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MERCADO FINANCEIRO

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MERCADO FINANCEIRO
AULA 01 –CONTEUDO ON LINE
PANORAMA DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL
	Segundo o Banco Central do Brasil, o Sistema Financeiro Nacional pode ser dividido historicamente em seis fases. 
1808 a 1914
Em 1808 surge o primeiro Banco do Brasil com funções de banco central e banco comercial, o qual foi dissolvido em 1829. 
Em 1906 surge o atual Banco do Brasil. 
Em 1910 o Brasil possuía 16 bancos nacionais e 5 estrangeiros.
1914 a 1945
Os bancos desenvolvem-se com relativa segurança, sustentando as mudanças que ocorrem na estrutura produtiva do País. 
Em 1920 é criada a Inspetoria Geral dos Bancos. Nesta fase, o país contava com 2074 instituições financeiras e a estrutura existente não atendia às necessidades.
1945 a 1964
É criada a Superintendência de Moeda e Crédito e havia a coexistência de vários órgãos com atribuições de Autoridade Monetária. 
É criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (1952), o Banco do Nordeste do Brasil e o Banco da Amazônia.
1964 a 1988
Ocorre a implementação de mudanças estruturais no sistema financeiro com destaques para as seguintes leis: 
• Lei da Correção Monetária (4357/64);
• Lei do Plano Nacional da Habitação (4380/64);
• Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4595/64);  
• Lei do Mercado de Capitais (4728/65);
• Lei da CVM (6385/76, alterada pela Lei 10411/02);
• Lei das S.A (6404/76, alterada pelas leis 9457/97 e 10303/01).  
1988 a 1994 
As funções da autoridade monetária passam a ser exclusivamente exercidas pelo Banco Central do Brasil (BCB) e suas atividades atípicas são transferidas para o Tesouro Nacional (TN). 
Os empréstimos diretos ou indiretos do BCB para o TN, ou qualquer entidade que não fosse uma instituição financeira, ficam proibidos. 
Surge a Resolução CMN nº 1.524/88, que permite a criação dos chamados Bancos Múltiplos.
A partir de 1994
Surge a Resolução CMN nº 2.099/94 sobre a exigência de capital e patrimônio líquido.
Houve o enxugamento do sistema financeiro, mediante liquidações, fusões e incorporações, bem como o aumento do interesse de grandes bancos estrangeiros em operar no Brasil.
Sistema Financeiro Nacional sofreu uma grande transformação depois de 1964, através das Leis Básicas de Reordenamento da Política Econômica Brasileira, citadas na 4ª Fase. São elas:
LEI DE CORREÇÃO MONETÁRIA (4357/64)
LEI DO PLANO NACIONAL DE HABITAÇÃO (4380/64)
LEI DA REFORMA BANCÁRIA (4595/64)
LEI DO MERCADO DE CAPITAIS (4728/65)
LEI DA CVM (6385/76)
LEI DAS SAS (6404/76)
LEI DE CORREÇÃO MONETÁRIA  (4357/64)
QUAIS OS PROBLEMAS?
A inflação superava historicamente os 12% aos anos.
Lei da usura 12% ao ano – limitava os juros.
Empresas e indivíduos preferiam aplicar no mercado do que honrar seus compromissos tributários.
O governo não podia se financiar emitindo títulos próprios e emitia moeda.
Os valores históricos das contas patrimoniais eram distorcidos e afetavam a base de cálculo de impostos e taxas.
Quais as soluções?
Instituiu as normas de indexação dos débitos fiscais.
Generalizou-se por todas as exigibilidades, toda a economia.
Criou títulos públicos federais de crédito com claúsulas de correção monetária e juros: Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN).
QUAL O DESTINO?
Antecipar receitas, cobrir déficit público, promover investimentos etc
Observações: 
O artigo 14 da Lei criou os incentivos fiscais. Verificamos 3 grandes tentativas de extinção da correção monetária.
Plano Cruzado (1986): ORTN deixou de ser reajustada e passou a chamar-se OTN.
Plano Collor II (1992): índices foram extintos e criou-se a TR (Taxa Referencial).
Plano Real (1994): manteve-se a TR anual; Contratos, reajustes, dissídios, etc.; Medida Provisória 1106 – Agosto / 1995; foram criados a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) par financiamentos do BNDES, a Taxa Básica de Juros (TBF), Banco Central do Brasil (BACEN) para rendimentos do mercado financeiro e a Unidade Fiscal de Referência (UFIR) já extinta.
LEI DO PLANO NACIONAL DE HABITAÇÃO (4380/64)
QUAIS OS PROBLEMAS?
A recessão econômica nos anos 60 mantinha o setor de construção civil estagnado. 
O Estado (governo) não tinha condições de criar postos de trabalho para mão de obra desqualificada.
QUAIS AS SOLUÇÕES:
Criar empregos na indústria de construção civil.
Criação do Banco Nacional da Habitação (BNH) que atuaria como banco de desenvolvimento e fomento.
Sistema financeiro para prover recursos para construção de casas populares e obras de saneamento.
Unidade Padrão de Capital (UPC) moeda própria do sistema.
Títulos específicos para o segmento, tais como Cédulas Hipotecárias, Letras Imobiliárias e Depósitos em Caderneta de Poupança.
Posteriormente incluído o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
LEI DA REFORMA BANCÁRIA (4595/64)
QUAL O PROBLEMA?
	Os órgãos de aconselhamento e gestão da política monetária, de crédito e das finanças públicas concentravam-se no Ministério da Fazenda e na Superintendência da Moeda e do Crédito do banco do Brasil (SUMOC).
QUAL A SOLUÇÃO?
Criou-se órgãos de cúpula do Sistema Financeiro: O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco do Brasil (BACEN).
Surgiram então as novas normas operacionais, rotinas de funcionamento e procedimentos de qualificação, pelas quais a rede de instituições financeiras e de distribuição de investimentos passou a reger-se.
Observações
	Foi feita a indução ao processo de concentração a partir de 1967, quando começaram a consolidar-se os principais conglomerados financeiros da recente história econômica brasileira.
	Em 21 de Setembro de 1988, foi aprovada pelo Conselho Monetário nacional a Resolução nº i524, criando o Banco Múltiplo.
LEI DO MERCADO DE CAPITAIS (4728/65)
QUAL O PROBLEMA?
	O processo de popularização do investimento estava contido. Havia uma nítida preferência por imóveis de renda que significavam reserva de valor.
QUAIS AS SOLUÇÕES?
	Normas e regulamentos básicos para estruturação de um sistema de investimentos.
LEI DA CVM (6385/76)
O QUE DETERMINA?
	Transfere do Banco Central toda a estrutura de legislação, fiscalização, registros e regulamentação diretamente ligados ao mercado de valores mobiliários, incluindo ações e debêntures.
LEI DAS SAs (6404/76)
QUAL O PROBLEMA?
	Atualizar a legislação sobre as Sociedades Anônimas Brasileiras (Composição acionária, comercialização de ações e debêntures, modernização do fluxo de informações).
QUAL A SOLUÇÃO?
	Regulamentou a vida legal das Companhias – características, constituição, composição acionária, padronização das demonstrações financeiras etc
Pode-se dizer também que é o local onde o dinheiro é gerido, intermediado, oferecido e procurado, por meio de canais de comunicação que se entrelaçam na formação de sistemas.
O mercado nada mais é do que um grande fundo, do qual se pode sacar ou no qual se pode depositar recursos. 
É nele que se determina uma das variáveis cruciais da economia – a taxa de juros – que representa os termos em que se podem realizar transferências intertemporais de recursos.
Artigo 17 da Lei 4595/64
Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. 
Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou eventual.
	As instituições financeiras que operam no mercado financeiro podem ser classificadas de duas formas.
De acordo com a natureza das obrigações que emitem:
	Esse critério permite classificar as instituições financeiras em:
• Bancárias/Monetárias: os bancos comerciais, por exemplo, podem ser classificados como instituições monetárias, a quem se permite criação de moeda, uma vez que captamdepósitos à vista, emprestam esses recursos e mantêm conta de reserva  junto ao Banco Central. 
• Não monetárias: não multiplicam a moeda, como as Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários, Bancos de Investimento, Sociedades de Crédito de Financiamento e Investimento (Financeiras).
De acordo com tipos de operações que estão autorizadas a realizar
	Esse critério permite classificar as instituições financeiras em:
• Instituições de crédito/Intermediários financeiros: emitem seus próprios passivos, captando poupança diretamente do público por sua própria iniciativa e responsabilidade e, posteriormente, aplicam esses recursos junto às empresas, através de empréstimos e financiamentos, como é o caso dos bancos comerciais.
• Instituições auxiliares/Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários: colocam em contato os investidores, como as Bolsas de Valores por exemplo, que por intermédio dos corretores de valores encontram quem queira vender ações, quem queira comprá-las e vice-versa.
O Sistema Financeiro Nacional é composto pelos seguintes órgãos normativos
Veja quais são entidades supervisoras do Sistema Financeiro Nacional
No grupo das instituições operadoras estão as instituições Financeiras que atuam junto ao público em geral.
Segundo Pinheiro, a instituição bancária aceita fundos das unidades superavitárias e os concede em crédito às deficitárias mediante empréstimos e compra de títulos.
