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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA DISCIPLINA DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA PRÁTICA 11: RELATÓRIO SOBRE VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO Nome: Márcia Eduarda Santos Rodrigues Curso: Engenharia Civil Matrícula: 427701 Turma: 6A Professor: Juan Hernandez Data da prática: 30/10/2018 Horário de realização da prática: 08 às 10h FORTALEZA 2018 MÁRCIA EDUARDA SANTOS RODRIGUES PRÁTICA 11: RELATÓRIO SOBRE VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará, como sendo requisito para aprovação na disciplina de Física Experimental para Engenharia. Área de concentração: Laboratórios do Departamento de Física. Orientador: Prof. Juan Hernandez FORTALEZA 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 6 2.1. Objetivos Gerais ................................................................................................ 6 3. MATERIAIS ............................................................................................................. 6 4. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 7 5. QUESTIONÁRIO ................................................................................................... 13 6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 18 4 1. INTRODUÇÃO Os instrumentos de medição são fundamentais para experimentos práticos para visualização de diversas grandezas, na prática em questão conheceremos e utilizaremos um multímetro, equipamento este que é usado para medir grandezas elétricas. Ele é a junção de diversos instrumentos em um só e apresenta basicamente o voltímetro, amperímetro e ohmímetro, mas pode apresentar variações como frequêncímetro e termômetro. Na prática anterior aprendemos sobre a resistência elétrica e também sobre o ohmímetro, que é um aparelho mais simples. Já o voltímetro e o amperímetro deve-se tomar cuidado, pois, diferente do ohmímetro, um erro durante a medição pode queimar o instrumento. O voltímetro é um instrumento que mede a diferença entre potenciais, por isso que nas suas medições devemos utilizar o aparelho em paralelo ao potencial que desejamos, pois se colocarmos em série ele medirá o mesmo potencial, para compreensão, se o voltímetro for colocado em série é como se tivéssemos curto-circuitando as ponteiras do instrumento, logo medirá zero volt. Vale ressaltar que o instrumento segue em dois ramos distintos, o primeiro é o digital, amplamente utilizado atualmente, devido ao seu custo-benefício ser maior, e é feito de sensores e algoritmos para efetuar a medição. O segundo é o analógico que tem como base um galvanômetro de alta resistência elétrica. Desse modo, é mais fácil de entender o porquê da medição em paralelo com ele, uma vez que ele apresenta uma alta resistência, a corrente que passa no circuito tentará evitar esse caminho e, caso passe para ele (medição em série), terá uma queda de tensão muito alta. Não esquecendo de que há a relação entre a tensão, resistência e corrente definida como: U=R*I – Equação 1. Se a resistência é alta e a tensão é fixa então a corrente tenderá a zero. Nesses dois tipos de voltímetro ainda temos mais uma divisão, a medição em corrente alternada e a corrente contínua. Na corrente alternada o multímetro mede o valor eficaz, que nada mais é do que selecionar o pico de tensão máximo em uma das polaridades e dividir pela raiz de dois, isto é, em termos técnicos, é a tensão que dissipa a mesma potência em um resistor caso a tensão estivesse em corrente contínua. Além disso, pelo próprio nome alternada, se sabe que alterna os polos de forma senoidal e, no 5 Brasil, essa taxa são de 60 vezes em um segundo, ou 60Hz. Por outro lado temos a tensão contínua que mede o valor instantâneo do circuito e não inverte a polaridade. Figura 1: Tipos de correntes Fonte: Ibyte (2018) Outro instrumento importante é o amperímetro que, do mesmo modo que o voltímetro apresenta duas variações: corrente alternada e contínua, mas, diferente do deste, sua medição deve ser em série, pois a corrente do ramo que deseja ser medido deve passar pelo instrumento. Lembrando que os dois instrumentos apresentam escalas e, caso seja subdimensionada, poderá acarretar na queima do equipamento. Abaixo temos o equipamento utilizado nessa prática. Figura 2: Multímetro Fonte: autor (2018) 6 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivos Gerais O intuito da prática a cerca do voltímetro e amperímetro é conhecer e utilizar as funções deles em um multímetro digital, estudar como se modifica a corrente em um circuito quando se varia a voltagem, mantendo constante a resistência. Outro aspecto importante é o estudo de como se modifica a corrente em um circuito quando se varia a resistência, mantendo constante a tensão aplicada. 