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Microsoft Word - Trabalho de Estagio 1

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UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ 
 
 
 
 
 
Projeto de educação em saúde – Estagio supervisionado I 
Aleitamento materno e sua importância no desenvolvimento infantil 
 
 
 
 
Jessica Carolay Mendes, Mabi de Almeida, Maurin Ishitani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá, Maio de 2015 
 
Jessica Carolay Mendes, Mabi de Almeida, Maurin Ishitani 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de educação em saúde – Estagio supervisionado I 
Aleitamento materno e sua importância no crescimento da criança 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Educação em saúde realizado pelos 
discentes do estágio supervisionado I - Assistência 
Farmacêutica do curso de Farmácia. 
Docente: Elizangela Vicuna 
 
 
 
Cuiabá, Maio de 2015 
SUMÁRIO 
 
 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 
2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 4 
3. ALEITAMENTO MATERNO ............................................................................................ 5 
3.1 TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO ...................................................................... 5 
3.2 DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO ................................................................................. 5 
3.3 A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO .................................................................... 6 
3.3.1 EVITA MORTES INFANTIS ........................................................................................... 6
3.3.2 EVITA INFECÇÕES RESPIRATORIAS......................................................................... 6 
3.3.3 DIMINUI RISCO DE ALERGIA ..................................................................................... 7 
3.3.4 DIMINUI O RISCO DE HIPERTENÇÃO, COLESTEROL ALTO E DIABETES ........ 7 
3.3.5 REDUZ A CHANCE DE OBESIDADE........................................................................... 7 
3.3.6 EFEITO POSITIVO NA INTELIGÊNCIA ...................................................................... 7 
3.3.7 EVITA NOVA GRAVIDEZ ............................................................................................. 8 
3.3.8 PROTEÇÃO CONTRA CÂNCER DE MAMA ............................................................... 8 
3.3.9 MELHOR QUALIDADE DE VIDA ............................................................................... 8 
3.3 USO DE MEDICAMENTOS DURANTE A LACTAÇÃO ............................................ 8 
4. METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................... 10 
5. COSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 11 
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 12 
7. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................ 13 
8. ANEXO ................................................................................................................................ 15
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
O aleitamento materno é considerado um dos pilares fundamentais para a promoção e 
proteção da saúde das crianças em todo o mundo. A superioridade do leite humano como 
fonte de alimento, de proteção contra doenças e de afeto fazem com que especialistas do 
mundo inteiro recomendem a amamentação exclusiva por 4 - 6 meses de vida do bebê e 
complementado até pelo menos o final do primeiro ano de vida. A ausência de amamentação 
ou sua interrupção precoce (antes dos 4 meses) e a introdução de outros alimentos à dieta da 
criança, durante esse período, são frequentes, com consequências importantes para a saúde do 
bebê, como exposição a agentes infecciosos, contato com proteínas estranhas, prejuízo da 
digestão e assimilação de elementos nutritivos, entre outras (KUMMER, 2000). 
A hipótese de que o aleitamento materno teria um efeito protetor contra a obesidade não é 
recente. Contudo, resultados controversos têm sido encontrados, e o tema permanece 
extremamente atual, principalmente frente ao importante aumento que vem sendo observado 
na prevalência da obesidade. Estudos epidemiológicos e estudos experimentais com animais 
têm sugerido que as primeiras experiências nutricionais do indivíduo podem afetar sua 
suscetibilidade para doenças crônicas na idade adulta, tais como obesidade, hipertensão, 
doença cardiovascular e diabetes tipo 2 (BALABAN, 2004). 
O aleitamento materno representa uma das experiências nutricionais mais precoces do recém-
nascido, dando continuidade à nutrição iniciada na vida intrauterina. A composição do leite 
materno em termos de nutrientes difere qualitativa e quantitativamente das fórmulas infantis. 
Além disso, vários fatores bioativos estão presentes no leite humano, entre eles hormônios e 
fatores de crescimento que vão atuar sobre o crescimento, a diferenciação e a maturação 
funcional de órgãos específicos, afetando vários aspectos do desenvolvimento (WAGNER 
CL, 2002). 
Lucas et al. relataram diferentes respostas endócrinas no que diz respeito à liberação de 
hormônios pancreáticos e intestinais entre recém-nascidos alimentados com leite materno e 
com fórmula infantil. 
Já é bem conhecido que o aleitamento materno contribui para fortalecer o vínculo mãe-filho 
Acredita-se que o aumento dos níveis de oxitocina no cérebro da mãe, verificado durante a 
amamentação, possa estar implicado no fortalecimento dessa relação (KLAUS M, 1988). 
Sabe-se, ainda, que a dieta da mãe afeta o sabor do leite materno e que os diferentes sabores 
interferem na ingestão do lactente. Há evidências de que a experiência com diversos sabores 
durante a amamentação facilitará, no futuro, a aceitação da criança de novos e variados 
alimentos (BIRCH LL et al.,1988) 
É importante também que os profissionais de saúde estejam atentos para as condições gerais 
das mamas e mamilos, observando ingurgitamento e traumas mamilares, situações que 
dificultam sobremaneira a amamenta- ção18,28. Também é importante observar vínculo entre 
mãe e filho pela forma de segurar o bebê, toques físicos durante a mamada e contato visual. 
Numa avaliação efetiva da mamada, deve-se observar a dupla antes, durante e depois da 
mamada, com o objetivo de conferir o grau de satisfação do bebê e de conforto (ausência de 
dor) da mãe (OMS/UNICEF, 1995). 
4 
 