As instituições bancárias são caracterizadas pela captação de depósitos à vista, livremente movimentados por meio de cheques emitidos pelos clientes depositantes. Em função disso, elas podem ser caracterizadas também pela faculdade de emissão de moeda escritural.
	Os bancos destacam-se entre as instituições financeiras captadoras de depósitos à vista onde se inserem.
	O banco pode afetar a oferta monetária na economia. Isso ocorre em duas situações:
Quando o banco mantém 100% dos depósitos em reservas monetárias. (Nesse caso, a oferta monetária na economia não é afetada).
Quando o banco empresta parte dos depósitos (Nesse caso, a oferta monetária na economia é afetada).
	Pode-se analisar o Balanço Patrimonial de um banco comercial típico com base em um fluxo financeiro, no qual:
As contas passivas representam as obrigações que o banco tem com seus clientes; e
As contas ativas representam as obrigações que os clientes têm junto ao banco (também é notada a possibilidade do BACEN intervir sobre ambas as contas).
A administração eficiente do fluxo determinará o resultado que Serpa auferido pela instituição. Veja no esquema como é a atividade bancária.
BOLSA DE VALORES: EMPRESAS DO GRUPO BM&F BOVESPA
	Com a incorporação da BM&F e das ações da Bovespa Holding pela BM&F Bovespa, a estrutura societária passou a ser a seguinte:
Antes da transformação em Sociedade Anônima de Capital Aberto, a Bolsa de Valores e a Bolsa de Mercadorias e Futuros eram associações civis sem fins lucrativos.
Seus patrimônios eram representados por títulos que pertenciam Às Sociedades Corretoras, que estão sujeitas à supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e obedecem às diretrizes e políticas do Conselho Monetário Nacional.
Conheça agora outras entidades do Mercado Financeiro
ENTIDADES LIGADAS AOS SISTEMAS DE PREVIDÊNCIA E SEGURO: 
- Entidades Abertas De Providencia Privada Complementar
- Sociedades Seguradoras
- sociedades de capitalização
- Entidades Fechadas de Previdência complementar
OUTRAS ENTIDADES RELEVANTES
- Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)
-CETIP S.A – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos
-Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC)
-Agentes Autônomos de Investimento
-Investidores qualificados e investidores não residentes
PRINCIPAIS ASSOCIAÇÕES DO MERCADO FINANCEIRO:
- ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais
- ANCOR – Associação Nacional das Corretoras de Valores Câmbio e Mercadorias
- APIMEC – Associação dos Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais
ORGANISMOS FINANCEIROS INTERNACIONAIS:
-Fundo Monetário Internacional (FMI)
-Banco Mundial
-Banco para pagamentos Internacionais
- Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
=> SISTEMA FINANCEIRO: É o conjunto de instituições e instrumentos financeiros.
=> OFERTADORES FINAIS: Estão em posição de débito financeiro – são aqueles que pretendem gastar (consumo/investimento) menos que sua renda.
=> TOMADORES FINAIS: São os que possuem superávit financeiro, isto é, aqueles que pretendem gastar menos que sua renda.
=> ÓRGÃOS NORMATIVOS: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho nacional de seguros privados (CNSP) e Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) constituem os _______
=> ENTIDADES SUPERVISOR: Banco Central do Brasil (BACEN), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e Superintendência Nacional de Previdência Complementar.
=> Bancos Múltiplos, Bancos Comerciais, Caixa Econômica Federal e Cooperativas de Crédito constituem as OPERADORAS.
AULA 01 – TELETRANSMITIDA
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
1ª Fase: 1808 a 1914
2ª Fase: 1914 a 1945 
3ª Fase: 1945 a 1964 
4ª Fase: 1964 a 1988 
5ª Fase: 1988 a 1994 
6ª Fase: a partir de 1994 
 O Sistema Financeiro Nacional sofreu uma grande transformação depois de 1964, através das Leis Básicas de Reordenamento da Política Econômica Brasileira, destacadas na 4ª Fase, as quais discriminamos a seguir :
LEI DA CORREÇÃO MONETÁRIA (4357/64 )
LEI DO PLANO NACIONAL DE HABITAÇÃO (4380/ 64) 
LEI DA REFORMA BANCÁRIA (4595 / 64) 
LEI DO MERCADO DE CAPITAIS (4728 / 65) 
Além das leis citadas anteriormente, passados doze anos, isto é, em 1976 foram criadas duas outras leis fundamentais para a consolidação do mercado financeiro no Brasil:
LEI DA C.V.M. ( 6385 / 76 ) 
LEI DAS S.A.s. (6404/76)
DEFINIÇÃO:
Sistema Financeiro é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros que possibilita a transferência de recursos dos ofertadores finais para os tomadores finais, e cria condições para que os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado.
Ofertadores finais de recursos
possuem superávit financeiro, isto é, aqueles que pretendem gastar (consumo / investimento ) menos que sua renda.
Tomadores finais de recursos 
estão em posição de débito financeiro – são aqueles que pretendem gastar ( consumo / investimento ) mais que sua renda. Precisam complementar com poupanças de outros a execução seus planos, dispondo-se a pagar juros pelo capital que conseguirem.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN.
O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda, que atua como seu Presidente, pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central do Brasil (BCB). 
Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – BANCO CENTRAL
O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento dosistema financeiro.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – BANCO CENTRAL - ATRIBUIÇÕES
Formatar, executar e acompanhar a política monetária; 
Emitir e distribuir papel-moeda; 
Executar os serviços do meio circulante; 
Receber os recolhimentos de depósito compulsório dos bancos e realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; 
Regular a execução da compensação de cheques; 
Comprar e vender títulos públicos federais;
Exercer o controle de crédito;
Fiscalizar as instituições financeiras; 
Controlar o fluxo de capitais estrangeiros; 
Executar e acompanhar a política creditícia;
Formatar, executar e acompanhar a política cambial;
Formatar, executar e acompanhar as relações financeiras com o exterior.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. 
As instituições financeiras que operam no mercado financeiro podem ser classificadas segundo a natureza das obrigações que emitem.
Este critério permite classificar as instituições financeiras em bancárias/ monetárias e não bancárias/ não monetárias, isto é, quanto à capacidade de multiplicar a moeda.
Bancárias/Monetárias – Os bancos comerciais, por exemplo, podem ser classificados como instituições monetárias, a quem se permite criação de moeda, uma vez que captam depósitos à vista, emprestam esses recursos e mantêm conta de reserva junto ao Banco Central. 
Não-bancárias/Não-monetárias – Não multiplicam a moeda, como as Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários, Bancos de Investimento, Sociedades de Crédito Financiamento e Investimento.
As instituições financeiras que operam no mercado financeiro também podem ser classificadas pelos tipos de operações que estão autorizadas a realizar.
Temos então as instituições de crédito e aquelas distribuidoras de títulos e valores mobiliários realizando a intermediação de recursos.
Instituições de crédito/Intermediários financeiros 
Instituições auxiliares/Distribuidores de Títulos e Valores Mobiliários 
INSTITUIÇÕES OPERADORAS DO MERCADO FINANCEIRO
INSTITUIÇÕES CAPTADORAS DE DEPÓSITOS A VISTA: 
Bancos Múltiplos com Carteira de Banco Comercial
Bancos Comerciais
Caixa Econômica Federal 
Cooperativas de Crédito.
INSTITUIÇÕES CAPTADORAS DE DEPÓSITOS A VISTA: 
Segundo Pinheiro, a instituição bancária aceita fundos das unidades superavitárias e os concede em crédito às deficitárias mediante empréstimos e compra de títulos. As instituições bancárias captam depósitos a vista, livremente movimentados por meio de cheques emitidos pelos clientes depositantes. Em função disso, elas podem ser caracterizadas também pela faculdade de emissão de moeda escritural. 
Multiplicador Bancário
A oferta monetária da economia pode ser afetada de duas formas pelos bancos a saber:
Quando o banco mantém 100% dos depósitos em reservas monetárias. Neste caso a oferta monetária na economia não é afetada.
Quando o banco empresta parte dos depósitos.Neste caso a oferta monetária da economia é afetada.
Como exemplo, um depósito a vista na corrente de um banco A pode multiplicar-se em novos depósitos (isto é em moeda escritural na conta de outros correntistas ou bancos), dependendo do nível de retenção estabelecido pelo (BACEN).
Vamos supor que este nível seja de 10%. A fórmula que indica o efeito multiplicador é 1/R. Isto é 1/0,10 = 10. 
Portanto para cada R$ 1000,00 depositados o efeito multiplicador é de R$ 10.000,00.
Razões pelas quais as Instituições Bancárias são muito utilizadas
Oferecem contas de depósito que podem ajustar-se às características de montante e liquidez desejadas pela maior parte das unidades superavitárias;
Movimentam fundos recebidos de tal forma que lhes permite conceder empréstimos que se ajustam aos vencimentos desejados pelas unidades deficitárias;
Aceitam os riscos dos empréstimos que proporcionam;
Têm mais conhecimento que as unidades superavitárias individuais sobre a solvência das organizações deficitárias;
Diversificam seus empréstimos entre numerosas unidades deficitárias, o que lhes permite absorver melhor a inadimplência dos empréstimos que as unidades superavitárias individuais. 