3. MATERIAIS Fonte de tensão regulável; Placa de circuito impresso; Placa com 5 resistores iguais em série; Resistor de 330 k𝛺; Cabos (cinco); Multímetros digitais. Figura 3: Materiais da prática Fonte: autor (2018) 7 4. DESENVOLVIMENTO Para iniciar os procedimentos desta prática foram introduzidos alguns cuidados a cerca do voltímetro, sendo eles: atentar para a escolha da escala, uma vez que uma escolha errada pode queimá-lo; os terminais do instrumento têm de serem ligados em paralelo com os outros materiais que se deseja medir a tensão; além de ter cuidado onde está conectando no local do instrumento, uma vez que há um específico para correntes contínuas e alternadas. O primeiro procedimento foi referente ao voltímetro. Algumas etapas executadas são tais quais: a verificação das escalas presentes no instrumento, isto é, o valor máximo suportado por cada chave seletora dele. A tabela 1 apresenta as categorias encontradas nele, sendo a menor a de 20 mV e a maior 600 V. Tabela 1: escalas DC do voltímetro 200 mV 2 V 20 V 200 V 600 V Fonte: autor (2018) Além disso, as medidas de tensões contínuas foram estudadas por meio da montagem do circuito 1, no qual contou com o circuito impresso que teve a saída positiva da fonte conectada ao seu terminal vermelho enquanto que a negativa da fonte estava ligada com o outro terminal dele. Vale salientar que, antes de fazer essas conexões, a fonte foi colocada em uma tensão de 12 Volts e a escala no voltímetro estava em 20 V, a fim de se adequar à tensão da fonte. O intuito dessa etapa era medir as tensões em cada ponto, de acordo com a tabela 2. Tabela 2: Medidas de tensão. Valor medido 2,41 4,04 6,96 10,61 11,71 Escala utilizada 20 20 20 20 20 Valor medido 9,20 1,62 2,91 3,63 1,08 Escala utilizada 20 20 20 20 20 Fonte: autor (2018) Adentrando nos detalhes, inicialmente foi verificada no voltímetro a tensão real da fonte que, como se pode observar na figura 6, estava por volta de 11,73 Volts. Lembrando que, emnível de cálculos esse será o valor adotado como tensão da fonte 8 utilizada. Em seguida, os cabos vermelhos e pretos foram colocados em contato com os pontos correspondentes do circuito, de acordo com a ordem plotada na tabela 2. Figura 4: Circuito impresso conectado à fonte Fonte: autor (2018) Finalizando o aprofundamento nas tensões contínuas, foi feita a constatação das tensões, de forma que = + + + + – Equação 2. = + + + + = 11,64 Há um erro percentual de: 𝑜 – Equação 3 𝑜 𝑜 9 A segunda etapa é referente às medidas de tensão alternada. Não esquecendo que ela é equivalente à tensão eficaz ( ), ela é a tensão constante que, quando aplicado a um resistor, produzirá a mesma dissipação de potência e é calculada por: √ - Equação 5, cujo é o valor máximo ou valor de pico da tensão. O desenvolvimento se deve as medidas das tensões: tomada da mesa, saída da fonte 6 V e 12 V, conforme a tabela 3. Tabela 3: Medidas de tensão alternada. (V) Escala (V) (V) (V) TOMADA DA MESA 220 600 217 306,89 SAÍDA DA FONTE 6 V 6 200 5,7 8,06 SAÍDA DA FONTE 12 V 12 200 11,7 16,54 Fonte: Autor (2018) Os cabos (vermelho e preto) são colocados em cada terminal do componente a ser medido a tensão. O primeiro foi a tomada, como se pode ver na figura 7. Os demais componentes da tabela 3 foram medidos da mesma forma. Figura 5: Medição da tensão alternada da tomada Fonte: autor (2018) Por fim, o cálculo da tensão de pico se deu: A tensão alternada da tomada √ A tensão alternada da saída da fonte 6 V √ A tensão alternada da saída da fonte 12 V √ 10 O segundo procedimento consiste em aprofundar os estudos a cerca do amperímetro e como utilizá-lo como ferramenta. A priori, foram averiguadas as escalas presentes