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Medidas de freqüência em epidemiologia1

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Medidas de freqüência em epidemiologia1
1. A escola de primeiro grau do município de Palmeira tem 321 alunos matriculados. Durante os meses de agosto e setembro de 1996, ocorreram 91 casos de sarampo entre os alunos. Qual foi a taxa de ataque (em %) do sarampo, nessa escola, no período de agosto a setembro?
2. Aqueles 91 alunos residiam com outras 104 crianças, entre irmãos e outros agregados familiares. Destes, 27 também desenvolveram sarampo. Qual foi a taxa de ataque secundário entre os contatos domiciliares?
3. Qual foi a razão entre as taxas de ataque primário e secundário verificadas, respectivamente, na escola e entre os contatos domiciliares? Como você interpreta o resultado?
4. Pressupondo que as 91 crianças identificadas com sarampo abrangiam a totalidade dos casos dessa doença ocorridos naquela escola, calcule a taxa de letalidade, considerando que houve 1 óbito.
5. Supondo que houve um total de 3 óbitos por sarampo na referida escola durante os meses de agosto e setembro, calcule o coeficiente de mortalidade específica por sarampo, nesse período, entre os alunos.
6. No dia 17 de agosto, 15 alunos estiveram ausentes da escola durante o dia inteiro ou parte dele (a escola mantinha as crianças em tempo integral) em virtude de estarem acometidas pelo sarampo. Sete desses alunos ausentes constituíam casos novos de sarampo.
No horário do almoço desse dia, 12 daquelas 15 crianças estavam ausentes da escola em conseqüência da doença, enquanto as outras 3/15 não haviam até aquele momento apresentado qualquer sintoma da doença. Calcule as seguintes taxas (em %), relativas a esse dia:
a. incidência;
b. prevalência;
c. prevalência num ponto, no horário do almoço.
7. Durante a primeira semana de setembro (1/9 a 5/9), ocorreram 19 casos novos de sarampo na referida escola. Dessas crianças, 10 já estavam doentes no dia 1º de setembro, segunda-feira.
No mês anterior, 37 crianças haviam ficado doentes com sarampo, 23 das quais apresentavam-se ainda na fase aguda, em 1º de setembro. Calcule as seguintes taxas (em %), para a primeira semana de setembro:
a. incidência;
b. prevalência no período;
c. prevalência num ponto (1º de setembro).
8. Dos 321 alunos da escola e dos 91 casos de sarampo ocorridos no período de agosto a setembro, pertenciam ao sexo masculino, respectivamente, 155 e 46 crianças. Calcule e compare as taxas de ataque, específicas por sexo, relativas ao surto ocorrido nesse período.
9. Dos 36 alunos da quarta série do primeiro grau, 12 foram atingidos pelo sarampo durante a epidemia. Qual foi a taxa de ataque na quarta série e no restante da escola?
10. Durante as duas primeiras semanas de agosto, tivemos em toda a escola, respectivamente, 6 e 7 casos, dos quais 4 em cada período ocorreram na quarta série. Nas duas semanas restantes, tivemos na quarta série 1 caso em cada semana. Calcule as taxas de ataque, nessa classe, 
11. Dos 104 contatos domiciliares, 65 pertenciam à classe média-baixa, ao passo que os demais situavam-se nas classes média-média e média-alta. Dos 27 casos ocorridos entre os contatos domiciliares, 7 pertenciam às classes média-média e média-alta. Calcule as taxas de ataque entre os contatos domiciliares, segundo o grupo sócio-econômico a que pertenciam.
12. Entre os escolares que desenvolveram sarampo, 5 eram vacinados contra a doença. Entre os demais, não atingidos pela doença, 130 eram vacinados.
a. Calcule a taxa de ataque entre vacinados e não-vacinados.
b. Calcule a eficácia da vacina
	Gabarito do exercício
Medidas de freqüência em epidemiologia
Obs.: para a resolução desses exercícios, recomenda-se consultar a tabela 6 na página 29.
Questão 1
	Taxa de ataque =
	91 casos
	x 100 = 28,34 %
	
	
	
	
	321 alunos
	
Questão 2 
	Taxa de ataque secundário =
	27 casos
	x 100 = 25,96%
	
	
	
	
	104 contatos
	
Questão 3
	Taxa de ataque primário
	=
	28,34
	= 1,09
	
	
	
	
	Taxa de ataque secundário
	
	25,96
	
Questão 4
	Letalidade =
	1 óbito
	x 100 = 1,09%
	
	
	