Agências de Fomento 
Associações de Poupança e Empréstimo 
Bancos de Desenvolvimento 
Bancos de Investimento 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 
Companhias Hipotecárias 
Cooperativas Centrais de Crédito 
Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento 
Sociedades de Crédito Imobiliário Sociedades de Crédito ao Microempreendedor 
Bancos de Câmbio
OUTROS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS
Administradoras de Consórcio 
Sociedades de arrendamento mercantil 
Sociedades corretoras de câmbio 
Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários 
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários
OUTRAS ENTIDADES RELEVANTES NO SISTEMA FINANCEIRO
Bolsa de Valores e Bolsa de Mercadorias e Futuros
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) 
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) 
CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos 
OUTROS PARTICIPANTES DO SISTEMA FINANCEIRO
Agentes Autônomos de Investimento 
Instrução CVM nº 497, de 3 de junho de 2011 
Art. 1º Agente autônomo de investimento é a pessoa natural, que realiza, sob a responsabilidade e como preposto de instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários, as atividades de:
Agente Autônomo de Investimento - atividades
I - prospecção e captação de clientes;
II - recepção e registro de ordens e transmissão dessas ordens para os sistemas de negociação ou de registro cabíveis, na forma da regulamentação em vigor; e 
III - prestação de informações sobre os produtos oferecidos e sobre os serviços prestados pela instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários pela qual tenha sido contratado.
Investidores qualificados:
I – instituições financeiras; II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização; III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar; IV – pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 300.000,00 ; V – fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados; e VI – administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios.
Principais associações do mercado financeiro
A ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais 
ANCOR - Associação Nacional das Corretoras de Valores Câmbio e Mercadorias 
APIMEC - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais 
ORGANISMOS FINANCEIROS INTERNACIONAIS
Fundo Monetário Internacional (FMI) 
O FMI se auto-proclama como uma organização de 185 países, trabalhando por uma cooperação monetária global, assegurar estabilidade financeira, facilitar o comércio internacional, promover altos níveis de emprego e desenvolvimento econômico sustentável, além de reduzir a pobreza. 
Banco Mundial – 
O Banco Mundial propriamente dito é composto pelo BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento ) e pela AID (Associação Internacional de Desenvolvimento ), IFC- Corporação Financeira Internacional, AMGI - Agência Multilateral de Garantia de Investimentos , CIADI - Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos 
Banco para Pagamentos Internacionais – BIS 
O Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements) é uma organização internacional responsável pela supervisão bancária. Ele visa "promover a cooperação entre os bancos centrais e outras agências na busca de estabilidade monetária e financeira". Sediado em Basiléia, na Suíça, reune 55 bancos centrais de todo o mundo. 
Banco Interamericano de Desenvolvimento –BID – foi criado em 1959 sendo considerado uma instituição regional de desenvolvimento voltada a apoiar o desenvolvimento econômico e social de países da América Latina e Caribe. 
AULA 02 – CONTEUDO ON LINE
OS MERCADOS DO DINHEIRO
Como você viu na aula anterior, os mercados financeiros se traduzem como o mecanismo ou ambiente através do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços.
Além disso, nesses mercados os recursos financeiros são transferidos desde unidades superavitárias, isto é, que têm um excesso de fundos, até aquelas deficitárias, ou seja, que têm necessidades de fundos.
Podemos concluir que o mercado financeiro transfere as poupanças dos agentes superavitários para os agentes deficitários de uma economia.
Para o mercado financeiro são estabelecidas quatro grandes subdivisões, acompanhe no esquema. 
As subdivisões sugeridas muitas vezes se confundem na prática, permitindo que várias operações financeiras interajam por meio de um amplo sistema de comunicações.
O mercado monetário encontra-se estruturado, visando o controle da liquidez monetária da economia. Os papéis são negociados tendo como parâmetro de referencia a taxa de juros, que é sua mais importante moeda para transação.
Nele são negociados:
Os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, voltados à execução da política monetária do Governo Federal.
Os Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI), exclusivamente entre instituições financeiras.
Títulos de emissão privada, tais como o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e debêntures.
Nesse mercado, destacam-se as operações realizadas dentro do âmbito do mercado aberto, que constituem importante instrumento de política monetária.
A liquidez monetária da economia pode ser regulada, assim como supridas as necessidades de caixa do Tesouro Nacional, de forma mais dinâmica e imediata pelas operações de compra e venda de títulos públicos.
Com essas operações o Banco Central regula o nível de oferta monetária e da taxa de juros a curto prazo.
Veja agora as características do Sistema Especial de Liquidação e custódia (SELIC).
Criado em 1979, o SELIC destina-se ao registro de títulos e depósitos interfinanceiros por meio de equipamento eletrônico de teleprocessamento, em contas gráficas abertas em nome de seus participantes, bem como ao processamento, utilizando-se o mesmo mecanismo de operações de movimentação, resgate, ofertas públicas e respectivas liquidações financeiras. Nele são liquidadas e registradas todas as movimentações com títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil.
O SELIC opera na modalidade de Liquidação Bruta em Tempo Real (LBTR), sendo as operações nele registradas liquidadas uma a uma por seus valores brutos em tempo real.
Além do serviço de custódia de títulos e de registro e liquidação de operações, integram o SELIC dois módulos complementares.
OFERTA PÚBLICA FORMAL ELETRONICA (OFPUB) = Neste leilão formal a autoridade monetária divulga ao mercado as condições dos negócios, tais como, entre outras informações:
• tipo;
• características;
• quantidade; 
• prazo dos títulos que serão objetos do leilão. 
Os investidores efetivam suas propostas de compra, que são encaminhadas ao SELIC para serem efetuadas as respectivas transferências de titularidade e liquidações financeiras.
LEILÃO INFORMAL ELETRONICO DE MOEDA E DE TÍTULOS (LEINF) = Caracteriza-se pela possibilidade do Banco Central intervir no mercado, comprando ou vendendo títulos, conforme seus objetivos.
Neste processo, o Banco Central atua junto com instituições por ele credenciadas a operar no mercado aberto, conhecidas como dealers. 
Ao decidir entrar no mercado para comprar ou vender títulos, o Banco Central avisa aos agentes de sua intenção, através dos dealers, e os interessados na negociação enviam suas ofertas que poderão ser aceitas ou rejeitadas.
A administração do SELIC e de seus módulos complementares é de competência exclusiva do Departamento de Operações do Mercado Aberto (DEMAB) do Banco Central do Brasil.
Os pagamentos no SELIC são processados por meio de reservas bancárias e as transferências dos títulos entre os investidores somente são autorizadas pelo sistema mediante movimentações nessas reservas.
Com relação à negociação dos Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI), que são realizadas exclusivamente entre instituições financeiras e títulos de emissão privada, como Certificado de Depósitos Bancários (CDB) e debêntures, as liquidações são realizadas através da CETIP.
Segundo Assaf Neto:
(...) as instituições financeiras trocam dinheiro entre si – compram e vendem dinheiro – no denominado Mercado Interfinanceiro. Ao apresentar as sobras de caixa, a instituição vende liquidez comprando títulos de outras instituições, na falta de disponibilidade, a instituição compra liquidez vendendo títulos no mercado.
Essas operações são lastreadas pelos CDI – Certificados de Depósitos Interfinanceiros, títulos emitidos pelas instituições que atuam nesse segmento de mercado. Os CDIs possibilitam a troca de reservas entre as instituições participantes no mercado interfinanceiro. O CDI é emitido de forma escritural, sendo os negócios no Mercado Interfinanceiro controlados pela CETIP. As taxas de juros negociadas no Mercado Interfinanceiro não sofrem normalmente intervenções oficiais diretas, refletindo, de forma mais isenta, as expectativas do mercado com relação ao comportamento do mercado futuro esperado do custo do dinheiro. Estas são definidas diariamente, em função dos negócios realizados no mercado pelas instituições financeiras, e apresentam ampla divulgação pela imprensa. A taxa CDI pode ainda ser entendida como uma taxa de juro básica do mercado interfinanceiro, que influencia a formação das demais taxas de juros. São formadas, essencialmente, com base nas taxas de juros reais do mercado de títulos públicos e nas taxas de inflação da economia.
O mercado de crédito visa, fundamentalmente, suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos dos vários agentes econômicos, seja por meio da concessão de créditos às pessoas físicas ou empréstimos e financiamentos às empresas.
As operações desse mercado, dentro de uma política de especialização do Sistema Financeiro Nacional, são tipicamente realizadas por instituições financeiras bancárias (bancos comerciais e bancos múltiplos).
Também são incluídas no âmbito do mercado de crédito as operações de financiamento de bens de consumo duráveis, praticadas pelas sociedades financeiras.
Segundo Assaf Neto:
(...) no processo de intermediação financeira para as operações de crédito, uma instituição pode atuar como sujeito ativo (credor de empréstimos de recursos) ou sujeito passivo (devedor de recursos captados). A Instituição recebe recursos de poupadores, funding da operação de crédito, assumindo a obrigação de devolver o principal acrescido de juros. É uma posição passiva, ficando o banco devedor dos recursos captados.