2. OBJETIVOS 
 
Esse projeto tem como objetivo, orientar as mães sobre a importância do aleitamento 
materno no início da vida infantil, quanto aos benefícios que a criança tem ao ser alimentada 
com o leite materno, as consequências do desmame precoce e alertar para o uso racional de 
medicamento durante o período de lactação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. ALEITAMENTO MATERNO 
O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição 
para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da 
morbimortalidade infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde 
integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade. Se a manutenção do aleitamento 
materno é vital, a introdução de alimentos seguros, acessíveis e culturalmente aceitos na dieta 
da criança, em época oportuna e de forma adequada, é de notória importância para o 
desenvolvimento sustentável e equitativo de uma nação, para a promoção da alimentação 
saudável em consonância com os direitos humanos fundamentais e para a prevenção de 
distúrbios nutricionais de grande impacto em Saúde Pública. Porém, a implementação das 
ações de proteção e promoção do aleitamentomaterno e da adequada alimentação 
complementar depende de esforços coletivos Inter setoriais e constitui enorme desafio para o 
sistema de saúde, numa perspectiva de abordagem integral e humanizada (Ministério da 
saúde, 2009). 
3.1 TIPOS DE ALEITAMENTO MATERNO 
 
É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecidas no mundo inteiro (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2007a). Assim, o aleitamento materno costuma ser classificado em: 
• Aleitamento materno exclusivo - quando a criança recebe somente leite materno, 
direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou 
sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, 
suplementos minerais ou medicamentos. 
• Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite 
materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de 
frutas e fluidos rituais 
• Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou 
ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. 
• Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite 
materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-
lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode receber, além do leite 
materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar. 
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e 
outros tipos de leite. 
 
3.2 DURAÇÃO DA AMAMENTAÇÃO 
 
Vários estudos sugerem que a duração da amamentação na espécie humana seja, em média, de 
dois a três anos, idade em que costuma ocorrer o desmame naturalmente (KENNEDY, 2005). 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento 
materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais. Não há 
vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, 
inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos 
está associada a: 
• Maior número de episódios de diarréia; 
• Maior número de hospitalizações por doença respiratória; 
6 
 
• Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricional mente inferiores 
ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos; 
• Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco 
• Menor eficácia da lactação como método anticoncepcional; 
• Menor duração do aleitamento materno. 
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes. 
Estima-se que dois copos (500ml) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% das 
necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de 
energia. Além disso, o leite materno continua protegendo contra doenças infecciosas. Uma 
análise de estudos realizados em três continentes concluiu que quando as crianças não eram 
amamentadas no segundo ano de vida elas tinham uma chance quase duas vezes maior de 
morrer por doença infecciosa quando comparadas com crianças amamentadas. (WORLD 
HEALTH ORGANIZATION, 2000). 
 
