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Conjuntura Econômica - Introdução a economia

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Aula 1 – Introdução à economia 
 Objetivos da disciplina:
 - Conhecer a dinâmica do sistema econômico e as relações variáveis macroeconômicas, como forma de estabelecer uma análise da conjuntura econômica;
 - Compreender a importância dos agregados econômicos e as implicações de políticas macroeconômicas na atividade econômica brasileira;
 - Analisar a conjuntura econômica nacional, internacional e local;
 - Refletir sobre as especificidades da economia baiana.
 Nessa primeira aula, vamos apresentar os principais conceitos relativos à avaliação de uma atividade muito presente do nosso dia a dia: a atividade econômica. Vamos conhecer a dinâmica do sistema econômico, ou seja, as principais teorias e as relações de variáveis econômicas.
 O que é economia?
 Etimologicamente, a palavra economia vem de uma dupla combinação do grego (oikos nomos) que, ao pé da letra, significa “aquele que administra uma casa”. De forma mais generalizada, economia pode ser entendida como a administração da “coisa pública” ou o conjunto de decisões normativas utilizadas para administrar recursos.
 A economia passou por muitas evoluções na sua concepção teórica, até poder se adequar ao ramo das Ciências Sociais. O termo foi estudado pelas mais diversas escolas do pensamento econômico, até que se chegasse a um denominador comum e universal sobre a proposta real de análise das Ciências Econômicas.
 Simplificando, podemos dizer que Economia é uma Ciência Social que estuda a maneira pela qual os homens decidem empregar recursos escassos, a fim de produzir diferentes bens e serviços para atender as necessidades de consumo.
 A econômica também estuda as variações e combinações na alocação dos fatores de produção (terra, capital e trabalho): na distribuição de renda; oferta e procura; e nos preços das mercadorias.
 A preocupação fundamental desta ciência refere-se à mensuração e à análise da atividade produtiva. Para isso, recorre aos conhecimentos matemáticos, estatísticos e qualitativos (históricos). De forma geral, o estudo da Economia pode ter por objetivos:
1 – A unidade de produção (empresa);
 Microeconomia
2 – A unidade de consumo (família); 
3 – A atividade econômica de toda a sociedade Macroeconomia 
 Um dos princípios fundamentais da Economia é a chamada lei da escassez, segundo a qual as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os recursos necessários à produção dos bens capazes de satisfazer a essas necessidades são escassos, ou seja, existem em quantidades limitadas. 
 Necessidades elementares: alimentação, segurança, moradia, transporte, etc.
 Necessidades sofisticadas: cultura, lazer, moda, etc.
 As necessidades são ilimitadas porque:
 - Se renovam no dia a dia, exigindo contínuo suprimento de bens para atendê-las;
 - Tendem a seguir uma escala de sofisticação motivada pelo aumento do padrão de vida da sociedade;
 Bem é tudo aquilo capaz de atender a uma necessidade humana. Os bens podem ser:
 - Materiais: Quando é possível atribuir-lhes características físicas como, por exemplo, tamanho, forma e cor;
 - Imateriais ou intangíveis: como por exemplo os diversos tipos de serviços.
 Os fatores de produção podem ser classificados em três grandes grupos: 
 - Terra: Inclui o solo e os diversos recursos minerais, como minérios, florestas, recursos hídricos, etc.;
 - Trabalho: É representado pela força de trabalho humano, seja ele físico ou intelectual;
 - Capital: Corresponde a máquinas, equipamentos, instrumentos, infraestrutura, enfim, bens que foram produzidos anteriormente e que continuam a ser utilizados durante algum tempo para a produção de outros bens.
 A sociedade possui um estoque limitado dos recursos ou fatores de produção, portanto, não é possível produzir uma quantidade infinita de bens para atender as necessidades humanas que são ilimitadas. Assim, surge o problema econômico da escassez.
 Uma das ideias chaves da Economia é a eficácia: maximizar a produção de bens e serviços, dadas as restrições colocadas pela quantidade limitada de fatores de produção. Para produzir os bens e serviços de forma eficiente, a sociedade emprega de forma racional os recursos disponíveis e, assim, otimiza os resultados e melhora o nível de bem-estar da população, construindo uma organização da sociedade, maximização da produção de bens e serviços e o emprego racional dos recursos para otimizar resultados.
