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apostila_de_geologia_segunda_parte (1)

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TECTÔNICA GLOBAL 
 
Tectônica Global é a teoria que descreve e procura explicar os movimentos 
horizontais e verticais da litosfera terrestre (crosta terrestre + manto rígido subjacente). 
Segundo esta teoria, a litosfera é formada por um número de placas rígidas, 
algumas grandes, outras pequenas, que vagorasamente se deslocam uma em relação 
às outras, em resposta a movimentos e fluxos na astenosfera, região plástica do 
manto. 
Estes movimentos são considerados como os principais fatores que levam às 
grandes mudanças geológicas no planeta. Os movimentos destas placas provocam o 
surgimento de novos Oceanos e fechamento de antigos, soerguimento de cadeias 
montanhosas orogênese e vulcanismo associados, soerguimento e subsidência de 
grandes extensões continentais em função da resposta isostática do manto, ruptura de 
massas continentais (rifteamento), influenciam grandes mudanças climáticas e levam 
à criação de condições propícias ao surgimento e acumulação de petróleo e outros 
minérios. 
A energia acumulada ao longo das margens das placas pode ser 
abruptamente liberada, causando os terremotos. O vulcanismo e a geração de novas 
rochas magmáticas estão, na maior parte das vezes, associados a estes movimentos 
e ocorrem ao longo das bordas das placas. Exceção são os hot spots,que se associam 
a fenômenos mais profundos no manto. 
 
 
A Terra é um planeta dinâmico 
Litosfera: (crosta + manto superior) é fragmentada (por falhas e fraturas profundas) 
atualmente em cerca de 12 placas tectônicas que se movem. 
 
Astenosfera: marca o limite inferior da litosfera (“Zona de Baixa Velocidade” – 
diminuição da velocidade das ondas sísmicas) situada entre 100 e 350 km de 
profundidade. As altas temperaturas mantêm as rochas em estado plástico que 
permite que a litosfera rígida deslize sobre a astenosfera, possibilitando o 
deslocamento lateral das placas tectônicas. 
 
Placas Tectônicas: são geralmente de natureza oceânica e continental. A Crosta 
Continental (30-40km) composta principalmente por rochas granodioríticas a 
dioríticas. A Crosta Oceânica (6-7 km) constitui-se principalmente de rochas 
basálticas. 
 
Processos geológicos que causam a movimentação das placas tectônicas: a) criação de nova 
litosfera oceânica na dorsal meso-ocêanica; b) mergulho da litosfera para o interior do manto, 
puxada pela crosta oceânica descendente mais densa; c) espessamento da placa litosfética, à 
medida que se distancia da dorsal meso-oceânica, tornando o limite entre a placa e a 
astenosfera uma superfície inclinada. 
 
Tipos de limites entre as placas litosféricas: 
1. Divergentes: As placas afastam-se uma da outra, com a formação de nove crosta 
oceânica (Dorsais meso-oceânicas) 
2. Convergentes: As placas colidem, com a mais densa mergulhando sob a outra, 
gerando uma zona de intenso magmatismo a partir de processos de fusão parcial da 
crosta que mergulhou (zona de subducção). Nesses limites ocorrem fossas e 
províncias vulcânicas. 
3. Conservativos: As placas deslizam lateralmente uma em relação à outra, sem 
destruição significativa ou geração de crosta, ao longo de fraturas denominadas falhas 
transformantes. 
Nesses limites de placas concentra-se a mais intensa atividade geológica do 
Planeta: sismo, vulcanismo e orogênese. 
As forças que movem as placas são denominadas correntes de convecção. 
 
Modelos sugeridos para mecanismos de correntes de convecção. a – Correntes de convecção 
ocorrendo somente na atmosfera. b – correntes de convecção envolvendo todo o manto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto menor a densidade de uma rocha, maior a velocidade das ondas sísmicas. 
MS = log(A/T) + 1,66 log() + 3,3 (magnitude de sismos superficiais) 
MR = logV + 2,3 log R – 2,48 (magnitude de sismos regionais) 
Terremotos 
É o conjunto de vibrações (ondas sísmicas) propagadas em todas as direções 
oriundas do movimento repentino de blocos de rocha que se romperam. 
A ruptura se dá quando as tensões provocadas pelo movimento de placas 
atingem o limite da resistência das rochas. 
Ondas Sísmicas 
São ondas de propagação tanto no terreno como sonoras. Há dois tipos de 
vibrações sísmicas em um meio sólido (ondas internas) que se propagam em todas as 
direções: 
Vibrações longitudinais (ondas P): as partículas do meio vibram paralelamente à 
direção de propagação e têm maior velocidade de propagação. 
 
