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GE Profissões cap1

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ESPECIAL
CENTRO
OESTE
As páginas a seguir trazem informações específicas sobre a sua região 
para você fazer as melhores escolhas 
UNIVERSIDADES
CONFIRA O PERFIL DAS 
MAIORES INSTITUIÇÕES 
DOS QUATRO ESTADOS QUE 
COMPÕEM O CENTRO-OESTE
MELHORES 
CURSOS
CONHEÇA ALGUMAS DAS 
GRADUAÇÕES MAIS BEM 
AVALIADAS DA REGIÃO
ESCOLHA 
PROFISSIONAL
UMA LISTA DE INSTITUIÇÕES 
QUE OFERECEM 
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL 
MERCADO DE TRABALHO
OS SETORES MAIS 
PROMISSORES E AS 
PROFISSÕES RELACIONADAS 
A ELES
ILUSTRAÇÃO: JULIANO AUGUSTO/45JJ
2 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL CENTRO-OESTE
MERCADO DE TRABALHO
A TERRA DO 
AGRONEGÓCIO
Motores da economia regional, o campo e as indústrias 
associadas a ele apresentam boas chances de empregabilidade
C om o maior rebanho bovino do país e papel de destaque na produção e na exportação de algodão, cana-de-açúcar, 
feijão, frango, milho e soja, o Centro- 
Oeste continua oferecendo boas opor-
tunidades de trabalho para formados 
em Agronomia, Engenharia Agrícola, 
Medicina Veterinária e Zootecnia. O 
agronegócio, que sempre foi o motor 
da região, é um dos principais respon-
sáveis por esses resultados. Goiás foi o 
estado que mais criou vagas de emprego 
formal entre janeiro e junho de 2015, de 
acordo com o Ministério do Trabalho e 
Emprego. Na quarta posição do ranking 
está o Mato Grosso. 
“A indústria ligada ao agronegócio 
mantém o bom desempenho, com des-
taque para a área de vendas técnicas”, 
diz Dilze Percilio, presidente da dire-
toria executiva da seccional de Goiás 
da Associação Brasileira de Recursos 
Humanos. Fabricação de máquinas e de 
equipamentos agrícolas, produção de 
rações e os segmentos farmacêutico e de 
alimentos também se mantêm estáveis. 
Isso se traduz em vagas para adminis-
tradores, especialistas em Logística e 
Marketing, engenheiros ambientais e 
de produção, economistas, contadores, 
psicólogos e tecnólogos em Gestão de 
Recursos Humanos. 
Uma prova dessa oferta de vagas é 
que a região continua atraindo pro-
fissionais oriundos de todo o país. De 
acordo com o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia MERCADO AQUECIDO Um dos destaques da economia de Goiás é a produção de medicamentos
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3GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL 
é, juntamente com Brasília, a capital do 
país que mais atrai migrantes.
O setor de Tecnologia da Informação, 
especialmente forte no Distrito Fede-
ral, é outro que continua contratan-
do bacharéis e tecnólogos. Para quem 
acabou de se graduar em Ciência da 
Computação, Engenharia da Compu-
tação, Sistemas de Informação e para 
os tecnólogos na área, como Análise e 
Desenvolvimento de Sistemas, Gestão 
da Tecnologia da Informação, Redes de 
Computadores, Segurança da Informa-
ção e Sistemas para Internet, há vagas.
Agronegócio e indústria
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul já 
são conhecidos como celeiros do Bra-
sil e tradicionalmente empregam, em 
fazendas e cooperativas, engenheiros 
agrônomos e agrícolas, veterinários e 
zootecnistas, além de graduados em 
cursos voltados à gestão de agrone-
gócios. Agora é a vez de as empresas 
familiares de Goiás viverem seu impor-
tante momento de profissionalização. 
Isso tem ampliado o número de vagas e 
incentivado cada vez mais profissionais 
qualificados de outras partes do país a 
se mudarem para o estado. 
Há também oportunidades para 
formados em Comércio Exterior e 
Relações Internacionais, que são re-
quisitados para lidar com questões im-
portantes, como legislação aduaneira. 
Fábricas de equipamentos agrícolas, 
ração, fertilizantes e medicamentos ve-
terinários da região contratam ainda 
bacharéis e tecnólogos das áreas técnicas 
do agronegócio para atuar com vendas.
A indústria de alimentos e bebidas 
local recruta engenheiros e tecnólogos 
em Alimentos e engenheiros químicos 
para atuar especialmente no controle 
de qualidade. Em Aparecida de Goiânia, 
em Goiás, fica a maior planta da Pepsico 
do mundo e, em Goiânia, a JBS Friboi. 
Em Lucas do Rio Verde, no Mato Gros-
so, está a maior unidade da América 
Latina da BRFoods. Em Jataí, em Goiás, 
será instalada nos próximos anos uma 
nova fábrica de refrigerantes e uma pro-
dutora de ovos. As marcas regionais de 
alimentos também encontram espaço, 
especialmente entre as classes B e C.
“O setor farmacêutico é forte em Goi-
ás”, diz Leonardo Massuda, sócio-di-
retor da Asap Recruiters, em Goiás. Há 
vagas para jovens biólogos, biomédicos, 
engenheiros químicos e farmacêuticos. 
O destaque é a cidade de Anápolis, que 
reúne um polo de 39 empresas. Entre 
elas, estão Teuto, Geolab e Neo Química. 
No setor de cosméticos, há fábricas da 
Hypermarcas em Anápolis, Senador 
Canedo e Aparecida de Goiânia.
A cidade de Três Lagoas, no Mato 
Grosso do Sul, tradicional sede da in-
dústria de celulose, deve receber inves-
timentos em cinco projetos industriais, 
o que garante boas perspectivas nas 
áreas de produção de celulose e fabri-
cação de cimento e de latas. Boa notícia 
para engenheiros químicos, químicos e 
tecnólogos em Papel e Celulose e Pro-
cessos Químicos.
Maior produtor nacional de algodão, 
o estado do Mato Grosso anunciou que 
busca investimentos para avançar tam-
bém na indústria têxtil. Atualmente, 
o maior entrave para que esse setor 
deslanche são questões associadas à 
área de logística.
Energia e combustíveis
Um dos braços da indústria de ener-
gia que mais crescem no país atual-
mente é o da bioeletricidade, ou seja, 
a eletricidade gerada pela queima de 
biomassa (resíduos agrícolas, como o 
bagaço de cana, por exemplo). Em 2014, 
ela representou mais de 4% do consumo 
nacional de eletricidade, com picos 
de 7% nos períodos de seca. O Mato 
Grosso do Sul, onde atuam grandes 
grupos, como Cosan e Biosev, é o ter-
ceiro maior gerador do Brasil. Isso abre 
chances para a atuação de engenhei-
ros de energia, engenheiros elétricos 
e tecnólogos em Sistemas Elétricos e 
Energias Renováveis.
No segmento de hidrelétricas, a en-
trada em funcionamento, em 2015, da 
Teles Pires, no Mato Grosso, deve atrair 
RIQUEZA NO CAMPO 
As grandes fazendas 
de Goiás, Mato Grosso 
e Mato Grosso do Sul 
respondem pela maior 
parte da produção 
agrícola do país
A área de Tecnologia 
da Informação é forte 
no Distrito Federal. Em 
Goiás, destaque para a 
indústria de alimentos
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4 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL CENTRO-OESTE
novos investidores para a região e, por 
consequência, aumentar a oferta de em-
prego. Boas chances, portanto, para en-
genheiros civis, eletricistas, industriais, 
ambientais, de segurança do trabalho 
e de produção, além de pessoal espe-
cializado em Administração, Logística, 
Marketing e Gestão.
No município de Rio Verde, em Goiás, 
está localizada a NexSteppe, startup 
americana especializada no desenvol-
vimento de sementes para a produção 
de biocombustíveis. Recém-inaugurado 
em Rondonópolis, no Mato Grosso, o 
terminal de armazenagem e distribui-
ção de combustíveis da Raízen ( joint 
ventre entre Shell e Cosan) gera em-
pregos especialmente para tecnólogos 
em Biocombustíveis.
Tecnologia da Informação
O Distrito Federal tem o terceiro 
maior mercado de TI do país (estima- 
se que movimente R$ 5 bilhões por 
ano), muito em função da informatiza-
ção de serviços e processos dos órgãos 
públicos. Mais de 600 empresas do 
segmento, incluindo grandes nomes 
como Capgemini, Cisco Systems, IBM, 
Microsoft e Oracle, contam com escri-
tórios na capital. E a cidade continua 
atraindo novos negócios.
No final de 2014, a empresa catarinen-
se Teltec Solutions, voltada a soluções 
de tecnologia, inaugurou uma filial. A 
expectativa é que o Parque Tecnológico 
Cidade Digital amplie ainda mais as 
contratações.“A área mais aquecida 
é a de pesquisa e desenvolvimento de 
novos softwares e produtos”, diz a psi-
cóloga Rita Brum, sócia-diretora da 
Rhaiz RH, em Brasília.
Atualmente, profissionais de Tecno-
logia da Informação qualificados, como 
engenheiros eletrônicos, de telecomu-
nicações e de computação, analistas 
de sistema e tecnólogos em redes de 
computadores, encontram vagas com 
bons salários.
Para esses profissionais, há oportuni-
dades ainda nas empresas e indústrias 
do estado de Goiás. Por ali ganha im-
portância também a área de marketing 
digital, aumentando as chances não só 
para profissionais de tecnologia como 
também para designers gráficos.
Turismo e construção civil
O ecoturismo e atividades como 
trilhas, exploração de cavernas e es-
caladas são o destaque dos estados do 
Centro-Oeste, especialmente Mato 
Grosso, que concentra os biomas Cer-
rado, Pantanal e Amazônia, e Mato 
Grosso do Sul. Para ter uma ideia do 
potencial da região, em 2014, o núme-
ro de turistas estrangeiros que visi-
taram o Mato Grosso do Sul cresceu 
50% em relação ao ano anterior. Isso 
aquece o mercado de trabalho para 
profissionais de Turismo, Hotelaria e 
Gastronomia em agências de viagem, 
bares, restaurantes, hotéis, transporte 
e planejamento.
Em Goiás, o município de Caldas 
Novas é famoso pelas águas termais 
e concentra uma grande quantidade 
de hotéis. Mas o turismo de negócios 
está cada vez mais fortalecido. A inau-
guração do Centro de Convenções de 
Anápolis, o maior do Centro-Oeste, 
promete aumentar o numero de feiras 
e congressos e, consequentemente, o 
fluxo de visitantes. Com isso, deve ser 
aquecida a demanda por administra-
dores, graduados em Marketing e tra-
dutores e intérpretes para garantir a 
infraestrutura dos serviços.