	
	91 casos
	
Questão 5
	Coeficiente de mortalidade específica por sarampo =
	3óbito
	x 100 = 0,93
	
	
	
	
	321 alunos
	
Questão 6
	Incidência =
	7 casos novos
	x 100 = x 100 = 2,23 %
	
	
	
	
	(321alunos - 8 casos antigos)
	
	Prevalência =
	7 casos novos + 8 antigos
	x 100 = 4,67%
	
	
	
	
	321 alunos
	
	Prevalência num ponto *=
	4 casos novos + 8 antigos
	x 100 = 3,73%
	
	
	
	
	321alunos
	
* Às 12 horas
Questão 7 
	Incidência =
	19 casos novos
	x 100 = 6,69%
	
	
	
	
	(321 alunos - 37 casos do mês de agosto)
	
	Prevalência no período =
	19 casos novos + 23 casos antigos ainda ativos
	x 100 =13,08%
	
	
	
	
	321 alunos
	
	Prevalência num ponto =
	10 casos novos + 23 casos antigos ainda ativos
	x 100 = 10,28 %
	
	
	
	
	321 alunos
	
Questão 8
	Taxa de ataque no sexo masculino =
	46 casos no sexo masculino
	x 100 =29,67%
	
	
	
	
	155 alunos do sexo masculino
	
	Taxa de ataque no sexo feminino =
	45 casos no sexo feminino
	x 100 =27,10%
	
	
	
	
	166 alunas do sexo feminino
	
Questão 9
	Taxa de ataque na 4ª série =
	12 casos da 4ª série
	x 100 = 33,33%
	
	
	
	
	36 alunos da 4ª série
	
	Taxa de ataque no restante da escola =
	91 casos - 12 casos
	x 100 = 27,71%
	
	
	
	
	321 alunos - 36 alunos
	
Questão 10
Taxas de ataque semanais, durante o mês de agosto, na 4ª série:
	1ª semana =
	4
	x 100 = 11,11%
	
	
	
	
	36
	
	2ª semana =
	4
	x 100 = 12,5%
	
	
	
	
	32
	
	3ª semana =
	1
	x 100 = 3,57%
	
	
	
	
	28
	
	4ª semana =
	1
	x 100 = 3,7%
	
	
	
	
	27
	
Questão 11
Taxas de ataque:
	Classe média-alta =
	7
	x 100 = 17,94%
	
	
	
	
	39
	
	Classe média-baixa =
	20
	x 100 = 30,76%
	
	
	
	
	65
	
Questão 12
Total de vacinados = 5 casos vacinados + 130 vacinados sem sarampo = 135
Total de crianças não vacinadas = 321 - 135 = 186
Total de crianças com sarampo não vacinadas = 91 casos - 5 casos vacinados = 86
	Taxa de ataque em vacinados =
	5
	x 100 = 3,7%
	
	
	
	
	135
	
	Taxa de ataque entre não-vacinados =
	86
	x 100 = 46,2%
	
	
	
	
	186
	
Observação: o cálculo da eficácia de vacinas em ocasiões de surto epidêmico é um procedimento muito útil; por isso, incluímos essa questão apesar de o tema não ser abordado no texto.
A expressão matemática para o cálculo da eficácia da vacina é a seguinte:
	Eficácia =
	Incidência nos não-vacinados - Incidência nos vacinados
	x 100
	
	
	
	
	Incidência nos não-vacinados
	
Portanto:
	eficácia =
	46,2 - 3,7
	x 100 = 91,9%
	
	
	
