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UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ Projeto de educação em saúde – Estagio supervisionado I Aleitamento materno e sua importância no desenvolvimento infantil Jessica Carolay Mendes, Mabi de Almeida, Maurin Ishitani Cuiabá, Maio de 2015 Jessica Carolay Mendes, Mabi de Almeida, Maurin Ishitani Projeto de educação em saúde – Estagio supervisionado I Aleitamento materno e sua importância no crescimento da criança Projeto de Educação em saúde realizado pelos discentes do estágio supervisionado I - Assistência Farmacêutica do curso de Farmácia. Docente: Elizangela Vicuna Cuiabá, Maio de 2015 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 4 3. ALEITAMENTO MATERNO ............................................................................................ 5 3.1 TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO ...................................................................... 5 3.2 DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO ................................................................................. 5 3.3 A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO .................................................................... 6 3.3.1 EVITA MORTES INFANTIS ........................................................................................... 6 3.3.2 EVITA INFECÇÕES RESPIRATORIAS......................................................................... 6 3.3.3 DIMINUI RISCO DE ALERGIA ..................................................................................... 7 3.3.4 DIMINUI O RISCO DE HIPERTENÇÃO, COLESTEROL ALTO E DIABETES ........ 7 3.3.5 REDUZ A CHANCE DE OBESIDADE........................................................................... 7 3.3.6 EFEITO POSITIVO NA INTELIGÊNCIA ...................................................................... 7 3.3.7 EVITA NOVA GRAVIDEZ ............................................................................................. 8 3.3.8 PROTEÇÃO CONTRA CÂNCER DE MAMA ............................................................... 8 3.3.9 MELHOR QUALIDADE DE VIDA ............................................................................... 8 3.3 USO DE MEDICAMENTOS DURANTE A LACTAÇÃO ............................................ 8 4. METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................... 10 5. COSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 11 6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 12 7. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................ 13 8. ANEXO ................................................................................................................................ 15 3 1. INTRODUÇÃO O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a promoção e proteção da saúde das crianças em todo o mundo. A superioridade do leite humano como fonte de alimento, de proteção contra doenças e de afeto fazem com que especialistas do mundo inteiro recomendem a amamentação exclusiva por 4 - 6 meses de vida do bebê e complementado até pelo menos o final do primeiro ano de vida. A ausência de amamentação ou sua interrupção precoce (antes dos 4 meses) e a introdução de outros alimentos à dieta da criança, durante esse período, são frequentes, com consequências importantes para a saúde do bebê, como exposição a agentes infecciosos, contato com proteínas estranhas, prejuízo da digestão e assimilação de elementos nutritivos, entre outras (KUMMER, 2000). A hipótese de que o aleitamento materno teria um efeito protetor contra a obesidade não é recente. Contudo, resultados controversos têm sido encontrados, e o tema permanece extremamente atual, principalmente frente ao importante aumento que vem sendo observado na prevalência da obesidade. Estudos epidemiológicos e estudos experimentais com animais têm sugerido que as primeiras experiências nutricionais do indivíduo podem afetar sua suscetibilidade para doenças crônicas na idade adulta, tais como obesidade, hipertensão, doença cardiovascular e diabetes tipo 2 (BALABAN, 2004). O aleitamento materno representa uma das experiências nutricionais mais precoces do recém- nascido, dando continuidade à nutrição iniciada na vida intrauterina. A composição do leite materno em termos de nutrientes difere qualitativa e quantitativamente das fórmulas infantis. Além disso, vários fatores bioativos estão presentes no leite humano, entre eles hormônios e fatores de crescimento que vão atuar sobre o crescimento, a diferenciação e a maturação funcional de órgãos específicos, afetando vários aspectos