no instrumento de medição utilizado, isto é, o multímetro. A tabela 4 demonstra os resultados dessa primeira análise. Tabela 4: Escalas do amperímetro 2000 uA 20 mA 200 mA Fonte: autor (2018) A etapa seguinte, antes de ser realizada qualquer ligação, se calcula a corrente máxima do circuito que foi feita a medição. Como a tensão na fonte foi ajustada em 10 V e o resistor é de 330 kΩ, então a corrente será obtida de acordo com a equação 6: Equação 6: IMAX tensão resistência = 30,30 µA Então a escala foi ajustada para 2000 uA. Em seguidas, foram realizadas as medições solicitadas no circuito indicados aumentando a tensão, conforme a figura 6 e obtivemos os seguintes resultados presentes na tabela 5: Tabela 5: Medidas de corrente versus voltagem V (Volts) * V (Volts) ** I ( ) V/I (ohms) 2 2,00 5 400 000 4 4,00 11 363 637 6 5,98 17 351 165 8 8,00 23 347 826 10 9,99 30 330 000 Fonte: autor (2018) Vale ressaltar que foram utilizados os dois multímetros. Um com a função de medir a corrente, isto é, com a chave seletora voltada para as escalas em amperes e o outro medindo as diferentes tensões em volts. Além disso, o circuito foi montado com a utilização do resistor de 330 kΩ e, em nível de cálculos a tensão efetivamente aplicada foi aquela cujo valor foi obtido pela verificação com o voltímetro e não a sugerida. 11 Figura 6: Montagem do circuito para medição da corrente em função da tensão Fonte: autor (2018) Após medir a variação de corrente, à medida que se aumenta a tensão, é verificado o comportamento da corrente quando se varia a resistência em um circuito, resultando na tabela abaixo: Tabela 6: Corrente em função de resistência Resistores (𝛺) I ( ) 119 000 84,03 238 000 42,01 357 000 28,01 479 000 20,88 595 000 16,81 Fonte: autor (2018) A última parta desse procedimento é iniciada com a colocação da fonte em 10 V e, em seguida, a montagem do circuito, conforme a figura 7. Não esquecendo de que a resistência dos resistores foi medida de duas formas: código de cores e pelo ohmímetro, ambas foram semelhantes e a corrente foi calculada por meio da Equação 6. 12 Figura 6: Medição da corrente em função da resistência Fonte: autor (2018) 13 5. QUESTIONÁRIO I. Indique a escala do multímetro que você utilizaria para medir as seguintes tensões: a) Arranjo de 4 pilhas comuns em série RESPOSTA: Como as quatro pilhas estão em série a tensão é somada. Por padrão, as pilhas comuns têm 1,5 V. Logo a tensão total é 1,5V * 4 = 6 V. A melhor escala para ler é a de 20 V, dentre todas as indicadas no procedimento. b) Alimentação de um chuveiro elétrico residencial RESPOSTA: A tensão eficaz no estado do Ceará é de 220 V monofásico, como a escala de 200 V é menor que a tensão em questão, então a melhor é a próxima que é a de 600 V. c) Bateria de um automóvel RESPOSTA: A diferença de potencial de uma bateria de carro pode variar entre 12 V e 15 V, dependendo se o carro estiver em funcionamento ou não, portanto para essa faixa de valores a melhor escala é a de 20 V. II. Considere o circuito ao lado onde R1 = 300 Ω e R2 = R3 = 200Ω. Sabendo que a fonte está regulada em 10 V, determine a voltagem a que está submetido cada um dos resistores R1, R2 e R3. RESPOSTA: Incialmente, é necessário calcular a resistência equivalente do conjunto de resistências apresentados, uma vez que R2 e R3 estão em paralelo, temos que: 𝑒𝑞 ( 𝑅2∗𝑅3 𝑅2+𝑅3 ) ( 2 ) Ω. Desta forma, a corrente que passa pelo circuito é calculada por meio da relação: 𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑒𝑞 Tendo esses dados, já se pode calcular a tensão em cada resistor individualmente. 14 Para o R1: 𝑅 𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 R Como R2 e R3 estão em paralelo, a tensão é a mesma para ambos, logo, se usa a resistência equivalente deles. Para o R2: 𝑅 𝑅 𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 III. Considere que no circuito esquematizado abaixo: E = 10 V, R1 = 1,0 kΩ, R2 = 100 Ω e R3 = 20 Ω. a) Desenhe o circuito novamente, mostrando como você ligaria um amperímetro para medir a corrente fornecida pela fonte E. RESPOSTA: Como se pode observar no desenho, a ligação deve ser com o amperímetro em série com a fonte logo em seguida da mesma. Figura 10: Desenho da inserção de um