Exemplos: depósitos à vista e depósitos a prazo fixo.
Com o capital levantado junto a investidores de mercado, o banco realiza operações de empréstimos e financiamentos a tomadores carentes de recursos na expectativa de receber no futuro o principal acrescido de juros.
Exemplos: empréstimos e financiamentos concedidos pelos bancos.
O que é o spread – é um resultado bruto que corresponde à diferença entre a taxa cobrada nas operações ativas versus as operações passivas.
Podemos citar alguns tipos de empréstimos de curto e longo: desconto de títulos, contas garantidas, créditos rotativos, hot Money, empréstimos para capital de giro, vendor, repasse de recursos externos, crédito direto ao consumidor, assunção de dívidas e adiantamentos de contratos de exportação, cessão de crédito, crédito consignado.
Existem duas instituições importantes no Mercado de Credito:
Central de risco de crédito
Fundo garantidor de crédito
O Mercado Cambial é o segmento financeiro em que são feitas operações de compras e vendasde moedas internacionais conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de moeda nacional em estrangeiras e vice-versa.
Este mercado reúne todos os agentes econômicos que tenham motivos para realizar transações com o exterior, tais como operadores de comércio internacional, instituições financeiras, investidores e bancos centrais, que tenham necessidade de realizar exportações e importações para pagamentos de dividendos, juros, principal de dívidas, royalties, recebimentos de capitais, entre outros valores.
No Brasil, o mercado de câmbio é regulamentado e fiscalizado pelo Banco Central. As operações de câmbio são realizadas entre os agentes autorizados, bem como entre estes agentes e seus clientes.
Na dinâmica do mercado cambial existem agentes econômicos interessados na compra de moeda estrangeira tais como, importadores, investidores internacionais e devedores que desejam amortizar seus compromissos com credores estrangeiros, empresas multinacionais que necessitam remeter capitais e dividendos, entre outros. Da mesma forma, existem agentes econômicos que são vendedores de moedas estrangeiras, tais como exportadores, tomadores de empréstimos, turistas que deixam o país, entre outros.
O mercado cambial está segmentado de acordo com a seguinte estrutura:
Mercado de câmbio de taxas de livres:
Câmbio comercial cobrindo:
• operações de importações e exportações;
• pagamentos internacionais de juros e dividendos;
• empréstimos externos;
• investimentos de capital etc.
Mercado de cambio de taxas de flutuantes
- cambio turismo que inclui as negociações de moeda estrangeira para operações de turismo e demais despesas relacionadas.
TAXA INTERNACIONAIS DE JUROS
LIBOR: A London Interbank Offered Rate é uma taxa de juros interbancária do Mercado de Londres, muito utilizada nas operações internacionais de empréstimos realizadas entre instituições financeiras.
PRIME RATE: É a taxa de juros cobrada pelos bancos americanos de seus clientes classificados como preferenciais.
Utilizada como taxa de referencia de operações de empréstimos envolvendo bancos e empresas.
O mercado de capitais está estruturado para suprir as necessidades de investimentos dos agentes econômicos por meio de diversas modalidades de financiamentos, a médio e longo prazos, para capital de giro e capital fixo.
As operações são normalmente realizadas entre poupadores e empresas, por meio de intermediários financeiros não bancários. Neste mercado, predominantemente, a instituição financeira não atua como parte na operação, mas sim, como interveniente obrigatória. Como exemplo podemos citar as operações realizadas em Bolsas de Valores.
Uma característica é a possibilidade de constituição de créditos não exigíveis, baseados em uma expectativa de renda superior à taxa e juros do mercado, como é o caso das ações. Este é um mercado predominantemente de renda variável.
Sob o ponto de vista jurídico, é caracterizado pela desintermediação financeira e abrange o conjunto de operações com valores mobiliários, tais como ações, debêntures, cupões destes títulos, bônus de subscrição, certificados de depósitos de valores mobiliários, entre outros, previstos na Lei 6385/76.
As operações são feitas em bolsas e mercados organizados, tendo como principais participantes os investidores pessoas físicas, investidores institucionais, as empresas de grande porte, investidores estrangeiros etc.
Quais os principais títulos negociados no mercado de capitais?
Quais os principais financiamentos no mercado de capitais?
Como é a cotação do mercado de outro no Brasil?
É o segmento financeiro em que são feitas operações de compras e vendas de moedas internacionais conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de moeda nacional em estrangeiras e vice-versa. = mercado cambial
Tem como objetivo suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos dos vários agentes econômicos, seja por meio da concessão de créditos às pessoas físicas ou empréstimos e financiamentos às empresas. = mercado de crédito
Está estruturado para suprir as necessidades de investimentos dos agentes econômicos por meio de diversas modalidades de financiamentos, a médio e longo prazos, para capital de giro e capital fixo. = mercado de capitais
Encontra-se estruturado, visando o controle da liquidez monetária da economia e os papéis são negociados tendo como parâmetro de referência a taxa de juros, sua mais importante moeda para transação. Mercado de capitais
AULA 02 – TELETRANSMITIDA
Os mercados do dinheiro
Conforme estudamos na aula anterior os mercados financeiros se traduzem como o mecanismo ou ambiente através do qual se produz um intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços. Além disso, são mercados nos quais os recursos financeiros são transferidos desde unidades superavitárias, isto é, que têm um excesso de fundos, até aquelas deficitárias. 
São 4 grandes subdivisões estabelecidas para o Mercado Financeiro:
Mercado monetário;
Mercado de crédito;
Mercado de capitais;
Mercado cambial.
Mercado Monetário
Se encontra estruturado visando o controle da liquidez monetária da economia. Os papéis são negociados nesse mercado tendo como parâmetro de referência a taxa de juros, que se constitui em sua mais importante moeda para transação. 
São negociados os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional voltados à execução da política monetária do Governo Federal. São ainda negociados no mercado monetário os certificados de depósitos interfinanceiros (CDI), exclusivamente entre instituições financeiras e títulos de emissão privada como certificado de depósito bancário (CDB) e debêntures.
A liquidez monetária da economia pode ser regulada, assim como supridas as necessidades de caixa do Tesouro Nacional, de forma mais dinâmica e imediata pelas operações de compra e venda de títulos públicos. Com essas operações o Banco Central regula o nível de oferta de monetária e da taxa de juros a curto prazo. 
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) 
Criado em 1979, o SELIC destina-se ao registro de títulos e de depósitos interfinanceiros por meio de equipamento eletrônico de teleprocessamento. Nele são liquidadas e registradas todas as movimentações com títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil.
A administração do SELIC é de competência exclusiva do Banco Central do Brasil.
Com relação à negociação dos certificados de depósitos interfinanceiros (CDI), as quais são realizadas exclusivamente entre instituições financeiras e títulos de emissão privada, como certificados de depósitos bancários (CDB) e debêntures, as liquidações são realizadas através da CETIP 
A CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos é uma sociedade administradora de mercados de balcão organizados, ou seja, de ambientes de negociação e registro de valores mobiliários, títulos públicos e privados de renda fixa e derivativos de balcão. 
Segundo Assaf Neto, “as instituições financeiras trocam dinheiro entre si – compram e vendem dinheiro – no denominado Mercado Interfinanceiro. Ao apresentar as sobras de caixa, a instituição vende liquidez comprando títulos de outras instituições, na falta de disponibilidade, a instituição compra liquidez vendendo títulos no mercado”.
Essas operações são lastreadas pelos CDI – Certificados de Depósitos Interfinanceiros, títulos emitidos pelas instituições que atuam nesse segmento de mercado. Os CDIs possibilitam a troca de reservas entre as instituições participantes no Mercado Interfinanceiro. 
A taxa CDI pode ainda se entendida como uma taxa de juro básica do mercado interfinanceiro, que influencia a formação das demais taxas de juros. São formadas, essencialmente, com base nas taxas de juros reais do mercado de títulos públicos e nas taxas de inflação da economia. 
Visa fundamentalmente suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos dos vários agentes econômicos, seja por meio da concessão de créditos às pessoas físicas ou empréstimos e financiamentos às empresas.Segundo Assaf Neto “no processo de intermediação financeira para as operações de crédito, uma instituição pode atuar como sujeito ativo (credor de empréstimos de recursos), ou sujeito passivo (devedor de recursos captados). A Instituição recebe recursos de poupadores, funding da operação de crédito, assumindo a obrigação de devolver o principal acrescidos de juros. É uma posição passiva, ficando o banco devedor dos recursos captados. Exemplos: depósitos a vista e depósitos a prazo fixo. 
Com o capital levantado junto a investidores de mercado, o banco realiza operações de empréstimos e financiamentos a tomadores carentes de recursos, na expectativa de receber no futuro o principal acrescido de juros. Exemplos: empréstimos e financiamentos concedidos pelos bancos.
O que é o spread – é um resultado bruto que corresponde a diferença entre a taxa cobrada nas operações ativas versus as operações passivas.
Podemos citar alguns tipos de empréstimos de curto e longo prazo: desconto de títulos, contas garantidas, créditos rotativos, hot money, empréstimos para capital de giro, vendor, repasse de recursos externos, crédito direto ao consumidor, assunção de dívidas e adiantamentos de contratos de exportação, cessão de crédito, crédito consignado”. 