Na área da construção civil, um setor 
ainda com fôlego nos quatro estados 
da região é o da construção de prédios 
e residências de luxo, que atualmente 
concentra as oportunidades para arqui-
tetos, engenheiros civis, eletricistas e 
de segurança no trabalho. box
ECOTURISMO
EM ALTA
A região de Bonito 
(MS) é um importante 
polo de turismo, 
atividade econômica 
com peso na região
O setor de turismo 
está cada vez mais 
fortalecido na região, 
ampliando a procura 
por formados na área
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6 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL CENTRO-OESTE
MELHORES CURSOS
NO CAMPO E 
NA INDÚSTRIA
Os cursos mais bem avaliados formam profissionais 
para setores importantes da economia regional 
O agronegócio é o carro-chefe da economia do Centro- Oeste. Por isso, não sur-preende que a região se 
destaque pela existência de cursos de 
primeira de Agronomia, Engenharia de 
Alimentos e Zootecnia, especialmente 
em Mato Grosso do Sul e Goiás. Esse 
estado abriga também um dos mais 
tradicionais e conceituados bacharela-
dos em Farmácia do país, que acaba de 
completar 70 anos. E vale, ainda, men-
cionar a graduação em Engenharia de 
Energia, ofertada em Brasília, a primeira 
do gênero na região. Confira a seguir 
os melhores cursos do Centro-Oeste, 
segundo a Avaliação de Cursos Supe-
riores do GUIA DO ESTUDANTE 2015.
AULAS EM CAMPO Estudantes de Agronomia da UnB desenvolvem atividades didáticas na fazenda-escola
AGRONOMIA
UnB
O curso de Agronomia da Univer-
sidade de Brasília (UnB) completa 50 
anos em 2015. A presença estratégica 
da graduação na capital nacional, onde 
importantes decisões relativas ao setor 
agropecuário são tomadas, é, para o co-
ordenador Everaldo Anastacio Pereira, 
um de seus atrativos. “A proximidade 
com órgãos públicos relevantes dos 
setores agrícola e de produção animal 
abre boas oportunidades para nossos 
engenheiros agrônomos, que podem 
atuar como formuladores e executores 
de políticas públicas voltadas a este 
mercado”, diz Pereira.
O curso da UnB também se destaca 
por sua infraestrutura, composta de uma 
fazenda-modelo e uma ampla rede de 
laboratórios (de sementes, adubos, quí-
mica e física do solo e nutrição animal, 
entre outros), onde os alunos podem re-
alizar estudos, atividades práticas e pes-
quisas. O bacharelado também participa 
de um programa de intercâmbio com 
países do Mercosul, que prevê o envio 
de cinco alunos por semestre para uma 
temporada de estudos em universidades 
da Argentina, do Chile, do Uruguai, da 
Bolívia e do Paraguai. 
ENGENHARIA DE ALIMENTOS
UFG
Além de ser o celeiro nacional, o Cen-
tro-Oeste também abriga um importante 
parque industrial alimentício. Não por 
acaso, a Universidade Federal de Goiás 
(UFG) tem um dos melhores cursos de 
Engenharia de Alimentos do país, focado 
na formação de profissionais que aten-
dam a demanda das indústrias da região. 
A graduação é dividida em duas etapas 
(básica e profissionalizante) e dá ênfase 
às disciplinas práticas, que representam 
40% da grade curricular. A maior parte 
dessas atividades é desenvolvida em la-
boratórios, como os de processamentos 
de alimentos, de embalagens e de apro-
veitamento de resíduos e subprodutos.
Os estudantes podem pôr em prática 
o conhecimento aprendido na empresa 
júnior da escola, que presta consultoria 
a pequenos e médios empreendimentos. 
“Nosso objetivo é aproximar os alunos do 
mercado e, ao mesmo tempo, dividir com 
o setor privado os conhecimentos gerados 
na UFG”, explica a coordenadora Adriana 
Régia Cornélio. Atividades de pesquisa 
e extensão são feitas em parceria com 
instituições nacionais e internacionais, 
como a Universidade de Salamanca e o 
Instituto de Agroquimica y Tecnologia 
de Alimentos, ambos na Espanha.
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7GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL 
ENGENHARIA DE ENERGIA
UnB
Único do gênero na região, o curso de 
Engenharia de Energia da Universidade 
de Brasília (UnB) foi criado em 2008 
e é ministrado no campus Gama, que 
concentra graduações da área de tec-
nologia. A forte carga teórica é uma de 
suas marcas. Nem por isso, a prática fica 
de fora, como explica a coordenadora 
Juliana Petrocchi. “Para complementar 
a formação, os estudantes devem fazer 
estágio obrigatório em empresas do 
setor”, diz ela. “Temos também disci-
plinas laboratoriais em que os alunos 
aprendem a fazer de desenhos técnicos 
até simulações de sistemas energéticos 
complexos”, conta. 
As atividades de pesquisa na área de 
energia são realizadas de forma mul-
tidisciplinar, em conjunto com alunos 
dos demais cursos do campus, como 
engenheiros eletrônicos, aeroespaciais 
e de software. O curso tem convênio de 
intercâmbio com universidades france-
sas e conta com uma empresa júnior, 
que presta consultoria energética para 
órgãos públicos da capital federal. 
FARMÁCIA
UFG
As carreiras da área da saúde são es-
senciais em qualquer região do país. 
No Centro-Oeste, o curso de Farmá-
cia da Universidade Federal de Goiás 
(UFG), que completou 70 anos em 2015, 
se destaca dos demais. Desde cedo, os 
estudantes são estimulados a pôr em 
prática nos laboratórios da escola e na 
farmácia universitária os conhecimentos 
aprendidos em sala de aula. Ao longo da 
graduação, para conhecer a profissão de 
perto, eles devem estagiar em unidades 
básicas de saúde, farmácias hospitalares 
e equipes multiprofissionais do Progra-
ma Saúde da Família.
A escola tem convênios com indústrias 
farmacêuticas, de cosméticos e alimen-
tos para o desenvolvimento de pesquisas. 
“A fim de preparar os estudantes para o 
mercado de trabalho, promovemos pa-
lestras de profissionais dessas empresas 
que, geralmente, recebem nossos alunos 
para o estágio de final do curso”, conta 
a coordenadora Telma Alves Garcia.
ZOOTECNIA
UFMS
O Mato Grosso do Sul concentra um 
dos maiores rebanhos bovinos do país, 
o que dá uma dimensão da importância 
do profissional dessa área. Muitos des-
ses especialistas são formadosno curso 
de Zootecnia da Universidade Federal 
de Mato Grosso do Sul (UFMS), um 
dos melhores da modalidade no país. A 
prática dos alunos começa no primeiro 
semestre, quando cursam disciplinas 
que envolvem aulas em laboratório e 
manejo de animais na fazenda-escola. 
Além disso, os estudantes têm a opor-
tunidade de estar em contato com o 
dia a dia da profissão desenvolvendo 
atividades em propriedades rurais e na 
empresa júnior da faculdade, que presta 
consultoria a produtores da região.
Para preparar os formandos para o 
mundo do trabalho, o curso promove 
eventos de recrutamento e feiras de trai-
nee. Neles, empresas do setor indicam 
o perfil ideal do profissional e realizam 
palestras sobre programas de estágio. A 
faculdade também sedia o Encontro sobre 
Zootecnia do Mato Grosso do Sul, onde 
universitários, professores e profissionais 
debatem a realidade do setor.
Outro destaque da graduação são os 
projetos de extensão, como o Viva Ovi-
nocultura Mulher, que oferece cursos de 
capacitação para mulheres que trabalham 
com a criação de ovelhas. “Iniciativas 
como essa contribuem para a geração de 
trabalho e renda em comunidades rurais 
e, ao mesmo tempo, para o incremento 
da produção”, diz a coordenadora Karina 
Márcia Ribeiro de Souza.
UCDB
O curso de Zootecnia da Universida-
de Católica Dom Bosco (UCDB) está 
passando por uma reformulação e irá 
agregar ao curículo temas atuais liga-
dos à carreira. “Um exemplo disso é a 
nova disciplina Conservação de Solo e 
Água, que aborda temas importantes 
num momento em que o mundo todo 
fala em sustentabilidade”, destaca a 
coordenadora Milena Wolff Ferreira. 
A instituição tem laboratórios de nu-
trição animal, de análise de alimentos e 
de solo, de tecnologia de carne e de leite. 
As aulas práticas ocorrem na fazenda- 
escola, que tem criações de peixes, ove-
lhas e gado. Em parceria com a Embrapa 
Gado de Corte, a faculdade faz pesquisa 
e promove cursos para complementar 
a formação dos estudantes. Há ainda 
parcerias com o setor privado para vi-
sitas técnicas a indústrias de laticínios, 
frigoríficos e propriedades de produção 
animal da região. �
MÃO NA MASSA 
No curso de 
Zootecnia da UCDB, 
os alunos têm aulas 
práticas desde cedo
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8 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL CENTRO-OESTE
UNIVERSIDADES
INOVAÇÃO NA 
SALA DE AULA
As maiores universidades da região investem 
em novas metodologias de ensino a fim de 
capacitar seus alunos para a realidade do trabalho
As principais instituições de Ensino Superior da Região Centro-Oeste adotam meto-dologias inovadoras na sala de 
aula e buscam facilitar a inserção de seus 
alunos no mercado de trabalho. Progra-
mas de extensão e projetos de pesquisa, 
especialmente aqueles voltados às áreas 
de Meio Ambiente e Saúde, reforçam 
a integração com as comunidades nas 
quais estão inseridas. A internacionaliza-
ção, por meio de intercâmbios realizados 
por convênios ou pelo programa Ciência 
sem Fronteiras, do governo federal, é 
cada vez mais incentivada. 
Nesta reportagem, traçamos o perfil 
das oito maiores universidades da região, 
sendo uma pública e uma privada de 
cada estado. O critério usado foi o nú-
mero de alunos na graduação presencial, 
segundo o Censo da Educação Superior 
2013 do Ministério da Educação (MEC). 
Conheça, a seguir, as principais carac-
terísticas de cada uma delas. 
DISTRITO FEDERAL 
UNIVERSIDADE CATÓLICA 
DE BRASÍLIA (UCB)
A fim de estimular práticas inovadoras 
e empreendedoras de seus estudantes, 
a UCB planeja revisar sua estrutura or-
ganizacional em 2016. “Os projetos dos 
cursos serão revitalizados para incorpo-
rar as novas tendências de mercado”, 
diz o pró-reitor acadêmico Daniel Rey 
de Carvalho. Segundo ele, a preparação 
dos estudantes para o mundo do trabalho 
começa cedo na universidade. “Desde o 
início, nossos cursos criam as condições 
para que o jovem desenvolva habilida-
des e competências valorizadas pelo 
mercado, como iniciativa, criatividade, 
determinação e vontade de aprender”, 
conta o pró-reitor.