do desenvolvimento (WAGNER CL, 2002). Lucas et al. relataram diferentes respostas endócrinas no que diz respeito à liberação de hormônios pancreáticos e intestinais entre recém-nascidos alimentados com leite materno e com fórmula infantil. Já é bem conhecido que o aleitamento materno contribui para fortalecer o vínculo mãe-filho Acredita-se que o aumento dos níveis de oxitocina no cérebro da mãe, verificado durante a amamentação, possa estar implicado no fortalecimento dessa relação (KLAUS M, 1988). Sabe-se, ainda, que a dieta da mãe afeta o sabor do leite materno e que os diferentes sabores interferem na ingestão do lactente. Há evidências de que a experiência com diversos sabores durante a amamentação facilitará, no futuro, a aceitação da criança de novos e variados alimentos (BIRCH LL et al.,1988) É importante também que os profissionais de saúde estejam atentos para as condições gerais das mamas e mamilos, observando ingurgitamento e traumas mamilares, situações que dificultam sobremaneira a amamenta- ção18,28. Também é importante observar vínculo entre mãe e filho pela forma de segurar o bebê, toques físicos durante a mamada e contato visual. Numa avaliação efetiva da mamada, deve-se observar a dupla antes, durante e depois da mamada, com o objetivo de conferir o grau de satisfação do bebê e de conforto (ausência de dor) da mãe (OMS/UNICEF, 1995). 4 2. OBJETIVOS Esse projeto tem como objetivo, orientar as mães sobre a importância do aleitamento materno no início da vida infantil, quanto aos benefícios que a criança tem ao ser alimentada com o leite materno, as consequências do desmame precoce e alertar para o uso racional de medicamento durante o período de lactação. 5 3. ALEITAMENTO MATERNO O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade. Se a manutenção do aleitamento materno é vital, a introdução de alimentos seguros, acessíveis e culturalmente aceitos na dieta da criança, em época oportuna e de forma adequada, é de notória importância para o desenvolvimento sustentável e equitativo de uma nação, para a promoção da alimentação saudável em consonância com os direitos humanos fundamentais e para a prevenção de distúrbios nutricionais de grande impacto em Saúde Pública. Porém, a implementação das ações de proteção e promoção do aleitamentomaterno e da adequada alimentação complementar depende de esforços coletivos Inter setoriais e constitui enorme desafio para o sistema de saúde, numa perspectiva de abordagem integral e humanizada (Ministério da saúde, 2009). 3.1 TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007a). Assim, o aleitamento materno costuma ser classificado em: • Aleitamento materno exclusivo - quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. • Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais • Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. • Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá- lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode receber, além do leite materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar. • Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. 3.2 DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO Vários estudos sugerem que a duração da amamentação na espécie humana seja, em média, de dois a três anos, idade em que costuma ocorrer o desmame naturalmente (KENNEDY, 2005). A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a: • Maior número de episódios de diarréia; • Maior número de hospitalizações por doença respiratória; 6 • Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricional mente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos; • Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco • Menor eficácia da lactação como método anticoncepcional; • Menor duração do aleitamento materno. No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes. Estima-se que dois copos (500ml) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia. Além disso, o leite materno continua protegendo contra doenças infecciosas. Uma análise de estudos realizados em três continentes concluiu que quando as crianças não eram amamentadas no segundo ano de vida elas tinham uma chance quase duas vezes maior de morrer por doença infecciosa quando comparadas com crianças amamentadas. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). 3.3 A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite materno sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno. 3.3.1 EVITA MORTES INFANTIS Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções, ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o aleitamento materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo, por causas prevê níveis (JONES et al., 2003). Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças menores de 5 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, em torno de seis milhões de vidas de crianças estão sendo salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva. A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança. Assim, a mortalidade por doenças infecciosas é seis vezes maior em crianças menores de 2 meses não amamentadas, diminuindo à medida que a criança cresce, porém ainda é o dobro no segundo ano de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). É importante ressaltar que, enquanto a proteção contra mortes por diarréia diminui com a idade, a proteção contra mortes por infecções respiratórias se mantém constante nos primeiros dois anos de vida. A amamentação previne mais mortes entre as crianças de menor nível socioeconômico. Enquanto para os bebês de mães com maior escolaridade o risco de morrerem no primeiro ano de vida era 3,5 vezes maior em crianças não amamentadas, quando comparadas com as amamentadas, para as crianças de mães com menor escolaridade, esse risco era 7,6 vezes maior (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). Um estudo demonstrou que a amamentação na primeira hora de vida pode ser um fator de proteção contra mortes neonatais. (EDMOND et al., 2006). 3.3.2 EVITA INFECÇÕES RESPIRATORIAS A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários estudos realizados em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil. Assim como ocorre com a 7 diarréia, a proteção é maior quando a amamentação é exclusiva nos primeiros seis meses. Além disso, a amamentação diminui a gravidade dos episódios de infecção respiratória. O aleitamento materno também previne otites. (TEELE; KLEIN; ROSNER, 1989). 3.3.3 DIMINUI O RISCO DE ALERGIAS Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui o risco de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, incluindo asma e sibilos recorrentes (VAN ODIJK et al., 2003). Assim, retardar a introdução de outros alimentos na dieta da criança pode prevenir o aparecimento de alergias, principalmente naquelas com histórico familiar positivo para essas doenças. A exposição a pequenas doses de leite de vaca nos primeiros das de vida parece aumentar o risco de alergia ao leite de vaca. Por isso é importante evitar o uso desnecessário de fórmulas lácteas nas maternidades. 3.3.4 DIMINUI O RISCO DE HIPERTENÇÃO, COLESTEROL ALTO E DIABETES Há evidências sugerindo que o aleitamento materno apresenta benefícios em longo prazo. A OMS publicou importante revisão sobre evidências desse efeito (HORTA et al., 2007). Foi descrita uma redução de 15% na incidência de diabetes tipo 2 para cada ano de lactação (STUEBE et al., 2005). A exposição precoce ao leite de vaca (antes dos quatro meses) é considerada um importante determinante do Diabetes mellitus Tipo I, podendo aumentar o risco de seu aparecimento em 50%. Estima-se que 30% dos casos poderiam ser prevenidos se 90% das crianças até três meses não recebessem leite de vaca. (GERSTEIN, 1994) 3.3.5 REDUZ A CHANCE DE OBESIDADE Na revisão da OMS sobre evidências do efeito do aleitamento materno em longo prazo, os indivíduos amamentados tiveram uma chance 22% menor de vir a apresentar sobrepeso/obesidade (DEWEY, 2003). Entre os possíveis mecanismos implicados a essa proteção, encontram-se um melhor desenvolvimento da auto regulação de ingestão de alimentos das crianças amamentadas e a composição única do leite materno participando no processo de “programação metabólica”, alterando, por exemplo, o número e/ou tamanho das células gordurosas ou induzindo o fenômeno de diferenciação metabólica. Foi constatado que o leite de vaca altera a taxa metabólica durante o sono de crianças amamentadas, podendo esse fato estar associado com a “programação metabólica” e o desenvolvimento de obesidade.(HAISMA et al., 2005). 3.3.6 EFEITO POSITIVO NA INTELIGENCIA Há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. A maioria dos estudos conclui que as crianças amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto quando comparadas com as não amamentadas, principalmente as com baixo peso de nascimento (ANDERSON; JOHNSTONE; REMLEY, 1999). Os mecanismos envolvidos na possível associação entre aleitamento materno e melhor desenvolvimento cognitivo ainda não são totalmente conhecidos. Alguns defendem a presença de substâncias no leite materno que otimizam o desenvolvimento cerebral; outros acreditam 8 que fatores comportamentais ligados ao ato de amamentar e à escolha do modo como alimentar a criança são os responsáveis (HORTENSEN et. al.,2002). 