Buscar

OLIVEIRA, Pablo CIDADES MÉDIAS E CENTRALIDADES AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

Prévia do material em texto

ISSN 23168161 
CIDADES MÉDIAS E CENTRALIDADES: AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO 
SUPERIOR E SEUS PAPEIS NO CONSUMO 
 
 
Pablo Muryllo de Oliveira 
Mestrando em Geografia pela FCT-UNESP de Presidente Prudente 
pablo_muryllo@hotmail.com 
 
Resumo: O intuito desse artigo é o de discutirmos a importância da universidade, principalmente 
a pública. A universidade gera centralidade, em nível intra e interurbano, articulando escalas, e 
as dimensões sociais, espaciais, econômicas e políticas. Daremos ênfase, particularmente para a 
cidade de Marília – S.P. Tendo em vista que as cidades médias passam por um momento de 
transformação da sua estruturação intraurbana e de sua posição da rede urbana. É nesse sentido, 
que vislumbramos a oportunidade de estudarmos as estruturas de ensino superior, que geram 
centralidade e assim dinamizam o consumo de bens e serviços. Nesse sentido, para o estudo que 
estamos propondo, temos que articular conceitos e dinâmicas socioespaciais de sua estruturação 
interurbana e intraurbana (SPOSITO, 2007), partindo da perspectiva analítica interescalar. 
 
Introdução 
 
O intuito desse artigo é o de discutirmos a importância da universidade, principalmente a 
pública. A universidade gera centralidade, em nível intra e interurbano, articulando escalas, e as 
dimensões sociais, espaciais, econômicas e politicas. Daremos ênfase, particularmente para a 
cidade de Marília – S.P. Esse texto surge de uma proposta de pesquisa cientifica ao nível de 
mestrado, aprovada pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da FCT-UNESP de 
Presidente Prudente. Deste modo, não contém resultados, tendo em vista que, a pesquisa está em 
seu estagio inicial. 
As cidades médias têm sido espaços urbanos de inúmeras transformações. Nelas, 
observa-se manifestação de conteúdos do fenômeno urbano, anteriormente mais observados nas 
metrópoles. Neste contexto, é que vem ocorrendo à produção de novos subcentros, que se 
materializam no espaço urbano, gerando centralidades que alteram os fluxos nestas cidades 
(SILVA, 2013). Esse processo pode ser compreendido como parte da Reestruturação Urbana, 
que são dinâmicas e processos atinentes aos espaços regionais e/ou ocorridos nos âmbitos das 
redes urbanas, e da Reestruturação da Cidade, que são dinâmicas e processos que ocorrem na 
escala intra-urbana. (SPOSITO, 2007) 
As cidades médias apresentam-se então como espaços privilegiados para o atendimento 
das necessidades de reprodução do capital, no momento e em que nelas também ocorre um 
processo de descentralização espacial do capital produtivo. Isso, porque essas cidades, além de 
situarem-se em localizações relevantes, possuem requisitos importantes quanto às redes de 
transporte e telecomunicação, e exercem uma centralidade em nível interurbano na escala 
regional, por contiguidade territorial ou não, atraindo, portanto, consumidores que buscam 
comércios e serviços diversos que não são encontrados nas cidades de menor complexidade, nas 
respectivas áreas de influência regional destas cidades médias. 
Um fato relevante a ser objeto de análise, é o consumo potencializado e realizado a partir 
da centralidade que as instituições de ensino superior geram, nos atentamos para estudarmos, 
tanto quanto, as instituições públicas e instituições privadas, pois os perfis socioeconômicos dos 
alunos que frequentam essas universidades são diferentes, o que geram diferentes escolhas no 
que refere aos espaços de consumo. 
 
