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Produção e Transporte de Calor Trocadores de Calor Docente: Maísa Matos Paraguassú Importante: estas notas destinam-se exclusivamente a servir como guia de estudo. Figuras e tabelas de outras fontes foram reproduzidas estritamente com finalidade didática. Trocadores de calor Definição Equipamentos Tipos de trocadores Dimensionamento Propriedades térmicas, mecânicas e relativas à umidade Variáveis de construção e operacionais Trocador de calor • Dispositivo ou equipamento usado para realizar o processo da troca térmica entre dois fluidos em diferentes temperaturas. • Podemos utilizá-los no aquecimento e resfriamento de ambientes, na produção de energia, na recuperação de calor e no processamento químico. • Os mais comuns são os trocadores de calor em que um fluido se encontra separado do outro por meio de uma parede, através da qual o calor se escoa. Aplicação Classificação - Recuperadores - Aquecedores - Resfriadores - Condensadores - Refervedores - Vaporizadores - Evaporadores Classificação Tipo de serviço Forma construtiva Arranjo de escoamento Aplicação Equipamento Função Recuperadores São trocadores utilizados para recuperar calor entre 2 correntes de processo *A água e o vapor d’água utilizados não são considerados correntes de processo e sim utilidades Aquecedores São trocadores utilizados para aquecer uma corrente do processo utilizando vapor d’água saturado como fluido aquecedor. *Óleo térmico também costuma ser usado. Resfriadores São trocadores utilizados para resfriar uma corrente do processo utilizando água como fluido refrigerante. Condensadore s São trocadores que removem calor latente de um vapor, que consequentemente se condensará. Condensa um vapor ou uma mistura de vapores. *Normalmente se utiliza a água como fluido frio Vaporizadores São trocadores onde o fluido frio, ao receber calor do fluido quente, passa do estado líquido ao estado vapor, ou seja, sofre vaporização. O calor latente ou sensível de um fluido é convertido em calor de vaporização do outro. Aplicação Equipamento Função Aquecedor Fornece calor sensível a um líquido ou a um gás mediantes condensação de vapor de agua ou de um liquido térmico. Caldeira Produz vapor, em que o meio de aquecimento é um gás ou um líquido quente produzido numa reação química. Gerador de vapor Gera vapor para ser empregado em outro ponto da instalação mediante calor disponível. Refervedor Ligado ao fundo da torre, fornece calor necessário à destilação. O meio de aquecimento empregado pode ser vapor de água ou um fluido térmico. Refrigerador Resfria-se um líquido a uma temperatura mais baixa do que a atingível com uso exclusivo de água. Vaporizador Aquecedor que vaporiza parte de um líquido Classificação - Recuperadores - Aquecedores - Resfriadores - Condensadores - Refervedores - Vaporizadores - Evaporadores Classificação Tipo de serviço Forma construtiva Arranjo de escoamento - Correntes paralelas - Correntes contrárias - Correntes cruzadas - Trocador tubular - Trocador casco e tubo - Trocador de placas - Trocador compacto - Resfriadores a ar Trocador de calor tubo duplo ou bitubular • Estes equipamentos são utilizados para sistemas de pequenas áreas de troca térmica. • Adequados para altas pressões devido ao diâmetro reduzido. • Facilidade de ajuste da área de troca térmica devido à aquisição por módulos. • Possibilidade de obter máximo rendimento devido ao escoamento em contracorrente. • Facilidade de limpeza mecânica Trocador de calor tubo duplo ou bitubular Trocador de calor tubo duplo ou bitubular Resfriadores de ar (air cooler) Os resfriadores a ar são utilizados quando não há disponibilidade de água para rejeição de calor, quando a qualidade desta não é boa ou quando haverá problemas com o despejo da água