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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL Artigo 213 CP - ESTUPRO - conjunção carnal é o ato sexual do coito na vagina pela penetração do pênis. - ato libidinoso diverso são tomas as demais condutas, que não conjunção carnal, que se destinam a saciar a lascívia do agressor. Sujeito ativo e passivo: qualquer pessoa (crime comum). Núcleo do verbo: constranger, permitir ou praticar. Bem jurídico: dignidade e liberdade sexual da vítima. Bem material: integridade física e mental da vítima. Conduta: ¹ violência deve ser material, com emprego de força física suficiente capaz de impedir que a vítima possa reagir. ² a grave ameaçã se da através da violência moral, direta, justa ou injusta, onde a vítima não vê alternativa, a não ser ceder o ato sexual. Voluntariedade: dolo Consumação: com a penetração ainda que parcialmente ou no momento da prática do ato libidinoso. Tentativa: é admitida. Forma qualificada: § 1º e 2º. §Ação penal: pública incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. OBS: o artigo 1º, V, da lei 8.072/92 classifica como hediondo tanto na forma simples quanto qualicado. Artigo 215 CP – VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE - A vítima é ludibriada e, caindo no “conto do vigário” acaba tendo sua dignidade sexual violada. Também chamada de estelionato sexual. - a fraude é o engodo, o ardil, o artíficio que leva ao engano, a fraude deve constituir meio indônio para enganar o ofendido. Sujeito ativo e passivo: qualquer pessoa (crime comum). Núcleo do verbo: ter ou praticar Bem jurídico: a dignidade e a liberdade sexual. Bem material: integridade física e mental da vítima. Conduta: comportamento caracterizado quando o agente sem emprego de qualquer espécie de violência, prática com a vítima ato sexual mediante fraude, a fraude não pode tirar a capacidade de resistência da vítima. Voluntariedade: dolo. Consumação: com a prática de qualquer ato de libidinagem e conjunção carnal. Tentativa: é admitida. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. Artigo 215- A CP – IMPORTUNAÇÃO SEXUAL - é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém de forma não consensual, com o objetivo de “satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. - médio potencial ofensivo. - sujeito a suspensão condicional do processo. Sujeito ativo e passivo: qualquer pessoa. Núcleo do verbo: praticar. Bem jurídico: a dignidade e a liberdade sexual. Bem material: integridade física e mental da vítima. Voluntariedade: dolo. Consumação: com a prática de qualquer ato libidinoso. Tentativa: é admitida. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. OBS: as penas previstas no caput e nos § 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime. Artigo 216-A CP – ASSÉDIO SEXUAL - se dá quando o superior hierárquico ou que mantém posição superior na relação do exercício do emprego, e isso é um requisito essencial para a configuraçãp do delito, se utiliza dessa proeminência no contexto da relação de emprego, para constranger o hipossuficiente fazendo com que lhe proporcione vatagem ou favorecimento sexual. Sujeito ativo: qualquer pessoa que seja superior hierarquico ou ascendente em relação de emprego, cargo ou função (crime próprio). Sujeito passivo: qualquer pessoa que seja subalterno do autor. Núcleo do verbo: constranger. Bem jurídico: dignidade e liberdade sexual. Bem material: integridade física e mental da vítima. Conduta: a insistência importuna de alguém em posição privilegiada que usa dessa vantagem para obter favores sexuais de um subalterno. Voluntariedade: dolo. Consumação: há duas correntes: ¹ para uns o crime se perfaz com o constrangimento, ainda que representado de um só ato, indenpendente da obtenção da vantagem sexual visada. ² para outros o crime é habitual, sendo necessária a prática de reiterados atos constrangedores. Tentativa: há divergência na doutrina, caso seja um ato de assédio for o bastante, é admitida. Considerando o delito como habitual, não é admitida. Forma majorada: §2º. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. Artigo 216 –B CP – REGISTRO NÃO AUTORIZADO DA INTIMIDADE SEXUAL Sujeito ativo e passivo: qualquer pessoa. Núcleo do verbo: produzir, fotografar, filmar ou registrar. Bem jurídico: direito de imagem e intimidade da vítima. Voluntariedade: dolo. Consumação: ocorre de forma instantânea no momento em que o agente produz fotográfia, filma ou registra conteúdo. Tentativa: é admitida. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual (JECRIM – art. 61 da Lei 9099/95). Artigo 217-A CP – ESTUPRO DE VULNERÁVEL - vulnerável é toda criança, adolescente com menos de 14 anos, e qualquer pessoa que por enfermidade ou doença mental não tenha discernimento ou controle pelo fato. Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). Sujeito passivo: pessoa menor de 14 anos ou portadora de enfermidade ou deficiência mental ou incapaz de discernimento. Núcleo do verbo: ter ou praticar. Bem jurídico: dignidade sexual do vulnerável. Bem material: integridade física e mental da vítima. Conduta: é punida também neste artigo, quando a vítima não pode por qualquer causa oferecer resistência. EX: a vítima se embriaga até a inconsciência e, inerte, é submetida ao ato sexual sem que possa resistir, ou da pessoa que é induzida por meio de drogas. Voluntariedade: dolo Consumação: com prática de ato de libidinagem. Tentativa: é admitida. Forma qualificada: §3º e 4º. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. OBS: Súmula 593/STJ - O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente. Artigo 218 CP – CORRUPÇÃO DE MENORES - o autor que induz responde por este tipo penal, mas o autor (outrem) prática crime de estupro de vulnerável. Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). Sujeito passivo: menor de 14 anos. Núcleo do verbo: induzir. Bem jurídico: dignidade sexual da vítima. Bem material: integridade física e mental da vítima. Voluntariedade: dolo. Consumação: com a prática do ato que importa na satisfação da lascívia de outrem, independente deste se considerar satisfeito. Tentativa: é admitida. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. Artigo 218 –A CP – SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). Núcleo do verbo: praticar. Bem jurídico: dignidade sexual do menor. Conduta: ¹ praticar na presença de vítima, conjunção carnal ou ato libidinoso – nessa hipótese o agente não interfere na vontade do menor, mas aproveita da sua presença para para realizar ato sexual, visando satisfazer lascívia própria ou de outrem. ² induzir a vítima presenciar, o agente faz nascer na criança a ideia de presenciar o ato de libidinagem. Voluntariedade: dolo. ( o agente deve saber a idade da vítima, pois se desconhecia haverá erro de tipo). Consumação: com a pratica do ato de libidinagem na presença da crianca ou induzindo-o a presenciar. Tentativa: é admitida. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. Artigo 218- B CP – FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU DE FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE OU VULNERÁVEL - o agente leva, atrai, propicia ou retém a vítima, visando desta o exercício da prostituição, consistente em satisfazer a lascívia de pessoa indeterminada. Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). Sujeito passivo: menor de 18 anos. Núcleo do verbo: submeter, induzir ou atrair Bem jurídico: dignidade sexual do menor. Bem material: integridade física e mental da vítima. Conduta: submeter(sejeitar), induzir ( inspirar, instigar), atrair (aliciar) a vítima a prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la (proporcionar meios, afastar dificuldades), ou impedir ( opor-se) ou dificultar (criar obstáculos) que alguém a abandone. Voluntariedade: dolo. Consumação: na modalidade submeter, induzir, atrair e facilitar consuma-se o delito no momento em que a vítima passa a se dedicar à prostituição. Já na modalidade de impedir ou dificultar o abandono da prostituição consuma-se no momento que a vítima delibera por deixar a atividade e o agente obsta esse intento. Tentativa: é admitida. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. Artigo 218-C CP – DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO OU DE CENA DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL, DE CENA DE SEXO OU PORNOGRÁFIA Sujeito ativo: qualquer pessoa. Sujeito passivo: qualquer pessoa, inclusive menor de idade Núcleo do verbo: Os verbos-núcleo do tipo, comuns aos crimes, são oferecer (apresentar para aceitação ou rejeição, proporcionar), trocar (dar e receber ao mesmo tempo, permutar), disponibilizar (ter, oferecer ou colocar à disposição), transmitir (fazer passar de um local para outro ou de uma propriedade para outra), vender (alienar mediante pagamento em dinheiro) ou expor à venda, distribuir (dividir entre duas ou mais pessoas), publicar (levar ao conhecimento do pública) ou divulgar (tornar público). Bem material: integridade mental e imagem da vítima. Conduta: ¹ Cena de estupro é aquela em que, por qualquer meio visual ou audiovisual, representa o constrangimento de alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que se pratique qualquer outro ato libidinoso. ² Cena de estupro de vulnerável é aquela em que, por qualquer meio visual ou audiovisual, representa a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, enferma ou com deficiência mental. ³ O crime de divulgação de cena com apologia ao estupro pune aquele que de qualquer forma, faz apologia induz, incentiva, a prática do crime de estupro. 4 o crime de divulgação de cena de cena de sexo ou pornografia pune aquele que divulga cena de sexo (vídeo ou fotografia com a prática de coito ou qualquer outra forma de conjunção carnal), nudez (estado da pessoa que tem uma parte do corpo nua) e pornografia (figura, fotografia ou filme cujo objetivo é provocar erotismo obsceno ou apenas causar excitação sexual, sem nenhum valor artístico), tudo sem o consentimento da vítima. Voluntariedade: dolo. Consumação: com o oferecimento, troca, disponibilização, transmissão venda, exposição, distribuição, publicação ou divulgação de cenas de estupro, ou pornografia sem o consentimento da vítima. Tentativa: não é admitida. Forma majorada: §1º. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual. Artigo 226 CP – CAUSAS DE AUMENTO DE PENA - 1/4 - Se o crime for cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; - 1/3 - Se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela. - 1/3 a 2/3 - Quando for Estupro coletivo (2 ou mais agentes) ou Estupro corretivo (controlar o comportamento social ou sexual da vítima). Artigo CP – - Sujeito ativo e passivo: Núcleo do verbo: Bem jurídico: Bem material: Conduta: Voluntariedade: Consumação: Tentativa: é admitida. Ação penal: incondicionada – art. 225 CP. Competência: Justiça Estadual.
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