	
	46,2
	
Questões
1-	Em 01/01/06, existiam 1.800 casos de tuberculose em tratamento, em um município da região metropolitana do Rio de Janeiro. Ao longo deste ano, foram notificados 300 casos novos de tuberculose, e 450 pacientes obtiveram alta por cura. Todos os pacientes foram tratados através do esquema I, com duração de seis meses. A população residente neste município, estimada para 2006, era de cerca de 960.000 habitantes.
a)	Calcule a prevalência de tuberculose no início e no final de 2006, e a taxa de incidência de tuberculose em 2006 neste município.
b)	Como você explicaria a alteração observada na prevalência da tuberculose no início e no final de 2006?
2-	“Cólera: O Brasil é o segundo no mundo. Dados da OMS revelam que 94 países foram atingidos pela doença, sendo o Zaire o de maior incidência, com cerca de 58 mil casos (com 4181 óbitos), seguido pelo Brasil (cerca de 50 mil casos  e 544 óbitos).
(Notícia publicada em Súmula/Radis (FIOCRUZ) N° 53, setembro de 1995).
a)	Baseado nas informações acima, podemos  afirmar que a taxa de incidência de cólera no Zaire foi maior do que no Brasil?
b)	O que expressa este indicador?
c)	Em qual dosdois países citados a gravidade da doença foi maior? Justifique.
3 - Que efeito a incorporação de um novo tratamento que evita a morte, porém, não leva à cura, produz sobre a incidência e a prevalência de uma doença? Justifique.
      4 - Qual dos seguintes procedimentos não faz parte daqueles necessários à determinação da incidência atual de uma doença?
      a. Revisão atualizada dos casos notificados. 
      b. Identificação da experiência passada da população exposta ao risco. 
      c. Busca de casos suspeitos e não notificados. 
      d. Consolidação de todas as informações disponíveis a respeito de casos novos.
     5 - O principal objetivo da investigação de epidemias é:
      a. Identificar todas as pessoas infectadas. 
      b. Avaliar a eficácia de medidas de controle. 
      c. Determinar a eficácia de vacinas. 
      d. Identificar formas de prevenir ou interromper a transmissão do agente.
     6 - Uma epidemia é muitas vezes confirmada pela:
     a. Ocorrência de dez ou mais casos por semana. 
     b. Verificação de uma incidência significativamente maior que a usual. 
     c. Elevada quantidade de testes laboratoriais positivos. 
     d. Confirmação do diagnóstico.
Gabaritos
1) a)	Para simplificar a análise, assume-se que a população seja estável, ou seja, seu tamanho não varia ao longo do ano (as mortes e emigrações são compensadas com nascimentos e imigrações, mantendo-se as estruturas etária e por sexo inalteradas). Tais pressupostos são usualmente considerados quando se utilizam estimativas populacionaisnas análises de dados epidemiológicos, comumente realizadas por instituições públicas de saúde, tais como a Secretaria e o Ministério da Saúde.
Prevalência
- Início de 2006
 P = (1.800 casos / 960.000 habitantes) x 100 = 0,19% ou 19 casos por 10.000 habitantes.
- Final de 2006
P = [(1.800 + 300 – 450) casos / 960.000 habitantes] x 100 = 0,17% ou 17 casos por 10.000 habitantes
Incidência (taxa de incidência)
I = (300/960.000) x 100.000 = 31,25 casos por 100.000 pessoas-ano.
A taxa é expressa em relação a uma determinada quantidade de pessoas-ano de exposição ao risco de adoecimento, representada pela estimativa da população residente no município em questão, no ano de 2006, assumida a premissa da estabilidade, já mencionada. Observem que excluir ou não os casos prevalentes no início do ano terá pouca influência sobre o resultado:
[(300/ (960.000 – 1.800)] x 100.000 = 31,31 casos por 100.000 pessoas-ano.
Embora a exclusão dos casos prevalentes no início do ano seja conceitualmente correta, seria necessário conhecer o momento a partir do qual os 450 indivíduos se curaram, para que pudessem ser incluídos os intervalos de tempo durante os quais tais pessoas estiveram expostas ao risco de adoecimento. Tais análises, usualmente desenvolvidas pelas Secretarias de Saúde, não levam em consideração estes detalhes, até mesmo porque, como mostrado anteriormente, os resultados não variam de forma expressiva.
b) Não houve alteração da duração da doença, porém o número de pacientes curados foi maior que o de casos novos, fazendo com que, ao final do ano, a prevalência diminuísse.
2) a)	Não, é necessário calcular as taxas para os dois países, ou seja, (números de casos incidentes/população) x 100.000, e comparar os resultados.
    b) O risco de adoecer com cólera, dado que se pertença à população de referência.
    c) No Zaire, cuja letalidade (4.181/58.000 x 100 = 7.2%) é maior que a do Brasil (544/50.000 x 100 = 1.1%)
3) A incidência não seria afetada, porém, a prevalência da doença aumentaria, dado que a sua duração seria estendida, pois a prevalência é função tanto da incidência quanto da duração da doença (P = I.D). Caso a doença em questão seja de natureza transmissível e o novo tratamento não diminua a infectividade dos indivíduos doentes, é possível que o aumento da duração implique também um aumento da incidência.
4) b
5) d
6) b

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