Vibrações transversais (ondas S): as partículas vibram paralelamente à direção de 
propagação da onda e têm menor velocidade de propagação. Só se propagam no 
meio sólido. 
 
 
 
Intensidade Sísmica 
É uma classificação dos efeitos (em pessoas, objetos, construções e na 
natureza) que as ondas sísmicas provocam em um determinado lugar. 
 
Escala de Magnitude (Escala Richter) 
As magnitudes são expressas em escala logarítmica, de maneira que cada 
ponto na escala corresponda a um fator de 10 vezes na amplitude das vibrações (valor 
máximo = 9). 
 
 
A – amplitude da onda superficial registrada entre 20° e 100° de distância. 
T – período da onda superficial (deve estar entre 18s e 22s). 
 - distância epicentral em graus [ângulo no centro da Terra entre o epicentro e a 
estação (1° = 111 km)]. 
V – velocidade da partícula da onda P, em m/s (V=2 A/T). 
R – distância epicentral (km). 
 
 
 
 
 
Sismicidade Mundial 
Os sismos estão distribuídos nos limites das placas tectônicas. 
Padrão de linha: os epicentros estão ao longo de traço. Ex.: Dorsal Meso-Atlântica. 
Padrão de faixa: os epicentros distribuem-se ao longo de faixas. Ex.: Cinturão de 
Fogo do Pacífico. 
Sismicidade intraplaca: Sismos que ocorrem no interior das placas em decorrência da 
transmissão das tensões geradas nas bordas. São rasos (30 – 40 km de profundidade) 
com magnitudes baixas e moderadas, em geral. Podem ser mais intensos em regiões 
onde a crosta foi tracionada e extendida por processos geológicos relativamente 
recentes (Mesozóico e Cenozóico). 
No Brasil: regiões Sudeste e Nordeste, principalmente. Os mais fortes foram no Mato 
Grosso, Ceará e Rio Grande do Norte. 
Cuiabá/MT (1955) – 6.2; Pacajus/CE (1980) – 5.2; João Câmara/PB (1986) – 5.1 
No Nordeste, os sismos ocorrem devido a tensões compressivas (E-W) e 
tensões tracionais (N-S), provavelmente originadas pela movimentação da Placa 
Sulamericana e forças locais causadas pela estrutura crustal da região. 
A interferência do homem na natureza também pode provocar sismos, 
através de explosões nucleares, de injeção de água e gás no subsolo, do alivio de 
carga em minas a céu aberto e do enchimento de reservatórios artificiais ligados a 
barragens hidroelétricas. A maior ocorreu em 1967, no reservatório de Koyna (Índia), 
com magnitude 6.3. 
 
 
 
 
 
 
Geração de um sismo por acúmulo e liberação de esforços em uma ruptura. A crosta terrestre 
está sujeita a tensões (a) compressivas neste exemplo, que se acumulam lentamente, 
deformando as rochas (b); quando o limite de resistência das rochas é atingido, ocorre uma 
ruptura com um deslocamento abrupto, gerando vibrações que se propagam em todas as 
direções (c). geralmente, o deslocamento (ruptura) se dá em apenas uma parte de uma fratura 
maior pré-existente (falha geológica). O ponto inicial da ruptura é chamado hipocentro ou foco 
do tremor, e sua projeção na superfície é o epicentro. Nem todas as rupturas atingem a 
superfície. 
 
