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Aula 2- Objetivo e Ambiente da Administração Financeira-convertido

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Objetivo e Ambiente da Administração Financeira
Prof.ª Irvia Johnson
Objetivos e Ambiente da Administração Financeira
1. Objetivos e Funções do Administrador Financeiro
O objetivo econômico e financeiro de uma empresa é a maximização de seu valor de mercado, por meio de geração continua de lucro e caixa no longo prazo, executando as atividades inerentes ao seu objetivo social (a atividade principal que ela executa).
Existe uma correlação entre o lucro e o caixa, mas eles podem ser diferentes no aspecto temporal.
Uma empresa que gera lucro pode estar em dificuldade financeira por não gerar caixa. Exemplo: um acionista possua mil ações de uma companhia cotada a R$ 10 por ação. O patrimônio do acionista vale, então, R$ 10 mil. A companhia gera lucros constantes ou possui potencial de geração de caixa substancial e a ação passa a valer R$
O acionista é possuidor, então, de um patrimônio de R$ 20 mil, aumentando sua riqueza por meio do aumento do valor da empresa. Porém, se a empresa não possuir caixa (dinheiro), não conseguirá distribuir dividendos.
Princípio Contábil da continuidade- uma empresa é criada com o propósito de existir eternamente.
Pesquisa do Sebrae-SP: 29% das MPE’s fecham no 1º ano e 56% das MPE’s fecham no em 5 anos.
A alta mortalidade poderia ser reduzida substancialmente se fossem eliminadas algumas deficiências de gestão empresarial, principalmente a falta de conhecimentos financeiros essenciais de seus administradores, tais como o planejamento financeiro e a margem de contribuição.
Função social- Uma empresa precisa ser lucrativa para poder destinar parte do lucro para função social, como o pagamento de tributos, treinamento dos funcionários, investimento em melhoria ambiental – Demonstração do Valor Agregado – DVA
O objetivo econômico e financeiro de uma família é, também, de longo prazo e não difere, em sua essência, do conceito aplicado em empresas. – Maximização do Patrimônio – Continuidade
Atividades empresariais
Sob o aspecto financeiro, as atividades normalmente executadas em uma empresa podem ser agrupadas segundo o aspecto gerencial e ser classificadas em:
Operações;
Investimentos; e
Financiamentos.
As atividades de operações são decorrentes do objetivo social da empresa, ou seja, da finalidade para a qual ela foi criada e existe.
As atividades de investimento são executadas para dar suporte às atividades operacionais. Tem caráter permanente e de longo prazo. (Compra de máquinas para produção, prédios para funcionamento da loja, veículos para distribuição de mercadorias, investimentos financeiros (CDB, LTN).
As atividades de financiamento são executadas para suprir a empresa de recursos consumidos nas atividades operacionais e de investimento. Uma parte dos recursos pode ser paga com o caixa gerado pelas operações.
Funções do Administrador Financeiro
O gestor financeiro (ou administrador financeiro) tem papel fundamental em uma organização, seja ela empresa ou família, pois é a pessoa que vai planejar e controlar os recursos financeiros e orientar quanto à melhor forma de conduzir as atividades operacionais de curto e longo prazos, com base em conhecimentos técnicos e visão global do negócio.
Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser conduzidas para a geração do lucro. As funções típicas do gestor financeiro de uma empresa são (HOJI, 2004, p. 25):
Análise, planejamento e controle financeiro;
Tomadas de decisões de investimentos; e
Tomadas de decisões de financiamentos.
As funções de análise, planejamento e controle financeiro consistem em coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa (operação, investimento e financiamento), bem como participar ativamente das decisões estratégicas, planejando as atividades da empresa no longo prazo, mensurando os riscos em relação ao retorno esperado.
Essa função não significa simplesmente efetuar o registro de receitas e gastos e informar os valores; por meio da análise das causas da variação do valor efetivo (ou realizado) em relação ao planejado, a empresa faz ajustes no plano original, para eliminar as causas indesejáveis do desperdício e minimizar gastos.
As decisões de investimentos são tomadas para destinação dos recursos financeiros para aplicação em ativos circulantes e em ativos realizáveis a longo prazo e permanentes, mensurando a relação risco-retorno dos capitais alocados.
As decisões de financiamentos são tomadas para captação de recursos financeiros para o financiamento dos ativos circulantes e realizáveis a longo prazo e permanentes, considerando a combinação adequada dos financiamentos a curto e a longo prazos e o custo de capital.
A função financeira de modo geral, está organizada em duas áreas: gerência financeira e controladoria.