utilizada. Ao contrário da água, o ar não é corrosivo, não produz incrustações e não oferece problemas de disponibilidade. Entretanto, devido a suas baixas condutividade térmica e densidade, o ar produzirá um baixo coeficiente de película e alta perda de carga, sendo então necessárias grandes áreas de troca e de escoamento. Trocador de placas Trocador de placas VANTAGENS • Pode ser construído com escoamento contracorrente ou multipasse (para um ou ambos os fluidos); • Redução do fator de depósito. • Melhor recuperação térmica. • Ocupam menos espaço para montar e desmontar. • Facilidade para limpeza. • Flexibilidade devido à possibilidade de inclusão ou remoção de placas. • Maior turbulência. • Mais baratos que trocadores casco e tubos. • Facilidade em localizar vazamentos. Trocador de placas DESVANTAGENS • Apresentam limitações de pressão e temperatura. • Grande número de pontos de possíveis vazamentos. • Altas perdas de carga. • Não trabalha com mudanças de fase. • Não trabalha com fluidos muito viscosos. • Dimensionamento restrito a fabricantes. Refervedor Refervedor Trocadores de calor compactos (a) Tubos planos e aletas de placas contínuas (b) Tubos circulares e aletas de placas contínuas (c) Tubos circulares e aletas circulares (d) Aleta-placa (passe único) (e) Aleta-placa (passes múltiplos) Utilizados, quando ao menos um dos fluidos é um gás, para alcançar elevadas taxas de calor por unidade de volume. Caracterizado pelo baixo coeficiente de convecção, pela grande área de troca térmica por unidade de volume. Fluido com baixas vazões e em regime laminar. Trocadores de calor compactos Trocador de calor de casco e tubo Trocador de calor de casco e tubo Espelho Os espelhos são discos metálicos que mantém os tubos na posição desejada. Espelho Tubos soldados Tubos mandrilhados Chicanas CHICANAS Utilizadas para estabelecer um fluxo cruzado e para induzir uma turbulência do fluido no lado do casco, promovendo uma melhor transferência de calor por convecção. Chicanas 1) Usado para aumentar a turbulência no caso. 2) Usado para evitar formação de caminhos preferenciais. 3) Usado para evitar flexão dos tubos Chicanas e espaçadores Espaçadores Chicanas e espaçadores • A distância de centro a centro entre as chicanas denomina-se passo da chicana ou espaçamento da chicana. As chicanas são placas perfuradas com alturas geralmente iguais a 75% do diâmetro interno do casco (chicanas com corte de 25%). • O espaçamento mínimo entre as chicanas é de 1/5 do diâmetro do casco e não inferior a 2 in. • A separação entre chicanas e, não o corte de 25% que determina a velocidade efetiva do fluido do casco. Espaçadores TEMA • Para designação dos trocadores de calor multitubulares mediante números e letras, a nomenclatura recomendada pela Tubular Exchange Manufactures Association (TEMA). • A designação do tipo deve ser feita por letras indicando a natureza do carretel, do casco e da extremidade oposta ao carretel TEMA Cabeçote estacionário Tipo: Fixo Tipo: Móvel Tipo: Com tampa Casco Tipo: Um ou dois passos Tipo: Fluido divido Tipo: Refervedor Cabeçote estacionário Tipo: fixo Tipo: U Tipo: flutuante Escoamento Aletado com os dois fluidos não misturados Não-aletado com um fluido misturado e o outro não misturado. Escoamento Arranjo O número de passes no casco e nos tubos podem ser variados: 1 passe no casco 2 passes nos tubos Arranjo das passagens do fluido pelo lado dos tubos Arranjo das passagens do fluido pelo lado dos tubos Arranjo das passagens do fluido pelo lado dos tubosArranjo das passagens do fluido pelo lado dos tubos Arranjo das passagens do fluido pelo lado dos tubos O quebra-jato tem por objetivo evitar o choque direto do fluído sobre os tubos do feixe tubular, protegendo os tubos contra a erosão. A colocação desta placa deve ser