Práticas inovadoras
Um exemplo desse esforço foi a cria-
ção, em 2014, da Agência de Inovação 
e Empreendedorismo, cujo objetivo é 
fomentar um ambiente de difusão de 
práticas inovadoras e articular parcerias 
com o governo e o setor privado. Outra 
iniciativa nesse sentido é a incubadora 
tecnológica de empresas, cuja missão 
é apoiar o desenvolvimento de micro 
e pequenos negócios.
Internacionalização
Um aspecto valorizado na UCB é a ex-
periência internacional de seus estudan-
tes. Nos últimos cinco anos, 200 alunos 
fizeram parte de seus estudos no exterior 
graças a programas patrocinados pela 
instituição ou a parcerias com o governo 
federal, como o Ciência sem Fronteiras, 
com organismos internacionais, como o 
Universitários Mercosul, e com entidades 
privadas, como o Programa Santander 
Universidades, do Banco Santander.
O vestibular da universidade é semes-
tral. A instituição adota a nota do Enem 
apenas para vagas remanescentes. A 
UCB é credenciada no Fies e no Prouni 
e facilita o ingresso dos candidatos por 
meio da oferta de bolsa.
A UCB EM RESUMO 
Fundação: 1974 
Campus: Taguatinga e Brasília 
Cursos de graduação: 38 
Alunos da graduação: 16.818
Professores da graduação: 764 
(46% mestres; 26% doutores) 
FOCO NO MERCADO 
Alunos em sala de 
aula da Universidade 
Católica de Brasília 
(UCB), que vai 
modernizar sua 
estrutura em 2016
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10 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL CENTRO-OESTE
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA 
(UNB) 
Inaugurada em 1962, apenas dois anos 
após a fundação de Brasília, a UnB é 
reconhecida pelo ensino de excelência. 
A maioria de seus cursos é avaliada pelo 
Ministério da Educação (MEC) com as 
notas 4 e 5, em uma escala que vai de 1 
a 5. O conceito considera o desempe-
nho dos alunos no Exame Nacional de 
Desempenho dos Estudantes (Enade), 
a titulação dos professores, os recursos 
didático-pedagógicos e a infraestrutura.
Intercâmbio
A universidade incentiva o inter-
câmbio internacional de seus alunos 
e é a instituição de Ensino Superior 
brasileira com o terceiro maior número 
de alunos no Ciência sem Fronteiras. 
No total, 2.676 estudantes da UnB já 
participaram do programa.
Programas de estágio
Para facilitar o ingresso dos estudan-
tes no mercado de trabalho, a UnB tem 
convênios com empresas e órgãos públi-
cos de Brasília para estágio em diversas 
áreas. Já o Centro de Apoio ao Desenvol-
vimento Tecnológico oferece disciplinas 
de empreendedorismo e conta com uma 
incubadora de empresas.
O vestibular ocorre duas vezes por 
ano. No primeiro semestre, metade 
das vagas é distribuída pelo Sisu e o 
restante pelo programa de avaliação 
seriada. Pelo sistema, o aluno faz uma 
prova ao término de cada um dos três 
anos do Ensino Médio e concorre a uma 
vaga com a média das notas obtidas. 
No segundo semestre, o ingresso se 
dá por provas e redação. A partir de 
2016, metade das vagas será destinada 
a estudantes da rede pública.
A UNB EM RESUMO 
Fundação: 1962
Campi: Brasília, Ceilândia, Gama e 
Planaltina 
Cursos de graduação: 101
Alunos da graduação: 29.837
Professores da graduação: 2.234 
(11% mestres; 89% doutores)
GOIÁS
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE 
CATÓLICA DE GOIÁS (PUC GOIÁS)
Criada em 1959, a PUC Goiás tem 
dois destaques para 2016. O primeiro 
é o término da implantação de uma 
nova forma de organização acadêmica 
e administrativa, batizada de Escolas, 
que irá estimular a integração entre os 
cursos, favorecendo a interdisciplina-
ridade e a inovação.
Centro de Convenções
A segunda novidade é o início das 
operações do novo Centro de Conven-
ções, com um teatro para 2,6 mil pesso-
as. “Com uma estrutura moderna, ele 
iráviabilizar um intenso calendário de 
eventos científicos, técnicos e culturais”, 
diz o reitor, Wolmir Therezio Amado.
Atividades práticas
A preparação dos alunos para a rea-
lidade do trabalho começa cedo. Des-
de os primeiros anos da graduação, os 
estudantes participam de atividades 
práticas, que simulam situações reais 
de mercado. A universidade aposta em 
parcerias com empresas e agências pú-
blicas para viabilizar estágios. 
No campo da internacionalização, 
a PUC Goiás mantém convênios com 
48 universidades de 16 países. Busca 
também ampliar a cooperação com 
agências de fomento para viabilizar a 
cooperação internacional de professo-
res, pesquisadores e estudantes.
Novos alunos
O processo seletivo é semestral e há 
diferentes sistemas de ingresso: ves-
tibular, nota do Enem (exceto para 
Medicina) e vestibular social. Este úl-
timo é destinado a alunos de escola 
pública e que vivem em condições de 
vulnerabilidade. Uma vez aprovado, o 
estudante recebe bolsa de 50% do valor 
da mensalidade. A instituição participa 
do ProUni e do Fies.
A PUC GOIÁS EM RESUMO 
Fundação: 1959 
Campi: Goiânia (7) 
Cursos de graduação: 43
Alunos da graduação: 25.674
Professores da graduação: 1.673 
(55% mestres; 19% doutores)
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DE GOIÁS (UFG)
A UFG passa por um processo de 
expansão, que culminou com a inaugu-
ração, em 2015, de seu sexto campus, em 
Aparecida de Goiânia. A nova unidade 
oferece graduações em Engenharia de 
Produção, Engenharia de Transportes 
e Geologia. Outro campus, em Cidade 
Ocidental, no entorno de Brasília, está 
em processo de implantação.
INTERNACIONALIZAÇÃO 
A Universidade de 
Brasília (UnB) mandou 
cerca de 2,6 mil alunos 
para o exterior por 
meio do programa 
Ciência sem Fronteiras
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12 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL CENTRO-OESTE
O currículo dos cursos da univerisdade 
contam com várias disciplinas voltadas 
à orientação profissional e ao empreen-
dedorismo. “O estágio curricular faz um 
importante elo entre a universidade e o 
mundo do trabalho”, diz o pró-reitor de 
graduação Luiz Mello de Almeida Neto. A 
universidade mantém acordos de estágio 
com mais de 1,3 mil parceiros e convênios 
de intercâmbio acadêmico com 103 ins-
tituições estrangeiras de ensino. 
Apoio à inovação
A UFG incentiva a inovação por meio 
de projetos como o Escritório de Pro-
priedade Intelectual e Transferência de 
Tecnologias, o Programa de Incubado-
ras de Empresas de Base Tecnológica, o 
Programa de Empresa Júnior, o Parque 
Tecnológico Samambaia e o Centro 
Regional para o Desenvolvimento Tec-
nológico e Inovação.
Novos alunos
O ingresso se dá por meio do Sisu. Em 
2016, metade das vagas será destinada a 
alunos de escola pública. São reservadas 
ainda duas vagas para alunos indígenas 
e quilombolas em cada curso. 
A UFG EM RESUMO 
Fundação: 1960 
Campi: Goiânia (2), Catalão, Goiás, Jataí e 
Aparecida de Goiânia
Cursos de graduação: 142
Alunos da graduação: 22.563
Professores da graduação: 2.380 
(25% mestres; 70% doutores) 
MATO GROSSO
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ 
(UNIC)
Primeira universidade privada do 
estado, a Unic implantou no segundo 
semestre de 2015 um novo modelo aca-
dêmico, que instiga o estudante a buscar 
respostas e soluções para problemas. A 
proposta estimula o raciocínio lógico, a 
criatividade e a reflexão, respeitando a 
individualidade, o trabalho em equipe 
e as relações interpessoais.
Cursos de destaque
A escola tem cursos de referência nas 
áreas de Saúde, como o de Medicina 
Veterinária, de Humanidades, como o de 
Psicologia, e de Ciências Sociais Aplica-
das, como os de Direito e Publicidade e 
Propaganda. Nas engenharias, despon-
tam as graduações em Civil, Elétrica, 
Mecânica, Ambiental e de Produção.
Portal de empregabilidade
Para facilitar o ingresso dos alunos 
no mercado, a Unic participa do Canal 
Conecta, um portal de empregabilidade 
onde empresas anunciam vagas de traba-
lho. A instituição também mantém par-
ceria com Instituto Evaldo Lodi (IEL) 
e com o Centro de Integração Empresa 
Escola (Ciee) a fim de proporcionar es-
tágios a seus estudantes.
O vestibular é semestral. O candidato 
pode usar a nota do Enem, em substi-
tuição ao vestibular. A Unic participa do 
ProUni e do Fies. Oferece ainda possibili-
dade de parcelamento do valor do curso.
A UNIC EM RESUMO
Fundação: 1988
Campi: Cuiabá (3), Primavera do Leste, 
Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, 
Sorriso e Várzea Grande
Cursos de graduação: 36
Alunos da graduação: cerca de 40.000
Professores da graduação: 800 
(42% entre mestres e doutores)
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DE MATO GROSSO (UFMT)
A localização geográfica da UFMT, 
na confluência de três importantes bio-
mas (Amazônia, Cerrado e Pantanal), 
determina uma característica própria 
de seus cursos e núcleos de pesquisa.
A questão ambiental é um dos pontos 
fortes da instituição. Projetos desen-
volvidos nas áreas de Humanas, Social, 
Biológicas, Agrárias e Exatas têm pre-
ocupação com o meio ambiente. Outro 
foco é o estudo de doenças tropicais. 
O desenvolvimento agrícola também 
é uma vocação importante da univer-
sidade. Os cinco campi espalhados 
pelo estado, que é o maior produtor 
de grãos e de gado do país, oferecem 
vários cursos relacionados à área, como 
Agronomia e Zootecnia. 
Novo campus
Novidades para 2016 serão a inaugu-
ração do novo Hospital Universitário, 
em Cuiabá, e a abertura do campus de 
Várzea Grande – o sexto da institui-
ção. Enquanto essa unidade segue em 
construção, os cursos de Engenharia 
de Computação, de Minas, de Química, 
de Transporte e de Controle e Automa-
ção, que serão ministrados no local, já 
iniciaram suas turmas, que funcionam 
provisoriamente em Cuiabá.
A UFMT estimula o intercâmbio de 
estudantes e pesquisadores e possui 
acordos de colaboração com cerca de 
50 instituições dos cinco continentes.