 Para fins didáticos, a Ciência Econômica pode ser “dividida” em Microeconomia e Macroeconomia. Uma das questões fundamentais da macroeconomia é avaliar o desempenho econômico, ou seja, medir a quantidade total de bens e serviços que estão sendo disponibilizados à sociedade e verificar as relações econômicas que estão na base desse processo produtivo. A microeconomia é o estudo do comportamento das unidades produtivas, dos indivíduos, dos mercados, etc.
 A macroeconomia nos fornece um conjunto de variáveis que permitem saber se a economia de um país, num certo momento, está crescendo ou está em recessão, se existe desemprego de fatores ou pleno emprego, como está o nível geral de preços, etc.
 O ponto de partida para se mensurar o nível de atividade econômica de um país, região ou cidade é medir o desempenho da economia através de algum indicador. Normalmente os mais utilizados são:
 - Produto: Bens e serviços produzidos ao longo de um ano;
 - Renda: Todo o rendimento que é gerado na economia sob a forma de salários, lucros, aluguéis, etc,;
 - Despesa: Todos os gastos que são realizados em consumo, investimento, importações, etc.
 Como visto anteriormente, a Ciência Econômica é conhecida como “ciência da escassez”. A Ciência Econômica parte do princípio que as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os recursos necessários para que as empresas produzam os bens e serviços capazes de satisfazer a essas necessidades são escassos, ou seja, existem em quantidade limitada. E nesse sentido, as sociedades humanas, de modo geral, se defrontam com três problemas econômicos fundamentais: o que e quando produzir, como produzir, e para quem produzir.
 O que e quando produzir? 
 Diz respeito a que produtos deverão ser produzidos (feijão, televisores, sapatos, etc) e em que quantidades deverão ser colocadas à disposição dos consumidores. O sistema econômico precisa se organizar para que as unidades produtivas – as empresas – passem a gerar esses bens, nas quantidades desejadas pela população;
 Como produzir?
 Diz respeito à tecnologia a ser empregada na produção dos diversos bens e serviços. As empresas devem escolher, dentre vários processos técnicos, aquele que for mais eficiente, isto é, que seja capaz de gerar a máxima produção possível a partir de certa quantidade de recursos (terra, trabalho e capital);
 Para quem produzir?
 Diz respeito ao modo como serão os bens e serviços distribuídos à população, na medida em que será necessário, de alguma forma, estabelecer um preço para os itens produzidos pelas empresas.
 Pode-se perceber que a Economia é uma ciência preocupada com problemas de escolha. Quando o sistema econômico defronta com os questionamentos citados anteriormente, é necessário fazer escolhas entre várias opções possíveis.
 A escolha é necessária porque o estoque de fatores de produção (terra, trabalho e capital), no curto prazo, é limitado, enquanto que existem diversas demandas por bens e serviços. Assim, as empresas tem que decidir sobre a forma de alocar ou distribuir os recursos disponíveis entre milhares de diferentes possíveis linhas de produção.
 Dada as limitações dos recursos produtivos e do nível tecnológico, os diversos países tentam organizar suas economias, a fim de resolver os problemas do que, quanto, como e para quem produzir, de forma eficiente, isto é, com o menor desperdício possível.
 Numa economia de mercado (aquela em que não há intervenção econômica do Estado), os três problemas fundamentaissão resolvidos de forma descentralizada, pelo livre jogo de demanda (ou procura) e oferta nos diversos mercados de bens e serviços. Nenhum agente econômico, individuo ou empresa, se preocupa em desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços. Sua preocupação é em resolver isoladamente seus próprios negócios.
 As empresas, todo o tempo, estão lutando para sobreviver num ambiente altamente competitivo, graças à concorrência imposta pelos mercados, tanto na venda de produtos finais, quanto na compra dos fatores de produção. Esse jogo econômico é todo baseado nos sinais dados pelos preços.
 Tudo é realizado através dos ajustes nos preços das mercadorias, em que se procura compatibilizar o preço desejado pelos indivíduos com o desejado pelas empresas.
 Indivíduos = preço mais baixo possível.
 Empresas = preço mais alto possível.
 O desejo dos indivíduos determinará a magnitude da demanda e as intenções das empresas determinarão a magnitude da oferta.