 
Tsunamis 
São ondas de água gigantescas (10-20 m de altura) e destrutivas, que podem 
atingir zonas costeiras após a ocorrência de um grande terremoto com epicentro no 
mar. Essas ondas são geradas pelo deslocamento rápido da coluna d’água na área 
epicentral de um terremoto ocorrido em uma falha próxima ao fundo do mar. 
O deslocamento da coluna d’água propaga-se como ondas em todas as 
direções com velocidades que dependem da profundidade do mar. Chegandopróximo 
ao litoral, onde o mar é mais raso, a velocidade diminui (50-70 km/h), fazendo a 
energia da onda se acumular em uma extensão bem menor de água, aumentando, 
consequentemente, a altura da onda. O acúmulo de energia provoca também 
transporte de água (correntes) inundando a região costeira por centenas de metros 
terra adentro. Podem ocorrer a milhares de quilômetros de distância do epicentro do 
terremoto. 
Existem sistemas de alarme para tsunamis no Pacífico, baseado na 
determinação rápida de epicentros, magnitudes, orientação de falhas e modelamento 
matemático de ondas. 
Ainda não foi possivel desenvolver um método prático e seguro para se fazer 
previsões de terremotos. 
 
 
 
 
1. formação 
2. propagação 
3 e 4. Inundação 
 
 
 
 
 
 
O TEMPO GEOLÓGICO 
Escala de tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até 
a formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se 
baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta. Embora devesse 
servir de marco cronológico absoluto à Geologia, não há concordância entre cientistas 
quanto aos nomes e limites de suas divisões. 
As datas referidas correspondem ao início das eras/períodos, o que leva a 
intervalos de tempo muito extensos em certos casos, com o acúmulo de 
acontecimentos relevantes. Por esse motivo, apenas são referidos os acontecimentos 
considerados evolutivamente mais relevantes, estando os mais recentes no topo de 
cada "célula". 
 
Conceitos Básicos 
Registros Geológicos: eventos geológicos X tempo 
Correlação Geológica: Conexão de eventos deduzidos do registro rochosos de um 
local para o outro. 
 
Princípios Gerais 
Uniformitarismo ou Atualismo (James Hutton, 1889): “O presente é a chave do 
passado” – as leis da físicas e da química são independentes do tempo e do espaço, 
por isso operam no passado como operam hoje. 
Ex.: 1.Rochas marinhas encontradas em regiões continentais. 
2.Tilitos encontrados em regiões tropicais. 
Hutton & Lyell/Hsü (1889): “O improvável pode ser inevitável, dada a imensidão do 
tempo geológico” 
Catastrofismo (Cuvier, 1790): Cada mudança no registro geológico representaria 
uma catástrofe. 
 
Princípios de Correlação 
1. Superposição: É uma seqüência de rochas sedimentares, ou derrames vulcânicos, 
as camadas tornam-se progressivamente mais jovens para o topo da seqüência. 
(contra-exemplo: sills de rocha vulcânica são mais jovens que as encaixantes). 
2. Continuidade lateral: Rochas sedimentares inicialmente formam estratos contínuos, 
mudando de caráter apenas se há mudanças ambientais. 
3. Horizontalidade inicial: Camadas de rochas sedimentares são depositadas 
aproximadamente em posição horizontal. 
4. Relações de truncamento e inclusão: 
• Se uma rocha é cortada por outra ou por uma estrutura, ela deve ser mais antiga que 
o evento de truncamento. Ex.: Uma falha cortando estratos. 
• Se uma rocha contem fragmentos de outra, ela é mais jovem que as inclusões. Ex.: 
Xenólito de xisto em granito; seixos de granito em conglomerado. 
 
 
 
Breve Histórico 
Século XVII 
1669: Nicolau Steno: Lei da superposição 
Século XVIII 
1769: Giovani Arduino: Classificação das rochas 
Século XIX 
1815: William Smith: Confecção de mapas geológicos utilizando os fósseis como 
instrumentos de datação. 
1817: Curvier: “cada mudança na seqüência de fauna representa uma idade 
 
extinção das espécies e a possibilidade de uma coluna do tempo geológico. 
1830: James Hutton; Concepção sobre a imensidão do passado. 
1830: Charles Lyell: “vêm-se mundos além de mundos, imensuravelmente distantes 
uns dos outros, e, além de todos eles, inumeráveis outros sistemas são vagamente 
percebidos nos confins do universo visível”. Pai da estratigrafia. 
 