ENSINO DE REFERÊNCIA
Primeira universidade 
privada do Mato Grosso, 
a Unic tem graduações 
conceituadas, como 
as de Medicina, 
Psicologia e Direito
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O
14 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL CENTRO-OESTE
O acesso à universidade se dá por 
meio do Sisu, com 50% das vagas re-
servadas a alunos de escola pública. 
O programa de inclusão indígena tem 
processo seletivo específico.
A UFMT EM RESUMO 
Fundação: 1970 
Campi: Barra do Garças, Cuiabá, Pontal do 
Araguaia, Rondonópolis e Sinop
Cursos de graduação: 106
Alunos da graduação: 20.308
Professores da graduação: 1.738 
(31% mestres; 63% doutores)
MATO GROSSO DO SUL
UNIVERSIDADE ANHANGUERA-
UNIDERP
Desde 2014, a Anhanguera-Uniderp 
faz parte do grupo Kroton Educacional, 
uma das maiores organizações de en-
sino do Brasil e do mundo. Entre os 31 
cursos de graduação que a instituição 
oferece, vale destacar o de Arquitetura, 
o primeiro do estado, e o de Medici-
na, considerado um dos melhores do 
país. Para 2016, a universidade pretende 
abrir dois novos bacharelados, em Gas-
tronomia e Fotografia, e um mestrado 
na área de Saúde.
“O curso de Medicina segue tendên-
cias mundiais para o ensino na área de 
Saúde”, diz a reitora Leocádia Aglaé 
Petry Leme. Segundo ela, a graduação 
emprega o método de Aprendizagem 
Baseada em Problemas (PBL), que 
transforma o estudante no centro do 
processo de ensino-aprendizagem e 
forma profissionais mais humanos e 
melhor qualificados.
Iniciação científica
Durante a graduação, os alunos são 
estimulados a participar de projetos 
de iniciação científica e monitorias. A 
área de biodiversidade é um ponto forte. 
Entre os projetos mais relevantes estão 
o trabalho de preservação da arara-azul 
em ninhos naturais e artificiais e o de 
proteção de peixes e rios do Pantanal.Bolsas para o exterior
Na área de intercâmbio, destaque 
para a parceria com o programa Santan-
der Universidades, que distribui bolsas 
de estudo para os alunos estudarem em 
universidades estrangeiras.
A Anhanguera-Uniderp oferece duas 
modalidades de processo seletivo: o 
vestibular principal, com data fixa, e 
o continuado, pelo qual o aluno pode 
agendar o dia das provas. Além disso, o 
candidato pode submeter seu desempe-
nho no Enem para compor a nota final. 
A universidade é credenciada ao Fies 
e ao ProUni.
A UNIDERP EM RESUMO
Fundação: 1974
Campi: Campo Grande (2)
Cursos de graduação: 31
Alunos da graduação: 18.000 
Professores da graduação: 400 
(mais de 40% entre mestres e doutores)
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DE MATO GROSSO DO SUL 
Maior universidade do estado, a UFMS 
segue crescendo. Em 2015, o número de 
vagas do curso de Medicina, em Campo 
Grande, passou de 60 para 80, e a reito-
ria prevê para o início de 2016 a entrega 
do prédio do Centro de Capacitação de 
Professores, voltado aos alunos de li-
cenciaturas. Além disso, a instituição, 
que conta com 11 campi, também está 
investindo na expansão de laboratórios 
multiuso, nos centros de Ciências Huma-
nas, Engenharias e Ciências Biológicas.
Estudos do Pantanal
Com 1,2 mil m2 de área construída, a 
Base de Estudos do Pantanal é um dos 
destaques da universidade. Nela, são 
desenvolvidas atividades de extensão 
e pesquisa em Biologia, Ecologia, Me-
teorologia e Saúde. 
Em 2014, a Pantanal Incubadora Mista 
de Empresas, que faz pesquisa, incentiva 
o empreendedorismo e viabiliza opor-
tunidades de emprego para os alunos, 
recebeu recursos do governo estadual 
para prospectar novas empresas e acele-
rar o desenvolvimento das já incubadas. 
Vestibular
O processo seletivo distribui vagas pelo 
Sisu. A UFMS reserva 50% das vagas para 
alunos da rede pública e tem uma licen-
ciatura voltada a professores indígenas do 
Pantanal, com vestibular próprio.
A UFMS EM RESUMO 
Fundação: 1979 
Campi: Aquidauana, Bonito, Campo 
Grande, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, 
Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta 
Porã eTrês Lagoas 
Cursos de graduação: 105
Alunos da graduação: 15.837
Professores da graduação: 1.208 
(37% mestres; 63% doutores)
CAPILARIDADE 
Com 11 campi 
distribuídos pelo 
estado, a UFMS 
desenvolve pesquisas 
relevantes na Base de 
Estudos do Pantanal 
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A
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O
16 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL CENTRO-OESTE
Serviço de Psicologia Aplicada – Unic 
tel. (65) 3363-1278
COMO É: Orientação individual ou para grupos de cinco a dez 
pessoas. São cerca de dez encontros, de 50 minutos cada um. 
As atividades envolvem entrevistas, dinâmicas e palestras no 
Serviço de Psicologia Aplicada ou nas escolas e instituições. 
VALOR: Gratuito.
RONDONÓPOLIS
Orientação Profissional – Unic
tels. (066) 3411-0525/3411-9477
COMO É: O trabalho é feito em grupo de 15 alunos. Em seis 
encontros são realizadas atividades como reflexão sobre 
o processo de escolha, informações sobre as profissões e 
testes psicológicos individuais.
INSCRIÇÕES: Entrar em contato com a escola.
VALOR: Gratuito.
SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS
Serviço de Orientação Profissional da Clínica Escola – FQM 
www.fqm.edu.br; ceap_recepcao@outlook.com;
tel. (65) 3251-3020
COMO É: O programa pode ser desenvolvido individualmente 
ou em grupo. O número de sessões varia conforme a 
necessidade do candidato ou grupo.
INSCRIÇÕES: Durante o período letivo.
VALOR: Taxa simbólica, não obrigatória, de acordo com a 
disponibilidade financeira do interessado.
MATO GROSSO DO SUL
CAMPO GRANDE
Orientação Profissional da Clínica de Psicologia – 
Universidade Anhanguera Uniderp 
http://ww2.uniderp.br/uniderp/; 
tel. (67) 3348-8258
COMO É: O programa pode ser desenvolvido em até três meses. 
As sessões são em grupo e contam com a aplicação de testes 
e dinâmicas. De acordo com o interesse do grupo, os alunos 
participam de conversas com profissionais e assistem aulas. 
VALOR: Conforme triagem social. O interessado pode obter 
isenção ou pagar de R$ 5 a R$ 20 por sessão.
DOURADOS
Orientação Profissional – Unigran
nucleodepsicologia@unigran.br; tel. (067) 3411-4268
COMO É: São realizados doze encontros em grupo. 
As conversas giram em torno do Ensino Superior, das 
profissões e seu mercado de trabalho. Também são 
realizadas sessões de autoconhecimento. Cada encontro 
dura, em média, 1h30.
INSCRIÇÕES: Durante o período letivo. 
VALOR: Gratuito.
VÁRZEA GRANDE
Serviço Integrado de Psicologia – Orientação Profissional 
– Univag
tel. (65) 3688-6088
COMO É: São realizadas oito sessões que ocorrem em grupo. 
O tempo médio de duração é de uma hora e são 
desenvolvidas atividades de autoconhecimento e 
informações sobre as diversas profissões.
INSCRIÇÕES: No início de cada período letivo
VALOR: R$10.
DISTRITO FEDERAL
BRASÍLIA 
Orientação Profissional – UniCEUB 
www.uniceub.br; cenfor@uniceub.br; 
tel. (61) 39661626 
COMO É: Cinco encontros, com duas horas de duração cada. São 
realizadas entrevistas (individuais ou em grupo) e dinâmicas. 
INSCRIÇÕES: Durante todo o período letivo.
VALOR: R$ 20.
Programa de Orientação Profissional (POP) – Iesb 
www.iesb.br; masen@iesb.br; 
tels. (61) 3445-4521/3445-4522
COMO É: Seis sessões em grupo, com workshops, palestras e 
dinâmicas.
INSCRIÇÕES: Durante o período letivo.
VALOR: Gratuito.
TAGUATINGA
Projeto de Orientação Profissional (POP) – UCB 
www.ucb.br; pop@ucb.br; 
tels. (61) 3356-9057/9013
COMO É: Palestras nas escolas, feiras de profissões e visitas 
ao campus.
INSCRIÇÕES: Durante todo o período letivo.
VALOR: Gratuito.
GOIÁS
GOIÂNIA
Centro de Estudos, Pesquisas e Práticas Psicológicas – 
PUC-Goiás
www.pucgoias.edu.br/cepsi; cepsi@pucgoias.edu.br; 
tel. (62) 3946-1198
COMO É: Sessões individuais e em grupo, nas quais são aplicados 
testes psicológicos, realizadas entrevistas e dinâmicas de grupo. 
INSCRIÇÕES: Durante o período letivo
VALOR: R$ 60. Em alguns casos, pode ser gratuito.
ITUMBIARA
Projeto de Desenvolvimento e Orientação Profissional – 
Ilês/Ulbra Itumbiara 
psicologia.itb@ulbra.br; tel. (64) 3433-6542
COMO É: Encontros semanais em que são realizados testes, 
dinâmicas e pesquisas no campo profissional. Grupos de 
dez pessoas.
INSCRIÇÕES: Durante o período letivo.
VALOR: Gratuito.
JATAÍ
Serviço de Orientação Profissional para Alunos do Ensino 
Médio – UFG/Campus Jataí 
sopufgcaj@yahoo.com.br; tel. (64) 3636-5504
COMO É: São dez encontros semanais, com duas horas de 
duração, em grupos com no máximo 15 participantes. 
Utilizam-se dinâmicas de grupo, testes, entrevistas e 
técnicas informativas: material didático (guia acadêmico), 
visita à universidade e feira de profissões.
INSCRIÇÕES: No início de cada período letivo.
VALOR: Gratuito.
MATO GROSSO
CUIABÁ
Programa de Orientação Profissional para Escolas Públicas 
– UFMT
maelison@gmail.com; 
tel. (65) 36158492
COMO É: São realizadas sessões em grupo de até dez 
participantes. O programa oferece dez sessões na forma de 
oficinas, com duração média de 1h30 cada, divididas em três 
etapas: autoconhecimento; conhecimento sobre o mundo 
do trabalho e das profissões; cruzamento das informações 
obtidas nas etapas anteriores para facilitação do processo 
de decisão.
INSCRIÇÕES: No início de cada período letivo
VALOR: Gratuito.
ENCONTRE 
SEU RUMO
Não é tarefa fácil decidir, entres tantas opções, qual 
carreira seguir. Por isso, os programas de orientação 
profissional podem ser aliados importantes!