amperímetro Fonte: Autor (2018) b) Faça outro desenho mostrando como medir a corrente em R1. RESPOSTA: Novamente para medir a corrente temos que usar o amperímetro em série com o que devemos medir, nesse caso o nosso escolhido foi a resistência R1 e por isso o amperímetro foi usado no seu mesmo ramo. Figura 10: Desenho da inserção de um amperímetro Fonte: Autor (2018) IV. Em relação ao circuito da questão anterior, calcule a corrente em cada resistor e indique a escala do amperímetro apropriada em cada caso.15 RESPOSTA: Para facilitar o desenvolvimento da questão é mais vantajoso encontrar a resistência equivalente total do circuito e em seguida a corrente total, e, como podemos observar no circuito, R1 está em paralelo com R2 e esses dois por sua vez estão em série com R3, logo: 𝑒𝑞 ( ∗ ) Ω Com a resistência equivalente conseguimos encontrar a corrente total: 𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 A corrente que passa por R3 é a corrente total, então sua queda de tensão é: 𝑅 x Como a tensão da fonte é 10 V, e sabendo que a tensão em cima dos resistores R1 e R2 são iguais, logo: 𝑅 𝑅 − V V Agora, vamos aplicar essa tensão com os respectivos valores de resistência: 𝐼𝑅 𝑅 𝑚 𝐼𝑅 𝑚 𝐼𝑅 𝐼𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 A Sendo assim a escala mais conveniente para usar no resistor 1 é a de 20 mA e para os resistores 2 e 3 a escala é de 200 mA, baseando-se nas escalas do multímetro da prática atual. 16 V. Faça o gráfico de V versus I com os resultados da tabela 5. RESPOSTA: Gráfico 1: Corrente x voltagem Fonte: Autor (2018) VI. Faça o gráfico de I versus R com os resultados da tabela 6. RESPOSTA: Gráfico 2: Corrente x resistência Fonte: Autor (2018) 0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 20 25 30 35 V o lt ag em ( V o lt s) Corrente (µA) Corrente versus Voltagem V/I (ohms) Linear (V/I (ohms)) 0 20 40 60 80 100 120 100 200 300 400 500 600 C o rr en te ( µ A ) Resistência ( kὨ ) Corrente versus resistência Experimental Potência (Experimental) 17 6. CONCLUSÃO Diante do exposto, é sucinto afirmar que foi aprendido que os instrumentos podem ser analógicos ou digitais, de corrente alternada ou contínua e se adaptam em várias escalas para fazer suas específicas medições. Além disso, o comportamento da corrente quando é variada a tensão e resistência e o impacto disso para o circuito elétrico. Pode- se citar também, adentrando no estudo de circuito, que conhecê-los e se familiarizar a cerca da sua montagem (se está em série, paralelo ou misto) é comprometedor para o desenvolvimento desta prática. Outro aspecto importante, ainda, é que, durante o procedimento, foi possível obter valores muito próximos dos esperados, entretanto foram verificados erros percentuais, demonstrados ao longo do capítulo 4 deste relatório. Como exemplo, se pode citar a soma das tensões sob os resistores, que variou em relação à queda de tensão total, o qual pode ser explicado pelo fato de que, possivelmente, hajam soldas más feitas ou alguma ligação frouxa, já que os materiais foram usados outras vezes. Outro resultado que distinguiu do esperado foi as das medições em CA que tivemos uma variação, tanto da tomada, quanto da saída da fonte, que, novamente, pode ser explicado devido, na tomada, a tensão, possivelmente, ser menor por conta da queda de tensão no cabo ou equipamentos indutivos que baixam o fator de potência e aumentam a corrente causando uma queda de tensão. Além disso, pelo lado da fonte, o erro está conectado diretamente a tomada, pois, já que a tomada não entrega o nominal, a fonte também não entrega o nominal, seguindo sempre a proporção. Por fim, no restante, a prática conseguiu manter-se dentro dos padrões e obter resultados empolgantes que reforçam os cálculos teóricos e entregam todo o embasamento teórico-prático que estudantes de engenharia necessitam. . 18 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. DIAS, N. L., Roteiro de aulas Práticas de Física. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2018.; 2. HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. Física 3, volume 2, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 384 p. - Visitado em 12/10/2018 às 12:26;
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