Coluna do Tempo Geológico 
 
 
O tempo geológico está dividido em 
intervalos que possuem um significado em 
termos de evolução da Terra. A escala do 
tempo geológico, cujo esqueleto rudimentar 
foi estabelecido ainda no século XIX , está 
dividida em graus hierárquicos cada vez 
menores da seguinte forma: 
 
Éons (Hadeano, Arqueano, Proterozóico 
e Fanerozóico); 
 
Eras (apenas no Éon Fanerozóico: 
Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica); 
 
Períodos (para cada uma das eras do 
Fanerozóico); 
 
Épocas (subdivisões existentes apenas 
para os períodos do Cenozóico). 
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS 
A água é a substancia mais abundante na Terra e é responsável pela 
dissolução de materiais e transporte de partículas. 
Denomina-se hidrosfera a parte superficial da costa até uma profundidade de 
10 km abaixo da interface atmosfera/crosta. Inclui os seguintes reservatórios: oceanos, 
geleiras rios, lagos, vapor de água atmosférica, água subterrânea e água retida nos 
seres vivos. 
 
Origem 
A partir da formação da atmosfera, ou seja, a degaseificação do planeta 
(liberação de gases por um sólido ou um líquido quando este é aquecido ou resfriado). 
 
O Ciclo Hidrológico 
 
Ciclo da água 
 
1. Precipitação meteórica (condensação de gotículas a partir do vapor d’água presente 
na atmosfera, dando origem à chuva); 
2. Parte da precipitação retorna à atmosfera por evaporação direta; outra parte soma- 
se ao vapor d’água formado sobre o solo e àquele liberado pela atividade biológica 
(evapotranspiração); 
3. Uma vez atingido o solo, a gotícula infiltra-se, dependendo do tipo de material de 
cobertura de superfície. A água de infiltração abastece o corpo de água subterrânea. 
4. Quando a capacidade de absorção de água pela superfície é superada, o excesso 
de água inicia o escoamento superficial, impulsionado pela gravidade para zonas mais 
baixas. 
5. Durante o trajeto geral do escoamento superficial nas águas emersas e, 
principalmente, na superfície dos oceanos, ocorre a evaporação, realimentando o 
vapor de água atmosférico, completando o ciclo hidrológico. 
Estima-se que 85% do total anual evaporado é dos oceanos e que 15% é evaporado 
dos continentes por evapotranspiração. 
Ciclo Rápido 
A água é consumida nas reações fotoquímicas (fotossíntese) onde é retida 
principalmente na produção de biomassa vegetal (celulose e açúcar). Com a reação 
contraria à fotossíntese, a respiração, esta água retorna ao ciclo. 
 
Ciclo Lento 
O consumo de água ocorre no intemperismo químico através das reações de 
hidrólise e na formação de rochas sedimentares e metamórficas (formação de 
minerais hidratados). A produção de água juvenil pela atividade vulcânica representa o 
retorno dessa água ao ciclo rápido. 
 
Água subterrânea: toda água que ocupa vazios em formações rochosas. É a 
fração do ciclo da água que é infiltrada no subsolo, onde a força gravitacional e as 
características dos materiais presentes irão controlar o armazenamento e o movimento 
das águas. 
 
Infiltração 
A infiltração da água no solo está relacionada aos seguintes fatores: 
– Materiais porosos e permeáveis (solos e sedimentos arenosos). 
– Rochas expostas muito fraturadas ou porosas. 
– A cobertura vegetal favorece a infiltração através das raízes e da retenção 
temporária da água em sub-superficie. Contudo 1/3 da precipitação evapora antes de 
chegar ao solo em floresta densa. 
– Superfícies suavemente onduladas aumentam a possibilidade de infiltração. 
– Chuvas regularmente distribuídas promovem maior infiltração. 
No entanto, outros fatores desfavorecem o processo de infiltração, tais como: 
– Materiais argilosos e rochas cristalinas pouco fraturadas (corpos ígneos plutônicos e 
– rochas metamórficas) são desfavoráveis à infiltração. 
– Declives acentuados favorecem o escoamento superficial, diminuindo a infiltração. 
– Chuvas torrenciais favorecem o escoamento superficial direto. 
– Urbanização e desmatamento aumentam o escoamento superficial. 
 