ATENÇÃO
arrow As informações foram apuradas entre julho e agosto 
de 2015 e os valores referem-se ao programa como um 
todo, exceto quando há indicação de que é por sessão. 
arrow Sugestões para inclusão de outros centros de orientação 
podem ser feitas peloe-mail guia.estudante@abril.com.br
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
ILUSTRAÇÃO: JULIANO AUGUSTO/45JJ
ESPECIAL
NORTE E 
NORDESTE
As páginas a seguir trazem informações específicas sobre a sua região 
para você fazer as melhores escolhas 
NOVAS 
INSTITUIÇÕES
AS SEIS MAIS JOVENS 
UNIVERSIDADES QUE 
TÊM COMO MISSÃO 
QUALIFICAR A MÃO DE 
OBRA LOCAL
UNIVERSIDADES
CONFIRA O PERFIL 
DAS MAIORES 
INSTITUIÇÕES 
DO NORTE E DO 
NORDESTE
MELHORES 
CURSOS
CONHEÇA ALGUMAS 
DAS GRADUAÇÕES 
MAIS BEM AVALIADAS 
DA REGIÃO 
ESCOLHA 
PROFISSIONAL
UMA LISTA DE 
INSTITUIÇÕES 
QUE OFERECEM 
ORIENTAÇÃO 
VOCACIONAL 
MERCADO 
DE TRABALHO
OS SETORES MAIS 
PROMISSORES E 
AS PROFISSÕES 
RELACIONADAS 
A ELES
2 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
MERCADO DE TRABALHO
HÁ OPORTUNIDADES
Tecnologia da Informação e certos setores da indústria – como 
farmacêutico e de alimentos – concentram as principais vagas das regiões
N os últimos dez anos, as notícias sobre o Norte e o Nordeste foram muito boas. Os estados das duas regiões viveram seu 
grande boom, com a melhoria na quali-
dade de vida da população, a instalação 
de novas empresas nacionais e interna-
cionais e o fortalecimento do mercado 
de trabalho. O momento atual, porém, 
é de cautela. Assim como acontece no 
resto do país, a economia local sofre, e 
as estatísticas sobre empregos não são 
mais tão animadoras. Mas, se você está 
ingressando agora num curso superior, 
saiba que há boas perspectivas: ainda há 
muito a ser desenvolvido nessas regiões e, 
para isso, serão necessários profissionais 
qualificados de diversas áreas.
“A área de Tecnologia da Informação, 
por exemplo, continua em alta e isso 
não deve mudar tão cedo”, garante Da-
niela Kauffmann, gerente executiva do 
escritório regional da Page Personnel, 
empresa de recrutamento, em Reci-
fe. Os segmentos de desenvolvimento 
e infraestrutura são os que mais têm 
aberto novas vagas.
Na indústria, os setores farmacêutico, 
de alimentos e de cosméticos também 
mantêm o ritmo em alta. E novos po-
los, como o do município de Goiana, 
na região metropolitana de Recife, em 
Pernambuco, ganham importância. 
Há vagas ainda para quem trabalha 
nas áreas relacionadas ao agronegócio, 
turismo, saúde e educação.
NORTE
Atenção, interessados em Engenha-
ria, Medicina Veterinária, Agronegócios 
e Logística: o governo federal continua 
anunciando investimentos em portos, 
em usinas e no agronegócio. E isso sig-
nifica a abertura de postos de trabalho. 
Engenheiros ambientais e outros 
especialistas em meio ambiente e sus-
tentabilidade, como biólogos, ecólogos 
e gestores ambientais, também encon-
tram espaço, já que o tema é um dos 
mais importantes na Região Amazônica. 
Eles são responsáveis por prever e dimi-
nuir o impacto ambiental das atividades 
econômicas. Em Benevides, no Pará, 
RELEVÂNCIA ECONÔMICA Funcionária em ação em fábrica do Polo Petroquímico de Camaçari (BA), que reúne mais de 90 empresas e gera milhares de empregos
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4 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
a Natura investiu no Ecoparque, um 
polo industrial sustentável. Além de 
sua fábrica de sabonetes, há espaço para 
outras empresas que compartilham os 
mesmos conceitos de ecoeficiência para 
a exploração da diversidade da região. 
Em 2015, chegou a fabricante alemã de 
fragrância e aromas Symrise.
No estado do Amazonas, a indústria 
naval é forte, com a presença de estalei-
ros e empresas que fabricam máquinas 
e equipamentos de navegação. Várias 
empresas se instalaram perto de Ma-
naus, como os estaleiros Juruá, Prates 
e Erin, este último em construção em 
Iranduba. Há boas perspectivas, já que 
o governo federal anunciou investi-
mentos no arrendamento de um por-
to no Distrito Industrial de Manaus. 
Com isso, o cenário é favorável para 
engenheiros ambientais, civis, navais, 
eletricistas, eletrônicos e metalúrgicos.
Em Tocantins, o Ecoponto Praia 
Norte deve ser inaugurado em 2016 e 
promete gerar empregos para profis-
sionais das áreas portuária, de logística 
e de transportes. A expectativa é que 
ele atraia também empresas de outros 
setores. Isso significa a abertura de va-
gas para advogados, administradores, 
contadores, economistas e pessoal de 
recursos humanos.
No setor hidrelétrico, está em fase 
de projeto o complexo Bem-Querer 
Paredão, em Roraima. 
Em Rondônia, a indústria vive um 
bom momento, com fábricas de calça-
dos, ração animal, de cimento e frigo-
ríficos. O Distrito Industrial de Porto 
Velho concentra mais de 20 empre-
endimentos e quase 50 encontram-se 
em fase de projeto. No agronegócio, a 
pecuária bovina de corte, a cafeicultura, 
a cultura de grãos (principalmente soja, 
milho e arroz), a pesca e a produção de 
leite são as áreas mais aquecidas. Como 
consequência, aumentam as oportuni-
dades para graduados em Ciências Bio-
lógicas e Biotecnologia, Biotecnologia 
e engenheiros de pesca e aquicultura.
Ainda no agronegócio, a Embrapa 
Amazônia Oriental, sediada em Belém, 
no Pará, contribui na pesquisa e de-
senvolvimento das principais culturas 
do Estado, como mandioca e cítricos. 
Na região sul, têm destaque a pecuária 
bovina e o cultivo de soja e milho. 
O turismo vem crescendo nos últi-
mos anos, mas a região ainda é a últi-
ma opção dos brasileiros, segundo o 
Ministério do Turismo. Há, portanto, 
perspectivas para graduados em Tu-
rismo, Hotelaria, Ecologia e Ciências 
Biológicas. Acre, Amazonas, Tocantins 
e Rondônia contam com polos de ecotu-
rismo em áreas de proteção ambiental. 
NORDESTE
Tecnologia
A região sedia importantes polos tec-
nológicos e de inovação, o que abre opor-
tunidades para quem procura cursos na 
área de TI, como Análise e Desenvolvi-
mento de Sistemas, Ciências e Engenha-
ria da Computação, Gestão da Tecnologia 
da Informação e graduações afins. 
O grande destaque é o Porto Digital 
de Recife, em Pernambuco, que pla-
neja triplicar de tamanho e alcançar 
21 mil empregos até 2022 – hoje são 
7.100. Entre as 250 empresas localizadas 
ali, estão a Contax (telemarketing), a 
Microsoft e a Accenture, que tem um 
programa para gerar mil vagas até a 
metade de 2016. Na capital pernambu-
cana, fica ainda o Centro de Estudos e 
Sistemas Avançados do Recife (Cesar), 
polo de inovação em tecnologia da in-
formação (TI).
Outros estados também investem 
no setor. Em Fortaleza, no Ceará, a 
Fundação Edson Queiroz/Universi-
dade de Fortaleza vai se tornar par-
que tecnológico e passará a abrigar 
empresas da área, que contarão com 
benefícios fiscais. Na Paraíba, no par-
que tecnológico de Campina Grande, 
estão empresas como a Light Infocon. 
Indústria
A indústria nordestina contrata enge-
nheiros (civis, de petróleo, de produção, 
eletricistas, eletrônicos, industriais, me-
cânicos, metalúrgicos, navais, químicos) 
e tecnólogos em Gestão e Logística. Pro-
fissionais de finanças são demandados. 
“Se uma empresa está crescendo, precisa 
do especialista para se organizar; se está 
cortando, ele é necessário para reduzir 
custos”, diz Daniela Kauffmann. Além de 
contadores e economistas, também atuam 
na função administradores e engenheiros 
de produção.
MÃO DE OBRA 
QUALIFICADA
Linha de montagem 
da Philips, no Polo 
Industrial de Manaus, 
importante centro 
gerador de empregos 
na Região Norte
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A
A indústrial naval é 
forte no Amazonas. 
O estado conta com 
estaleiros e vai receber 
investimentos federais
6 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
A indústria de bens de consumo se 
mantém estável. No Nordeste, estão 
grandes empresas do setor, como Uni-
lever, Procter & Gamble e Johnson & 
Johnson, que acenam com boas possi-
bilidades para engenheirosquímicos, 
químicos e farmacêuticos, além de 
profissionais de áreas administrativas.
Em Pernambuco, o destaque é o polo 
de Goiana. A Fiat Chrysler Automobiles 
acaba de inaugurar a planta da Jeep e um 
parque de fornecedores, que devem gerar 
mais de 50 mil empregos em toda a cadeia 
produtiva. Oportunidade para engenhei-
ros de produção, elétricos e mecânicos, 
além de administradores, contadores, 
economistas e gestores de RH.
Forte no Nordeste, o setor petroquí-
mico atravessa uma fase difícil, mas tem 
novidades. A Basf inaugurou em 2015 
um complexo no Polo Petroquímico de 
Camaçari, na Bahia, que reúne mais de 
90 empresas químicas, petroquímicas, 
automotivas e metalúrgicas. Serão ge-
rados 230 empregos diretos e indiretos. 
Também foi inaugurado ali um depósito 
de contêineres. “Em cerca de três anos, 
a indústria petroquímica deve retornar 
a seu patamar normal”, diz Jucileila 
Evangelista, gerente da Gi Group Brasil, 
especializada em soluções para o desen-
volvimento do mercado de trabalho. 
No Ceará, o porto de Pecém e a Com-
panhia Siderúrgica do Pecém (CSP) são 
grandes empregadores. Em 2015, a CSP 
obteve financiamento para concluir a 
construção da usina em São Gonçalo 
do Amarante (CE). 
Em energia, o Nordeste desponta 
como nova fronteira elétrica, com o 
Rio Grande do Norte em destaque. 
por conta de seus 192 parques eólicos. 
Até 2023, a previsão é que a geração de 
fontes renováveis como eólica e solar 
responda por 60% da matriz da região. 