Central de Risco de Crédito
Central de Risco de Crédito (CRC) é uma central de informações de crédito do sistema financeiro nacional, gerenciada pelo Banco Central, englobando informações de todas as instituições financeiras que o compões. O objetivo básico de criação da CRC é o de prever e prevenir eventuais crises no mercado financeiro provenientes de problemas de cobranças nas carteiras de crédito das instituições. 
Fundo Garantidor de Crédito
O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos contra instituições dele associadas, nas hipóteses de:
decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da associada; 
reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da associada.
Mercado Cambial
É o segmento financeiro em que ocorrem operações de compras e vendas de moedas internacionais conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de moeda nacional em estrangeiras e vice-versa.
Este mercado reúne todos os agentes econômicos que tenham motivos para realizar transações com o exterior, como operadores de comércio internacional, instituições financeiras, investidores e bancos centrais, que tenham necessidade de realizar exportações e importações, para pagamentos de dividendos, juros e principal de dívidas, royalties e recebimentos de capitais e outros valores. 
Taxas Internacionais de Juros
Libor - (London Interbank Offered Rate) – taxa de juros interbancária do Mercado de Londres, muito utilizada nas operações internacionais de empréstimos realizadas entre instituições financeiras.
Prime rate – é a taxa de juros cobrada pelos bancos americanos de seus clientes classificados como preferenciais.É a taxa de referência de operações de empréstimos envolvendo bancos e empresas.
Mercado de Capitais
Está estruturado de forma a suprir as necessidades de investimentos dos agentes econômicos por meio de diversas modalidades de financiamentos, a médio e longo prazos, para capital de giro e capital fixo. 
As operações são normalmente realizadas entre poupadores e empresas, por meio de intermediários financeiros não bancários (bancos múltiplos, bancos de investimento, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários). Neste mercado pode-se dizer que predominantemente, a instituição financeira não atua como parte na operação, mas sim, como mera interveniente obrigatória. O melhor exemplo refere-se às operações realizadas em Bolsas de Valores. 
Uma característica particular deste tipo de mercado é a possibilidade de constituição de créditos não-exigíveis, baseados em uma expectativa de renda superior à taxa de juros do mercado, como é o caso das ações. Este é um mercado predominantemente de renda variável. 
Principais títulos negociados no mercado de capitais 
Ações 
Opções sobre ações. 
Debêntures 
Depositary Receipts 
Commercial Paper 
Mercado de ouro no Brasil
Segundo Assaf Neto, o mercado de ouro no Brasil , assim como em outras economias do mundo, tem suas cotações baseadas nos preços internacionais do metal. As principias variáveis que afetam o preço do ouro no Brasil são:
comportamento das taxas de juros internas;
paridade cambial da moeda nacional com o dólar;
risco país.
As cotações internacionais do ouro são fornecidas diariamente em dólar por onça-troy, que equivale a 31,1035 gramas. No Brasil, as cotações são estabelecidas em reais por grama de ouro puro. Os negócios com ouro no Brasil são realizados através da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F)e suas cotações refletem de alguma forma os preços dos mercados internacionais, principalmente de Londres e New York .
AULA 03 – CONTEUDO ON LINE
RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Segundo Assaf Neto:
(...) o risco no mercado financeiro pode ser entendido como a probabilidade de perda em razão de uma exposição ao mercado.
As perdas no mercado financeiro podem decorrer de diversos eventos, principalmente aqueles relacionados às variações nas taxas de juros e nos preços de mercado (...)
Podemos também definir risco como:
RISCO : Volatilidade de resultados não esperados ou estimativa para as possíveis perdas de uma instituição financeira, devido às incertezas que envolvem suas atividades diárias.
Considerando que o risco não pode ser eliminado, é essencial adotar medidas para reduzi-lo, com o objetivo de permitir que a organização atinja seus objetivos.
Um bom sistema de gerenciamento de risco compreende o conjunto de:
pessoas;
equipamentos;
softwares;
normativos;
processos;
metodologias
banco de dados
Esses elementos são utilizados para medir e controlas os riscos que fazem partes das atividades diárias de uma instituição, permitindo aumentar a competitividade das instituições financeiras e estabelecer estratégias de atuação.
A gestão de risco é importante para identificar a exposição da empresa ao risco e seus aspectos mais frágeis, bem como minimizar perdas financeiras e imunizar o capital da empresa.
A origem dos riscos financeiros de uma instituição financeira, principalmente dos bancos, provem das suas diversas atividades operacionais, tais como:
• créditos concedidos;
• captações;
• variações das taxas de juros de mercado;
• falhas internas;
• controle.
Os principais riscos financeiros, atualmente enfrentados pelos bancos em suas atividades de intermediação financeira, são classificados segundo Assaf Neto como:
Risco de Variação das Taxas de Juros;
Risco de Crédito;
Risco de Mercado;
Risco Operacional;
Risco de Câmbio;
Risco Soberano;
Risco de Liquidez;
Risco Legal.
RISCO DE VARIAÇÃO DAS TAXAS DE JUROS
Surge geralmente do descasamento de prazos e diferença de valores.
O pressuposto básico é o risco que uma instituição financeira corre em ter o valor de seus títulos de renda fixa modificados, como consequência de variações nos juros de mercado. Se a taxa de juros subir no mercado, o valor dos papéis de renda fixa diminui.
Quando este título for um crédito (ativo) da instituição, ocorre uma perda; no caso de ser uma obrigação (passivo) há um ganho, pois a dívida se desvaloriza.
O resultado líquido da variação de taxa de juro é medida pela diferença entre a perda (desvalorização do ativo de renda fixa) e o ganho (desvalorização de obrigações).
		PERDA – GANHO = Resultado Líquido
	A gestão de risco de taxa de juros é feita através de operações com derivativos, como contratos futuros, opções, swaps e outros instrumentos financeiros.
RISCO DE CRÉDITO
Esta forma de risco pode ser considerada como dominante no mercado financeiro dos dias de hoje.
Ela relaciona-se a prováveis perdas quando um dos contratantes não consegue honrar seus compromissos. As perdas, neste caso, correspondem aos recursos que não serão mais recebidos.
O alcance desse risco vai depender da posição tomada, do tamanhodo negócio em relação ao fechamento de um dia particular e se existem mecanismos contratados que garantam o cumprimento dos compromissos assumidos.
O efeitos desta operação é sentido pelo custo de reposição do fluxo de caixa, que será suportado pela parte lesada.
Nas operações de concessão de crédito os juros cobrados pelas instituições financeiras concedentes devem atender a três objetivos.
Cobrir o risco de crédito determinado pela inadimplência esperada (provisão para devedores duvidosos).
Remunerar os acionistas pelo capital aplicado.
Cobrir todas as despesas administrativas e de pessoal alocadas ao crédito.
RISCO DE MERCADO
Segundo Assaf Neto:
(...) está relacionado com o preço que o mercado estipula para ativos e passivos negociados pelos intermediários financeiros, ou seja, com o comportamento verificado no preço de um bem no dia-a-dia. Este risco exprime quanto pode ser ganho ou perdido quando da aplicação em contratos e outros ativos diante de mudanças em seus preços de negociação.
	Também pode ser entendido como as chances de perdas de uma instituição financeira, decorrentes de comportamentos adversos nos índices de inflação, taxas de juros, indicadores de bolsas de valores, preços de commodities etc.
	O risco liquidez de mercado / produto surge quando uma operação não pode ser conduzida ao preço de mercado prevalecente por insuficiência do mercado.
	Quando da venda de um grande lote de ações, bem acima do que o mercado está acostumado a negociar. Se a oferta for de venda poderá influenciar os preços para baixo, impondo perdas ao vendedor. O problema se agrava com títulos sem liquidez.
	Quanto mais voláteis se apresentarem os preços dos ativos ( títulos de renda fixa, ações, derivativos, commodities etc), mais altos serão os riscos de mercado das instituições financeiras que operam na expectativa de determinado comportamento em seus preços.
	Essa situação exige que se acompanhe diariamente o valor dos ativos negociáveis, atualizando sempre seus resultados e posições futuras.
	A metodologia amplamente adotada para a gestão do risco de mercado é o Valor no Risco (VaR).
RISCO OPERACIONAL
É o risco de perdas (diretas ou indiretas) determinadas por erros humanos, falhas nos sistemas de informações e computadores, fraudes, eventos externos, entre outras.
No contexto de atuação de um banco, o risco operacional pode se originar de três segmentos:
PESSOAS: O segmento Pessoas representa uma das variáveis mais relevantes de risco. Situações que envolvem pessoas que, que por muitas das vezes, encontram-se pressionadas por metas ambiciosas e manuseio de grandes quantidades de dinheiro, podem originar erros e fraudes durante a realização destas transações. Tais situações podem ter seus erros minimizados adotando controles internos rígidos.
A capacitação também é um fator fundamental para que erros operacionais sejam minimizados.
PROCESSOS E TECNOLOGIA: no segmento de processos e tecnologia outro fator que possui relevância na analise dos riscos operacionais é o que envolve os processo automatizados, isto é, os processos que introduzem inovações tecnológicas na realização das transações como uso da internet, por exemplo.