 O equilíbrio entre a demanda e a oferta será sempre atingido pela flutuação do preço do produto. Se a demanda for maior que a oferta, o preço tende a subir; se a oferta for maior que a demanda, o preço tende a descer. No caso da demanda e a oferta serem iguais, o preço tende a ficar estável; há um equilíbrio de mercado. Assim, o mecanismo de preços se torna um grande sistema de ajustes, de modo que, ao final de várias interações entre produtores (oferta) e dos consumidores (demanda), surge o preço de equilíbrio, determinando as quantidades a serem transacionadas no mercado.
 Em uma economia de mercado, os problemas básicos da economia – o que, quanto, como e para quem produzir – podem ser resolvidos pela concorrência dos mercados e pelo mecanismo dos preços. O consumidor tentará maximizar sua satisfação e o produtor, o seu lucro.
 Os consumidores estabelecem os preços máximos que estão dispostos a pagar pelos produtos colocados no mercado. Essa avaliação é subjetiva (individual a cada consumidor) e deriva do conceito de utilidade que o consumidor procura maximizar. Assim, a curva de demanda de mercado delimita o preço máximo.
 Por sua vez, os produtores estabelecem o preço mínimo que estão dispostos a receber por cada quantidade ofertada, diante de todos os seus custos e seu objetivo de maximizar lucros. Assim, a curva de oferta representa o limite mínimo. As leis do mercado econômico, de oferta e demanda, garantem a maneira mais eficiente, para que consumidores e produtores possam maximizar os seus objetivos, o que é a essência dos problemas econômicos.
 O sistema econômico é formado a partir da interação entre a demanda da sociedade e a oferta da economia. Por ora, é importante saber que nas relações de troca que envolvem a economia existe sempre uma mao dupla entre produtores e consumidores.
 Em suma, os produtores são os que colocam à disposição do mercado aquela quantidade de recursos que não é utilizada na sua própria subsistência, enquanto os consumidores são aqueles para quem a produção da economia é dirigida para satisfazer suas necessidades.
 Estes são os agentes que compõem as diversas transações da vida econômica:
 1 – as famílias de consumidores;
 2 – os produtores (empresas);
 3 – o governo;
 4 – o resto do mundo (um agente que, ate muito pouco tempo atrás, foi desprezado pelos manuais da economia).
 Consumidores: Os consumidores tem necessidades e dirigem-se ao mercado econômico para atende-las, realizando operações de troca. Devem possuir, no mínimo, um fator de produção, isto é, a sua força de trabalho, por meio do qual estão aptos a participarem da vida econômica de um país.
 Numa economia moderna, as unidades familiares ativas participam do aparelho produtivo por meio das empresas, para as quais convergem os seus recursos individuais de produção e outros ativos, destinados não só à produção corrente de bens e serviços, como também à formação e expansão da capacidade instalada de produção.
 Por sua participação no processo econômico de produção ou por seu acesso aos benefícios previdenciários existentes, convergem para as unidades familiares diferentes tipos de rendas, como salários, aluguéis, juros, lucros e dividendos, além de outros tipos de transferências.
 Produtores: As unidades produtoras são todos que compõem o aparelho de produção da economia nacional, ou seja, as empresas que se dedicam a atividades primarias, secundarias ou terciarias, produzindo os bens e serviços que atendem às necessidades de consumo e de acumulação da sociedade.
 A característica principal dessas empresas, do ponto de vista da contabilidade social, é que reúnem, organizam e remuneram os fatores de produção fornecidos pelas unidades familiares. Cada uma das empresas integradas no processamento da produção é um centro de convergência e de aplicação de recursos, de cuja atividade resulta a oferta agregada dos mais diferentes tipos de bens e serviços. Assim, pode-se afirmar que as empresas produzem para que as famílias possam consumir os bens e serviços produzidos.
 Porém, o que garante que esses bens e serviços se revertam para o consumo das famílias é o fato de que os consumidores, ou seja, as famílias, são também proprietários dos fatores de produção. As famílias “cedem” esses fatores às empresas, para que eles possam ser utilizados na produção. E fazem isso justamente para obter, em troca, a garantia de sua participação na divisão dos produtos resultantes.
 Governo: Para intermediar o processo e evitar que os produtores queiram se sobrepujar aos consumidores, ou para defender, criar condições favoráveis ao pleno funcionamento do sistema econômico, aparece o seu terceiro elemento, o governo, que se destaca como um dos mais importantes agentes ativos do sistema, devido às particularidades que envolvem suas ações econômicas.
 O governo deve ser entendido como um agente coletivo que contrata diretamente o trabalho de unidades familiares e que adquire uma parcela de produção das empresas para proporcionar serviços uteis à sociedade como um todo.