3.3 A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO 
 
Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite materno 
sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno. 
 
3.3.1 EVITA MORTES INFANTIS 
Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções, 
ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o aleitamento materno 
poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo, por causas 
prevê níveis (JONES et al., 2003). Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a 
amamentação tem na redução das mortes de crianças menores de 5 anos. Segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, em torno de seis milhões de vidas de 
crianças estão sendo salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação 
exclusiva. 
A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança. Assim, a 
mortalidade por doenças infecciosas é seis vezes maior em crianças menores de 2 meses não 
amamentadas, diminuindo à medida que a criança cresce, porém ainda é o dobro no segundo 
ano de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). É importante ressaltar que, 
enquanto a proteção contra mortes por diarréia diminui com a idade, a proteção contra mortes 
por infecções respiratórias se mantém constante nos primeiros dois anos de vida. A 
amamentação previne mais mortes entre as crianças de menor nível socioeconômico. 
Enquanto para os bebês de mães com maior escolaridade o risco de morrerem no primeiro ano 
de vida era 3,5 vezes maior em crianças não amamentadas, quando comparadas com as 
amamentadas, para as crianças de mães com menor escolaridade, esse risco era 7,6 vezes 
maior (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). 
Um estudo demonstrou que a amamentação na primeira hora de vida pode ser um fator de 
proteção contra mortes neonatais. (EDMOND et al., 2006). 
3.3.2 EVITA INFECÇÕES RESPIRATORIAS 
A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários estudos 
realizados em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil. Assim como ocorre com a 
7 
 
diarréia, a proteção é maior quando a amamentação é exclusiva nos primeiros seis meses. 
Além disso, a amamentação diminui a gravidade dos episódios de infecção respiratória. 
O aleitamento materno também previne otites. (TEELE; KLEIN; ROSNER, 1989). 
3.3.3 DIMINUI O RISCO DE ALERGIAS 
Estudos mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida diminui o risco 
de alergia à proteína do leite de vaca, de dermatite atópica e de outros tipos de alergias, 
incluindo asma e sibilos recorrentes (VAN ODIJK et al., 2003). Assim, retardar a introdução 
de outros alimentos na dieta da criança pode prevenir o aparecimento de alergias, 
principalmente naquelas com histórico familiar positivo para essas doenças. A exposição a 
pequenas doses de leite de vaca nos primeiros das de vida parece aumentar o risco de alergia 
ao leite de vaca. Por isso é importante evitar o uso desnecessário de fórmulas lácteas nas 
maternidades. 
3.3.4 DIMINUI O RISCO DE HIPERTENÇÃO, COLESTEROL ALTO E DIABETES 
Há evidências sugerindo que o aleitamento materno apresenta benefícios em longo prazo. A 
OMS publicou importante revisão sobre evidências desse efeito (HORTA et al., 2007). Foi 
descrita uma redução de 15% na incidência de diabetes tipo 2 para cada ano de lactação 
(STUEBE et al., 2005). 
A exposição precoce ao leite de vaca (antes dos quatro meses) é considerada um importante 
determinante do Diabetes mellitus Tipo I, podendo aumentar o risco de seu aparecimento em 
50%. Estima-se que 30% dos casos poderiam ser prevenidos se 90% das crianças até três 
meses não recebessem leite de vaca. (GERSTEIN, 1994) 
3.3.5 REDUZ A CHANCE DE OBESIDADE 
Na revisão da OMS sobre evidências do efeito do aleitamento materno em longo prazo, os 
indivíduos amamentados tiveram uma chance 22% menor de vir a apresentar 
sobrepeso/obesidade (DEWEY, 2003). 
Entre os possíveis mecanismos implicados a essa proteção, encontram-se um melhor 
desenvolvimento da auto regulação de ingestão de alimentos das crianças amamentadas e a 
composição única do leite materno participando no processo de “programação metabólica”, 
alterando, por exemplo, o número e/ou tamanho das células gordurosas ou induzindo o 
fenômeno de diferenciação metabólica. Foi constatado que o leite de vaca altera a taxa 
metabólica durante o sono de crianças amamentadas, podendo esse fato estar associado com a 
“programação metabólica” e o desenvolvimento de obesidade.(HAISMA et al., 2005). 
3.3.6 EFEITO POSITIVO NA INTELIGENCIA 
Há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo. A 
maioria dos estudos conclui que as crianças amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto 
quando comparadas com as não amamentadas, principalmente as com baixo peso de 
nascimento (ANDERSON; JOHNSTONE; REMLEY, 1999). 
Os mecanismos envolvidos na possível associação entre aleitamento materno e melhor 
desenvolvimento cognitivo ainda não são totalmente conhecidos. Alguns defendem a presença 
de substâncias no leite materno que otimizam o desenvolvimento cerebral; outros acreditam 
8 
 