A instalação de novas usinas demanda 
profissionais de áreas técnicas, como 
engenheiros elétrico e de Energia e 
tecnólogos em Sistemas Elétricos e 
Energias Renováveis.
Agronegócio
Fica no Nordeste a nova fronteira 
agrícola do Brasil e última em expan-
são do mundo, segundo o Ministério 
da Agricultura. A região de Matopiba 
(Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), 
que reúne 337 municípios, engloba os 
biomas Cerrado, Amazônia e Caatinga. 
Por ali, destaque para o cultivo da soja. 
Algodão, milho, feijão, café e agropecu-
ária também têm importância. O uso 
de novas tecnologias é essencial, o que 
demanda profissionais especializados, 
como engenheiros agrícolas e bacharéis 
e tecnólogos em Agronegócios.
O Vale do Rio São Francisco tem o 
maior polo de fruticultura irrigada do 
país, e contrata especialistas de Irriga-
ção e Drenagem. A agropecuária é forte 
em Petrolina (PE). No Rio Grande do 
Norte, a produção de frutas, de leite e 
a piscicultura recebem investimentos 
públicos para tornar o agronegócio mais 
sustentável. Isso aumenta as chances 
de trabalho de especialistas na área.
Turismo
Principal destino do turista brasi-
leiro, o Nordeste trabalha para atrair 
mais visitantes estrangeiros, mantendo 
aquecida a demanda por profissionais 
de Turismo e Hotelaria. O fluxo é maior 
em Aracaju, Fernando de Noronha, For-
taleza, Ilhéus, João Pessoa, Maceió, 
Natal, Porto Seguro, Recife e Salvador.
O turismo de negócios é forte espe-
cialmente na Bahia e em Pernambuco, 
que recebem um grande número de 
congressos e convenções. Isso eleva a 
procura por tradutores e intérpretes.
Saúde
O crescimento econômico dos últimos 
dez anos levou à expansão dos serviços de 
saúde. Recife quer se tornar o primeiro 
polo médico do país – hoje é o segundo 
– e liderar o turismo de saúde. O setor 
detém o segundo maior PIB estadual e 
se destaca nas áreas de traumatologia, 
oncologia e ortopedia. Há demanda por 
médicos, enfermeiros e farmacêuticos, 
além de administradores e tecnólogos 
em Marketing e Gestão Hospitalar. box
CAMPUS PARTY A área de Tecnologia da Informação é uma das que mais crescem no Nordeste. Só o Porto Digital de Recife quer atingir 21 mil empregos em 2022
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A Região Nordeste tem 
ganhado força no setor 
elétrico, o que eleva a 
busca por profissionais 
com formação na área
8 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
MELHORES CURSOS
NO RITMO DO 
DESENVOLVIMENTO
Os melhores cursos 
da região formam 
profissionais para 
atuar na exploração de 
recursos naturais e na 
indústria de tecnologia
NOVO PROJETO Atividade em laboratório do curso de Ciências Biológicas da UFPA. A graduação adotou uma proposta que valoriza a multidisciplinaridade 
A s preocupações com o meio ambiente e os investimentos feitos nos últimos anos para expansão da rede de sanea-
mento básico no Norte e no Nordeste 
elevaram a procura por engenheiros 
ambientais, sanitaristas e florestais, além 
de biólogos. O vasto litoral brasileiro, por 
sua vez, sempre demanda especialistas 
em pesca. Ao mesmo tempo, o cresci-
mento da indústria de tecnologia da in-
formação, notadamente em Pernambu-
co, aqueceu o mercado para engenheiros 
da computação. Em todas essas áreas, as 
regiões oferecem graduações de quali-
dade. Confira a seguir alguns destaques 
da Avaliação de Cursos Superiores do 
GUIA DO ESTUDANTE 2015. 
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
UFPA
O curso de Ciências Biológicas da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
comemora 45 anos de atividade em 2015. 
Nesse período, consolidou-se como o 
principal da região Norte. A graduação 
tem duração de quatro anos e oferece 
anualmente 35 vagas. Desde 2012, conta 
com uma nova proposta de ensino, que 
valoriza a multidisciplinaridade.
“Um exemplo disso são as aulas de 
Anatomia e Botânica, que antes eram 
ministradas separadamente e passaram 
a ser agrupadas dentro da disciplina 
chamada Homem e Meio Ambiente”, 
diz a coordenadora do curso, Sheila 
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10 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
Pinheiro. “Desta forma, os conteúdos 
das duas matérias são apresentados 
dentro de um contexto mais amplo.”
Outro destaque do curso de Biológi-
cas da UFPA são os convênios firmados 
com órgãos de pesquisa, como a Em-
brapa (Empresa Brasileira de Pesquisa 
Agropecuária), o Museu Emílio Goeldi 
e o Instituto Evandro Chagas, para es-
tágio dos futuros biólogos. Segundo 
Sheila, essa vivência ajuda o graduando 
a definir uma área específica que pre-
tende seguir depois de formado.
As parcerias também engajam a uni-
versidade em projetos de preservação 
da Amazônia. “As particularidades da 
nossa região, rica em biodiversidade 
e, ao mesmo tempo, com muitos pro-
blemas socioambientais, são um fator 
positivo na formação de nossos alunos”, 
diz a coordenadora.
ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Num país com grande vocação para 
o campo, como o Brasil, sempre há ca-
rência de bons profissionais formados 
nas carreiras agrárias. E a Universidade 
Federal de Campina Grande (UFCG), 
na Paraíba, dá sua contribuição com o 
curso de Engenharia Agrícola, um dos 
melhores do país. 
Aberto em 1977, ele é mais antigo do 
que a própria instituição, uma vez que 
sua origem está ligada à Universidade 
Federal da Paraíba (UFPB), da qual a 
UFCG nasceu em 2002. 
O bacharelado tem duração de quatro 
anos, e 50 vagas são abertas semestral-
mente. Um diferencial é a qualificação 
dos docentes. Segundo o coordenador 
Luciano Saboya, todos os professores 
que ministram disciplinas associadas 
diretamente à Engenharia Agrícola são 
doutores. A força da pós-graduação, com 
três linhas de pesquisa (Concentração 
em Irrigação e Drenagem, Processa-
mento e Armazenamento e Construções 
Rurais e Ambientais), é outro atrativo. As 
pesquisas feitas lá acabam repercutindo 
em todo o curso e, muitas vezes, envol-
vem estudantes de graduação.
Os alunos também se beneficiam da 
proximidade da universidade com o se-
tor extrativista e com órgãos de pesquisa 
do setor agrícola, como a Embrapa Al-
godão, localizada em Campina Grande. 
Isso amplia as possibilidades de emprego 
para os graduandos e abre oportunida-
de de envolvimento em pesquisas para 
geração de novas tecnologias. 
ENGENHARIA AMBIENTAL 
E SANITÁRIA
UFALO lixo ainda é um grande problema 
no Brasil, um país onde somente 40% 
dos municípios contam com aterros 
sanitários para deposição de resíduos 
sólidos e quase metade das cidades não 
contam com rede coletora de esgoto. 
A ampliação da oferta do serviço de 
saneamento depende de políticas públi-
cas que priorizem a área de saneamento 
básico, bem como de profissionais ha-
bilitados para atuar no setor.
Um importante núcleo de formação 
desses especialistas é o curso de Enge-
nharia Ambiental e Sanitária da Univer-
sidade Federal de Alagoas (Ufal), que 
formou sua primeira turma em 2011. 
Apesar de tão jovem, a graduação se des-
taca entre as demais da região. Ao todo, 
40 vagas são abertas semestralmente.
Para o coordenador Eduardo Lucena 
Cavalcante de Amorim, um dos motivos 
do sucesso do curso são os programas 
de qualificação de professores e a ado-
ção de novas metodologias de ensino, 
como o Programa de Educação Tutorial 
(TEC), em que um professor-tutor coor-
dena um grupo de alunos para realiza-
ção de projetos de extensão e pesquisa 
dentro e fora do círculo acadêmico.
A pós-graduação está no DNA do cur-
so. Boa parte dos docentes desenvolve 
atividades de pesquisa, o que permite 
aos alunos de graduação colaborar com 
os trabalhos de mestrandos e doutoran-
dos. Essa interlocução também apro-
xima os graduandos de eventos cien-
tíficos e os estimula a publicar artigos 
científicos, enriquecendo a formação.
ENGENHARIA FLORESTAL
UFRA
Uma das medidas mais importantes 
para preservação das matas brasileiras 
é a exploração sustentável dos recursos 
florestais. E isso é ensinado desde cedo 
aos estudantes do curso de Engenharia 
PIONEIRISMO 
Aula laboratorial do 
curso de Engenharia 
Florestal da UFRA, 
uma das primeiras 
graduações do gênero 
abertas no país
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OA titulação dos 
docentes é destaque 
do curso de Engenharia 
Agrícola da Federal 
de Campina Grande
12 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
Florestal da Universidade Federal Rural 
da Amazônia (UFRA), uma das primei-
ras graduações do gênero no Brasil.
Criado em 1972, o curso é uma re-
ferência no país. Com duração de cin-
co anos, ele recebe 90 novos alunos 
por ano. Um de seus pontos fortes é 
o corpo de professores. Cerca de 70% 
deles possuem título de doutor. Além 
disso, os docentes desenvolvem, com 
ajuda dos alunos, estudos e projetos 
de pesquisa junto a empresas e órgãos 
públicos com os quais a universidade 
mantém convênio. 
Desde 2010, a graduação vem colo-
cando em prática um modelo interdisci-
plinar de ensino, no qual algumas aulas 
práticas são ministradas por pelo menos 
dois docentes de matérias diferentes. 
Para o coordenador do curso, Eduardo 
Saraiva da Rocha, a medida faz o aluno 
entender mais facilmente como aplicar 
o que foi aprendido em sala de aula no 
contexto geral da Engenharia Florestal.
ENGENHARIA DE PESCA
UFRPE
Com mais de 7 mil quilômetros de 
costa, sem contar o gigantesco volume de 
água doce formado por rios, lagos e re-
presas, o Brasil tem vocação natural para 
pesca. Por isso, precisa de profissionais 
qualificados que tornem o setor relevan-
te no conjunto da economia nacional.
A Universidade Federal Rural de Per-
nambuco (UFRPE) oferece um ótimo 
curso de Engenharia de Pesca, o pri-
meiro da modalidade no país. Desde 
que foi criado, em 1970, já formou cerca 
de 1.250 profissionais. Bem estruturado, 
ele conta com 24 laboratórios, uma 
estação de aquicultura (fazendas e vi-
veiros para a criação de peixes) e um 
museu. Os alunos também fazem com 
frequência visitas aos estabelecimentos 
pesqueiros da região.
Os candidatos que concorrem a uma 
das 40 vagas abertas por semestre en-
contrarão uma graduação marcada 
pela ligação com o empreendedorismo. 
