonância.
 
O nosso shape também é capaz de facilitar ou dificultar a vibração das pregas vocais, 
influenciando registros, devido a pressão retroflexa que este pode causar. 
Aprofundaremos este aspecto ao final do treinamento Vocal Coach MMV. 
 
 
 Photo credit: https://en.wikipedia.org/wiki/File:VocalTract.svg
pregas vocais
 
pregas vocais
trato vocal
lábio superior
lábio inferior
 úvula (campainha)
cavidade nasal palato mole
palato duro
língua epiglote (válvula que direciona 
para a laringe ou para o esôfago)
laringe
A faringe é um órgão presente em dois sistemas orgânicos: o sistema respiratório e o 
digestivo. Está situada entre o fundo da boca e do nariz, que vai até a laringe (caixa da 
voz e caminho do fluxo aéreo) e o esôfago (caminho para o estômago).
 
Na faringe ocorre a deglutição. Quando o alimento chega a orofaringe, o peso do 
alimento associado a musculatura hióidea, faz com que a epiglote (válvula de 
direcionamento para a laringe ou para o esôfago) desça, tampe o ádito da laringe e 
direcione o alimento ou substância paga o esôfago. 
 
A faringe é subdividida em 3 partes: Rinofaringe, Orofaringe e Hipofaringe.
 
Estes espaços, quando utilizados no canto como ressonadores, geram diferentes 
efeitos acústicos em nossas vozes.
 
Rinofaringe (antiga Nasofaringe) - pode ser associada ao som de [i]
Orofaringe - pode ser associada ao som de [a]
Hipofaringe (antiga Laringofaringe) - pode ser associada ao som de [u]
 
O estreitamento ou o alargamento das estruturas da laringe, alteram a amplificação de 
harmônicos na voz, valorizando uns e amortecendo outros. Teste as inúmeras 
coordenações possíveis do trato vocal, você pode se surpreender com as muitas 
possibilidades. Dica extra: Imite muitos cantores e personagens para descobrir novas 
sonoridades!
 https://pt.Faringe#/media/File:Illu_pharynx.jpg
 Rouvière, H. e Delmas, A. Anatomie Humaine Masson, Paris, 14ª Edição, 1997 
ISBN 2-225-85472-6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Faringe
Rinofaringe ou Nasofaringe
Orofaringe
Hipofaringe ou Laringofaringe
<a href='https://www.freepik.com/free-vector/a-set-of-human-mouth-a
 Lábio Inferior
Arcada Dentária Superior
Língua
Palato Duro
Arcada Dentária Inferior
Lábio Superior
Palato Mole
Amígdala Faringe
Gengiva
Soalho
Úvula
Em nossa cavidade bucal temos vários elementos que também moldam o som, trazendo 
diferentes possibilidades sonoras. O Palato (céu da boca) possui sua parte dura mais a 
frente, chamada palato duro. Mas o palato, possui também uma parte flexível, onde fica 
a úvula (campainha) mais atrás. Essa parte chama-se palato mole. Ele pode erguer-se 
e abaixar-se durante a fala e durante o canto, trazendo à tona diferentes harmônicos e 
ressaltando diferentes frequências. 
 
Outro elemento importante que modifica drasticamente os espaços no trato vocal é a 
língua. Seu posicionamento pode mudar drasticamente o resultado sonoro, amplificandoou amortecendo diferentes harmônicos. 
 
Outros fatores que influenciam o formato do trato vocal:
- A abertura da boca graças a articulação temporomandibular (ATM),
que liga o maxilar inferior ao osso temporal do crânio;
- Músculos da face, abrindo um sorriso largo ou fazendo uma 
protrusão frontal, como num bico de [u].
 
imagem: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_fon%C3%A9tico_internacional
 /ˈmænjʊəl/
Por um acaso você já foi procurar uma palavra no dicionário e encontrou algo assim 
ao lado dela?
 
Neste caso utilizaremos a palavra manual, em inglês: manual /ˈmænjʊəl/
 
Se já viu algo do tipo, então você já se deparou com o Alfabeto Fonético Internacional 
(AFI) ou em inglês The International Phonetic Alphabet (IPA).
 
Esses símbolos são comumente encontrados em dicionários bilíngues. Isto porque o 
AFI foi criado para através de símbolos, remeter a todos os sons fonéticos utilizados 
em todos os idiomas do planeta. 
 
Levemos em consideração, que o formato das letras e dos fonemas são apenas 
diferentes coordenações no formato do trato vocal. Sendo assim, sugerir vogais do 
alfabeto fonético para nossos alunos conquistarem mais leveza, mais densidade ou 
mais brilho etc, pode ser uma boa estratégia para alterações no trato vocal de forma 
simples, prática e rápida.
vogais do alfabeto fonético internacional
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_fon%C3%A9tico_internacional
Logo, compreenda o Alfabeto Fonético Internacional como uma excelente ferramenta 
para aprender a pronúncia de palavras em qualquer idioma do mundo, já que ele se atém 
a sonoridade e a entonação de sons. Mas ao mesmo tempo pode ser uma "big" 
ferramenta para manipularmos o trato vocal a partir do som!
 
Geralmente os símbolos do AFI aparecem entre colchetes como por exemplo na vogal 
[i] ou entre barras como na palavra /ˈmænjʊəl/ .
 
Quando nos depararmos com estes sinais, saberemos que estamos nos referindo a sons 
fonéticos, ou seja, nos sons da fala. E não necessariamente na forma com que a palavra 
está escrita, independentemente do idioma. Uma vogal i nem sempre terá som de [i]. 
 