 Apesar de ter uma capacidade limitada para a contratação de membros das unidades familiares, o governo também participa do sistema econômico realizando politicas públicas que devem (ou deveriam) ser direcionadas para os grupamentos mais necessitados das unidades familiares. O governo representa um centro de produção de bens e serviços coletivos. Suas receitas resultam majoritariamente da retirada compulsória de poder aquisitivo das famílias e empresas; e suas despesas são caracterizadas pelos pagamentos efetuados aos agentes envolvidos no fornecimento dos bens e serviços públicos à sociedade.
 Resto do mundo: Nem tudo o que é produzido em uma economia fica restrito ao espaço físico interno. Uma parte dessa mercadoria é exportada e outra, em função de nossas necessidades complementares, é importada, ou seja, é comprada de outros produtores que não estão localizados no mesmo país de nossos produtores. Então, surge o quarto agente do sistema econômico: o resto do mundo. Esta categoria destina-se a registrar as transações econômicas entre unidades familiares, empresas e governo do país com semelhantes agentes pertencentes a outros países.
 Como exemplo da atuação deste quarto agente podemos citar os fluxos de importações e exportações, os pagamentos pelos serviços internacionais e as transferências unilaterais de toda espécies com que os residentes de um país beneficiam os de outros países.
 Os quatro agentes tem grande importância, pois são responsáveis por todo o funcionamento e a organização do sistema econômico. É fundamental que você compreenda bem como eles interagem, pois todas as relações econômicas derivam do comportamento de cada um desses agentes econômicos.
 A teoria econômica passou por evoluções ao longo da história e é importante termos uma visão panorâmica desse percurso.
 Antiguidade: gregos e romanos
 Alguns autores defendem que a economia constituía um conjunto de preceitos ou de soluções adaptadas a problemas particulares.Por isso, na antiguidades surgiram apenas algumas ideias econômicas, muito fragmentadas.
 Tanto na Grécia como em Roma, a unidade econômica foi mantida por redes de estradas e navegações em que, do centro de afluência, os produtos eram distribuídos para suas províncias, estimulando, assim, transações comerciais e a criação de companhias mercantis.
 Idade Média
 Na Idade Média, surgiram atividades econômicas intra e inter-regionais muito importantes, que foram as feitas periódicas organizadas por corporações de ofícios e impulsionadas pelo comércio no Mar Mediterrâneo.
 A doutrina econômica medieval, porém, era dependente da filosofia ou da prática de subordinação à moral cristã, que condenava as taxas de juros e defendia os preços justos, como equilíbrio dos agentes econômicos.
 Mercantilismo
 Essa doutrina econômica caracterizava o período histórico da Revolução Comercial, entre os séculos XVI a XVIII, marcado pela desintegração do feudalismo e formação dos Estados Nacionais. Teve como premissa básica o acúmulo de divisas em metais preciosos pelo Estado por meio de um comércio exterior de caráter protecionista. 
 Princípios básicos do Mercantilismo:
 - O Estado deve incrementar o bem estar nacional, ainda que em detrimento de seus vizinhos e colônias;
 - A riqueza da econômica nacional depende do aumento da população e do aumento do volume de metais preciosos no país;
 - O comércio exterior deve ser estimulado, pois é por meio de uma balança comercial favorável que se aumenta o estoque de metais preciosos;
 - O comércio e a indústria são mais importantes para a economia nacional que a agricultura.
 O mercantilismo era constituído por um conjunto de concepções desenvolvidas na prática por uma classe dominante formada por administradores e comerciantes, com objetivos não só econômicos, como também políticos-estratégicos. Sua aplicação variava conforme a situação do país, os recursos e o modelo de governo.
 Liberalismo
 Essa doutrina econômica tinha um caráter ideológico das revoluções antiabsolutistas que ocorriam na Europa, principalmente na Inglaterra e França, nos séculos XVII e XVIII, e da luta pela independência dos Estados Unidos.
 Correspondia aos anseios da classe em ascensão, a burguesia, que consolidava a sua força econômica frente à aristocracia em decadência amparada pelo absolutismo monárquico.
 Princípios básicos do liberalismo:
 - Ampla liberdade individual;
 - Democracia representativa com separação de poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário);
 - Direto inalienável à propriedade;
 - A livre iniciativa e a concorrência como forma de alcançar o progresso social.