ISSN 23168161 
Para a análise do processo de descentralização das atividades, propomos o estudo das 
Instituições de Ensino Superior (IES) como fator de geração de novas centralidades na cidade de 
Marília, sendo os campi da Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista 
(UNESP), Faculdade de Tecnologia de Marília (FATEC), Faculdade de Medicina de Marília 
(FAMEMA), Universidade de Marília (UNIMAR), Centro Universitário Eurípedes de Marília 
(UNIVEM), Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista (FAIP), Faculdade de Marília 
(FAMAR), Faculdade Católica Paulista (FACAP), Faculdade João Paulo II (FAJOTA). (Ver 
localização das IES na Figura 1) 
As Instituições de Ensino Superior (IES) polarizam os fluxos de chegada e partida de 
diversos estudantes, além de uma população, quase que fixa, de docentes e funcionários técnico-
administrativos da unidade. Os discentes e docentes moram e consomem produtos e serviços na 
cidade em que a universidade está instalada, sejam com os salários dos professores e 
funcionários ou com as bolsas de permanência, de iniciação cientifica ou de pós-graduação. 
Enfim, são recursos oriundos dos impostos recebidos pelo Governo do Estado de São Paulo, via 
Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e Prestação de Serviço (ICMS), repassados 
as universidades públicas do Estado. 
 
 
Figura 1: Marília. Localização das Instituições de Ensino Superior. (Fonte: Google Earth, 2016) 
 
 
ISSN 23168161 
Marília é uma cidade que está localizada na área do Centro-Oeste Paulista (vide mapa 1), 
sendo protagonista em sua área de influência. Com uma população estimada para 2016 de 
233.639 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE, 2016) é uma 
cidade que tem sua economia pautada na indústria e no setor de comércio e serviços. É uma 
cidade que surge do contexto da expansão cafeeira, ocorrida no fim do século XIX e inicio do 
século XX (IBGE, 2016), um município ainda muito jovem, mas que já detêm o status de 
“Capital Nacional do Alimento”, por ter cerca de 1.100 indústrias do ramo alimentício. 
 
 
Mapa 1: Localização do município de Marília. Elaboração: OLIVEIRA, 2016 Fonte: IBGE, 2016. 
 
Tendo em vista que as cidades médias passam por um momento de transformação da sua 
estruturação intraurbana e de sua posição da rede urbana. É nesse sentido, que vislumbramos a 
oportunidade de estudarmos as estruturas de ensino superior, que geram centralidade e assim 
dinamizam o consumo de bens e serviços. 
Para sintetizar a importância do debate em torno dessa temática nos baseamos nas 
palavras de Junior e Santos (2009, p. 359), quando os autores afirmam que: 
 
Neste sentido a análise da centralidade urbana, apresenta a interdependência 
entre dinâmicas que envolvem a estruturação interna das cidades, desde a nova 
localização dos equipamentos de comércio e de serviços, o uso do automóvel, 
como também outros aspectos presentes, não somente em metrópoles e grandes 
centros, mas também, em cidades médias. Percebe-se ainda a necessidade de 
analisar as especificidades do processo de redefinição da centralidade em cada 
cidade, ou seja, de suas dimensões, localizações e outros aspectos particulares. 
 
 
ISSN 23168161 
Neste sentido, é importante destacar a importância do debate do tema, assim como 
reforçar e articular os conceitos que serão explorados e estudados durante a pesquisa. Iremos 
trabalhar com as transformações ocorridas no espaço intraurbano de Marília. Processo 
socioespacial que tem como um dos catalisadores, a influência das IES presentes nela. 
Esforçaremos nos para entender as dinâmicas e os processos de produção do espaço urbano que 
ocorrem em Marília. Tendo como foco, as transformações já consolidadas no espaço. O processo 
histórico será importante para entendermos os processos de formação das centralidades, mas não 
terá protagonismo nessa pesquisa. 
 
 
Cidades Médias e a descentralização das atividades econômicas. 
 