Vamos entender na prática? 
Cante lentamente este trecho e observe o som de suas vogais. Perceba como são 
diferentes da escrita:
 
"percebe, e entende que os melhores amigos, são aqueles que estão em casa..."
(trecho da música Tua Família, Anjos de Resgate)
 
É possível que você tenha cantado algo como:
"perceb/i/ /i/ enten/dʒi/ qu/i/ /u/s melhores amig/u/s, são aquel/i/s que estão em 
cas/ə/..."
 
Visite agora um site de AFI e clique nos símbolos entre as barras.
http://www.internationalphoneticalphabet.org/ipa-sounds/ipa-chart-with-sounds/
 
Entendeu? Claro que todas as letras aqui poderiam ser substituídas por símbolos do 
alfabeto fonético. Mas aqui só escolhi algumas para que você percebesse as alterações 
de vogais que já fazemos no nosso dia a dia, seja cantando ou falando. Já parou pra 
pensar que os diferentes sotaques são oriundos de diferentes formatos de trato vocal?
 
Se fôssemos seguir ao pé da letra a pronúncia das vogais do português, do jeito que 
aprendemos no jardim de infância, teríamos que cantar assim este trecho:
"percebÊ Ê entendÊ quÊ os melhores amigÔs ... "
 
E isso não quer dizer que se cantássemos desta forma estaríamos cantando 
incorretamente. Em algumas regiões do Brasil talvez o cantor, devido a um regionalismo 
ou escolha estética poderia utilizar estas vogais, ou seja, estes formatos de trato 
vocal.
Existem métodos que servem-se apenas do AFI para moldar o trato vocal, e gerar determinada 
sonoridade. Outros métodos se servirão da estratégia do ensino anatomofisiológico para que o aluno 
adquira propriocepção (percepção física) do seu trato vocal.
 
Ou seja, há quem molde o trato vocal pela referência do som da vogal e há quem molde o som 
através da propriocepção.
 
No nosso caso, teremos as duas ferramentas na maleta. Levemos em consideração que não existe 
método definitivo e completo - nem mesmo o nosso. O que existe é um método disposto a evoluir com as 
necessidades de cada tempo, atento ao que surgir de novo nas ciências vocais ou até mesmo na música 
contemporânea. 
 
Esse é o nosso desafio para com a técnica vocal. Com humildade, devemos nos manter flexíveis e 
dispostos a nos "modernizar", para obter sempre melhores, mais rápidos e incisivos resultados. Afinal 
esse é o objetivo principal, não é?
 
Outro fator importante é que cada aluno tem uma forma de aprender. Para uns, a anatomofiosiologia e 
as explicações não são tão efetivas. 
Para outros - assim como este aluno que vos escreve - esta compreensão é necessária.
Cabe ao professor testar e discernir quais as linguagens mais úteis para aquele aluno ou situação, 
extraindo assim os melhores resultados! 
 
Esperamos tê-lo (a) ajudado nestas questões acerca do fenômeno voz! 
Para uma compreensão mais prática, contate-nos e conheça o nosso treinamento 
online Vocal Coach Essencial.
Um forte abraço!
 
 
Atenciosamente, 
Caio Freire - Vocal Coach fundador MMV.
Gostou deste material? Ele é apenas a ponta do iceberg.
Torne-se um Vocal Coach MMV.
Contato: caio@mixvoice.com.br
(11) 97127-6148
facebook.com/vozmmv | instagram.com/caio__freirefacebook.com/vozmmv | instagram.com/caio__freire
Projeto Gráfico: facebook.com/EvertonLopesMkt: facebook.com/
Fundador e master teacher do Modern Mix Voice (MMV), método que propõe 
soluções práticas e incisivas para os mais variados tipos de vozes, à luz da biome-
cânica vocal.
Participou de diversos cursos e capacitações na área vocal, tendo estudado com 
os principais professores de canto do Brasil.
Foi aluno da técnica IVA (Institute for Vocal Advancement) com o professor Rafael 
Barreiros (IVA coordinator) além de ter participado de workshops, masterclasses 
e aulas com renomados professores de canto internacionais como: Spencer 
Welch, Dean Kaelin, Keneth Bozeman entre outros.
Estudou piano clássico com professora Maria Luiza Zani e atualmente é aluno de 
piano MPB/Jazz do professor Eduardo Gobi. 
Na área de coaching e desenvolvimento pessoal, é certi�cado Leader Full Power.
É professor de canto há 10 anos e atende mais de uma centena de cantores. É 
também mentor de vários professores de canto pelo Brasil, presencialmente e ao 
redor de todo o mundo através de aulas e projetos online.
C a i o F r e i r e
Sobre o autor:
@caio__freire
Contribuições e revisão:
F e r n a n d a L o p e s
Graduada pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em 
Voz pelo Centro de Estudos da Voz - CEV. Pós-Graduanda em Fisiolo-
gia do Exercício pelo Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício e 
Treinamento - CEFIT.
Atualizada em cursos nacionais e internacionais, encontrou na Fono-
audiologia a oportunidade de unir sua paixão pela voz cantada com 
a ciência. Possui mais de 9 anos de experiência entre aulas de �siolo-
gia da voz cantada, atendimento/assessoria à cantores, palestras, 
workshops e atendimento clínico nas grandes áreas de linguagem, 
motricidade oral e voz.
Idealizadora do projeto Canto Consciente, organizou um curso voltado 
para a atualização técnico-cientí�ca e desenvolvimento da perfor-
mance e pedagogia vocal de professores de canto. 
@fernandalopesfono

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