Por um lado, tais inovações refletem nos resultados através da redução de custos, por outro, implicam em grandes investimento para controle e acompanhamento das operações e em enormes problemas quando ocorrem falhas ou erros nas transmissões via meio eletrônico.
RISCO DE CÂMBIO = Surge quando uma instituição que tenha aplicado no exterior, por exemplo, verifica a tendência da moeda desse país se desvalorizar em relação à moeda de sua economia, determinando um retorno menor na operação
Este risco também pode ser chamado de risco de variação cambial.
Pode-se entender ainda o risco cambial pelo descasamento de posições em moedas estrangeiras de ativos e passivos de uma instituição financeira.
	EX: manter ativos em euros e passivos em dólares traz um ganho financeiro adicional à instituição financeira na expectativa da moeda norte-americana se desvalorizar perante o euro.
	Caso esta previsão não ocorra devido a alguma crise ou volatilidade nos preços, pode provocar pesadas perdas para a instituição financeira.
RISCO SOBERANO
Segundo Assaf Neto:
(...) risco soberano é entendido como o risco que um investidor corre, ao aplicar seus recursos em um país estrangeiro, de proibições ou limitações internas legais dos residentes em fazer qualquer pagamento a credores externos, de principal e juros.
Assim, uma aplicação em um país estrangeiro (empréstimo ou investimento) envolve, entre outros riscos.
Riscos de créditos do tomador da aplicação
Risco soberano da economia de destino dos recursos
RISCO DE LIQUIDEZ
Está associado a alguns fatores que têm origem externa e outros de origem interna.
ORIGEM EXTERNA: No que toca a origem externa podemos registrar, por exemplo, situações de instabilidade macroeconômica e de mercado, tal qual ocorreu no segundo semestre de 2008, em decorrência da crise imobiliária norte-americana.
ORIGEM INTERNA: Quanto às origens internas o risco de liquidez está associado a uma avaliação negativa da instituição financeira, que pode gerar solicitações de saques em montante superior ao normal, ocasionando uma crise de liquidez na instituição.
Pode-se considerar que o risco de liquidez está relacionado com a disponibilidade imediata de caixa diante de demandas por parte dos depositantes e aplicadores de uma instituição financeira.
A liquidez de mercado se faz presente quando todo agente puder praticar negociações, em qualquer volume, sem que isso venha a afetar a estabilidade do mercado ou causar alterações relevantes nos preços praticados.
RISCO LEGAL
Está associado a problemas decorrentes de legislação desatualizada, diante dos avanços e da sofisticação das operações realizadas no mercado financeiro, além do eventual desconhecimento por parte das instituições financeiras de problemas jurídicos relativos às operações realizadas.
Outro aspecto que deve ser considerado é a falta de padronização jurídica e termos nos contratos financeiros elaborados em diferentes países, dificultando as transações internacionais.
Além dos riscos descritos vale ressaltar algumas iniciativas que foram tomadas em conjunto pelas instituições financeiras, visando aprimorar o controle de risco do setor, bem como alguns instrumentos internacionais que vieram intensificar o investimento das instituições financeiras.
Aula 03 – teletransmitida
RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Segundo Assaf Neto, “o risco no mercado financeiro pode ser entendido como a probabilidade de perda em razão de uma exposição ao mercado. 
Podemos também definir risco como sendo a volatilidade de resultados não esperados ou uma estimativa para as possíveis perdas de uma instituição financeira, devido às incertezas que envolvem suas atividades diárias.
Um bom sistema de gerenciamento de risco compreende o conjunto de pessoas, equipamentos, softwares, normativos, processos, metodologias e bancos de dados, utilizados para medir e controlar os riscos inerentes às atividades diárias de uma instituição permitindo aumentar a competitividade instituições financeiras e o estabelecimento de estratégias de atuação.
A gestão de risco é importante para: identificar a exposição da empresa ao risco e identificar seus aspectos mais frágeis, minimizar perdas financeiras e imunizar o capital da empresa.
Os principais riscos financeiros atualmente enfrentados pelos bancos em suas atividades de intermediação financeira são classificados da seguinte forma:
Risco de Variação das Taxas de Juros
Risco de Crédito
Risco de Mercado
Risco Operacional
Risco de Câmbio
Risco Soberano
Risco de Liquidez
Risco Legal
RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS
Surge geralmente de descasamento de prazos e diferença de valores. O pressuposto básico é o risco que uma instituição financeira corre em ter o valor de seus títulos de renda fixa modificados, como conseqüência de variações nos jurosde mercado. 
Se a taxa de juro subir no mercado, o valor dos papéis de renda fixa diminui.
Quando este título for um crédito (ativo) da instituição, ocorre uma perda; no caso de ser uma obrigação (passivo) há um ganho, pois a dívida se desvaloriza. 
	O descasamento de ativos e passivos expõe o banco ao risco de variação das taxas de juros:
Um aumento dos juros permite que o banco renove seus créditos concedidos seguindo as taxas mais altas de mercado, reforçando seus resultados financeiros. 
Ao contrário, em cenário de queda nos juros as receitas dos ativos (créditos) diminuem, promovendo menor margem financeira. 
	A gestão de risco de taxa de juros é feita através de operações com derivativos, como contratos futuros, opções, swaps e outros instrumentos financeiros como veremos adiante na lição 10.
RISCO DE CRÉDITO
Esta forma de risco pode ser considerada como a dominante no mercado financeiro dos dias de hoje. Relacionam-se a prováveis perdas quando um dos contratantes não consegue honrar seus compromissos. As perdas, neste caso, correspondem aos recursos que não serão mais recebidos.
O alcance desse risco vai depender do tamanho da posição tomada, do tamanho do negócio em relação ao fechamento de um dia particular e se existem mecanismos contratados que garantam o cumprimento dos compromissos assumidos. O efeito desta operação é sentido pelo custo de reposição do fluxo de caixa, que será suportado pela parte lesada.
Nas operações de concessão de crédito os juros cobrados pelas instituições financeiras concedentes devem atender a três objetivos:
Cobrir todas as despesas administrativas e de pessoal alocadas ao crédito;
Cobrir o risco de crédito determinado pela inadimplência esperada (provisão para devedores duvidosos);
Remunerar os acionistas pelo capital aplicado.
O risco de crédito no mercado financeiro é explicado, entre outras, pelas seguintes importantes origens:
Não-pagamento da dívida (default risk) por parte do devedor;
Transações de instrumentos de crédito nos mercado futuros e de opções;
 Risco legal que envolve o compromisso das partes com a estrutura legal do contrato, legislação do país;
 Risco do país que deriva principalmente de aspectos regulatórios, políticos e econômicos;
 Carteira de crédito com baixa diversificação elevando o risco pela concentração dos contratos em termos de perfil do devedor, setor de atividade ou região.
RISCOS DE MERCADO
Está relacionado com o preço que o mercado estipula para ativos e passivos negociados pelos intermediários financeiros, ou seja, com o comportamento verificado no preço de um bem no dia-a-dia. Este risco exprime quanto pode ser ganho ou perdido quando da aplicação em contratos e outros ativos diante de mudanças em seus preços de negociação. 
Em outras palavras, o risco de mercado pode ser entendido como as chances de perdas de uma instituição financeira decorrentes de comportamentos adversos nos índices de inflação, taxas de juros, indicadores de bolsas de valores, preços de commodities, etc.
Por exemplo, quando da venda de um grande lote ações, bem acima do que o mercado está acostumado a negociar. Se a oferta for de venda poderá influenciar os preços para baixo, impondo perdas ao vendedor. O problema se agrava com títulos sem liquidez.
Quanto mais voláteis se apresentarem os preços dos ativos (títulos de renda fixa, ações, derivativos, commodities, etc), mais altos serão os riscos de mercado das instituições financeiras que operam na expectativa de determinado comportamento em seus preços. Essa situação exige que se acompanhe diariamente o valor dos ativos negociáveis, atualizando sempre seus resultados e posições futuras. 
A metodologia amplamente adotada para a gestão do risco de mercado é o Valor no Risco (VaR) – Value at Risk .
O VaR , através de técnicas estatísticas, mensura em condições normais de mercado e considerando um certo grau de confiança num horizonte de tempo, a perda esperada máxima de um título ou de uma carteira de títulos. 
Pode-se entender o VaR como uma medida que evidencia a exposição da carteira ao risco de mercado, bem como suas chances de perda. 
RISCO OPERACIONAL
O segmento pessoas representa uma das variáveis mais relevantes de risco. Situações que envolvem pessoas que por muitas das vezes encontram-se pressionadas por metas ambiciosas, manuseio de grandes quantidades de dinheiro, podem originar erros e fraudes durantes a realização destas transações. 
Outro fator que possui relevância na análise dos riscos operacionais é o que envolve os processos automatizados, isto é, os processos que introduzem inovações tecnológicas na realização das transações como uso da internet, por exemplo. 
RISCO DE CÂMBIO
Pode-se entender ainda o risco cambial pelo descasamento de posições em moedas estrangeiras de ativos e passivos de uma instituição financeira. 