Para elaborarmos um arcabouço teórico – metodológico, que nos de suporte para essa 
pesquisa, foram explorados os conceitos de Centro, Centralidade e Cidades Médias, no âmbito 
do consumo. Esses conceitos se articulam no sentido de entendermos as dinâmicas do parCentro-Periferia. Esse processo que já foi estudado em Metrópoles, agora tem sua dinâmica 
evidenciada nas Cidades Médias. Percebe-se essa dinâmica quando surgem outras áreas, dentro 
do espaço urbano, que geram centralidade, tanto no intraurbano, como também, reforçam as 
centralidades da cidade média na escala regional. 
Primeiramente, precisamos entender o que é uma cidade média, e principalmente, como 
compreende-las em sua estruturação e articulação no âmbito da rede urbana. Inicialmente, de 
acordo com Corrêa (2007), buscaremos as relações entre tamanho demográfico, funções urbanas 
e organização do espaço intraurbano dessas cidades. O tamanho demográfico delas é umas 
dessas variáveis a serem consideradas, mas valem mais se, compreendido com as funções e os 
papeis urbanos que nos ajudam a explicar a dinâmicas multi e interescalar, com as quais os 
processos são espacializados nestas cidades. Pois duas cidades podem ter o mesmo tamanho 
demográfico, mas não exercer as mesmas funções urbanas, e assim, não se caracterizar como 
uma cidade média na rede urbana. Essas variáveis combinadas com a posição geográfica relativa 
nos traz uma primeira noção de como pensarmo-las. Assim: 
 
Isto significa afirmar que na construção de um objeto de estudo qualificado 
como cidade média, é necessário que não se considere isoladamente cada um 
dos três pontos aqui apresentados – tamanho demográfico, funções urbanas e 
organização do espaço intra-urbano – mas uma particular combinação deles. 
Isso torna a tarefa mais difícil, mas, por um outro lado, permite a elaboração de 
um quadro teórico mais consistente, evidenciando a unidade da cidade como 
ponto funcional em uma dada rede urbana e como organização, em outra escala, 
do espaço interno. (CORRÊA, 2007, p.25). 
 
 
Essas cidades médias são vistas como nós importantes na rede urbana em escala regional 
e nacional. Não é simplesmente reprodução da metrópole em uma menor escala, elas detêm uma 
complexidade ampla, notadamente quando percebemos seu papel de intermediação em face da 
rede urbana, e não apenas hierarquicamente, mas heterarquicamente, como propõe Catelan 
(2013), uma intermediação entre os diferentes níveis escalares. Assim, nossa análise fica mais 
complexa, pois parte da ideia de que essas cidades são resultados de lógicas locais e globais, 
influenciando e sendo influenciadas. Sendo que com a presença de agentes e empresas, que 
trazem a elas elementos e dinâmicas comuns à escala global, sendo que esta inserção na rede 
global articula e reforça os seus papeis e funções perante rede (material e imaterial), seja ela de 
âmbito regional e local (DIAS, 2005). Inserção que só foi possível com o incremento tecnológico 
 
ISSN 23168161 
dos meios de telecomunicação e transporte, que dinamizaram as relações entre as cidades. Nesse 
contexto, é relevante nos atentarmos para as interações espaciais urbanas intercalares 
(CATELAN, 2013) das cidades médias, pois essa inserção em uma escala mais ampla e 
complexa dinamiza e reestrutura seu espaço intra e interurbano. 
 
Subjacente às ideias aqui expostas está, em primeiro lugar, a rede urbana 
brasileira, na qual a cidade média é importante nó e de onde é possível pensa-la 
como tal. Em segundo lugar, a rede urbana global, em relação a qual à cidade 
média pode ser vista como um nó menos importante. (CORRÊA, 2007, p.23). 
 