que fatores comportamentais ligados ao ato de amamentar e à escolha do modo como 
alimentar a criança são os responsáveis (HORTENSEN et. al.,2002). 
3.3.7 EVITA NOVA GRAVIDEZ 
A amamentação é um excelente método anticoncepcional nos primeiros seis meses após o 
parto (98% de eficácia), desde que a mãe esteja amamentando exclusiva ou 
predominantemente e ainda não tenha menstruado. Estudos comprovam que a ovulação nos 
primeiros seis meses após o parto está relacionada com o número de mamadas; assim, as 
mulheres que ovulam antes do sexto mês após o parto em geral amamentam menos vezes por 
dia que as demais (GRAY et al., 1990). 
3.3.8 PROTEÇÃO CONTRA O CÂNCER DE MAMA 
Já está bem estabelecida a associação entre aleitamento materno e redução na prevalência de 
câncer de mama. Estima-se que o risco de contrair a doença diminua 4,3% a cada 12 meses de 
duração de amamentação. Essa proteção independe de idade, etnia, paridade e presença ou 
não de menopausa (COLLABORATIVE GROUP ON HORMONAL FACTORS IN 
BREAST CANCER, 2002). 
3.3.9 MELHOR QUALIDADE DE VIDA 
O aleitamento materno pode melhorar a qualidade de vida das famílias, uma vez que as 
crianças amamentadas adoecem menos, necessitam de menos atendimento médico, 
hospitalizações e medicamentos, o que pode implicar menos faltas ao trabalho dos pais, bem 
como menos gastos e situações estressantes. Além disso, quando a amamentação é bem 
sucedida, mães e crianças podem estar mais felizes, com repercussão nas relações familiares 
e, consequentemente, na qualidade de vida dessas famílias (MOUTINHO ET. AL., 2001). 
3.3 USO DE MEDICAMENTO DURANTE A LACTAÇÃO 
Diversos estudos comprovam que, dentre os fatores responsáveis pelo abandono precoce da 
amamentação, encontram-se os problemas relacionados aos riscos de exposição dos lactentes 
a medicação maternas (HALE TW,2013). 
A maior parte dos fármacos é compatível com a amamentação. Poucos são contra indicados 
(antineoplásico, radiofármacos, drogas de abuso); alguns requerem cuidados devido ao risco 
de efeitos adversos em lactentes ou de redução do volume de leite. Porém, ainda é necessário 
maior conhecimento sobre os efeitos para a criança de muitos fármacos durante a 
amamentação. Portanto, surge a necessidade de atualizações constantes sobre o uso de 
medicamentos durante a amamentação, visando racionalizar esse uso e proteger o aleitamento 
materno. (J Pediatr, 2004). 
 