Por exemplo, manter ativos em euros e passivos em dólares traz um ganho financeiro adicional à instituição financeira na expectativa da moeda norte-americana se desvalorizar perante o euro. Caso esta previsão não ocorra devido a alguma crise ou volatilidade nos preços pode provocar pesadas perdas para a instituição financeira. 
RISCO SOBERANO
Risco soberano é entendido como o risco que um investidor corre, ao aplicar seus recursos em um país estrangeiro, de proibições ou limitações internas legais dos residentes em fazer qualquer pagamento a credores externos, de principal e juros.
RISCO DE LIQUIDEZ
O risco de liquidez está associado a alguns fatores que têm origem externa e outros de origem interna. No que toca a origem externa podemos registrar, por exemplo, situações de instabilidade macroeconômica e de mercado, tal qual ocorreu no segundo semestre de 2008, em decorrência da crise imobiliária norte-americana. 
Quanto às origens internas o risco de liquidez está associado a uma avaliação negativa da instituição financeira que pode gerar solicitações de saques em montante superior ao normal, ocasionando uma crise de liquidez na instituição. 
RISCO LEGAL
O risco legal está associado à problemas decorrentes de legislação desatualizada diante dos avanços e da sofisticação das operações realizadas no mercado financeiro. 
Algumas iniciativas que foram tomadas em conjunto pelas instituições financeiras visando aprimorar o controle de risco do setor. Dentre estas iniciativas encontra-se aquela que impõe às instituições financeiras uma área denominada de Compliance que representa um setor que supervisiona, faz cumprir as normas, os procedimentos, o código de conduta, o cumprimento das leis que regem o segmento de modo geral e a instituição financeira de modo específico. 
	
AULA 04 – CONTEUDO ON LINE
PRINCIPAIS PRODUTOS DO MERCADO FINANCEIRO
	As instituições financeiras utilizam diversos tipos de produtos financeiros tanto para realizarem a captação de recursos quanto para fazerem a aplicação dos mesmos. Portanto, existem diversos tipos de produtos financeiros (ativos e passivos no mercado financeiro.
Os produtos que serão abordados nesta aula são baseados em rendimentos que provêm de títulos de renda fixa.
São títulos que pagam uma remuneração que pode ser determinada no momento da aplicação (prefixados) ou no momento do resgate (pós-fixado).
Comprar um título de renda fixa é equivalente a emprestar dinheiro ao emissor do título, que pode ser um banco, uma empresa ou o governo, recebendo títulos como garantia.
Os juros cobrados são a remuneração do dinheiro e podem ser pagos periodicamente ou no final.
Podem ser classificados como:
Títulos de dívida, seja pública ou privada;
Títulos de crédito, tais como notas promissórias, debêntures e letras hipotecárias;
Acompanhe as características fundamentais dos títulos de renda fixa.
Data de emissão que corresponde à data em que começa a contar o tempo para fins de juros e correção do valor nominal na conta do comprador.
Valor nominal que corresponde ao valor de resgate do título.
Juros acruados que é o valor acumulado dos juros entre a data de emissão e a dataatual.
Valor nominal atualizado, que é o valor do título pós-fixado corrigido pelo indexador ao qual está referenciado (valor de emissão + juros acruados).
	Preço Unitário (PU), que é o preço de negociação e liquidação do título em determinada data. Corresponde ao valor presente do fluxo de caixa futuro proporcionado pelo título e descontado pela taxa de juros de mercado.
	No mercado de títulos emitidos pelas instituições financeiras existem duas formas de remuneração.
Remuneração prefixada = a rentabilidade é conhecida no momento da aplicação, isto é, o aplicador sabe quanto vai receber na data do resgate.
Remuneração pós-fixada= o investidor só tomará conhecimento da sua remuneração na data do resgate, pois, ao fazer a aplicação, o investidor sabe apenas que o rendimento do título está vinculado a um indexador mais uma taxa de juros prefixada.
TRIBUTAÇÃO
Os títulos de renda têm uma tributação regressiva de acordo com o prazo de aplicação no título. Acompanhe na tabela
	Tempo de aplicação
	Alíquota
	Até 180 dias
	22,5%
	De 181 dias a 360 dias
	20%
	De 361 a 720 dias
	17,5%
	Acima de 720 dias
	15%
A instituição financeira na qual o investidor/aplicador realizou a operação é o responsável tributário pelo pagamento dos rendimentos e pela retenção e recolhimento dos tributos.
Aprenda a seguir sobre cada um dos principais produtos oferecidos pelas Instituições Financeiras aos seus clientes pessoas físicas e jurídicas.
Certificado de Depósito Bancario – CDB
Recibo de depósito bancário – RDB
Certificado de depósito interfinanceiro – CDI
Hot Money
Desconto de notas promissórias e duplicatas
Factoring
Commercial papers
Debêntures
Títulos públicos 
Tesouro direto
CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – CDB
Título de renda fixa emitido por um banco comercial, múltiplo ou de investimento que pode ser visto como um depósito bancário, já que ao comprar o CDB o aplicador está, na verdade, emprestando o dinheiro para o banco por um prazo determinado e recebendo em troca o pagamento de juros, destinado em grande parte a lastrear operações de financiamento de capital de giro.
Os CDBs são escriturais, nominativos, negociáveis e transferíveis.
PRORROGAÇÃO: 
Os CDBs não podem ser prorrogados.
No seu vencimento o investidor pode renovar a aplicação através da emissão de um novo CDB.
RECOMPRA = A recompra de um CDB pelo banco emissor, antes de seu vencimento, é facultativa para o banco, não é obrigatória.
O banco também não pode colocar obstáculos na negociação com terceiros de um CDB emitido por ele.
TRIBUTAÇÃO = Há incidência de imposto de renda retido na fonte sobre o ganho.
Nos resgates inferiores a 30 dias, também incidirá IOF sobre o rendimento de forma regressiva, com alíquotas que variam de 96%.
(1dias) até 3% (29 dias) sobre a rentabilidade do título. A partir desse período não há incidência de IOF.
No caso em que o investidor queira buscar uma proteção contra a alta de juros ou indexador inflacionário:
A melhor opção é o CDB com rentabilidade pós-fixada indexada a um percentual do CDI diário ou outro indexador como a Tr ou o IGP-M mais uma taxa fixa.
O investidos só conhece o rendimento no momento do resgate.
Para investidores que acreditam na tendência de queda da taxa de juros:
O CDB com rentabilidade prefixada é a aplicação mais indicada.
Nesse caso, o investidor conhece no momento da aplicação o valor bruto do rendimento que será pago no vencimento.
RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO – RDB
Em as mesmas características de um Certificado de Depósito Bancário – CDB, com a diferença de que não admite negociação antes de seu vencimento.
Porém, pode ser rescindido em caráter excepcional, desde que com o acordo da instituição depositária. Neste caso, só pode ser devolvido o valor principal, ou seja, sem os juros.
CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO – CDI
São títulos de emissão de instituições financeiras que lastreiam operações do mercado monetário ou mercado interfinanceiro (entre elas mesmas), geralmente por um dia, apesar de poderem ser de prazos maiores.
Quando têm prazo de um dia, essas operações são denominadas de Depósito interfinanceiro. Essas operações são tão importantes para o mercado que estabelecem um padrão de taxa média diária, utilizada como o custo básico da taxa de juros no mercado, conhecido como CDI over, que refletirá a expectativa de custo das reservas bancárias em D + 1 (dia seguinte).
O CDI serve também como principal benchmark para os fundos de renda fixa e como indexador de aplicações e empréstimos ao setor privado.
IMPOSTOS E JUROS: Está isento de IR e IOF (Imposto sobre operações Financeiras). Os juros são definidos pela denominada taxa over, geralmente expressa linear mensal e capitalizada pelos dias úteis previstos na operação.
TAXAS: As taxas de CDI e SELIC são usadas para negócios no overnight (de um dia para outro). O mercado de SELIC, cujas operações se caracterizam pela exigência de títulos públicos em garantia, movimenta diariamente R$ 60 bilhões.
GARANTIAS: O CDI não é lastreado por títulos de qualquer natureza, por isso não possui garantia e deve operar amparado em limites de crédito fixados individualmente pelos bancos para suas contrapartes. Apesar do risco de crédito, a taxa de CDI é normalmente menor que a SELIC.
HOT MONEY
Acompanhe a definição de Hot Money segundo Assaf Neto.
(...) são operações de curtíssimo prazo (um dia), visando atender às necessidades imediatas de caixa das empresas. 
O hot money tem como referencial o CDI, acrescido de um spread cobrado pela instituição intermediadora. 
A operação incorre também em IOF calculado sobre a repactuação diária da taxa de juro. 
DESCONTO DE NOTAS PROMISSÓRIAS E DUPLICATAS
São instrumentos de crédito emitidos pelas empresas contra seus clientes, que contemplam prazos diferenciados de financiamento de aquisição de mercadorias e serviços.
Estas operações têm como características:
Cobrança de juro antecipado;
Incidência de IOF; e
Taxa de abertura de credito (TAC) para cobrir despesas operacionais dos bancos;
Nestas operações os bancos costumam usar o conceito de desconto simples por fora, no qual o juro incide sobre o montante da dívida e não sobre o principal solicitado de empréstimo. Assim, é apurada uma taxa implícita na operação superior à taxa de desconto considerada.