A gerência financeira abrange atividades de administração de caixa, crédito e cobrança, risco, câmbio, investimento, financiamento, planejamento e controle financeiro, relacionamento com acionistas e investidores e relacionamento com bancos.
A controladoria engloba atividades de administração de custos e preços, auditoria interna, avaliação de desempenho, contabilidade, orçamento, controle patrimonial, planejamento tributário, relatórios gerenciais e sistemas de informação financeira.
A administração financeira procura responder as seguintes questões fundamentais:
Quais investimentos de longo prazo são necessários?
Quais fontes de financiamentos são as mais adequadas para viabilizar os investimentos?
Qual a margem atende às exigências dos acionistas?
4- Qual a capacidade de geração de caixa do investimento?
Os administradores financeiros contribuem para o sucesso dos negócios empresariais ao darem respostas adequadas a essas questões.
Objetivo e Funções da Administração Financeira
Para o aluno, o estudo de administração financeira é importante, mesmo quando seus objetivos profissionais não estejam ligados diretamente a atividades financeiras, pois os recursos financeiros estão presentes em todas as atividades econômicas, políticas e sociais.
A maximização do lucro, tida por muito tempo como o objetivo principal da empresa, é objetivo impreciso, pois ações tomadas para maximizar os lucros atuais podem diminuir os lucros futuros e vice-versa. Exemplos disso são: retardar gastos com propaganda, deixar de fazer manutenção de instalações e equipamentos.
A maximização da riqueza é mais precisa porque envolve os conceitos de valor presente líquido, incorporando conceitos de risco, de custo de capital e de melhora da imagem da empresa.
Nas instituições não voltadas ao lucro, existem outros objetivos que não a maximização da riqueza. No entanto, essas organizações não prescindem da boa administração financeira, pois precisam garantir boa saúde econômico-financeira para sobreviver e para se desenvolver.
Ambiente Econômico e Financeiro das Empresas
As Empresas no Ambiente Econômico
As empresas compram, vendem, prestam serviços, pagam impostos, tomam recursos emprestados, enfim, interagem com outros agentes econômicos no país e no exterior. Essas relações ocorrem sob a vigência de normas legais, fiscais, fitossanitárias e outras. Inserem-se muitas vezes em acordos de comércio internacional e blocos econômicos.
As empresas, além de serem pressionadas por seus clientes, que
exigem melhores serviços e menores preços, são fiscalizadas por diversos órgãos governamentais. Muitas vezes, estão sujeitas a variações em suas condições de operação: demanda de seus produtos e serviços, custo do dinheiro, alterações nas leis regulatórias do setor de atuação, mudanças tributárias e variações na
conjuntura internacional. Esse conjunto de fatores caracteriza o ambiente econômico no qual a empresa está inserida.
Estruturas de Mercado
Concorrência Perfeita
Um mercado de Concorrência Perfeita é um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, é insignificante, não afetando os níveis de oferta de mercadoe, consequentemente, o preço de equilíbrio.
Um mercado de concorrência perfeita reúne algumas características, como por exemplo:
grande quantidade de compradores para uma grande quantidade de vendedores;
produto homogêneo;
mercado transparente;
liberdade aos agentes econômicos quanto a entrada e a saída de novos participantes;
Em concorrência perfeita, como a quantidade demandada e a quantidade ofertada da mercadoria dependem de muitos compradores e de muitos vendedores, o preço da mercadoria é estabelecido a partir do encontro das curvas de demanda e de oferta
Monopólio
De forma oposta à do mercado de concorrência perfeita, temos o mercado de Monopólio, quer dizer, o mercado em que ocorre um único poder.
Nele existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a oferta e, de outro, todos os consumidores. Não há, portanto, produto substituto perfeito ou concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixarão de consumir o produto.
Para existir monopólio, deve haver barreiras que impeçam a entrada de novas firmas no mercado.
A legislação brasileira acerca do tema proíbe a existência de monopólio, permitido apenas para aqueles segmentos de mercado onde, para um perfeito funcionamento, deve existir apenas uma empresa.
São os chamados monopólios institucionais ou estatais, considerados estratégicos ou de segurança nacional.
Nessa estrutura de mercado, a curva de demanda da empresa é a própria curva de demanda do mercado como um todo.
Ao ser exclusiva no mercado, a empresa não estará sujeita aos preços vigentes. Isso não significa que poderá aumentar os preços indefinidamente. Deve, de alguma forma, se adequar aos padrões de demanda dos consumidores.