A tabela 1 apresenta droga que podem suprimir a lactação segundo Lamounier et. al. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
Tabela 1 – fármacos que suprime a lactação 
 
Fármacos Efeitos 
Estrógenos Reduz a produção de leite devido ao seu efeito antiprolactinogênico. 
 
Ergotamina 
São drogas agonistas dopaminérgicas que suprimem a secreção de 
prolactina pela adenohipófise. 
 
Peseudo 
efedrina 
Inibição supostamente se deve redução dos níveis séricos de 
prolactina 
Álcool A ingestão de etanol (1,5 a 1,9 g/kg de peso corporal) Pode reduzir 
significativamente o reflexo de ejeção do leite e reduzir (na dose de 
0,3 g de etanol por kg) em até 20% a ingestão de leite pelo lactente 
 
 
Nicotina 
Apesar de a quantidade de nicotina excretada no leite humano ser 
pequena, o tabagismo materno está associado com redução do 
volume de leite e desmame precoce 
 
 
10 
 
4. METODOLOGIA DA PESQUISA 
Realizou-se uma reunião para a escolha de um tema em educação em saúde. Após, cada 
integrante do grupo propôs um tema relevante para a comunidade, sendo escolhida por 
votação o tema “Aleitamento materno e sua importância no desenvolvimento infantil”. 
Realizou-se um estudo na comunidade de cada integrante do grupo com entrevista em mães 
com filhos de até 7 anos para obter informações sobre as orientações passadas por 
profissionais de saúde quanto a amamentação correta e sua importância. Foram entrevistadas 
22 mulheres no total, nas comunidades próximas de cada integrante do grupo de pesquisa em 
Cuiabá e Várzea Grande o gráfico a seguir, mostra os resultados obtidos: 
Gráfico 1 - Entrevista em mães com filhos de até 7 anos, 2015. 
 
 
Durante a entrevista, perguntou-se a cada uma sobre a quantidade de tempo que 
amamentaram seus filhos, obtemos o seguintes resultados descristos no gráfico a seguir: 
 
Gráfico 2 – Quantidade de tempo da amamentação das entrevistadas, 2015. 
 
 
 
11 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os resultados não foram otimista, observou-se que a pouco interesse e importância para 
mudar essa realidade, analisa-se a necessidade de introduzir mais educação e orientação para 
as mães, muitas não souberam responder os benefícios da amamentação e também muitas 
desconhecia as possíveis doenças que a criança poderiam vir a desenvolver ao longo do 
tempo. Ficou claro que em alguns casos, o desmame precoce, foi devido à falta de orientação, 
algumas usaram medicamentos que inibiram a lactação, outras por não saberem a forma 
correta de amamentar desenvolveram rachaduras nos seios durante a lactação, ocasionando o 
desmame da criança. Muito deve ser feito para mudar essa realidade, começando com mais 
campanhas e sensibilização dos profissionais de saúde que devem ter uma abordagem mais 
humanizadas e promover palestras para reverter essa realidade. Os integrantes do grupo, irão 
desenvolver um trabalho no posto de saúde onde é realizado o estágio supervisionado 1 – 
assistência farmacêutica, orientando as mães que estiver na unidade e entregando um folheto 
com informações do aleitamento materno e seus benefícios conforme está disponível no 
anexo desse trabalho, com a intenção de interferir para um resultado positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
6. CONCLUSÃO 
Conclui-se que é de responsabilidade de todos os profissionais de saúde orientar as mães 
quanto a importância do aleitamento materno na primeira fase da vida da criança, que uma 
simples intervenção com a orientação e educação em saúde, pode mudar a vida de muitas 
pessoas, garantindo assim, um futuro melhor. 
13 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
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8. ANEXOS 
 
Cartilha com informações sobre o aleitamento materno, será distribuída pelos alunos para a 
promoção em saúde.

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