Factoring
De acordo com Assaf Neto, factoring é uma operação voltada, sobretudo, à prestação de serviços às pequenas e médias empresas, veja alguns exemplos.
Gestão de caixa e estoques;
Controle de contas a pagar e a receber
Negociações com fornecedores
Como consequência desses serviços prestados, a empresa de factoring adquire os direitos creditórios (contas a receber / vendas a prazo) resultantes das vendas mercantis a prazo realizadas por empresas-clientes. A empresa de factoring não é classificada como instituição financeira, sendo vedada a realização de operações de concessão de créditos.
O factoring consiste em adquirir (e não descontar) os títulos adquiridos de crédito provenientes da atividade empresarial de forma definitiva, assumindo todo o risco inerente ao crédito concedido pela empresa vendedora.
	Acompanhe como o lucro da empresa de factoring é formado:
Valor nominal dos créditos mercantis adquiridos (vendas a prazo realizadas por ume empresa cliente)
-
Preço pago pela compra desses títulos
=
LUCRO
	
Os títulos de crédito são adquiridos pela empresa de factoring através da aplicação de um fator que inclui todos os custos incorridos pela memsa, tais como:
Despesas operacionais;
Impostos;
Custo de oportunidade do capital investido e margem de lucro esperada.
Além dessa modalidade de operações de factoring, existem outras que serão apresentadas em uma próxima aula.
COMMERCIAL PAPERS
São títulos de crédito emitidos pelas empresas com o objetivo de financiar seu capital de giro e negociados junto a investidores do mercado de capitais. Os títulos são emitidos por Companhias de Capital Aberto e oferecema possibilidade de serem recomprados pelas empresas.
Existe a necessidade de registro da operação na comissão de valores mobiliários – CVM e, na maioria dos casos, oferecem garantia de fiança bancária.
Como vantagem sobre as operações convencionais de empréstimos bancários pode-se citar p baixo custo financeiro e a maior agilidade em tomar recursos no mercado, explicados pela eliminação da intermediação bancária.
Como vantagem sobre as operações convencionais de empréstimos bancários pode-se citar o baixo custo financeiro e a maior agilidade em tomar recursos no mercado, explicados pela eliminação da intermediação bancária.
Debêntures
Títulos de dívida de médio ou longo prazo, emitidos pelas sociedades anônimas, que conferem aos seus detentores o direito de crédito contra a empresa, nos termos da escritura de emissão e do certificado.
VANTAGENS:
Custo baixo: uma emissão de debêntures pode ter custo menor que vários financiamentos bancários renováveis em curto prazo.
CUSTO DEDUTÍVEL: as despesas com pagamento de juros são deduzidas como despesa financeira na apuração do resultado do exercício.
CONTROLE: a emissão de debêntures não altera a situação patrimonial relativa ao controle acionário da companhia.
DILUIÇÃO DO LUCRO: se as debêntures não contiverem cláusula de participação nos lucros, a sua emissão poderá não diluir o lucro dos acionistas.
Justificativa da aquisição.
Fluxo adequado aos projetos.
DESVANTAGENS
Nível de risco : por ser título de dívida, a classificação do nível de risco da empresa sobe em face do endividamento. Caso a empresa não cumpra com os compromissos na emissão das debêntures, tornando-se inadimplente, o debenturista pode pedir sua falência.
As Debêntures podem oferecer as seguintes garantias (conforme a lei n 6.404/76):
Com garantia real.
Com garantia flutuante: em caso de insolvência da empresa esta espécie tem precedência sobre os credores quirografários (por oposição de assinatura no documento).
Sem gozar de preferência: tornando-o um dos credores quirigrafários da empresa
Subordinadas: estando, portanto, subordinadas aos demais credores da empresa.
As debêntures podem ser de duas espécies diferentes
Simples (não conversíveis)
Conversíveis em ações
Quanto à forma, somente podem assumir a nominativa, devido ao fato da inexistência de títulos ao portador, desde o período do governo Collor. Veja como a forma do título pode ser dividida.
NOMINATIVA : 
Escriturais 
Não escriturais (com emissão de certificado)
As emissões de debêntures podem divididas em séries e cada série tem preferência em relação à posterior, nos casos de liquidação da companhia ou meso de redução da capacidade de pagamento pela mesma.
Outro aspecto importante é que a empresa somente poderá vender uma nova série se todas as séries anteriores tiverem sido colocadas ou canceladas.
Os limites de emissão de debêntures podem ser:
O montante do capital social;
Se existirem garantias reais, o limite pode ser de até 80% do valor das garantias;
Se a garantia for flutuante (total dos ativos), o limite poderá ser de até 70% do ativo contábil líquido, ou seja, subtraído do ativo total as dívidas com garantias reais.
TÍTULOS PÚBLICOS
A responsabilidade pela administração da dívida pública federal é de competência do Tesouro Nacional. O Banco Central é responsável pela execução da política monetária e utiliza a sua estrutura para operacionalizar a emissão de títulos pelo Tesouro Nacional.
O Tesouro Nacional emite os títulos públicos de duas formas:
EMISSÃO DIRETA: Destinam-se, principalmente, à securitização de dívidas da União, à realização de operações financeiras estruturadas e refinanciamento das dívidas de estados, municípios e estatais.
OFERTA PÚBLICA: São as emissões de títulos por meio de leilão eletrônico competitivo.
Os leilões podem ser na modalidade preço único ou preços múltiplos. Podem participar dos leilões as instituições regularmente habilitadas a operar no sistema SELIC.
Importante: assim como nas demais aplicações de renda fixa, existe incidência regressiva de IOF caso o resgate seja feito antes de 30 dias, e cobrança de imposto de renda sobre os rendimentos no período.
TESOURO DIRETO
É um programa que vende títulos pela internet para pessoas físicas. Foi desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em apercebia com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC. Permite que investidores com pequenas quantias (R$ 100,00 no mínimo) possam comprar títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional.
Para operar no Tesouro Direto, o investidor tem que ter um agente de custódia cadastrado. A lista dos agentes está disponível no site WWW.tesourodireto.gov.br, onde você encontra orientação aos investidores sobre os títulos disponíveis para negociação, calculadores etc.
AULA 04 – TELETRANSMITIDA
Principais produtos do mercado financeiro
As instituições financeiras se utilizam de diversos tipos de produtos financeiros tanto para realizarem captação de recursos quanto para realizarem aplicação destes recursos. Portanto existem diversos tipos de produtos financeiros (ativos e passivos) no mercado financeiro. 
Os produtos que serão abordados nesta aula têm como principal característica serem baseados em rendimentos que provêm de títulos de renda fixa. Isto porque nas aulas 5, 6 e 10 estaremos tratando de títulos que circulam no mercado de capitais que têm como característica principal serem de renda variável. 
Podem ser classificados em títulos de dívida, seja pública ou privada, e títulos de crédito, como notas promissórias, debêntures e letras hipotecárias.
São títulos que pagam uma remuneração que pode ser determinada no momento da aplicação (prefixados) ou no momento do resgate (pós-fixados). 
Comprar um título de renda fixa é equivalente a emprestar dinheiro ao emissor do título, que pode ser um banco, uma empresa ou o governo, recebendo os títulos como garantia. Os juros cobrados são a remuneração do dinheiro e podem ser pagos periodicamente ou no final.
Estes títulos possuem características fundamentais , tais como:
Data de emissão que corresponde à data onde começa a contar o tempo para fins de juros e correção do valor nominal na conta do comprador 
Valor nominal que corresponde ao valor de resgate do título.
Juros acruados que é o valor acumumulado dos juros entre a data de emissão e a data atual.
Valor nominal atualizado que é o valor do título pós-fixado corrigido pelo indexador ao qual está referenciado (valor de emissão + juros acruados).
Estes títulos possuem características fundamentais tais como:
Preço Unitário (PU) - é o preço de negociação e liquidação do título em determinada data. Corresponde ao valor presente do fluxo de caixa futuro proporcionado pelo título, descontado pela taxa de juros de mercado.
No mercado de títulos emitidos pelas Instituições Financeiras existem duas formas de remuneração : 
Títulos com remuneração pré-fixada e títulos com remuneração pós-fixada.
Na remuneração pré-fixada a rentabilidade é conhecida no momento da aplicação, isto é, o aplicador sabe quanto vai receber na data do resgate. 
Na remuneração pós-fixada o investidor só saberá a sua remuneração na data do resgate pois ao aplicar o investidor sabe apenas que o rendimento do título está vinculado a um indexador mais uma taxa de juros prefixada.
Os títulos são emitidos de forma escritural e registrados em sistemas de custódia.
Existem no Brasil dois grandes sistemas de custódia: SELIC e CETIP, os quais já foram devidamente abordados na aula 2 . 
Segundo o Fundo Garantidor de Crédito o valor máximo, por instituição, é de R$ 70.000,00 (setenta mil reais) por depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição em diferentes formas de depósito e aplicação.
No tocante à questão da tributação, os títulos de renda uma tributação regressiva de acordo com o prazo de aplicação no título conforme abaixo:
Títulos Públicos, CDB, Debêntures, Notas Promissórias e outros títulos de renda fixa:
Tempo de Aplicação

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