“Com o objetivo de incentivar o aluno 
a abrir o próprio negócio, inserimos no 
currículo disciplinas como marketing e 
gestão”, diz o coordenador Paulo Gui-
lherme Vasconcelos de Oliveira.
Na área de pesquisa, o destaque é o 
programa de monitoramento de tuba-
rões. Os animais capturados recebem 
um chip e passam a ser controlados via 
satélite – uma forma de acompanhar 
seus hábitos e entender mais sobre o 
animal. O projeto também tem uma 
vertente educacional e busca conscien-
tizar a população para a importância 
dos tubarões para o meio ambiente.
INFRAESTRUTURA 
Os alunos do curso de 
Engenharia de Pesca 
da UFRPE contam com 
24 laboratórios, um 
museu e uma estação 
de aquicultura
ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO
UFPE
Recife sedia um dos mais importantes 
centros de tecnologia do país, o Por-
to Digital, que concentra por volta de 
250 empresas. Ele é um dos principais 
destinos dos bacharéis formados no 
curso de Engenharia da Computação 
da Universidade Federal de Pernam-
buco (UFPE).
Algumas companhias, como a Moto-
rola, têm escritórios dentro do próprio 
Centro de Informática da universidade. 
“Isso permite que os estudantes atuem 
desde cedo em projetos de pesquisa e 
desenvolvimento das empresas”, diz o 
coordenador do curso, Odilon Perei-
ra Filho. “Esse contato abre as portas 
do mercado profissional para nossos 
alunos.”
Segundo o docente, a universidade 
colaborou com o boom tecnológico da 
região. E dá como exemplo o Centro de 
Estudos e Sistemas Avançados do Recife 
(Cesar), um núcleo privado de inovação 
criado por ex-alunos da UFPE e voltado 
ao desenvolvimento de produtos, servi-
ços e negócios baseados nas tecnologias 
da informação e comunicação (TICs).
O curso ainda se beneficia da moder-
na infraestrutura do Centro de Infor-
mática da UFPE, considerado referên-
cia na América Latina. Os alunos têm 
à disposição mais de 20 laboratórios 
com mais de 500 computadores, além 
de 2 mil equipamentos pessoais como 
notebooks, smartphones e tablets. box
O curso de Engenharia 
da Computação da 
UFPE forma mão 
de obra para o polo 
tecnológico de Recife 
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14 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
UNIVERSIDADES
GIGANTES 
EDUCACIONAIS
As maiores instituições de Ensino Superior do 
Norte e Nordeste concentram 200 mil estudantes
e são polos de fomento social e econômico
O ferecer ensino de excelência, sem descuidar do estímulo à pesquisa e da promoção de projetos de extensão 
voltados à comunidade é a vocação das 
grandes universidades do Norte e Nor-
deste. A capilaridade dessas gigantes 
educacionais, com campi espalhados 
pelo interior dos estados, as transforma 
em polos de fomento social e econômico.
Nesta reportagem, você vai conhecer o 
perfil das seis maiores universidades do 
Norte e Nordeste, que, juntas, têm 200 
mil alunos. As escolas foram selecionadas 
conforme o número de matrículas na 
graduação presencial, segundo o Censo 
da Educação Superior 2013, do Ministério 
da Educação (MEC), com o limite de uma 
instituição por estado. 
NORDESTE 
Alagoas
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DE ALAGOAS (UFAL)
Com 54 anos de existência, a Ufal 
viveu nos últimos cinco anos um for-
te processo de expansão que levou à 
abertura de vários campi pelo interior 
do estado. Além da sede na capital, Ma-
ceió, a universidade tem unidades em 
Arapiraca, Delmiro Gouveia, Palmeira 
dos Índios, Penedo, Rio Largo, Santana 
do Ipanema e Viçosa.
O processo de abertura de novos cam-
pi colaborou com a difusão do ensino 
pelos rincões do estado, facilitando o 
acesso da população à Educação Supe-
rior. Em alguns casos, a medida benefi-
ciou não apenas a população alagoana. 
É o que ocorre no campus Sertão, em 
Delmiro Gouveia. Localizado no oeste 
de Alagoas, ele atende 365 estudantes, 
parte deles dos estados vizinhos de 
Pernambuco, Sergipee Bahia. A uni-
dade oferece bacharelados em Ciências 
Econômicas e Contábeis. 
Pós-graduação
Outro destaque da Ufal são os progra-
mas de pós-graduação. Ao todo, são ofer-
tados 30 mestrados e nove doutorados 
em várias áreas do conhecimento, que 
reúnem mais de 2 mil alunos. O jovem in-
teressado em cursar parte da graduação 
fora do país ainda pode se beneficiar dos 
53 convênios de intercâmbio estudantil 
firmados entre a Ufal e instituições de 
Ensino Superior estrangeiras.
O ingresso na universidade é feito 
pelo Sistema de Seleção Unificada 
(Sisu). A exceção é a graduação em 
Música, que tem prova de habilidades 
específicas. A Ufal adere à política de 
cotas do governo federal.
O BÁSICO DA UFAL
Fundação: 1961
Campi: Maceió, Arapiraca, Delmiro Gouveia, 
Palmeira dos Índios, Penedo, Rio Largo, 
Santana do Ipanema e Viçosa.
Cursos de graduação: 85
Alunos de graduação: 26.000
Professores de graduação: 1.468 
(34% mestres; 58% doutores)
EM EXPANSÃO
O Campus Sertão é uma 
das novas unidades 
da Ufal abertas nos 
últimos anos, para 
difundir o Ensino 
Superior na regiãoDI
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16 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
Bahia
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DA BAHIA (UFBA)
Criada em 1946, a UFBA tem se des-
tacado pelo ensino no campo das Artes. 
São, ao todo, 13 graduações, entre elas 
as de Dança, Canto, Artes Plásticas, 
Música Popular e Artes Cênicas, esta 
última com duas habilitações: direção 
ou interpretação teatral.
Esses cursos são reconhecidos como 
de alto nível, inclusive na pós-gradua-
ção. “Temos orgulho do programa de 
pós-graduação em Artes Cênicas, que é 
considerado referência internacional”, 
destaca o pró-reitor de ensino Penildon 
Silva Filho.
Ensino democrático
A universalização do ensino é outra 
preocupação dos dirigentes da insti-
tuição. Desde 2008, a UFBA vem am-
pliando a oferta de cursos noturnos, 
que hoje já representam 30% do total. 
Segundo Silva, a medida teve impacto 
na redução dos índices de evasão esco-
lar, pois muitos alunos que trabalham 
de dia agora conseguem conciliar o 
estudo no período noturno.
A democratização ganha força com 
a adoção da política de cotas para se-
leção de novos alunos e na concessão 
a estudantes carentes de assistência 
estudantil (transporte, alimentação e 
moradia). Esse programa atinge 5 mil 
alunos da UFBA. 
O processo seletivo é feito pelo Sisu, 
com exceção dos candidatos índios alde-
ados ou de moradores de comunidades 
quilombolas, que concorrem separada-
mente com a nota do Enem. Os cursos de 
Artes exigem prova de habilidades espe-
cíficas. A instituição adota as políticas 
de ação afirmativa do governo federal.
O BÁSICO DA UFBA
Fundação: 1946 
Campi: Salvador (3) e Vitória da Conquista
Cursos de graduação: 104
Alunos da graduação: 39.191 
Professores da graduação: 2.276 
(25% mestres; 69% doutores) 
Pernambuco
UNIVERSIDADE FEDERAL DE 
PERNAMBUCO (UFPE)
Um dado chama atenção na relação 
de cursos da UFPE: das 100 graduações 
ofertadas, 37 são da área de Engenharia. 
Essa concentração, segundo o reitor 
Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, 
é reflexo da realidade econômica do 
estado, marcada pela presença de indús-
trias de energia, petroquímica e naval.
Os cursos de Engenharia foram moder-
nizados recentemente. Agora os alunos 
fazem um ano básico e só decidem no 
segundo ano a modalidade que desejam 
seguir (Civil, Elétrica, Petroquímica etc.). 
“Com essa mudança, tornamos a escolha 
da carreira mais assertiva e reduzimos a 
evasão a menos de 10%”, diz Dourado.
Internacionalização
Outra característica da UFPE é a ên-
fase na internacionalização do ensino. 
Nesse campo, um dos destaques é o 
recém-inaugurado Instituto de Estudo 
Sobre a Ásia. Em parceria com universi-
dades do Japão, China, Índia e Paquistão, 
ele promove pesquisas em diferentes 
áreas e promove o intercâmbio de alu-
nos. “Temos planos também de elevar a 
cooperação com instituições da América 
Latina e da África”, conta o reitor.
A seleção de novos alunos é feita ex-
clusivamente pelo Sisu, que leva em con-
ta a nota do Enem. No caso dos cursos 
das áreas de Artes e Engenharias, os can-
didatos fazem provas específicas, numa 
segunda fase. A universidade adere à 
política de ação afirmativa do governo 
federal e concede bonificação de 10% aos 
jovens que cursaram pelo menos o últi-
mo ano do Ensino Fundamental e todo 
o Ensino Médio em escolas do Agreste e 
da Zona da Mata de Pernambuco.
O BÁSICO DA UFPE
Fundação: 1946 
Campi: Recife, Caruaru e Vitória de Santo 
Antão 
Cursos de graduação: 103 
Alunos da graduação: 33.563 
Professores da graduação: 2.265 
(17% mestres; 79% doutores) 
Rio Grande do Norte
UNIVERSIDADE POTIGUAR 
(UNP)
Única universidade paga do estado, a 
UnP vem ampliando a oferta de cursos 
nas áreas de Tecnologia, Engenharia e 
Gestão. Em 2016, eles representarão mais 
da metade das novas graduações. A ten-
dência é que esse número siga crescendo. 
“Assim como todos os países emergen-
tes, o Brasil tem grande necessidade de 
investimentos em infraestrutura. Isso 
eleva a demanda por profissionais des-
sas áreas, como engenheiros”, explica a 
reitora Sâmela Gomes.
A UnP tem dois centros de excelência 
voltados ao mercado. Um deles é o Em-
preende, direcionado ao empreendedo-
rismo. Com orientação dos professores, 
os alunos atendem demandas de empre-
sas da região. Já o e-Labora promove 
pesquisas em indústrias potiguares. 
PARA O MERCADO A UFPE tem foco na formação de engenheiros para atuar nas indústrias do estado
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17GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL 
O vestibular é realizado duas vezes 
por ano e é composto de 50 questões. O 
candidato pode participar do processo 
seletivo no dia definido pela instituição 
ou agendar uma data específica. Outra 
opção (exceto para Medicina) é substi-
tuir a prova pela nota do Enem. A UnP 
está credenciada no ProUni e no Fies.
