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JUSNATURALISTAS E JUSPOSITIVISTAS

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Teoria do Direito – UCS - Prof.ª Jussara Machado – TDE1 – Orientações 
 
1. Livro: NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito, 40ª edição. Forense, 01/2017. 
Nona Parte - Fundamentos do Direito - Capítulo 37 - A ideia do Direito Natural e Capítulo 38 - O positivismo jurídico - 
Páginas 370 a 384. 
2. LER os capítulos indicados e RESPONDER as questões objetivas disponibilizadas no Google Formulários. 
3. Prazo para a realização da atividade e postagem das respostas no webfólio: até o dia 14/03 às 19h30. 
4. Atenção, TRABALHO INDIVIDUAL! 
 
A partir dos textos lidos, classifique as seguintes assertivas de acordo com os pensamentos advindos das correntes 
jusnaturalistas (CJN) e das correntes juspositivistas (CJP): 
 
 Pensamentos ligados às correntes jusnaturalistas e juspositivistas CJN CJP 
1 Busca compreender e justificar a existência do Direito. 
2 Surgiu com a preocupação dos gregos com o problema da justiça. 
3 Rejeita todos os elementos abstratos na concepção do Direito. Em seu afã de focalizar apenas os dados 
fornecidos pela experiência, essa corrente despreza os juízos de valor, para se apegar apenas aos 
fenômenos observáveis. 
 
4 Acredita que o justo advém de uma verdade absoluta, fundada em princípios ético-jurídicos imutáveis e 
baseados na razão. 
 
5 Entende que o legislador deve ser, ao mesmo tempo, um observador dos fatos sociais e um analista da 
natureza humana. Para que as leis e os códigos atinjam a realização da justiça – causa final do Direito – é 
indispensável que se apoiem em princípios. 
 
6 Considera como válido apenas aquilo que pode ser comprovado cientificamente. 
7 Pressupõe que o objeto da Ciência do Direito tem por missão estudar as normas que compõem a ordem 
jurídica vigente. A sua preocupação é com o Direito existente. Nessa tarefa o investigador deverá utilizar 
apenas os juízos de constatação ou de realidade, não considerando os juízos de valor. 
 
8 Acredita que o justo está ligado à natureza moral do homem. Assim, a consciência ética deve prevalecer 
sobre o fenômeno jurídico. 
 
9 Entende que a ordem de princípios não é criada pelo homem, que ela expressa algo espontâneo, 
revelado pela própria natureza. 
 
10 Considera que o Estado é a única fonte do Direito e que a lei é a única expressão do poder normativo do 
Estado. 
 
11 Acredita que o jurista deva buscar a norma que soluciona o caso concreto interpretando-a 
mecanicamente. 
 
12 Pressupõe que a origem do Direito se localiza no próprio homem, em sua dimensão social, e o seu 
conhecimento se faz pela conjugação da experiência com a razão. 
 
13 Considera a natureza humana como a grande fonte do Direito. 
14 Pressupõe que não existem normas contraditórias entre si, tampouco situações lacunosas que o 
ordenamento não prevê. 
 
15 A divergência maior na conceituação dessa corrente está centralizada na origem e fundamentação do 
Direito. Para o estoicismo helênico, a origem do Direito fundamentava-se na natureza cósmica. No 
pensamento teológico medieval, seria a expressão da vontade divina. Para outros, se fundamenta apenas 
na razão. O pensamento predominante na atualidade é o de que se fundamenta na natureza humana. 
 
16 De acordo com a Teoria da Obediência, a não obediência à lei acarretará o cometimento de um ato ilícito 
e, portanto, punível. 
 
17 Pressupõe que a justiça tem um papel harmonizador entre as essências do bem e do mal. 
18 Os defensores dessa corrente recusam a legitimidade de uma ordem estatal que se utiliza de estatutos 
legais para ferir os direitos do homem e levantam uma bandeira de reivindicação, no sentido de colocar 
o Direito positivado em harmonia com a ordem natural. 
 
19 Acredita que os princípios que expressam os valores essenciais de proteção ao homem formam uma 
ordem apta a legitimar o Direito vigente. 
 
20 Segundo a Teoria do Ordenamento Jurídico, existe um ordenamento jurídico complexo e hierarquizado, 
isto é, em que há mais de uma fonte do Direito, as quais se organizam conforme uma hierarquia. Dessa 
forma, as normas jurídicas não são consideradas isoladamente; fazem parte de um conjunto coerente e 
completo, vigente numa sociedade. 
 
21 Para essa corrente só existe uma ordem jurídica: a comandada pelo Estado, que é soberana. 
22 Acredita que o jurista deva estudar o Direito da mesma forma que o cientista estuda a natureza: 
observando os fatos, para deduzir as conclusões, sem formular juízos de valor. 
 
23 Acredita que a vida social e, portanto, com ela o Direito, está submetida à vontade de Deus. 
24 Pressupõe que o Direito não possui apenas um conteúdo nacional; possui também um conteúdo 
humano. Com isto, Del Vecchio, defensor dessa corrente, indica que no Direito estão sempre presentes 
elementos universais (conteúdo humano) e elementos históricos (conteúdo nacional). 
 
