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INTERPRETAÇÃO O MORCEGO

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Colégio Tiradentes da Polícia Militar de MG – Barbacena 
Língua Portuguesa – 3º ano EM 
Professora Andréia Campos 
 
 
ATIVIDADE 1 
 
 
 O morcego 
 
 
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. 
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: 
Na bruta ardência orgânica da sede, 
Morde-me a goela igneo e escaldante molho. 
 
"Vou mandar levantar outra parede..." 
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho 
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, 
Circularmente sobre a minha rede! 
 
Pego de um pau. Esforços faço. Chego 
A tocá-lo. Minh'alma se concentra. 
Que ventre produziu tão feio parto?! 
 
A Consciência Humana é este morcego! 
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra 
Imperceptivelmente em nosso quarto! 
 
ANJOS, Augusto dos Anjos. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. 
................................................................................................................ 
 
1- Em que pessoa está escrito “O morcego”? 
2- É possível afirmar que esse texto é dirigido a uma segunda pessoa? Transcreva um verso que comprove a sua 
resposta. 
3- Releia atentamente o primeiro verso de “O morcego”. O que o poeta procura fixar logo nesse primeiro 
momento? 
4- Comente a sequência explorada por Augusto dos Anjos ao longo das quatro estrofes desse soneto. 
5- Esse texto está todo centrado na utilização de uma figura de linguagem. Qual é essa figura? 
6- Explique o emprego da palavra gente no último verso. 
7- Para o poeta há uma alguma possibilidade de o homem fugir de sua própria consciência?

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