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FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO – PIO XII BIOMEDICINA JULIA FERREIRA LOPES ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO E A SÍNDROME DE HUTCHINSON-GILFORD (PROGÉRIA) CARIACICA 2019 JULIA FERREIRA LOPES ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO E A SÍNDROME DE HUTCHINSON-GILFORD (PROGÉRIA) Trabalho apresentado pelo grupo de Biomedicina da Faculdade de Estudos Sociais do Espírito Santo – Pio XIl, como conclusão do bimestre. Orientador: Profº Rodrigo Pratte. CARIACICA 2019 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO ....................................................................................... 04 2- OBJETIVO ............................................................................................. 05 3- METODOLOGIA ...................................................................................... 06 3.1- ENVELHECIMENTO FISIOLÓGICO...................................................... 06 3.2- SÍNDROME DE HUTCHINSON-GILFORD (PROGÉRIA) ...................... 07 4- RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 08 5- CONCLUSÃO .......................................................................................... 10 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 11 4 1- INTRODUÇÃO O organismo humano é característico pelo processo de diversas fases de vida; ele se adapta rapidamente a novas circunstâncias, desde o nascimento, desenvolvimento de células juntamente com o crescimento e a velhice. Todos os componentes da célula, assim como, o DNA, proteínas, lipídios são protegidos no seu estado funcional, para que uma pessoa saudável siga suas etapas de vida até a morte. A progéria, uma síndrome que se manifesta em recém-nascidos, é caracterizada pelo envelhecimento celular precoce. O recém-nascido apresenta aspectos, como, a face, os membros superiores e inferiores, além da perda de cabelos ou cabelos brancos, bem característico de uma pessoa idosa, o que acomete a falência em poucos anos de vida. Na velhice, os idosos apresentam esta síndrome, o que é relativamente normal nesta etapa de vida. O gene causador da progéria é chamada de LMNA, responsável pela produção de uma proteína anormal, que se acumula nas células, impedindo a regeneração dos tecidos. A síndrome não afeta a memória e a função motora do portador, graças a um mecanismo molecular envolvido na proteção dos neurônios, o microRNA (miR- 9). 5 2- OBJETIVO Relatar como ocorre o envelhecimento fisiológico e como pode ser retardado a velhice; Caracterizar a ação da síndrome da progéria no indivíduo. 6 3- METODOLOGIA 3.1- Envelhecimento morfológico O organismo vai se deteriorando diante do acúmulo de lesões celulares. As reações reativas do oxigênio e do nitrogênio origina a restos do metabolismo mitocondrial ao envelhecimento, assim como, os lipídeos, carboidratos, proteínas e DNA são oxidados no organismo jovem, segundo a teoria dos radicais livres. O envelhecimento faz com que ocorrem modificações morfológicas funcionais, bioquímicas, fisiológicas e psicológicas do individuo. O declíneo funcional é caracterizado por alterações no gene e também maior estresse oxidativo, causando mutações e encurtamento de vida. O estresse oxidativo não afeta somente os idosos, mas também pessoas jovem, podendo haver o envelhecimento celular precoce. Os radicais livres, que ocorre pelo acúmulo de lesões celulares, afetam o DNA, danificando o desenvolvimento celular. São considerados a composição de radicais livres, o O2, OH e LOO (oxigênio, hidroxila e lipoperoxila); são capazes de reagir com moléculas celulares e teciduais. As principais espécies reativas do nitrogênio, oxigênio e cloro compreendem o H2O2, HCLO, NO, ONOO- (peróxido de hidrogênio, acido hipocloroso, óxido nítrico e ânion peroxinitrito, respectivamente), que, em excesso derivam-se de varias doenças crônicas indutivas do envelhecimento. Os produtos reativos do oxigênio inibem o RNA transportador, que corrige a molécula formadora da sequencia correta de aminoácidos, que, sem a ação da enzima se resulta na síntese de proteínas danificadas. Além disso, os radicais livres afetam os aminoácidos cisteína e metionina, alterando a estrutura e função dos mesmos. O estresse oxidativo altera os lipídeos, conhecido como peroxidação lipídica, que, ao unir-se com a proteínas danificadas dá origem ao pigmento fluorescente, a lipofuscina que contem um agregados armazenado nos lisossomos que constitui um biomarcador do envelhecimento que se acumula no cérebro, fígados entre outros órgãos e tecidos. O DNA possui uma enzima catalisadora, chamada telomerase, que catalisa a adição de bases nitrogenadas em sequencias repetidas nas extremidades dos cromossomos. Assim, a divisão celular em células somáticas ficam prejudicadas, até chegar a velhice. 