25 A ideia dessa corrente é o eixo em torno do qual gira toda a Filosofia do Direito. 
26 Essa corrente só admite como válido o método indutivo, que se baseia nos fatos da experiência, 
recusando valor científico ao método dedutivo, por julgá-lo dogmático. 
 
27 Essa corrente entende que o Direito luta em favor de uma ordem legítima, combate as distorções sociais, 
clama pela efetiva proteção à vida e à liberdade. Revela-se, assim, como um meio ou instrumento para 
atacar todas as formas de totalitarismo. 
 
28 Essa corrente parte do pressuposto de que todo ser é dotado de uma natureza e de um fim. A natureza, 
ou seja, as propriedades que compõem o ser, define o fim a que este tende a realizar. Para que as 
potências ativas do homem se transformem em ato e com isto ele desenvolva, com inteligência, o seu 
papel na ordem geral das coisas, é indispensável que a sociedade se organize com mecanismos de 
proteção à natureza humana. 
 
29 Para essa corrente o Direito sempre deve estar a serviço da realização da justiça. Assim, a lei 
corresponde a um elemento da razão prática, sendo necessário decidir os casos concretos partindo de 
princípios. 
 
30 Essa corrente acredita que a lei eterna é a própria razão de Deus, que dá ordem e existência a todo o 
universo. 
 
31 De acordo com essa corrente, quando há lacuna na lei o juiz deve aplicar os princípios gerais de Direito, 
recorrendo a um juízo de valor. Isso porque existe uma ordem superior, que se fundamenta na natureza 
humana, e que serve de parâmetro para o Direito institucionalizado. 
 
32 Segundo essa corrente, a ação prescrita pela norma é cumprida não simplesmente pelo seu conteúdo, 
mas pelo fato de o não cumprimento decorrer na imposição de uma sanção. 
 
33 Entende que a lei natural é a participação da razão humana na ordem do universo, tendo como primeiro 
preceito fazer o bem e evitar o mal. 
 
34 Essa corrente é criticada por pressupor que o Direito se compõe exclusivamente de normas. 
35 Essa corrente acredita que a partir do momento em que o legislador se desvincular da ordem natural, 
estará criando uma ordem jurídica ilegítima. Afirma que o divórcio entre o Direito Positivo e o Direito 
Natural gera as chamadas leis injustas, que negam ao homem o que lhe é devido. 
 
36 Para essa corrente o Direito deve se fundar no poder coercitivo do Estado a fim de garantir as condições 
vitais da sociedade. 
 
37 Existe uma ordem jurídica justa que brota espontaneamente das características da comunidade, 
variando no tempo e no espaço. Assim, existe uma razão universal modeladora e reguladora do mundo. 
 
38 Segundo essa corrente, o homem deve viver consoante a sua natureza racional, concepcionada como 
uma manifestação universalmente válida, razão pela qual está acima das leis de cada país e de cada 
época. 
 
39 Os Direitos do Homem estabelecem parâmetros básicos, estruturais, e formam um núcleo de condiçõesessenciais ao relacionamento dos homens entre si e com o Estado. O Direito Natural e os Direitos do 
Homem, apesar de participarem de igual faixa ontológica e cultivarem idênticos valores, são conceitos 
que não se confundem. Enquanto o Direito Natural pesquisa a natureza humana e dela extrai os 
princípios modelares do Direito Positivo, os Direitos do Homem se desprendem do Direito Natural, com o 
qual se vinculam umbilicalmente, para apresentarem, de uma forma menos abstrata, aqueles princípios 
já transformados em normas básicas. 
 
40 O método experimental, adotado por esta corrente, compõe-se fundamentalmente de três fases: a) 
observação; b) formulação de hipótese; c) experimentação. A observação é o ponto de partida. O 
pensamento humano é atraído por algum acontecimento ou fenômeno. A sucessão de fatos observados 
sugere a formulação de uma hipótese, que deverá explicar os fatos. Finalmente, a experimentação. Aqui 
o cientista põe à prova a sua hipótese, o seu pensamento. A experimentação deverá ser a mais ampla 
possível. Alcançado o êxito, ou seja, a confirmação do suposto, o conhecimento terá alcançado um valor 
científico. 
 
41 Segundo Carnelutti, o juspositivismo é espécie jurídica do gênero positivismo, sendo, portanto, a 
projeção do positivismo filosófico no setor do Direito. 
 
42 O papel do juiz é reproduzir o Direito, ou seja, explicitar o conteúdo das normas jurídicas já dadas. Assim, 
ele não tem o papel de produzi-las. 
 
43 “O Direito Natural existiria mesmo que Deus não existisse ou que, existindo, não cuidasse dos assuntos 
humanos”, disse Hugo Grócio, ao promover a laicização desse Direito. 
 