Distribuição de água no subsolo.Aqüíferos 
São unidades rochosas ou de sedimentos, porosas e permeáveis, que 
armazenam e transmitem volumes significativos de água subterrânea passível de ser 
explorada pela sociedade. 
Além da força gravitacional e das características dos solos, sedimentos e 
rochas, o movimento da água no subsolo é controlado também pela força de atração 
molecular (na superfície dos argilominerais) e tensão superficial. 
A zona saturada ou freática é aquela onde todos os poros da rocha estão 
saturados de água. É o limite inferior da água infiltrada, onde ela sofre represamento. 
A zona não-saturada ou vadosa ou zona de aeração é aquela acima da zona 
freática, onde os espaços vazios estão parcialmente preenchidos por água e ar. 
O limite entre as duas zonas é a superfície freática ou nível da água 
subterrânea. 
A água subterrânea pode alimentar rios (rios efluentes) em regiões úmidas ou 
a zona freática pode ser alimentada por rios (rios influentes) em áreas semi-áridas ou 
áridas. 
 
Rios efluentes e influentes conforme a posição do nível freático em relação ao vale. 
 
A porosidade é uma das propriedades físicas do aqüífero que corresponde à 
relação entre o volume de poros e e o volume total de um certo material rochoso. 
 
 
Os três tipos fundamentais de porosidade conforme diferentes materiais numa seção 
geológica. 
 
A permeabilidade é a capacidade em permitir o fluxo de água através dos 
poros. Depende do tamanho dos poros e da conexão entre eles. 
Aqüiclude é o termo oposto a aqüífero; são unidades geológicas que, apesar 
de saturadas, são incapazes de transmitir um volume significativo de água com 
velocidade suficiente para abastecer poços ou nascentes, por serem rochas 
impermeáveis. 
Em alguns casos, aqüíferos confinados dão origem a poços artesianos. A 
água penetra no aqüífero em direção a profundidades crescentes, onde sofre pressão 
hidrostática também crescente. Quando um poço perfura esse aqüífero, a água jorra 
naturalmente. 
A altura do nível da água no poço é o nível potenciométrico da água. Em 3D, 
 
Denudação Continental 
(aplainamento do relevo) 
Processos do ciclo 
supérgeno: 
Erosão, transporte e 
sedimentação 
Produtos: 
Rocha Alterada 
+ 
Solo 
temos a superfície potenciométrica. 
 
Aqüífero confinado, superfície potenciométrica e artesianismo. A água no poço artesiano jorra 
até a altura da linha AC e não AB devido à perda de potencial hidráulico durante a percolação 
no aqüífero. 
 
PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO 
Sedimentos e processos sedimentares 
Transporte (rios, lago e mar) 
Partículas de diferentes tamanhos apresentam velocidades e mecanismos de 
transporte individual. A interação entre os grãos vizinhos é subordinada e não 
compromete a trajetória de modo essencial. A viscosidade, a densidade e a 
profundidade do meio também influenciam o mecanismo de transporte. 
Suspensão é o carregamento ou sustentação do grão acima da interface 
sedimento/fluido. 
Saltação é a manutenção temporária do grão em suspensão, em trajetória 
aproximadamente elíptica, entre seu desprendimento inicial e o impacto na interface 
fluido/sedimento ou entre dois impactos sucessivos. 
Arrasto ou rastejamento (por tração): deslocamento do grão subparalelo e rente à 
interface sedimento/fluido, em contato duradouro ou tangencial com esta interface. 
Rolamento (por tração): rotação do grão em torno de um eixo, por sobre outros grãos 
da interface. É facilitado pelas formas esféricas. 
 
Intemperismo 
INTEMPERISMO E FORMAÇÃO DE SOLOS (PEDOGÊNESE) 
 
Conjunto de modificações de ordem física (desagregação) e química (decomposição) 
que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra. 
 
 
Pedogênese: 
Ocorre quando as modificações causadas nas rochas pelo intemperismo provocam 
reorganização e transferência de minerais (principalmente argilominerais e oxi- 
hidróxidos de Fe e Al) entre os níveis superiores do manto de alteração. 
Flora e fauna do solo ao realizarem suas funções vitais, modificam e movimentam 
enormes quantidades de material, mantendo o solo aerado e renovado em sua parte 
mais superficial. 
 
