Buscar

ANALISE SOBRE A FORMA DE REGIONALIZAÇÃO ABORDADA NO LIVRO DIDATICO COMO AS ESCOLAS GEOGRAFICAS SÃO MOSTRADAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANALISE SOBRE A FORMA DE REGIONALIZAÇÃO ABORDADA NO 
LIVRO DIDATICO: COMO AS ESCOLAS GEOGRAFICAS SÃO 
MOSTRADAS. 
WALLACE JORDAN SOUSA MOTA 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A região pode ser considerada um conceito polissêmico, ao longo do tempo diversos 
paradigmas foi estabelecido perante a discussão acerca de região, criando um debate 
epistemológico de geografia regional, cada vez mais abrangente, sendo o papel do 
geógrafo, manter-se atualizado através de pesquisas para abarcar esse debate, segundo 
Milton Santos: 
“(...) É esse, talvez, o desafio maior que os geógrafos e os outros 
especialistas do território enfrentam em nossos dias. É nessa 
voragem que o conceito de região vem sofrendo restrições, 
ataques, remodelações. Para muitos, esse velho conceito já não 
seria adequado. Quanto a nós, não pensamos que a região haja 
desaparecido. O que esmaeceu foi a nossa capacidade de 
reinterpretar e de reconhecer o espaço em suas divisões e recortes 
atuais, desafiando-nos a exercer plenamente aquela tarefa 
permanente dos intelectuais, isto é, a atualização dos conceitos. 
Em conta dessas questões, nos últimos tempos, fomos vitimas de um critério 
homogeneizado que invadiu compulsivamente o país e tomou conta do cenário 
educacional – o da regionalização. Este, entretanto, não pode ser critério a priori, 
estabelecido para determinar excelência. E a adequação de qualquer material didático. O 
livro didático escolhido para desenvolvimento desse trabalho foi o sétimo ano, pois, 
notamos que a regionalização esta sendo trabalhada fortemente nessa série. O livro 
didático é “Geografia – 7º ano” dos autores Luiz Roberto Halana e Sandra Lessa da 
Editora Interativa. 
Num primeiro momento, na análise do livro didático onde se retratam a 
contextualização da divisão regional brasileira. A melhor maneira encontrada para 
entender e administrar um país tão grande foi a regionalização que para o livro é a 
“divisão do território em áreas menores”. Apesar de se caracterizar com o objeto de 
estudo sendo a relação homem-meio assim como o determinismo, o possibilismo 
diferente deste, retrata a questão das possibilidades de transformação do espaço, através 
do meio com o conceito de gênero de vida, não sendo mais o homem, determinado pelo 
meio. Essa análise fica clara na passagem do texto do livro didático onde: “ao realizar 
esse trabalho, é preciso ter em mente a necessidade de alguns critérios técnicos que 
possibilitaram o agrupamento dos técnicos: as condições naturais e humanas que 
identificam esses lugares, e o conhecimento nítido das diferenças sociais que ocorrem 
entre as regiões ou em cada uma delas”. Mas na visão da INA de Elias Castro, a questão 
da regionalização, está mais em uma escala regional, não numa escala planetária, essa 
análise é percebida na passagem de Castro (1994) onde a: “região era a abordagem 
fundamental do método geográfico, e todos os fenômenos podiam ser percebidas e 
explicados nessa escala”. 
TENDENCIAS DA NOVA GEOGRAFIA. 
Dentro do livro didático, no que tange a nova geografia, podemos perceber que; “o 
principal critério considerado para criação dessa nova proposta foi a permanência das 
chamadas regiões homogêneas, que agrupavam condições naturais e sócio econômicas 
semelhantes”, ou seja, com essa nova vertente que surgiu no contexto pós guerra. 
Temos uma geografia regional voltada para a circulação do capital o espaço agora é 
moldado de acordo com as dinâmicas da economia mundial com uma abordagem 
locacional inviabilizando o determinismo e possibilismo e o método regional. Roberto 
Lobato Corrêa (1986) segue essa linha de pensamento afirmando: 
“(...) é preciso justificar a expansão capitalista, escamotear as 
transformações que afetaram os gêneros de vida e paisagens 
solidamente estabelecidas, assim como dar esperanças aos 
‘deserdados da terra’, acenando com a perspectiva de 
desenvolvimento a curta e médio prazo: o subdesenvolvimento é 
encarado como uma etapa necessária, superada em pouco tempo. A 
teoria dos polos de desenvolvimento é um dos melhores exemplos 
desta teoria”. 