 As principais ideias de Adam Smith, Malthus, Ricardo, Stuart Mill e Marx, abordando em linhas gerais a teoria neoclássica e, ainda, a concepção de Keynes:
 - Adam Smith: A divisão internacional do trabalho e a “mão invisível”
 Adam Smith reconhece o trabalho como a verdadeira origem da riqueza e distingue o valor de uso e o valor de troca, no qual na primeira, as mercadorias consideradas do ponto de vista da capacidade que elas tem de satisfazer as necessidades humanas; enquanto a segunda é a proporção em que as mercadorias são trocadas umas pelas outras. Para ele, o valor de troca não se fundamenta na utilidade de uma mercadoria e sim no trabalho, ou seja, o tempo necessário para sua produção.
 Dessa forma, inicia a análise dos efeitos da divisão do trabalho sobre a produtividade, demonstrando, contrariamente ao ponto de vista dos mercantilistas, que, à medida que o comércio aumenta a divisão do trabalho, todos se beneficiam do consequente aumento da produtividade.
 Outra tese defendida por Smith é o individualismo, considerando que os interesses individuais livremente desenvolvidos seriam harmonizados por uma “mão invisível” e resultaria no bem-estar coletivo. Essa mão invisível entraria também em jogo no mercado dos fatores de produção enquanto imperasse a livre concorrência.
 A apologia do interesse individual e a rejeição da intervenção estatal na economia se transformariam nos princípios básicos do liberalismo.
 - Malthus: População x Crescimento da população de alimentos e lei dos rendimentos decrescentes
 Defendia a tese de que a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, enquanto a população tenderia a aumentar em progressão geométrica, o que levaria a pobreza e a fome generalizada. Essa tese foi contestada por outros economistas da época, uma vez que Malthus ignorava a estrutura social da economia e as possibilidades criadas pela tecnologia agrícola.
 A sua concepção acerca da renda diferencial da terra é semelhante a de outros autores da época, a exemplo de Ricardo, Malthus aplicava a lei dos rendimentos decrescentes, que admitia a ocupação, pelo proprietário rural, de áreas menos férteis, à medida que a população crescia.
 - Ricardo: Renda diferencial da terra, teoria das vantagens comparativas de custo
 David Ricardo acreditava que a maior demanda, acarretada pelo aumento da população, exigia o cultivo de terras menos férteis, nas quais os custos de produção sejam mais elevados dos que nas terras mais férteis. Entretanto, os custos e lucros deveriam ser mantidos no mesmo nível nos dois casos, pois, de outro modo, as terras de pior qualidade deixariam de ser cultivadas.
 A grande contribuição de Ricardo foi a formulação da Lei dos Custos Comparativos, ou Lei das Vantagens Comparativas de custo, com que procurou demonstrar a vantagem de um país importar determinados produtos, mesmo que pudesse produzi-los por preço inferior, desde que sua vantagem, em comparação com outros produtos, fosse ainda maior.
 Essa lei constitui atualmente uma parte importante da teoria do comércio internacional.
 - Stuart Mill: Teoria do valor e estado estacionário
 Ao analisar a teoria do valor, John Stuart Mill procurou demonstrar como o preço é determinado pela igualdade entre a demanda e a oferta e como a demanda recíproca de produtos afeta os termos do intercâmbio entre países. Lançou a ideia de elasticidade da demanda, expressão introduzida mais tarde pelos neoclássicos, para analisar possibilidades alternativas de comércio.
 Assim como Ricardo e Malthus, Mill previa a ocorrência de um estado estacionário, fruto do crescimento populacional e responsável pelo cultivo de terras cada vez menos férteis.
 Ao chegar a determinado limite, o lucro seria tão baixo que a acumulação de capital simplesmente acabaria, prejudicando o desenvolvimento econômico.
 - Marx: Teoria da mais valia – consequências e causas
 Marx considerava que o valor de toda mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho socialmente necessário para produzi-la. A força de trabalho, portanto, é uma mercadoria cujo valor é determinado pelos meios de vida necessários à subsistência do trabalhador (alimentos, roupas, moradia, etc.). Se este trabalhar além de um determinado número de horas, estará produzindo não apenas o valor correspondente a sua força de trabalho – que é pago pelo capitalista sobre forma de salário -, mas também um valor a mais, um valor excedente, sem contrapartida, denominado mais-valia.