3.3.7 EVITA NOVA GRAVIDEZ A amamentação é um excelente método anticoncepcional nos primeiros seis meses após o parto (98% de eficácia), desde que a mãe esteja amamentando exclusiva ou predominantemente e ainda não tenha menstruado. Estudos comprovam que a ovulação nos primeiros seis meses após o parto está relacionada com o número de mamadas; assim, as mulheres que ovulam antes do sexto mês após o parto em geral amamentam menos vezes por dia que as demais (GRAY et al., 1990). 3.3.8 PROTEÇÃO CONTRA O CÂNCER DE MAMA Já está bem estabelecida a associação entre aleitamento materno e redução na prevalência de câncer de mama. Estima-se que o risco de contrair a doença diminua 4,3% a cada 12 meses de duração de amamentação. Essa proteção independe de idade, etnia, paridade e presença ou não de menopausa (COLLABORATIVE GROUP ON HORMONAL FACTORS IN BREAST CANCER, 2002). 3.3.9 MELHOR QUALIDADE DE VIDA O aleitamento materno pode melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez que as crianças amamentadas adoecem menos, necessitam de menos atendimento médico, hospitalizações e medicamentos, o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos pais, bem como menos gastos e situações estressantes. Além disso, quando a amamentação é bem sucedida, mães e crianças podem estar mais felizes, com repercussão nas relações familiares e, consequentemente, na qualidade de vida dessas famílias (MOUTINHO ET. AL., 2001). 3.3 USO DE MEDICAMENTO DURANTE A LACTAÇÃO Diversos estudos comprovam que, dentre os fatores responsáveis pelo abandono precoce da amamentação, encontram-se os problemas relacionados aos riscos de exposição dos lactentes a medicação maternas (HALE TW,2013). A maior parte dos fármacos é compatível com a amamentação. Poucos são contra indicados (antineoplásico, radiofármacos, drogas de abuso); alguns requerem cuidados devido ao risco de efeitos adversos em lactentes ou de redução do volume de leite. Porém, ainda é necessário maior conhecimento sobre os efeitos para a criança de muitos fármacos durante a amamentação. Portanto, surge a necessidade de atualizações constantes sobre o uso de medicamentos durante a amamentação, visando racionalizar esse uso e proteger o aleitamento materno. (J Pediatr, 2004). A tabela 1 apresenta droga que podem suprimir a lactação segundo Lamounier et. al. 9 Tabela 1 – fármacos que suprime a lactação Fármacos Efeitos Estrógenos Reduz a produção de leite devido ao seu efeito antiprolactinogênico. Ergotamina São drogas agonistas dopaminérgicas que suprimem a secreção de prolactina pela adenohipófise. Peseudo efedrina Inibição supostamente se deve redução dos níveis séricos de prolactina Álcool A ingestão de etanol (1,5 a 1,9 g/kg de peso corporal) Pode reduzir significativamente o reflexo de ejeção do leite e reduzir (na dose de 0,3 g de etanol por kg) em até 20% a ingestão de leite pelo lactente Nicotina Apesar de a quantidade de nicotina excretada no leite humano ser pequena, o tabagismo materno está associado com redução do volume de leite e desmame precoce 10 4. METODOLOGIA DA PESQUISA Realizou-se uma reunião para a escolha de um tema em educação em saúde. Após, cada integrante do grupo propôs um tema relevante para a comunidade, sendo escolhida por votação o tema “Aleitamento materno e sua importância no desenvolvimento infantil”. Realizou-se um estudo na comunidade de cada integrante do grupo com entrevista em mães com filhos de até 7 anos para obter informações sobre as orientações passadas por profissionais de saúde quanto a amamentação correta e sua importância. Foram entrevistadas 22 mulheres no total, nas comunidades próximas de cada integrante do grupo de pesquisa em Cuiabá e Várzea Grande o gráfico a seguir, mostra os resultados obtidos: Gráfico 1 - Entrevista em mães com filhos de até 7 anos, 2015. Durante a entrevista, perguntou-se a cada uma sobre a quantidade de tempo que amamentaram seus filhos, obtemos o seguintes resultados descristos no gráfico a seguir: Gráfico 2 – Quantidade de tempo da amamentação das entrevistadas, 2015. 