feita a uma distância de no mínimo igual ao raio do bocal, e normalmente é presa aos tirantes. As dimensões da placa devem ser tais que a carga de velocidade não ultrapasse em nenhum momento 400 lb/(ft.s). Para evitar a retirada de tubos provocada pela instalação do quebra-jato, pode-se usar a colocação do quebra-jato em ressalto no casco ou o uso de bocais especiais. Normalmente, o quebra-jato possui uma espessura de 1/4". Arranjo das passagens do fluido pelo lado dos tubos Aumenta a turbulência Facilita a limpeza O afastamento ou passo tubular é a menor distância entre os centros de dois tubos consecutivos. Sob condições comparáveis de escoamento e de tamanho de tubo, os coeficientes para o passo triangular são aproximadamente 25% maiores do que o passo quadrado. Passo Triangular: é usado quando o fluido do casco é limpo, com fator de sujeira menor que 0,002 h.ft2.ºF/Btu e as incrustações podem ser removidas por limpeza química. Este arranjo gera os maiores coeficientes de película pois propicia uma maior turbulência, produz uma maior perda de carga e pode acomodar um maior número de tubos para um mesmo diâmetro de casco. Passo Quadrado: é o mais usado pois permite uma limpeza mecânica externa. Conduz a coeficientes menores que o arranjo triangular, mesmo que seja usado rotacionado. Existe uma melhora na turbulência para o arranjo de 45º em relação ao sentido de fluxo. Arranjo das passagens do fluido pelo lado dos tubos Escolha do fluido De maneira geral, o fluido que passa pelo tubo deve ser: Fluidos corrosivos: Mais econômico usar tubo resistente à corrosão. Fluidos mais sujos: Mais fácil remover a sujeira dos tubos do que do casco. Fluido com maior pressão: O casco tem menor resistência devido ao seu diâmetro Fluidos menos viscosos: Exceto quando a perda de carga for baixa Água de resfriamento: Facilidade de limpeza Fluidos de menor vazão volumétrica: Em vista do casco oferecer maior espaço. Entre líquidos de propriedades semelhantes, devem passar pelos tubos aqueles de maior pressão e maior temperatura. O fluido que passa pelos tubos • 1. Fluido que exija material mais caro ou que exija revestimento anticorrosivo, pois além de ser mais econômico usar tubos resistentes à corrosão do que o casco com a mesma propriedade, é mais fácil substituir tubos furados do que o casco; • 2. Água; • 3. Fluido de menor viscosidade ou para o qual se permitir maior perda de carga; • 4. Fluido de maior pressão (o casco tem menor resistência em virtude do seu maior diâmetro); • 5. Fluido mais sujo ou que deixe maior quantidade de sedimentos, exceto no caso de feixe tubular em “U”. É mais fácil remover a sujeira dos tubos que o casco; • 6. Fluido de maior temperatura. Como regra geral, os vapores condensando devem, normalmente, passar pelo casco, e vapores d´água condensando deve, normalmente, passar pelos tubos. Projeto Projeto Análise térmica Área necessária à transferência de calor. Projeto mecânico T e P de operação. Projeto de fabricação Materiais e procedimentos na fabricação. Critérios de projeto O projeto consiste, em geral: 1) Determinação das condições de processo, composição, vazões, temperaturas e pressões das correntes envolvidas; 2) Determinação das propriedades físicas necessárias: densidade, calor específico, viscosidade, condutividades térmica, etc. 3) Escolha do tipo de trocador de calor a ser empregado; 4) Estimativa preliminar da área de troca, dimensões e arranjos; 5) Escolhe-se o modelo para efetuar os cálculos de projeto; 6) O modelo é avaliado quanto à possibilidade de se adaptar às especificações da transferência de calor (avaliação térmica) e queda de pressão; 7) O projeto final deve preencher, pelo menor custo, as exigências do processo.. Laboratório Laboratório
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