44 Durante muito tempo essa corrente esteve mergulhada na religião, concebendo o Direito como de 
origem divina. Assim aceito, o Direito seria uma revelação feita por Deus aos homens. 
 
45 Essa corrente admite princípios eternos, imutáveis e universais, e reconhece que tais princípios, em 
contato com a realidade existencial, se adaptam em conformidade com a variação do tempo e do 
espaço, sem perder a sua essência. 
 
46 A lei tem de ser respeitada incondicionalmente, pois é a forma racional de o Estado e os homens que a 
ele estão submetidos atuarem. 
 
47 O motivo fundamental que canaliza o pensamento dessa corrente é a permanente aspiração de justiça 
que acompanha o homem. Este, em todos os tempos e lugares, não se satisfaz apenas com a ordem 
jurídica institucionalizada. 
 
48 A Escola da Exegese desenvolveu programa típico dessa corrente. Essa Escola, já vencida pelo tempo, 
defendeu o fetichismo legal. A sua doutrina era o codicismo. Este, no dizer de Carnelutti, “é uma 
identificação exagerada ou exasperada do Direito com a lei”. Era a ideia de que o código tinha solução 
para todos os problemas. O Direito repousava exclusivamente na lei. 
 
49 A atenção dessa corrente se converge apenas para a lei, independentemente de seu conteúdo. 
Identificando o Direito com a lei, essa corrente é uma porta aberta aos regimes totalitários, seja na 
fórmula comunista, fascista ou nazista. 
 
50 Essa corrente surgiu em uma fase difícil e crítica na história do Direito Natural, quando o jusnaturalismo 
se encontrava comprometido pelos excessos da Escola do Direito Natural. A mensagem que essa 
corrente trazia para a ciência, de se valorizarem apenas os fatos concretos, a realidade observável e a 
consequente rejeição de todos os elementos abstratos, encontrou receptividade entre os juristas e 
filósofos do Direito, incompatibilizados com o abstracionismo e a metafísica da Escola do Direito Natural. 
 
51 Se, de um lado, o juspositivismo favorece o valor segurança, por outro, ao defender a filiação do Direito a 
determinações do Estado, mostra-se alheio à sorte dos homens, não satisfazendo, para alguns 
pensadores, as exigências sociais de justiça. 
 
52 Para essa corrente, no contexto histórico, o trabalho científico deveria ter por base a observação dos 
fatos capazes de serem comprovados. A mera dedução, o raciocínio abstrato, a especulação, não 
possuíam dignidade científica, devendo, pois, ficar fora de cogitação. 
 
53 Essa corrente não se tem apresentado, no curso da história, com uniformidade de pensamento. Há 
diversos matizes, que implicam a existência de correntes distintas, mas que guardam entre si um 
denominador comum de pensamento: a convicção de que, além do Direito escrito, há uma outra ordem, 
superior àquela e que é a expressão do Direito justo. 
 
54 O Direito Natural possui os seguintes caracteres, dentre outros: 1) universalidade (comum a todos os 
povos); 2) perpetuidade (válido para todas as épocas); 3) imutabilidade (da mesma forma que a natureza 
humana, não se modifica); 4) indispensabilidade (é um direito irrenunciável); 5) indelebilidade (no 
sentido que não podem os direitos naturais ser esquecidos pelo coração e consciência dos homens); 6) 
unidade (porque é igual para todos os homens); 7) obrigatoriedade (deve ser obedecido por todos os 
homens); 8) necessidade (nenhuma sociedade pode viver sem ele); 9) validez (seus princípios são válidos 
e podem ser impostos aos homens em qualquer situação em que se encontrem). 
 
55 Essa corrente afirma que o Direito possui três caracteres fundamentais: é eterno, imutável e universal; 
isto porque, sendo a natureza humana a grande fonte do Direito, ela é, fundamentalmente, a mesma em 
todos os tempos e lugares. 
 
56 O homem busca, em seu próprio sentimento de justiça e de acordo com a sua visão sobre a ordem 
natural das coisas, encontrar a legitimidade das normas que lhe são impostas. 
 
57 O pensamento humano, historicamente, passa por três etapas e, correlatamente, as organizações 
sociais: a teológica ou mitológica, a metafísica e a positiva. Etapa teológica: nesse período, os fenômenos 
que ocorriam eram atribuídos aos deuses, demônios, duendes e espíritos. Predominava a imaginação, a 
mera fantasia. Os chefes e imperadores eram considerados representantes dos deuses. Etapa metafísica: 
a explicação das coisas passa a ser feita através de princípios abstratos. Esse estágio é dominado pela 
especulação filosófica. A natureza é explicada pelas causas e pelos fins. Etapa positiva: esse período 
representa uma reação contra as fases anteriores. Caracteriza-se pelo exame empírico dos fatos. 
 
58 O Direito Natural é um conjunto de amplos princípios, a partir dos quais o legislador deverá compor a 
ordem jurídica. Os princípios mais apontados referem-se ao direito à vida, à liberdade, à participação na 
vida social, à união entre os seres para a criação da prole e à igualdade de oportunidades.

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