Solo: 
É o produto do intemperismo, do remanejamento e da organização das camadas 
superiores da crosta terrestre sob ação da atmosfera, hidrosfera, biosfera e das trocas 
de energia envolvidas. 
 
Processos envolvidos na formação dos solos: 
Sialitização: Formação de silicatos de alumínio, através de hidrólise parcial. 
Alitização: Eliminação total da sílica e foração de oxi-hidróxidos de Al e de Fé, através 
da hidrólise total. 
Plintização: Segregação e concentração localizada de Fe. 
Podzolização: Formação de solos constituídos basicamente por minerais primários 
mais insolúveis (quartzo), através de acidólise total. 
Lixiviação (= percolação): Passagem de um solvente através de material pulverizado, 
separando um ou vários constituintes solúveis. 
Eluviação: Transporte de material dissolvido ou suspenso no solo pelo movimento 
descendente ou lateral de água, quando a chuva excede a evaporação. 
Laterização: Processo de concentração de oxi-hidróxidos de Al e Fe e de caulinita, 
através de alitização e monossialitização. 
Intemperismo físico 
Processos que causam desagregação, fragmentação e formação de material 
descontínuo e friável. 
 
Intemperismo químico 
Os minerais entram em desequilíbrio (T&P + água) e transformam-se em outros 
minerais mais estáveis no novo ambiente (superfície). 
 
Fatores que controlam a ação do intemperismo 
1. Rocha parental: depende da natureza, textura e estrutura, apresentando resistência 
diferenciada aos processos de alteração intempérica. 
2. Clima: expresso na variação sazonal de temperatura e na distribuição das chuvas. 
Temperatura e precipitação regulam a natureza e a velocidade das reações químicas. 
3. Relevo: influi no regime de infiltração e na drenagem das águas pluviais. Regula a 
velocidade do escoamento. 
4. Biota (fauna e flora): fornece matéria orgânica para as reações químicas e 
remobilizam materiais. 
5. Tempo de exposição das rochas aos processos intempéricos: em condições de 
intemperismo pouco agressivas, é necessário um tempo mais longo de exposição para 
haver alteração (20-50 m/milhão de anos). 
 
Reações do intemperismo: 
1. Hidratação: moléculas d’água entram na estrutura mineral, modificando-a e 
formando novo mineral. 
2. Dissolução: solubilização completa de alguns minerais. 
3. Hidrólise: os silicatos (sais de ácido fraco e bases fortes) em contato com a água 
sofrem hidrólise, resultando numa solução alcalina. 
4. Acidólise: (em ambientes mais frios) ácidos orgânicos diminuem o pH das águas 
(pH,5), colocando Fe e Al em solução. 
5. Oxidação: (em zonas tropicais) alguns elementos podem estar presentes nos 
minerais em mais de um estado de oxidação, como o Fe, por exemplo, que liberado 
em solução oxida-se com mais facilidade. Resulta em coberturas intempéricas de tons 
castanho, vermelho e amarelo. 
 
DISTRIBUIÇÃO DOS PROCESSOS DE ALTERAÇÃO NA SUPERFÍCIE 
Regiões sem alteração química (carência total de água): 14% dos continentes → 
(regiões com T<0°C – zonas polares) (regiões com ausência de chuva ou forte 
evaporação – desertos). 
Regiões com alteração química: 86% dos continentes. 
 
Ação Geológica da Água Subterrânea 
Ação geológica é a capacidade de um conjunto de processos causar 
modificações nos materiais terrestres, transformando minerais, rochas e feições 
terrestres. 
A zona de ocorrência da água subterrânea é onde se inicia a maioria das 
formas de relevo. 
 
Processo Produto 
Pedogênese (intemperismo químico) Cobertura pedológica (solos) 
Solifusão Escorregamento de encostas 
Erosão interna, solapamento Boçorocas 
Carstificação (dissolução) 
Relevo cárstico, cavernas, aqüíferos de 
condutos 
Principais processos e respectivos produtosda ação geomórfica da água subterrânea. 
Relevo cárstico: paisagem subterrânea (carste e cavernas) 
1. Sistema de cavernas 
2. Aqüíferos de condutos 
3. Relevo cárstico (dissolução de rochas carbonáticas) 
 
Considera-se rocha solúvel aquela que após sofrer intemperismo químico 
produz pouco resíduo insolúvel (as rochas carbonáticas). 
A dissolução das rochas acontece em clima quente e úmido, 
preferencialmente. 
Pode ocorrer deposição de minerais nos tetos, paredes e pisos das cavernas, 
produzindo um variado conjunto de formas e ornamentações, denominado 
espeleotema (estalactites, estalagmites, crostas carbonáticas etc.) 
Dolinas são depressões conicas, circulares na superfície, lembrando um 
funil. Podem ser geradas por dissolução ou pelo abatimento do teto de cavernas. 
 