 Em outras palavras, o conceito de mais-valia consiste no valor do trabalho não pago ao trabalhador, isto é, na exploração exercida pelos capitalistas sobre seus assalariados.
 Os marginalistas ou neoclássicos
 O conceito de utilidade
 Essa teoria econômica define o valor dos bens a partir de um fato subjetivo denominado utilidade, isto é, sua capacidade de satisfazer as necessidades humanas.
 Como a necessidade é uma característica subjetiva, também a utilidade de um bem terá sua avaliação subjetiva. Assim, um mesmo bem ou serviço terá diferentes utilidades e, portanto, valores diferentes, de acordo com a satisfação de cada indivíduo. Por isso, cada indivíduo deve saber como maximizar sua satisfação. Essa maximização de negócios não seria possível se houvesse uma autoridade armada que colocasse dificuldade no desenvolvimento dos negócios econômicos.
 A teorianeoclássica se destacava ao colocar o mercado como principal agente econômico. Sob a influência de Smith, seus teóricos defendiam a mínima participação do Estado na economia.
 
 - Keynes: A revolução econômica
 John Keynes é considerado o pai da macroeconomia. Talvez de todos os filósofos que se preocuparam com a formulação de teorias para explicar o comportamento econômico, tenha sido o de maior importância.
 Keynes formulou uma nova lei econômica, defendendo a intervenção do governo como a principal forma de alavancar a economia de um país. Essa concepção veio em substituição à clássica ideia de Smith de que as livres forças de mercado eram capazes de conduzir a economia ao equilíbrio de pleno emprego.
 Ao analisar a situação de colapso da economia mundial, Keynes concluiu que o desemprego era uma dos principais problemas para a insuficiência de demanda. Dessa forma, defendeu que o governo deveria intervir na economia, a partir de seus gastos, para estimular o consumo.
 A lógica keynesiana era bastante intuitiva: quando o governo gastava na contratação de funcionários públicos, trazia de volta para o mercado de trabalho uma série de consumidores que estavam alijados do sistema econômico.
 Esses trabalhadores públicos, voltando a consumir, sinalizavam para os investidores que estava ocorrendo uma retomada no crescimento, estimulando, assim, que as empresas voltassem a realizar novos investimentos em novos produtos para essa nova fatia de consumidores.
 Dessa forma, a intervenção governamental acabou estimulando o investimento privado. A esse fenômeno Keynes batizou de efeito multiplicador dos gastos governamentais, pois um aumento da participação do governo na economia significou também uma elevação dos gastos privados, de forma que toda a sociedade ganhava com essa intervenção.
 Seguindo nosso percurso histórico, chegamos ao Período Moderno. A partir da teoria keynesiana, começaram a surgir contrapontos interessantes, evidenciando que não existe, na ciência econômica, uma só teoria capaz de explicar todos os fenômenos.
 Além disso, os pensadores não podiam trabalhar com a hipótese do desenvolvimento e da internacionalização do mundo, com a velocidade como ocorreram o processo de globalização e a financeirização das economias mundiais.
 A revolução tecnológica encurtou as distâncias entre os países de forma jamais imaginada pelos autores apresentados anteriormente. Isso, porém, em hipótese alguma inviabiliza suas considerações teóricas.
 Muitas das teorias apresentadas aqui são, até hoje, válidas e defendidas por economistas que ainda acreditam na retomada do desenvolvimento econômico no século XXI, com base em uma política keynesiana. 
 A crise mundial, vivenciada em 2008, é uma prova inequívoca de que o sistema de livre mercado, pressuposto da corrente neoliberal que se instalou no mundo pós Consenso de Washington (1989), já está em fase de esgotamento, assim como esteve em 1929.
 Avanços teóricos da Economia
 Hoje, a análise econômica engloba quase todos os aspectos da vida humana e os impactos desses estudos na melhoria do padrão de vida e no bem-estar da sociedade são consideráveis. O controle e planejamento macroeconômico permitem antecipar muitos problemas e evitar algumas situações desnecessárias. A teoria econômica passou a ter um conteúdo empírico que lhe conferiu uma prática maior.
 Atualmente, as novas frentes de trabalho direcionam-se para as áreas de finanças empresariais. 
 A incorporação de algumas técnicas econométricas, conceitos de equilíbrio de mercado e hipóteses sobre o comportamento dos agentes econômicos revolucionaram a teoria econômica.
 A explosão de negócios internacionais colocam, a todo momento, a economia no cerne das discussões contemporâneas.

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