O BÁSICO DA UNP
Fundação: 1981
Campi: Mossoró e Natal
Cursos de graduação: 67 
Alunos de graduação: 31.343 
Professores de graduação: 1.077 
(39% mestres; 14% doutores)
NORTE
Amazonas
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DO AMAZONAS (UFAM)
Um aspecto relevante da Ufam é sua 
capilaridade. Além da sede em Manaus, a 
universidade tem seis campi espalhados 
pelo interior, que desenvolvem projetos e 
oferecem cursos voltados ao atendimento 
das comunidades. Exemplos disso são o 
programa de licenciatura para formação 
de professores indígenas, ofertado em 
aldeias indígenas da região do Alto Rio 
Negro, e o programa Pé de Pincha.
“O público-alvo desse projeto são as 
comunidades ribeirinhas. Seu objetivo é 
formar protetores da natureza que atuem 
na proteção dos quelônios da região”, 
explica a reitora Márcia Perales Silva.
Em crescimento
Em Manaus, encontram-se os cursos 
para formação mais técnica, nas áreas 
de Engenharia, Ciência da Computação 
e Sistemas de Informação. Esses bacha-
réis encontram um bom mercado de 
trabalho no Polo Industrial da capital.
Criada em 1962, a instituição encon-
tra-se em expansão. No total, estão em 
andamento 12 obras principais, entre 
elas a do novo Hospital Universitário 
Getúlio Vargas, em Manaus, e a do Cen-
tro de Pós-Graduação em Saúde, em 
Itacoatiara e Humaitá. Vários campi 
ganharão novas moradias estudantis, 
e a unidade de Coari abrirá em 2016 o 
curso de Medicina.
Quanto ao processo seletivo, metade 
das vagas são preenchidas pelo Sisu. As 
demais são disputadas no vestibular, cha-
mado Processo Seletivo Contínuo (PSC). 
Trata-se de uma avaliação seriada em que 
alunos do Ensino Médio realizam, ao final 
de cada ano, exames compostos de 54 
questões de múltipla escolha e redação. 
A universidade adere aos programas de 
cotas do governo federal.
O BÁSICO DA UFAM
Fundação:1962 
Campi: Manaus, Benjamin Constant, Coari, 
Humaitá, Itacoatiara e Parintins
Cursos de graduação: 96 
Alunos de graduação: 38.957 
Professores de graduação: 1.727
(38% mestres; 34% doutores) 
Pará
UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
PARÁ (UFPA)
Com 12 campi distribuídos pelo es-
tado, a UFPA tem uma grade de cursos 
em sintonia com a realidade paraense. 
No campus de Ananindeua, município 
próximo à capital, por exemplo, o forte 
são as graduações na área de Tecno-
logia, como Engenharia de Materiais 
e Tecnologia em Geoprocessamento. 
“Nosso objetivo é formar profissionais 
que atendam à demanda das indústrias 
localizadas na região metropolitana de 
Belém”, diz o reitor Carlos Edilson de 
Almeida Maneschy.
Pesquisa e extensão
A UFPA se destaca pela forte atuação 
nas áreas de pesquisa e extensão. A ins-
tituição promove mais de 200 projetos 
voltados ao atendimento das comuni-
dades do estado, que beneficiam por 
volta de 191 mil pessoas. No campo da 
pesquisa, são mais de 1,3 mil projetos.
“Estamos fazendo investimentos em 
qualidade, não só no ensino, mas tam-
bém na pesquisa e na extensão, para 
incentivar a vinda de estudantes de 
outras regiões do Brasil para nossa uni-
versidade”, afirma Maneschy.
O ingresso na UFPA é feito exclusi-
vamente pelo resultado do Enem, com 
80% das vagas preenchidas conforme 
a nota dos candidatos no exame e as 
20% restantes definidas pelo Sisu. A 
universidade adere às políticas de ação 
afirmativa do governo federal e também 
concede bônus de 10% na nota do Enem 
aos candidatos que tenham cursado o 
Ensino Médio nos estados da Região 
Norte – o aluno deve optar entre as cotas 
ou o bônus. Além disso, garante uma 
vaga por curso a pessoas com deficiência.
O BÁSICO DA UFPA
Fundação: 1957
Campi: Belém, Abaetetuba, Altamira, 
Ananindeua, Bragança, Breves, Cametá, 
Capanema, Castanhal, Marabá, Soure e 
Tucuruí
Cursos de graduação: 158
Alunos de graduação: 41.237 
Professores de graduação: 2.430 
(34% mestres; 56% doutores) 
PRESENÇA Fachada do Centro de Convenções da UFPA, que conta com doze campi no Pará
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18 GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL
ESPECIAL NORTE E NORDESTE
NOVAS INSTITUIÇÕES
SOTAQUE 
REGIONAL
As novas universidades do Norte e do Nordeste 
oferecem graduações focadas nas necessidades 
das localidades onde estão instaladas
N os últimos cinco anos, alguns estados do Norte e Nordeste ganharam novas universida-des públicas, que nasceram 
do desmembramento de instituições já 
existentes. O resultado imediato desse 
processo foi o fortalecimento do ensino 
nos rincões dessas duas regiões.
A maioria das novas escolas tem foco 
no desenvolvimento regional e adota 
uma modalidade de graduação inovado-
ra, o bacharelado interdisciplinar (BI). 
Esses cursos de graduação são divididos 
em ciclos, que permitem uma formação 
mais ampla e maior flexibilidade na or-
ganização das disciplinas. Leia a seguir 
um perfil dessas universidades, situadas 
nos estados da Bahia, do Ceará e do Pará. 
NORDESTE
Bahia
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DO SUL DA BAHIA (UFSB)
Criada em 2013, a UFSB, com sede 
em Itabuna e campi nos municípios de 
Teixeira de Freitas e Porto Seguro, é a 
caçula das universidades nordestinas. 
Assim como várias de suas irmãs mais 
velhas, a universidade tem apostado 
nos bacharelados interdisciplinares, 
que são oferecidos em quatro áreas: 
Artes, Saúde, Ciência e Tecnologia e 
Humanidades. No primeiro ciclo, de 
três anos, o estudante faz o curso geral 
dentro de uma das áreas e apenas no 
segundo escolhe a especialização que 
deseja seguir.
Outro destaque da universidade 
são os colégios universitários, polos 
de Ensino Superior a distância onde o 
aluno pode fazer o primeiro ano de sua 
graduação. O objetivo dessas unidades, 
segundo a reitoria, é manter os alunos 
temporariamente em suas cidades de 
origem. Somente a partir do segundo 
ano, eles passam a estudar em um dos 
três campi da instituição.
“Com esse modelo que nós criamos, 
facilitamos o ingresso do jovem no 
Ensino Superior, pois ele não precisa-
rá mudar de cidade para começar os 
estudos”, afirma Naomar de Almeida 
Filho, reitor da UFSB. “Nossa previsão 
é que, até 2020, 36 colégios estejam em 
funcionamento no estado, oferecendo 
9 mil vagas de entrada.”
Foco na sustentabilidade
Todos os cursos da nova universidade 
baiana trabalham desde cedo os concei-
tos de sustentabilidade e transmitem 
noções de empreendedorismo. “Além 
de colocar profissionais preparados no 
mercado de trabalho, queremos formar 
pessoas capazes de pensar e pôr em 
prática soluções inovadoras”, diz.
Ele cita como exemplo os cursos vol-
tados ao agronegócio. “Nossa meta é 
transmitir ao aluno um conhecimento 
técnico-agrário diferenciado, com co-
nhecimentos de gestão. Desta forma, 
nossos formandos estarão habilitados 
para abrir pequenos negócios em sua re-
gião de origem, atuando de modo mais 
eficiente na produção rural”, ressalta o 
reitor da UFSB.
O processo seletivo da universidade 
é feito pela nota do Enem e pelo Sis-
tema de Seleção Unificada (Sisu). A 
universidade adota o sistema de cotas 
do governo federal, destinando 50% 
das vagas para estudantes que fizeram 
o Ensino Médio em escolas públicas.
PERFIL
Fundação: 2013
Campi: Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de 
Freitas
Cursos de graduação: 27 
Alunos de graduação: 785
Professores de graduação: 90 
(3% mestres, 97% doutores)
UNIDADES A Universidade Federal do Sul da Bahia tem campi em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas
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19GE PROFISSÕES 2016 ESPECIAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DO OESTE DA BAHIA (UFOB)
A Ufob começou a funcionar em 
2013, a partir do desmembramento do 
campus de Barreira da Universidade 
Federal da Bahia (UFBA). Desde sua 
fundação, a instituição tem demonstra-
do forte vocação para o trabalho com 
as comunidades carentes do oeste do 
estado, que sofrem com a escassez de 
serviços públicos.
Um exemplo do envolvimento da 
escola com a comunidade é o curso de 
Medicina, o mais concorrido da insti-
tuição, com 187 candidatos por vaga. 
“Desde o primeiro ano, os estudantes de 
Medicina prestam serviços de atenção 
básica à população das localidades mais 
pobres de Barreiras”, conta Iracema 
Santos Veloso, reitora da Ufob.
Campus definitivo
Além da sede em Barreiras, a Ufob 
tem campi em quatro cidades da região. 
Entre as 29 graduações ofertadas, des-
taque para as de Agronomia e Medicina 
Veterinária, ministradas no campus de 
Barra. As Engenharias também são bem 
cotadas. Uma novidade para breve é a 
criação do curso de Direito. “Estamos 
aguardando autorização do MEC para 
a implantação desse curso.” 
A reitoria também trabalha na conso-
lidação da infraestrutura da instituição. 
“Está faltando apenas o acerto de alguns 
detalhes burocráticos para a instalação 
de nosso campus definitivo, já que a 
sede atual é provisória”, afirma Iracema 
Veloso. Quando isso acontecer, a Ufob 
ganhará um núcleo de tecnologia para 
agricultura familiar, que inclui uma 
fazenda e uma incubadora de empresas. 
A Ufob não realiza vestibular pró-
prio, sendo o Sisu, por meio da prova 
do Enem, o único meio de ingresso. A 
universidade adota o sistema de cotas, 
reservando metade das vagas para alu-
nos de escola pública.
PERFIL
Fundação: 2013
Campi: Barreiras (sede), Barra, Bom Jesus 
da Lapa, Luis Eduardo Magalhães e Santa 
Maria da Vitória 
Cursos de graduação: 29
Alunos de graduação: 1.551 
Professores de graduação: 155 
(47% mestres; 53% doutores)
Ceará
UNIVERSIDADE FEDERAL 
DO CARIRI (UFCA)
Criada em 2013 a partir do desmem-
bramento do campus de Juazeiro do 
Norte da Universidade Federal do Ceará 
(UFC), a UFCA ganhou, em pouco mais 
de um ano, quatro campi em municípios

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