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CRIME E CASTIGO FIÓDOR DOSTOIÉVSKI O livro “Crime e Castigo” escrito por Fiódor Dostoiévsky teve sua publicação no ano de 1866 e se tornou um clássico da literatura mundial, traduzido em diversas línguas e lido no mundo inteiro até os dias atuais. CRIME E CASTIGO HELEN VEREDA DE ARAÚJO JESUS SARA PEREIRA DA COSTA FALCÃO YURI SILVA LAURIA ANÁLISE DO LIVRO: CRIME E CASTIGO Fiódor Dostoiévsky Conta a história do jovem Raskólnikov, ex estudante de direito russo que sobrevivendo em condições pífias cogita cometer um crime para sair de sua atual situação. A partir daí, Raskólnikov afunda em um dilema moral entre o cometer ou não o crime que lhe atormenta as idéias livra-se desse impasse no momento em que surge a oportunidade de fazê-lo. Mata porém a infame senhora a golpes de machado e a irmã desta, que o pega em flagrante. O CRIME Após as atrocidades cometidas ele tenta voltar a sua rotina normal, porém sua consciência moral cobra de maneira esmagadora o preço dos atos cometidos. Raskólnikov adoece e para seus amigos e conhecidos mais próximos apresenta sinais de que está a perder o juízo; aos demais suas atitudes são tremendamente suspeitas e praticamente uma confissão de culpa. O CRIME Devemos enfatizar que o personagem se classifica como um ser extraordinário baseando-se numa teoria desenvolvida por ele próprio e que o mesmo havia publicado anteriormente que defende a divisão social em seres ordinários e extraordinários. A primeira classificação é delegada aos indivíduos comuns passiveis de punição e morte, já a segunda aos indivíduos destinados a realização de grandes feitos, que podem ter respaldo para cometer até o mais vil dos crimes sob o pretexto de estar provocando um avanço ou evolução de qualquer espécie. O CRIME Porém toda essa teoria que ele desenvolveu começa a quando a moral lhe pesa.No desenrolar da história vemos o personagem desmoronar sob o sentimento de culpa e começar a aplicar uma punição psicológica a si mesmo. Diante de toda essa pressão ele confessa admitindo a autoria às autoridades não pelo arrependimento, mas sim por não suportar o sentimento de culpa. O CRIME O criminoso tinha a si mesmo como um gênio do crime, capaz de planejar o delito perfeito, executá-lo sem maiores problemas e ainda se safar de qualquer aspecto de punição ainda sob a satisfação de ter como recompensa usufruir dos frutos desse crime. O problema é que ele errou miseravelmente em todas as suas suposições, pois ele era um criminoso ordinário e não extraordinário como julgava ser. O CRIME Raskólnikov por ser réu confesso foi beneficiado pelo instituto da confissão, sem antecedentes criminais foi condenado a oito anos de trabalho forçados em uma prisão na Sibéria. O CASTIGO Raskólnikov, segundo o Código Penal Brasileiro cometeu: DUPLO HOMICÍDIO DOLOSO (art. 121 CP), pois houveram duas vítimas fatais. O primeiro homicídio foi TRIPLAMENTE qualificado por “ emprego de meio insidioso ou cruel” , uso do machado; E “mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”, enganou uma velha senhora sob falso pretexto; E “para assegurar a vantagem de ouro crime”, o roubo. O CASTIGO O segundo homicídio foi DUPLAMENTE qualificado por “ emprego de meio insidioso ou cruel” , e “para assegurar a ...impunidade...de outro crime”. Os dois homicídios estão passiveis de mais um qualificador, considerando-se os valores atribuidos às mulheres da época: O feminicídio, incluído no art. 121 do CP pela Lei nº 13.104, de 2015. O CASTIGO ROUBO (art. 157 CP). CONCURSO DE CRIMES, concurso Material Heterogêneo pois ocorreram mais de uma conduta que resultou em crimes diferentes e nesse caso as penas são somadas cumulativamente: “Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.” (art. 69 CP). O CASTIGO Crime e castigo é um livro aclamado como um clássico literário atual por conter nele uma crítica social velada. Podemos observar que desde a sua primeira publicação até a atualidade situações como as narradas no texto de Dostoievsky acontecem com uma freqüência preocupante. Crimes que observamos naquela época são cometidos sob as mesmas justificativas e circunstâncias nos dias de hoje. CONCLUSÃO
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