Buscar

As revoluções industriais e os modelos de produção

Prévia do material em texto

Resumo do conteúdo para a avaliação de Geografia Geral (Rodolfo) e Geografia do Brasil (Antônio Carlos)
Geografia Geral → Capítulo 1: As revoluções industriais e os modelos de produção
Tipos de indústrias 
Fazendo parte do setor secundário da economia, a indústria é uma atividade de transformação que, a partir do trabalho, transforma algum tipo de matéria prima em produto elaborado.
Classificação de acordo com o nível de tecnologia
Tradicionais: São indústrias com uso de muita matéria-prima e energia, baixo nível de automação e sem necessidade de grande qualificação da mão de obra para a maior parte da produção. Exemplos: Indústrias da 1º e da 2º Revolução Industrial.
Modernas: São indústrias com alto nível de automação do processo, aplicação de capital, inserção da robotização e necessidade de menos trabalhadores, com alta qualificação profissional. Exemplos: Indústrias da 3º Revolução Industrial.
 
Classificação de acordo coma função desempenhada
Indústria pesada (bens de produção): Produzem bens usados por outras indústrias, ou seja, há uma transformação de matéria-prima bruta em matéria-prima elaborada. Esse tipo de indústria é a base do processo produtivo. Exemplos: siderúrgicas, metalúrgicas e petroquímicas. 
Bens intermediários (bens de capital) : Produção de máquinas, ferramentas e equipamentos para outras indústrias. Exemplos: Indústria mecânica e de autopeças.
Bens de consumo: produção de bens cujo mercado consumidor é a população em geral e pode ser divido em bens de consumo duráveis e bens de consumo não duráveis. Os duráveis são por exemplo, os eletroeletrônicos, eletrodomésticos, setor automobilístico etc; os não duráveis são, por exemplo, os alimentos, bebidas, cosméticos, vestuário etc.
A Primeira Revolução Industrial
 Quando a força mecânica passou a substituir, gradativamente, a força física no processo produtivo, esse momento ficou conhecido como a Primeira Revolução Industrial.
 O início desse processo ocorreu na Inglaterra, e esse pioneirismo foi possível devido a supremacia naval da Inglaterra, acúmulo de capitais durante o capitalismo comercial por meio do mercantilismo, cercamento dos campos que transformou terras comunais em propriedade privada, posição exercida pela burguesia, inovações, etc.
 Podemos concluir, portanto, que a Revolução Industrial promoveu mudanças além da economia. A separação entre capital e trabalho criou uma classe operária jamais vista até o momento.
 Com a criação das máquinas e o poder de decisão nas mãos da burguesia, a classe operária foi submetida a condições precárias de trabalho, como longas jornadas, ambientes insalubres. Como consequência disso, as primeiras organizações sindicais começaram a aparecer e, com isso, começaram as reivindicações por melhores condições de trabalho.
A Segunda Revolução Industrial
 Os líderes desse governo foram os EUA, após a Guerra de Secessão, e a Alemanha, após a unificação nacional. 
Mudanças ocorridas em relação a primeira etapa:
 Advento da pesquisa aplicada, invenção do motor a combustão interna, alteração da base energética para o petróleo (desenvolvimento da petroquímica) e para a energia elétrica, desenvolvimento da indústria pesada com a produção do aço, a partir da siderurgia e da metalurgia, desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte, invenção do telégrafo, telefone etc.
Taylorismo/Fordismo
Taylorismo e fordismo são formas de organização da produção industrial que revolucionaram o trabalho fabril durante o século XX. Esses dois sistemas visavam à maximização da produção e do lucro.
Taylor foi um dos pioneiros na proposta de organizar o trabalho nas fábricas. O engenheiro percebeu ‘’porosidades’’ ao longo de um dia de trabalho, já que os operários realizavam movimentos desnecessários desperdiçando o tempo que seria útil.
Na busca de solucionar problemas como esse, Taylor introduziu a divisão de tarefas, procurando a maneira ideal (the one best way) de efetuar cada movimento com o mínimo possível de desperdício de energia e tempo.
Sendo assim, o taylorismo aperfeiçoou o processo de divisão técnica do trabalho, sendo que o conhecimento do processo produtivo era de responsabilidade única do gerente, que também fiscalizava o tempo destinado a cada etapa da produção. Outra característica foi a padronização e a realização de atividades simples e repetitivas. Taylor apresentava grande rejeição aos sindicatos, fato que desencadeou diversos movimentos grevistas.
As ideias de Taylor foram usadas como base para Henry Ford, que desenvolveu o sistema de organização do trabalho industrial denominado fordismo, e a principal característica do fordismo foi a introdução das linhas de montagem, na qual cada operário ficava em um determinado local realizando uma tarefa específica, enquanto o automóvel (produto fabricado) se deslocava pelo interior da fábrica em uma espécie de esteira. Com isso, as máquinas ditavam o ritmo do trabalho.
A produção do modelo fordista é em massa e em série, grandes estoques, visando reduzir os custos de matéria prima: economia de escala, ocorrência de desperdício e formação de aglomerados industriais.
O trabalhador era alienado, e especializado
Os sindicatos eram fortes (altos salários para estimular a produção e o consumo)
As jornadas de trabalho eram rígidas.
3.1.3 A crise de 1929 e o fordismo
 A Crise de 1929, também conhecida como Grande Depressão, foi uma forte recessão econômica que atingiu o capitalismo internacional no final da década de 1920. Marcou a decadência do liberalismo econômico, naquele momento, e teve como causas a superprodução e especulação financeira.
 Após a quebra da bolsa de valores de NY, a crise se espalhou para diversas economias capitalistas, provocando a falência de bancos e empresas.
A solução encontrada veio do economista inglês Keynes, que propôs o rompimento com o modelo liberal e a maior intervenção do Estado na economia. Esse modelo é chamado de Keynesianismo.
 
4.1 Toyotismo/pós fordismo/ modelo flexível
O Toyotismo é um sistema de produção baseado na fabricação sob demanda. Ele foi criado no Japão por Taiichi Ohno, um funcionário da Toyota, com o objetivo de eliminar o desperdício durante o processo e, principalmente, evitar a acumulação de mercadorias no estoque.
Podemos destacar como a principal característica do Toyotismo a produção flexível. Ela vai variar de acordo com a necessidade do consumidor. Antes de fazer qualquer produto, são feitas pesquisas de mercado e é preciso ter a demanda declarada. É por isso que o conceito é chamado “Just in Time”. A produção começa a partir do momento que o pedido for feito.
A mão-de-obra é qualificada, treinada e tem consciência das diversas etapas de produção, mesmo se concentrando em apenas uma;
Como os funcionários estão por dentro do processo de produção, pode acontecer de serem realocados para desempenhar outra atividade; 
Foco na qualidade do produto e sua diferenciação no mercado.;
Terceirização.

Continue navegando