11 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados não foram otimista, observou-se que a pouco interesse e importância para mudar essa realidade, analisa-se a necessidade de introduzir mais educação e orientação para as mães, muitas não souberam responder os benefícios da amamentação e também muitas desconhecia as possíveis doenças que a criança poderiam vir a desenvolver ao longo do tempo. Ficou claro que em alguns casos, o desmame precoce, foi devido à falta de orientação, algumas usaram medicamentos que inibiram a lactação, outras por não saberem a forma correta de amamentar desenvolveram rachaduras nos seios durante a lactação, ocasionando o desmame da criança. Muito deve ser feito para mudar essa realidade, começando com mais campanhas e sensibilização dos profissionais de saúde que devem ter uma abordagem mais humanizadas e promover palestras para reverter essa realidade. Os integrantes do grupo, irão desenvolver um trabalho no posto de saúde onde é realizado o estágio supervisionado 1 – assistência farmacêutica, orientando as mães que estiver na unidade e entregando um folheto com informações do aleitamento materno e seus benefícios conforme está disponível no anexo desse trabalho, com a intenção de interferir para um resultado positivo. 12 6. CONCLUSÃO Conclui-se que é de responsabilidade de todos os profissionais de saúde orientar as mães quanto a importância do aleitamento materno na primeira fase da vida da criança, que uma simples intervenção com a orientação e educação em saúde, pode mudar a vida de muitas pessoas, garantindo assim, um futuro melhor. 13 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS I. ANDERSON, J. W.; JOHNSTONE, B. M.; REMLEY, D. T. Breast-feeding and cognitive development: a meta analysis. American Journal of Clinical Nutrition [S.l.], v. 70, p. 525-35, 1999. II. COLLABORATIVE GROUP ON HORMONAL FACTORS IN BREAST CANCER. Breast cancer and breastfeeding: collaborative reanalysis of individual data from 47 epidemiological studies in 30 countries, including 50302 women with breast cancer and 96973 women without the disease. Lancet, [S.l.], v. 360, p.187-95, 2002. III. DE SOUZA BAPTISTA, Suzana et al. Manejo clínico da amamentação: atuação do enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 5, n. 1, p. 23-31, 2015 IV. DEWEY, K. G.; BROWN, K. H. Update on technical issues concerning complementary feeding of young children in developing countries and implications for intervention programs. Food Nutr. Bull. [S.l.], v. 24, p. 528, 2003 V. EDMOND, K. M. et al. Delayed breastfeeding initiation increases risk of neonatal mortality. Pediatrics, [S.l.], v. 117, p. 380-6, mar. 2006. VI. EscobarAMU, Ogawa AR, Hiratsuka M, Kawashita MY, Teruya PY, Grisi S, et al. Aleitamento materno e condizíeis socioeconômico-culturais: fatores que levam ao desmame precoce. Rev Bras Saude Mater Infant. 2002; 2:253-61. VII. GERSTEIN, H. C. Cow's milk exposure and type I diabetes mellitus. A critical over view of the clinical literature. Diabetes Care, [S.l.], v. 17, p. 13-19, 1994. VIII. GRAY, R. H. et al. Risk of ovulation during lactation. Lancet, [S.l.], v. 335, p. 25-9, 1990 IX. HAISMA, H. et al. Complementary feeding with cow’s milk alters sleeping metabolic rate in breast-fed infants. J. Nutr., [S.l.], v. 135, p. 1889, 2005. X. hale TW. Medications in breastfeeding mothers of preterm infants. Pediatr Ann. 2003;32:337-47 J Pediatr (Rio J). 2004;80(5 Supl):S189-S198: Aleitamento materno, lactaÁ„o, medicamentos. XI. HORTA, B. L. et al. Evidence on the long-term effects of breastfeeding: systematic reviews and meta analyses. Geneva: World Health Organiztion, 2007 XII. JONES, G. et al. How many child deaths can we prevent this year? Lancet, [S.l.], v. 362, p. 65-71, 2003. XIII. Lamounier JA, Doria EGC, Bagatin AC, Vieira GO, Serva VMB, Brito LMO. Medicamentos e amamentação. Revista Médica de Minas Gerais. 2000;10:101-11. XIV. MOUTINHO, Karina; ROAZZI, Antônio; GOUVEIA, Edilaine Lins. Amamentação e desmame precoce. Pediatria Moderna, v. 37, n. 8, p. 394-398, 2001. 14 XV. Rea MF. Os benefícios da amamentação para a saúde da mulher. J Pediatr (Rio J). 2004;80(5 Supl):S142-S146 XVI. TEELE, D. W.; KLEIN, J. O.; ROSNER, B. Epidemiology of otitis media during the first seven years of life in children in greater Boston: a prospective, cohort study. J. Infect. Dis., [S.l.], v. 160, p. 83-94, 1989 XVII. VAN ODIJK, J. et al. Breastfeeding and allergic disease: a multidisciplinary review of the literature (1966-2001) on the mode of early feeding in infancy and its impact on later atopic manifestations. Allergy, [S.l.], v. 58, p. 833-43, 2003. XVIII. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Collaborative Study Team on the Role of Breastfeeding on the Prevention of Infant Mortality. Effect of breastfeeding on infant and child mortality due to infectious diseases in less developed countries:a pooled analysis. Lancet, [S.l.], v. 355, p. 451-5, 2000. 15 8. ANEXOS Cartilha com informações sobre o aleitamento materno, será distribuída pelos alunos para a promoção em saúde.
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