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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
BACHARELADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ENSAIO ACADÊMICO SOBRE AS TEORIAS CLÁSSICAS DAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
ANA CLARA DOS SANTOS SILVA
SEROPÉDICA
2019
Introdução
As teorias das Relações Internacionais (RIs) servem para ajudar na melhor
compreensão do Sistema Internacional (SI) e também para os Estados elaborarem suas
políticas externas. 
Com este trabalho será discutido as teorias clássicas das Relações Internacionais
(Idealismo, Realismo, Neorrealismo e Institucionalismo Neoliberal) abordando suas
principais ideias e autores aplicando-os na dinâmica internacional contemporânea para
explicar a ação dos Estados Unidos no Oriente Médio nos últimos vinte anos.
Idealismo
O idealismo foi a primeira teoria as Relações Internacionais. Surgiu nos anos 20 aós o
fim a 1ª Guerra Mundial a partir os 14 pontos da paz escrito por Woodrow Wilson 28º
presidente dos Estados Unidos, seus escritos tiveram influência de filósofos como Kant. Na
época de sua criação o Idealismo surgiu como base para a origem da Liga as Nações, extinta
em 1946.
Teve como seu primeiro autor Norman Angell com seu livro ‘A Grande Ilusão’
publicado em 1910, faz grande critica a guerra dizendo que a falácia a guerra é a grande
ilusão do homem. 
O idealismo acreditava que o ser humano era bom por natureza, seu principal objetivo
era a manutenção da paz e com isso buscava alternativas para evitar conflitos. O idealismo vê
o Estado como o principal ator no sistema internacional.
Nessa teoria o Sistema Internacional (SI) era visto como anárquico e para os Estados
viverem em harmonia nesse sistema era necessário a criação de Organizações Internacionais
(OIs), pois com elas haveriam mais negociações diplomáticas e incentivação da cooperação
entre Estados, assim preservando a paz.
Realismo
O Realismo é baseado no estado de natureza hobbesiano onde as relações entre os
homens são pessimistas, o realismo vê como pessimista a relação entre os Estados, baseado
sempre no interesse, ao contrário da utopia do Idealismo onde os homens são bons e é
possível viver em um mundo de paz e sem guerra. O realismo semelhante ao idealismo
enxergava o SI como anárquico.
Assim como Hobbes, Maquiavel foi um grande influenciador para o realismo junto
com Tucídides, os três autores têm como premissa básica a sobrevivência política. Como o
idealismo, para os realistas os principais atores são os Estados e eles são racionais, isso quer
dizer que eles vão escolher a opção que mais tenha utilidade a eles. 
Tem como um dos principais autores Edward Carr que sua obra Vinte Anos de Crise
ganha notoriedade no estudo das RIs, ao falar sobre a crise o autor quer dizer sobre a crise do
idealismo onde tentavam fingir que não haveria guerra e teve. A partir de sua obra inicia o
debate entre idealistas x realistas, para Carr os idealistas faziam romance pois eles não se
baseavam em fatos. 
Outro autor principal no realismo é Hans Morgenthau com sua obra A política entre
nações, para o autor a política internacional deve “trazer ordem e sentido para uma massa e
fenômenos que, sem ela permaneceriam desconexos e incompreensíveis.” (p. 3). No livro,
Morgenthau apresenta seis princípios do realismo político que são elaborados em cima do
interesse, poder, natureza humana e moralidade, o autor argumenta que os homens em
situações políticas nem sempre agem a partir de meios legais ou morais na tentativa de manter
o poder. Para Morgenthau os líderes estatais são obrigados a conduzir suas politicas externas
de acordo com o interesse nacional.
Diferente do idealismo que o estado tinha capacidade de formar alianças para ter uma
paz e bem comum, o realismo acredita na hegemonia, como por exemplo, quando George W.
Bush presidente dos Estados Unidos em 2003 quis invadir o Iraque, apesar de a ONU já tendo
investigado antes e comprovado que lá não havia armamento, ele simplesmente invadiu
porque era de seu interesse não se importando com o que o sistema internacional pensava. No
Realismo não há harmonização de interesses como é colocada pelos utópicos nas nações
porque elas querem poder.
Neorrealismo
Também pode ser chamado de Realismo Estrutural, redefine a visão clássica do
Realismo analisando outros pontos. Os neorrealistas não falam de cooperação porque a veem
como instrumental, só vão cooperar quando os ganhos relativos forem maior que os ganhos
relativos de outros Estados. Segundo essa visão, é melhor investir na defesa do Estado que no
bem-estar da população.