Como vemos a definição de cidade média ainda está em construção. É um conceito amplo 
e complexo, que detém diversas variáveis analíticas, assim como diversos autores que se 
esforçam para defini-la. A dificuldade de definição parte desde as transformações recorrentes no 
espaço urbano e intraurbano dessas cidades, como também na reconfiguração de suas funções 
urbanas em múltiplas escalas. (SPOSITO, 2007) 
 
Em outras palavras, nota-se que é crescente a dificuldade na definição de 
cidades médias quando parte-se de um nível de escala local ou microrregional 
para a mundial, passando por todas as escalas que se possam considerar entre 
essas duas extremidades. (JÚNIOR, 2008, p.208). 
 
No sentido de entendermos as dinâmicas que ocorrem no espaço urbano de uma cidade 
média nos atentamos a alguns equipamentos urbanos que geram centralidade. A centralidade 
pode ser definida por Silva (2013) “seria uma capacidade de polarização, de atração e 
dispersão/controle dos fluxos que depende fundamentalmente da densidade de fixos que o centro 
possui.” (p. 2). A centralidade é cambiante, pois nos traz uma compreensão a partir da interação 
entre localizações, sendo assim, podemos nos atentar não apenas para uma centralidade no nível 
intraurbano, mas também para o nível das redes urbanas, aonde elas se sobrepõem 
(WHITACKER, 2007). No sentido de entendermos a centralidade e adensar o debate sobre tal, 
acrescentaremos a visão de Lefebvre (2001), que expõem a ideia de que a centralidade além de 
ter o sentido supracitados, carrega consigo a dimensão da simbologia e do conteúdo social, 
expressada pelos fluxos que define e redefine as centralidades geradas por cada localização 
espacial dos equipamentos urbanos, que mantem o processo de dispersão e/ou atração. 
Em nosso caso, esses equipamentos urbanos são as Instituições de Ensino Superior (IES), 
a partir da centralidade gerada por essas IES, o que queremos entender com essa proposta de 
pesquisa, e se surgem estabelecimentos comerciais ou prestadoras de serviços, nas proximidades 
dessas IES, como por exemplo: bares, mercados, lanchonetes, etc., para atender a demanda que 
foi criada pelos frequentadores dessas IES, formando um novo centro. O centro pode ser 
definido como: 
 
[...] uma realidade material, historicamente produzida, que resulta da ação 
convergente, ao longo do tempo, de inúmeros agentes, que a partir de suas 
ações individuais contribuem para a conformação do centro. (SILVA, p. 2, 
2013). 
 
Para designarmos esses espaços de comércio e serviços, que não é o centro principal, 
usaremos a expressão subcentro. (VILLAÇA, 2001). Sendo assim: 
 
O subcentro consiste, portanto, numa réplica em tamanho menor do centro 
principal, com o qual concorre em parte sem, entretanto, a ele se igualar. (...) A 
 
ISSN 23168161 
diferença é que o subcentro apresenta tais requisitos apenas para uma parte da 
cidade e o centro principal cumpre-se para toda a cidade. (VILLAÇA, 2001, p 
293). 
 
É relevante destacar a construção da centralidade comparando-se o centro comercial 
principal e os subcentros, entretanto, não do ponto de vista da hierarquização espacial e da 
densidade de comércio entre estes, mas, sobretudo, da articulação escalar presentes nas lógicas 
de atuação e das empresas que os compõem. O centro e os subcentros são redefinidos em suas 
diferentes funções no espaço intraurbano e na rede regional de influência das cidades médias. 
Dentre os processos socioespaciais que mais chamam a atenção para tratarmos desta 
relação colocamos em foco nos efeitos espaciais do processo de globalização (SANTOS, 2013) 
que vem transformando nossa sociedade contemporânea, tanto as relações sociais, como a 
produção dos espaços urbanos e rurais, impondo suas lógicas, principalmente no que tange ao 
consumo. Em pesquisa anterior, no âmbito de iniciação científica (monografia), intitulada de 
“Globalização, consumo e cidades médias: o complexo arranjo em redes hierárquicas e 
heterarquicas”, constatamos que a relação multi e interescalar de atuação dessas cidades é 
solidas, e que não podemos menosprezar. Desse modo, é importante ressaltar que o processo de 
globalização é mais amplo e complexo, mas, daremos ênfase para o consumo como articulador 
desse processo. Assim, os fluxos e os fixos, que geram e reforçam as centralidades, são 
potencializadospelas demandas de consumo geradas a partir dos estudantes. 
Nas cidades médias, essa transformação do espaço urbano reverbera em sua estrutura 
urbana e ampliam-se seus papeis na rede urbana, fortalecendo sua centralidade como receptora 
de fluxos advindos de sua área de influência. Com uma multiplicidade de centros, a disposição 
de fixos aumenta, dinamizando os processos de transformação no intraurbano e no interurbano, 
reestruturando sua morfologia urbana e suas funções na rede urbana. (SPOSITO, 2007). Por fim: 
 