Oligopólio
Oligopólio é um tipo de estrutura caracterizada por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado.
No Oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as empresas, muitas vezes, por meio de conluios ou cartéis. Normalmente, as empresas discutem suas estruturas de custos, embora isso não ocorra com relação a sua estratégia de produção e de marketing.
Há uma empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as estruturas de custos das demais, e há empresas satélites que seguem as regras ditadas pelas líderes. Esse é o modelo chamado de liderança de preços.
Concorrência monopolista
Estrutura intermediária entre a Concorrência Perfeita e o Monopólio, mas que não se confunde com o Oligopólio, é a Concorrência Monopolista. Nessa estrutura, há um número relativamente grande de empresas com poder concorrencial, porém com segmentos de mercado e produtos diferenciados, seja por características físicas, pelas embalagens ou pela prestação de serviços.
Tais empresas detêm alguma margem de manobra para fixação dos preços que não é muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado. Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto, embora o mercado seja competitivo.
A atuação das empresas no ambiente econômico, o seu planejamento estratégico e suas possibilidades de sucesso dependem muito da forma como estão inseridas no ambiente econômico. Empresas com muitos concorrentes têm menores possibilidades de aumentar os preços praticados. Empresas com muitos
fornecedores têm maior poder de barganha na aquisição de matérias-primas e insumos. Os perfis dos fornecedores, dos clientes e dos produtos da empresa caracterizam o próprio mercado. A forma de organização dos mercados recebe o nome de Estrutura de Mercado.
O administrador financeiro necessita conhecer a estrutura de mercado em que sua empresa está inserida para atuar melhor em negociações comerciais, no estabelecimento de preços de venda e de cotações de compra.
Políticas Econômicas
As políticas econômicas referem-se às ações do governo no sentido de controlar e regular a atividade econômica. Mesmo os países com governos liberais interferem-na economia para fomentar o crescimento e a estabilidade econômica.
São estabelecidos princípios político-administrativos, com base na ideologia dominante, e então especificadas as metas a serem atingidas.
É chamado de instrumentos de política econômica o conjunto de ações e medidas à disposição do governo, para a regulação da atividade econômica. Esses instrumentos estão divididos em quatro tipos:
Política Monetária: são as ações do governo, decididas pelo Conselho Monetário Nacional e operacionalizadas pelo Banco Central, para controlar o volume de moeda em circulação e o montante de crédito disponível. Os instrumentos clássicos de política monetária são:
Política Fiscal: compreende as decisões dos governos federal, estadual e municipal referentes à tributação. Os impostos, as taxas e contribuições de melhoria objetivam a manutenção das atividades de Estado e a prestação de serviços à comunidade. Podem atuar como reguladores e incentivadores da atividade econômica e, ainda, facilitar políticas de distribuição de rendas.
Política Cambial: refere-se às ações do governo para controle da taxa de câmbio e das condições de ingresso e saída de capitais externos no país.
Políticas de Rendas: são medidas tomadas pelo governo no sentido de prover renda mínima aos trabalhadores e aposentados (salário mínimo), incentivar a produção e o consumo de determinados produtos (subsídios) e fortalecer determinado setor ou região (incentivos fiscais). Inclui ainda investimentos diretos do governo em atividades específicas. O Programa Bolsa Família é exemplo da Política de Rendas.
As Empresas no Ambiente Financeiro
SFN – Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional está proposto no art.192 da atual Constituição Brasileira, promulgada em 1988. Reza esse artigo que o SFN será estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, regulamentada pela Lei nº 4.595/1964.
Sistema Financeiro Nacional
Ministério da Fazenda
Banco Central do Brasil
Instituições financeiras Estatais
Instituições financeiras Privadas
Bolsa de Valores
INSTITUIÇÕES NORMATIVAS: é aquele que normatiza, que cria as normas que orientarão o funcionamento do sistema. Suas funções são regular, controlar e exercer fiscalização sobre as instituições intermediadoras, disciplinar todas as modalidades de crédito bem como a emissão de títulos e valores mobiliários.
Fazem parte deste subsistema:
o Conselho Monetário Nacional - CMN;
o Banco Central do Brasil - BACEN;
a Comissão de Valores Mobiliários - CVM.
a Superintendência de Seguros Privados – SUSEP
a Secretaria de Previdência Complementar - SPC
Referência bibliográfica:
HOJI, M. Administração Financeira, Uma Abordagem Prática. São Paulo: Atlas, 2014; 11ª Edição.
LEMES J. A. B. et al. Administração Financeira, Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

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