Dissolução e precipitação de calcita num perfil cárstico e principais tipos de espeleotemas 
 
Ação Geológica do Gelo 
O movimento ou fluxo das geleiras é produzido pela gravidade. 
Erosão glacial – estrias glaciais (largura até 5 mm); sulcos; cristas, marcas de 
percussão; fraturas de fricção; vale glacial; circo glacial. 
Transporte de detritos pela geleira – 1. na superfície (supraglacial – detritos 
caídos das paredes dos vales ou transportados por avalanches); 2. no seu interior 
(englacial – material incorporado da superfície); 3. na região basal (subglacial – o 
material permanece na zona de transporte basal das geleiras, a partir de onde são 
depositados). 
Há uma constante troca de posição dos detritos nas diferentes zonas da 
geleira. 
Tilito – rocha originada pelas geleiras contendo sedimentos caoticamente 
dispersos, de tamanho variado (grânulo até matacão), com arredondamento e 
angulosidade variáveis e muitos com evidência de abrasão (facetas e estrias). 
Diamictito – termo não genético e generalizado para depósitos glaciais. 
Morenas – são depósitos glaciais formados adjacentemente às geleiras. 
Ambientes glaciais – Flúvio-glacial; Glácio-lacustre; Periglacial; Glácio- 
estuarino; Glácio-marinho. 
 
Causas das glaciações 
1. Variações na radiação solar; 
2. Variações na composição da atmosfera terrestre; 
3. Alterações nas posições de oceanos e continentes; 
4. Fenômenos extra-terrestres. 
 
Glaciações 
1. Arqueano (2,8 Ba) – África do Sul 
 
2. Proterozóico (940 – 620 Ma) – Representada em varios continentes que 
ocupavam baixa latitudes → redução do efeito estufa causada pela diminuição do CO2 
atmosferico desencadeado pelo acréscimo da atividade biológica. 
 
 
3. Ordoviciano – Siduriano e Permo-Carbonífero (tectônica de placas) – Atingiram 
principalmente o Gondwana, quando este passou pelo Pólo Sul. 
 
4. Mesozóico e boa parte do Cenozóico – Temperaturas médias maiores que as 
atuais. O Pantalassa controlava a redução das correntes polares, pois havia livre 
circulação das correntes equatoriais. 
 
5. Cretáceo-Superior – Transgressão máxima → Diminuição do albedo dos oceanos 
→ Clima quente → Com a migração dos continentes para o Norte, formou-se o mar 
Thetys. 
 
6. Cenozóico 
• Abertura da passagem de Drake entre a América do Sul e Antártica → criada a 
corrente circum-polar → isolamento termal da antártica (25-30 Ma). 
• Formação da Calota Polar Norte (3 Ma). → Com a formação do istmo do Panamá, as 
correntes passaram a migra na costa oeste americana para o norte, levando ventos 
úmidos para o Ártico, aumentando as precipitações → Grande Idade do Gelo. 
• Terciário Inferior Épocas glaciais e interglaciais alternados. 
 
Ação Geológica do Vento (Processos Eólicos) 
As regiões mais sujeitas à atividade eólica são os desertos. 
Movimento das massas de ar: fluxos turbulento (em várias direções) e laminar 
(paralelo à superfície terrestre) que geram transporte de poeira, de areia ou de 
partículas maiores. 
 
Processos erosivos: deflação (a remoção de materiais pode produzir regiões 
deprimidas no deserto) e abrasão (formam ventifactos – seixos com faces planas; 
yardangs – formas com quilhas e com superfícies polidas). 
Registro deposicional: dunas (estacionarias e migratórias) e Loess (sedimentos muito 
finos, homogêneos e friáveis, comumente amarelados).

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