De forma geral, quanto maior o acúmulo de fixos no centro, maior a capacidade 
que ele terá para organizar os fluxos que a partir dele convergem/divergem e 
igualmente conseguirá organizar esses fluxos em uma maior área. Por outro 
lado, quanto mais intensos os fluxos que convergem/divergem a partir de um 
centro, maior o estímulo para investimentos nesse centro, o que por sua vez, 
reforça a sua centralidade. (SILVA, 2013, p. 5). 
 
Mas por outro lado: "Esse movimento envolve fixos e fluxos que geram crescimento 
econômico, mas, por outro lado, resulta na especulação imobiliária, na favelização e na exclusão 
de muitos". (GUSMÃO, 2011) 
Nesse sentido, para o estudo que estamos propondo, temos que articular conceitos e 
dinâmicas socioespaciais de sua estruturação interurbana e intraurbana (foco da pesquisa) 
(SPOSITO, 2007), partindo da perspectiva analítica interescalar. As cidades médias são espaços 
que tem suas especificidades e suas particularidades, sendo assim, os processos socioespaciais 
que ali ocorrem são distintos, tanto em comparação as metrópoles, como também em cidades de 
mesmo nível na hierarquia urbana. Propomo-nos então, a observar as transformações ocorridas 
no espaço intraurbano da cidade de Marília, focando no consumo que se formou a partir das 
necessidades dos frequentadores das IES, já que a cidade passa por esse processo de 
descentralização das atividades econômicas, características de uma nova forma de acumulação 
do capital. Sendo assim, temos duas principais perspectivas para análise que propomos a 
desenvolver. A primeira diz a respeito aos subcentros, se as IES, com sua centralidade, formam-
na. A outra se dá no intuito de entendermos a relação da centralidade exercida por essas 
instituições no espaço intraurbano de Marília, não ficaremos restritos apenas a formação e 
consolidação dos subcentros. 
 
ISSN 23168161 
Esses resultados ao final nos trarão as perspectivas do objeto de estudo em questão, não o 
esgotando, mas sim trazendo contribuições que completarão as outras pesquisas que tem a 
temática das cidades medias e as universidades, enquanto agentes causadores e fortalecedoras 
das centralidades intra e interurbana. 
 
Considerações Finais 
 
Marília com sua comunidade acadêmica detêm uma função importante, que é a 
universitária, e um papel significativo na rede urbana, trazendo oportunidades para as populações 
que não estão nos grandes centros urbanos. Assim sendo, essa comunidade composta por: 
professores, alunos e servidores técnico-administrativos, consomem produtos e serviços na 
cidade. Esse consumo vai desde produtos alimentícios básicos ao consumo de lazer e produtos 
mais sofisticados. A comunidade acadêmica exige uma quantidade e variedade de produtos e 
serviços para a manutenção de um bom “andamento” de sua pratica cotidiana. 
Por fim, esse artigo inicia um debate sobre a relevância e o papel da universidade nos 
processos de Reestruturação Urbana e da Cidade (SPOSITO, 2007), e da criação de centralidades 
em cidades médias. Analisando, deste modo, as interações entre fixos, fluxos, espaço e tempo, 
seja em cidades pequenas, médias ou grandes. 
 