7 3.2- Síndrome de Hutchinson-Gilford (Progéria) A síndrome de progéria acelera o processo normal do envelhecimento fisiológico, sendo rara e fatal. As crianças portadoras desta síndrome nascem aparentemente saudáveis, porém, elas passam a exibir sinais de envelhecimento antes dos dois anos de idade. As características de envelhecimento é bastante comum, em relação a uma velhice fisiológica normal, em um ritmo mais rápido. Esta doença foi descoberta por Jonathan Hutchinson e Hastings Gilford. Hutchinson era clínico geral, que em 1886 atendeu uma criança com aspectos envelhecidos e descreveu suas características em um artigo. Mais tarde, em 1887, Gilford deu continuidade aos trabalhos de Jonathan. O significado da palavra progéria vem de “pro”, que se entende por antes e “geras” de velho. Portadores da síndrome possui uma aparência bem característica: seu tamanho é relativamente inferior que o normal, traços faciais disformes, olhos ressaltados, uma veia destacada que se inicia no couro cabeludo até o septo nasal. É característico uma contração progressiva de articulações, alterações ósseas com deslocamento de quadril, diminuição de massa corpórea. A síndrome desencadeia uma séries de doenças, tais como, aterosclerose, doenças cardiovasculares, perda da audição, que as levam a morte. O gene causador da síndrome é o LMNA; responsável pela produção de uma proteína anormal, chamada progéria, que se acumula nas células impedindo a regeneração dos tecidos. A síndrome pode afetar tanto indivíduos do sexo feminino quanto do masculino, mas a sua probabilidade se relaciona com crianças de raça branca, mais de 90% dos casos registrados. Em 2003 pesquisadores abordaram que a progéria está relacionada a uma alteração genética, afetando a tradução do mRNA do gene LMNA. O gene afetado fica no primeiro cromossomo cariótipo humano, que codifica as lâminas A e C, havendo a troca de bases nitrogenadas. As lâminas A e C são proteínas que envolve o núcleo, fornecendo força as células e fiscalizam o suporte das membranas. Se a lâmina A for afetada, ambas são formadas a partir de informações pelo gene LMNA, que possui cadeias polipeptídicas indiferenciáveis. Porém, a mutação só afeta o gene A, causando alterações na sequencia nucleotídica. O núcleo assumeoutro tipo de formato, inibindo atividades celulares, bloqueando a renovação dos tecidos. 8 4- RESULTADOS E DISCUSSÃO Apesar de o envelhecimento fisiológico ser um processo deteriorativo progressivo e irreversível, é possível retardar alguns aspectos causadores ao longo da vida. Os fatores ambientais, bem como um estilo de vida podem ser bem característicos para o mantimento de células saudáveis; a genética pode ser manipulada em benefício da saúde. Exercícios físicos, uma dieta balanceada, livre de substancias tóxicas prejudiciais a saúde de qualquer órgão contribui para o retardo da velhice. Quanto a síndrome da progéria, ainda não existe tratamento certo para a doença, apenas testes medicamentais com uso do inibidor farnesiltransferase (FTI), pravastatina e zoledronato, para impedir a síntese da proteína mutante nas células. Mesmo a síndrome afetando todos as células e tecidos do organismo, o cérebro e as funções motoras segue intactas, graças a um mecanismo molecular que envolve a proteção dos neurônios, o microRNA (miR-9). É expresso pelas células nervosas, atuando como inibidor do gene LMNA. Na figura abaixo mostra como a doença da progéria danifica o núcleo, o que acarreta na inibição da regeneração tecidual. Lamina A caracteriza as células de controle. Lamina B mostra as células afetadas pela progéria. 9 A criança aparenta ser normal, até antes dos dois anos de idade. Imagem relatando a progressão da progéria. 10 5- CONCLUSÃO O estudo elaborado teve como principal objetivo relatar dois casos de envelhecimento, onde ambas são causadas pelo acúmulo de células no organismo, porém, são causadas em diferentes casos, sendo a síndrome a pior delas. O conhecimento sobre a genética do envelhecimento, em partes, liga-se a aspectos ambientais, demostrando ser de extrema importância para as células, tecidos e órgãos uma vida saudável. Por outro lado lida com uma síndrome rara, ainda não solucionada. É essencial que este tema abordado possa ser mais aprofundado em estudos para um melhor conhecimento e compreensão do tratamento. 11 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Maria Gabriela Valle Gottlieb, Aspectos genéticos do envelhecimento e doenças associadas: uma complexa rede de interações entre genes e ambiente. Av Ipiranga, 6690, 3º andar, Porto Alegre, RS, Brasil. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., 2007; Rocha GGª, Borda CCª, Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas-FMU. mRNAs no mecanismo protetor dos neurônios durante a Progéria. Av. Santo Amaro, 1239, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP, Brasil; Ana Rita Ramos Gonçalves, Universidade do Algarve. SÍNDROME DE HUTCHINSON-GILFORD OU PROGÉRIA: PASSADO, PRESENTE E ADORDAGENS TERAPÊUTICAS FUTURAS, 2014; Wallison Junio Martins da Silva e Carlos Kusano Bucalen Ferrari, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista. Metabolismo Mitocondrial, Radicais Livres e Envelhecimento. Pontal do Araguaia, SP, Brasil. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., RIO DE JANEIRO, 2011; GAVA, A.A.; ZANONI, J.N. Envelhecimento celular, Umuarama, Departamento de Ciências Morfofi siológicas, Universidade Estadual de Maringá, PR, Brasil. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v.9(1), jan./abr., 2005.
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