A ultima regionalização oficial do território brasileiro na década de 70 que divide o 
Brasil em cinco grandes regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul 
mencionados no livro, criada pelo instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE), 
que se baseou na nova geografia pautada na divisão territorial do trabalho (DTT). 
TENDÊNCIA DA GEOGRAFIA CRÍTICA. 
O livro revela também outras formas de regionalização paralelas a do IBGE, como a de 
Milton Santos que propôs a divisão em quatro grandes regiões que seriam a Amazônia, 
Nordeste, Centro-Oeste e Região concentrada embasadas para o meio técnico-científico-
informacional. Em que o próprio foi percursor. Com a reflexão de Milton Santos que: 
“ressaltaram o fato de que as financias e o acesso a informação estão distribuídas de 
modo desigual sobre o território brasileiro, ‘gerando quatro Brasis’ considerações que 
caracterizam a vertente, a vertente da geografia que trouxe o debate sobre as formas de 
regionalização da nova geografia fazendo críticas profundas a esse método regional. 
Vale ressaltar que para Corrêa (1986), a geografia crítica retoma o debate sobre região e 
regionalização. Esses debates na geografia crítica contribuem para alguns avanços sobre 
a regionalização, onde “entre os avanços realizados pela geografia crítica estão aqueles 
associados a questão da organização regional herdada basicamente da nova geografia”. 
Neste sentido a abordagem do livro quando já faz uma análise mais detalhada sobre 
cada região a organiza espacialmente de critério para critério. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
O estudo sobre a análise deste livro, que aborda a questão da região e regionalização de 
forma mais ampla, ou seja, conceituando-a historicamente a priori de forma 
determinista e possibilista, depois mais no campo da nova geografia e por fim na 
geografia crítica. Mas quando analisando as regiões separadamente, o livro a analisa de 
forma que compreendemos sobre a forma de analise da nova geografia, apenas 
fornecendo dados quantitativos não tanto para compreendê-la mas para entende-la. 
De forma mais geral sobre os estudos em cima do livro, a produção do livro didático 
está amarrada, em nosso país, aos conteúdos mínimos estabelecidos nas propostas 
oficiais de ensino – tenham elas o nome de programas ou de currículos. A preocupação 
que caracterizou e ainda caracteriza a maior parte dos do material produzido é a de 
cumprir os programas e não infringir o pensamento oficial que avalia o desempenho dos 
alunos e professores dentro do mundo educacional. 
REFERENCIAS 
- Geografia – 7º ano. Luiz Roberto Halana e Sandra Lessa. Editora Interativa. 
- CASTRO, Iná Elias de. Visibilidade da região e do regionalismo. A escala brasileira 
em questão. In: Lavinas, Lena; CARLEIAL, Lana M. da F.; NABUCO, Maria R. (orgs). 
Integração, região e regionalismo. RJ: Bertrand, 1994, pp. 155-169. 
- ANDRADE, Manuel Correia de. A questão do território no Brasil. SP: Hucitec, 
2004. 2ª. Ed. 
- SANTOS,Milton. O espaço dividido. Rio de Janeiro, Francisco Alves. 1978. 
- CASTRO; GOMES; CORRÊA (Orgs). Explorações Geográficas. RJ: Bertrand 
Brasil, 1997, pp.155-196. 
- SANTOS, Milton & SILVEIRA, Maria Laura. Brasil, território e sociedade no início 
do século XXI. RJ: Record, 2000. 
- SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Hucitec-Edusp, 1978. 
- SANTOS, Milton. O meio técnico-científico e a redefinição da urbanização 
brasileira. Projeto de pesquisa apresentado ao CNPq, 1986 (datilografado) 
- SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo. São Paulo: Editora Hucitec, 1994. 
- CORRÊA, Roberto Lobato. Região e organizaçãoespacial. São Paulo: Ática, 1986.

Continue navegando