Bibliografia 
 
AMORIM FILHO, O. B. Origens, evolução e perspectivas dos estudos sobre as Cidades 
Médias. In: SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. (Org.). Cidades Médias: espaços em 
transição. 1ed. São Paulo: Expressão Popular, 2007, v., p. 69-87. 
 
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria / 
Zigmunt Bauman; tradução Carlos Alberto Medeiros. – Rio de Janeiro: Zahar, 2008. 
 
BRANCO, M.L.G.C. Algumas considerações sobre a identificação de cidades médias. In: 
SPOSITO, Maria Encarnação B.. (Org.). Cidades médias: espaços em transição. 1ed. São Paulo: 
Expressão Popular (Coleção Geografia em Movimento), 2007, v.1, p.89-102. 
 
CAIADO, Aurílio Sergio Costa. Dinâmica Socioespacial e a Rede Urbana Paulista. São Paulo 
em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v. 9, n.3, 1995. 
 
CATELAN, Márcio José. Heterarquia Urbana e interações espaciais interescalares: 
proposta analítica para estudos na rede urbana. In: XIII Simpósio Nacional de Geografia 
Urbana, 2013, Rio de Janeiro. Ciência e Ação Política: por uma abordagem crítica, 2013. V. 13. 
 
CORREA, R. L. A.. Construindo o conceito da cidade média. In: Maria da Encarnação 
Sposito. (Org.). Cidades Médias - Espaços em Transição. São Paulo: Expressão Popular, 2007, v. 
1, p. 15-25. 
 
CORREA, Roberto Lobato. Globalização e Reestruturação da Rede Urbana – uma nota sobre 
as pequenas cidades. Revista TERRITORIO, ano IV, n° 6, jan./jun.1999. 
 
CORRÊA, Roberto Lobato. Uma nota sobre o urbano e a escala. Revista Território - Rio de 
Janeiro - Ano VII – n° 11, 12 e 13, p.133 – 136, set./out. 2003. 
 
 
ISSN 23168161 
DAMIANI, Amélia Luisa. Cidades médias e pequenas no processo de globalização. 
Apontamentos bibliográficos. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, San 
Pablo. Diciembre 2006. 
 
ELIAS, Denise. Agricultura e produção de espaços urbanos não metropolitanos: notas 
teórico-metodológicas. In: SPOSITO, Maria Encarnação B.. (Org.). Cidades médias: espaços 
em transição. 1°ed. São Paulo: Expressão Popular (Coleção Geografia em Movimento), 2007, 
v.1, p. 113-132. 
 
GUSMÃO, Adriana D. F. Ensino Superior e a dinâmica dos Fixos e Fluxos em Vitoria da 
Conquista – BA. In: VIII Encontro Baiano de Geografia / X Semana de Geografia da UESB, 
2011, Vitória da Conquista. VIII Encontro Baiano de Geografia, 2011. 
 
JÚNIOR, Gilberto Alves de Oliveira. Redefinição da Centralidade Urbana em Cidades 
Médias. Sociedade & Natureza, Uberlândia, 20 (1): p. 205-220, jun. 2008. 
 
JUNIOR, Wilson Martins Lopes; Santos, Regina Celia Bega dos. Novas centralidades na 
perspectiva da relação centro – periferia. Sociedade & Natureza, Uberlândia, 21 (3): p. 351-
359, dez. 2009. 
 
LEFEBVRE, Henri. O Direito à Cidade. Tradução: Rubens Eduardo Frias. São Paulo: 
Centauro, 2001. 
 
MAIA, Doralice Sátyro. Cidades Pequenas: como defini-las? Apontamentos para os estudos 
sobre as cidades pequenas. 
 