O principal pensador dessa teoria é Kenneth Waltz em seu livro O homem, o estado e a
guerra: uma análise teórica, nos apresenta três níveis de análise para compreender a dinâmica
internacional, o nível Individual, que é conhecer o homem e sua natureza, o Estado, onde se
observa o tipo política e interesse nacional, ou seja, a organização interna e por fim o Sistema
Internacional, que é como se dão as relações de Estado dentro da anarquia.
Waltz afirma que mesmo que os Estados tenham suas diferenças tanto culturais como
políticas e econômicas são parecidos na maneira como funcionam. Também afirma que o
momento em mais houve paz foi no período bipolar da Guerra Fria, pois o medo que o mundo
acabaria pelas duas superpotências era maior.
Institucionalismo Neoliberal
Essa teoria tem como premissa básica a defesa da interdependência dos Estados com
eles não sendo os únicos atores no SI mas também as Instituições Internacionais. As
Instituições Internacionais autorizam as ações dos Estados que de alguma maneira seria
incabível, como quando a ONU permitia que os Estados Unidos colocasse seu exército no
Oriente Médio para mediar os conflitos dos países.
 Com essa ideia da interdependência dos Estados a possibilidade de existir cooperação
entre eles é maior, para Keohane os Estados egoístas e racionais hora ou outra se encontraram
no Dilema do Prisioneiro.
Enquanto os neorrealistas focam nos ganhos absolutos e no investimento de defesa do
Estado, os institucionalistas focam nos ganhos absolutos, na política interna e não investe na
defesa, já que os Estados cooperam. Isso é perceptível nos governos de George W. Bush que
investia na indústria bélica e no de Obama que investia no bem-estar social.
Conclusão
As teorias das Relações Internacionais melhoram a compreensão do mundo, logo a
atuação dos Estados no SI pode ser explicada a partir delas. 
A atuação dos Estados Unidos no Oriente Médio é iniciada em 1991 com a Guerra do
Golfo após a ONU aprovar o conflito entre Iraque e EUA. Em 2001 acontece o atentado
terrorista ao World Trade Center em Nova Iorque nos Estados Unidos, o então presidente
George W. Bush anuncia sua guerra ao terror e é inciada a Doutrina Bush. Bush afirma ao
Conselho de Segurança da ONU que o Iraque possui armamento terrorista após averiguar a
ONU diz que o Iraque não tinha armamento, porém não satisfeito em 2003 Bush decide
invadir o Iraque, começa então a Guerra do Iraque. Em 2006 com a morte de Hussein os
conflitos entre Iraque e EUA em vez de cessarem se tornam piores com os grupos internos e o
Estado Islâmico.
É evidente que há uma hegemonia dos Estados Unidos sobre os outros países entao
pode ser admitido que as ideias Realistas e Neorrealistas combinam com o modo como agem
dentro do SI. 
Referências 
ANGELL, Norman. A grande ilusão. Brasília, UnB, 2002. Disponível em:
https://goo.gl/rwm7jz
BARBOSA, Rubens Antônio. Os Estados Unidos pós 11 de setembro de 2001: implicações
para a ordem mundial e para o Brasil. Revista brasileira de política internacional, Brasília,v.45. n.1, 2002. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-73292002000100003. 
CARR, Edward. Vinte anos de crise (1919-1939). Brasília, UnB, 1939. Disponível em:
https://goo.gl/TuJMbw
LACERDA, Gustavo de Biscaia. Algumas teorias das relações internacionais: realismo,
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https://www.uninter.com/intersaberes/index.php/revista/article/view/87. 
KEOHANE, R; NYE, J. Power and Interdependence revisited. Disponível em:
https://goo.gl/xeYqCg
MORGENTHAU, Hans. A política entre as nações: a luta pelo poder e pela paz. Brasília,
UnB, 2003. Disponível em: https://goo.gl/QXNywA 
PECEQUILO, Cristina. Manual do candidato: Política Internacional. Brasília, FUNAG,
2009. Disponível em: https://goo.gl/9HjLk6
SOUZA, B; JARDIM, E. A presença chinesa no Oriente Médio frente a hegemonia mundial dos
Estados Unidos. Estudo internacionais: Revista de Relaçes Internacionais da PUC-MG, v.4. n.3,
2016. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/estudosinternacionais/article/view/
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WALTZ, Kenneth. O homem, o estado e a guerra: uma análise teórica. São Paulo, Martins Fontes,
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WENDT, A. A anarquia é o que os Estados fazem dela: a construção social da
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Disponível em: https://goo.gl/9Y3vvV

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