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Diante da atual situação em que vivemos, é valido afirmar que a mídia manipula fatos e notícias de todas as maneiras possíveis de forma a favorecer o Estado e aqueles que detém o maior poder aquisitivo no país.
No livro a Elite do Atraso, Jessé de Souza cita a lava jato como um dos exemplos dessa distorção midiática que ocorre atualmente no Brasil. Não é de hoje que a corrupção assola o país, e logo a Lava Jato nos foi apresentada pela mídia como o inicio do ajeitamento da política no pais, entretanto os objetivos da mídia e Estado vão além dos ideais conhecidos. 
O autor nos apresenta a herança do espírito escravocrata que está arraigada na elite e a culpa pela forma como a sociedade se estrutura atualmente e pela desigualdade presente. 
Ele nos mostra dois tipos de racismos criados ao longo da história, o fenotípico que se dá pela cor da pele e o culturalista onde certos povos, tanto negros quanto brancos se acham superiores ou inferiores a outros. Um exemplo citado por ele é o dos EUA, uma nação que na visão que é disseminada mundo a fora ''deu certo'', e logo se tornou exemplo de superioridade a outros e é tida como modelo a ser seguido. Dentro desse paradigma de superioridade a América latina torna-se vítima desse sistema. Segundo ele, como consequência, traz consigo o menosprezo em relação às camadas consideradas inferiores (mais pobres, incluindo negros e brancos) e diante desse “ódio” essa elite se isola e se opõe a qualquer medida e governo o qual se proponha a realizar melhorias das condições sociais.
De acordo com Jessé, a escravidão e a lava jato seguem o mesmo eixo contínuo, ambos montadas por estratégias de uma elite dominante, a econômica, que se fez invisível na situação atual onde nos convence a acreditarmos que não somos escravos do atual sistema e logo nem sequer questionar isso. Mas qual elite é essa? Podemos defini-la como a elite do capital financeiro, composta pela ‘’melhor parte do povo’’ podendo ser vista como escravocrata a curto prazo, a elite que quer o aqui e o agora, da apropriação imediata que visa a acumulação de capital progressivamente.
 O capitalismo, por sua vez, com sua visão de interesse e lucro defende a ideia da privatização de empresas como a Petrobras, como um dos caminhos fáceis para se obter a redução de dívidas e retomar a economia além da ilusória ideia de fim da corrupção. 
Além disso, Jessé se propõe a desconstruir alguns conceitos expostos por intelectuais liberais conservadores de autores como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque os quais são repassados pela mídia criando-se o ideal moralista e conservador de crítica ao Estado como único e responsável pelas falhas e formas de corrupção. Esse pensamento de que a corrupção ocorre somente nas esferas do setor publico é uma das centenas de ideias propagadas pelos veículos de informações todos os dias. Um exemplo disso é a própria elite que financia uma corrupção invisível praticada quando ocorre a privatização, onde o Estado corrupto transfere suas riquezas ao mercado e acaba beneficiando somente um grupo seleto considerado “merecedor”. Segundo ele, as interpretações desses estudiosos remetem ao brasileiro a inferioridade em relação ao ideal americano branco e empreendedor. Dessa forma a melhor medida a ser tomada seria a da privatização e a venda do bem público ao mercado estrangeiro visto que estes são mais capacitados a gerir pois o estado tido como corrupto é tido como não apto o suficiente para isso.
A elite que já possui um poder material, com suas grandes empresas e indústrias acaba por montar um poder simbólico e hegemônico de como a sociedade deve pensar, e com a ajuda dos canais midiáticos a noção de elite ‘’se esconde’’ por trás do Estado, para invisibilizar essa compra que o mercado faz com o Estado, ou seja, a elite financia uma corrupção invisível na privatização onde o estado corrupto transfere suas riquezas ao mercado e assim, acaba beneficiando somente um grupo seleto considerado “merecedor”. A lava jato pode ser tida como exemplo, a qual se vangloria de estar recuperando um valor relativamente mínimo em comparação aos milhões perdidos. Logo se pararmos e analisarmos, o país empobrece e a culpa recai sobre o Estado e os políticos, encobrindo assim o setor privado, não esquecendo dos bancos que cobram juros cada vez mais exorbitantes. Tudo isso se dá devido a essa distorção sistêmica das situações pela imprensa, a qual recebe um repasse desse recurso para mostrar somente o que for mandado.
No ponto de vista de Jessé de Souza, como uma crítica a privatização, ele reitera que o resultado da lava jato é como se a sociedade estivesse pagando o poder judiciário e as instituições policiais para agirem ao lado dessas elites financeiras como forma de favorecer o capitalismo americano, ou seja, tendo em vista o interesse do capital externo. Um exemplo são as consequências que essa operação deixa ao país como a privatização das nossas empresas estatais, entregando-as aos estrangeiros com a convicção de que estes são mais capacitados para gerir. Salientando ainda a teoria de homem cordial que é apresentada por Sergio Buarque que defende o americano e o europeu como indivíduos perfeitos, educados e civilizados tomando assim o homem brasileiro como uma classe inferior, incapaz.

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