MOTTA, Diana Meirelles da; Ajara, Cesar. Configuração da Rede Urbana do Brasil. Revista 
Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n. 100, p. 7-25, jan./jun. 2001. 
 
OLIVEIRA, Bianca Simoneli de. Rede Urbana Brasileira: algumas reflexões teóricas. Revista 
Formação, n.15 volume 2 – p.100-109. 
 
PEREIRA, Sílvia Regina. Expansão e estruturação no espaço urbano de Presidente 
Prudente-SP. Formação – Edição Especial. Presidente Prudente- SP, ed.13, v. 2, p. 55-72, 2002. 
 
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único á consciência 
universal / Milton Santos. – 23° ed. – Rio de Janeiro: Record, 2013. 
 
SANTOS, Cilícia Dias dos. A formação e produção do espaço urbano: discussões 
preliminares acerca da importância das cidades médias para o crescimento da rede urbana 
brasileira. G&DR • v. 5, n. 1, p. 177-190, jan-abr/2009, Taubaté, SP, Brasil. 
 
SANTOS, Janio. Centro, Sub-centros e novas Centralidades na Metrópole Soteropolitana. 
 
SANTOS, Sarah Maria Monteiro dos et al. São Paulo: Dinâmica Urbano-regional do estado. 
In: Dinâmica urbano-regional:rede urbana e suas interfaces / org: Rafael Henrique Moraes 
Pereira, Bernardo Alves Furtado – Brasília: IPEA, 2011. 
 
 
ISSN 23168161 
SILVA, Oséias Teixeira da. O Conceito de Centro e Centralidade como um instrumento de 
compreensão da realidade urbana. XIII SIMPURB. UERJ. Rio de Janeiro, 2013. 
 
SOARES, Beatriz Ribeiro. Repensando as cidades médias brasileiras no contexto da 
globalização. Formação, Presidente Prudente, n.6, p. 55-63, 1999. 
 
SPOSITO, M. E. ; ELIAS, Denise; SOARES, B.; MAIA, D. S. Edvânia Torres. O estudo das 
cidades médias brasileiras: uma proposta metodológica. In: SPOSITO, Maria Encarnação B.. 
(Org.). Cidades médias: espaços em transição (coleção Geografia em Movimento). 1ed. São 
Paulo: Expressão Popular, 2007, v.1, p.35– 65. 
 
SPOSITO, M. Encarnação Beltrão. Cidades médias: reestruturação das cidades e 
reestruturação urbana. In: Maria Encarnação Beltrão Sposito. (Org.). Cidades médias: espaços 
em transição. 1ed. São Paulo: Expressão Popular, 2007, v. 1, p. 233-253. 
 
SPOSITO, M. E. B. O ‘chão’ em Presidente Prudente: a lógica da expansão territorial 
urbana. 1983. 230 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Geociências e Ciências 
Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1983. 
 
WHITACKER, A. M. A produção do espaço urbano em Presidente Prudente - SP: uma 
discussão sobre a centralidade urbana.não publicado, 1997 (Dissertação). 
 
WHITACKER, A. M. Reestruturação Urbana e Centralidade em São José do Rio Preto - 
SP. não editado, 2003 (tese). 
 
WHITACKER, A. M. Uma discussão sobre a morfologia urbana e a articulação de níveis 
diferentes de urbanização. In: Maria Encarnação Beltrão Sposito. (Org.). Cidades médias: 
espaços em transição. 1ed. São Paulo: Expressão Popular, 2007, v.1. , p. 139-156. 
 
Web sites consultados 
 
Sistema de Regulação do Ensino Superior e-MEC<http://emec.mec.gov.br/>. Acesso em: 
03/10/2016. 
 
IBGE Cidades 
<http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=352900&search=||infogr%E1f
icos:-informa%E7%F5es-completas>. Acesso em: 03/10/2016. 
 
Website oficial da prefeitura de Marília< http://www.Marília.sp.gov.br/prefeitura/> Acesso em: 
03/10/2016.

Continue navegando