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Universidade Federal do Ceará – UFC Centro de Ciências Departamento de Física Disciplina de Física Experimental para Engenharia Semestre 2019.2 PRÁTICA 11 VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO Aluno (A): Antonio Felype Ferreira Maciel Curso: Engenharia de Computação Matrícula: 472118 Turma: 35A Professor: Keilla Façanha Silva Data de realização da prática: 23/10/2019 Horário de realização da prática: 10 h às 12 h 13/11/2019 1. Objetivos – Conhecer e utilizar as funções do voltímetro e amperímetro de um multímetro digital; – Estudar como se modifica a corrente em um circuito quando se varia a voltagem, mantendo constante a resistência; – Estudar como se modifica a corrente em um circuito quando se varia a resistência, mantendo constante a tensão aplicada. 2. Material – Fonte de tensão regulável; – Placa de circuito impresso; – Placa com 5 resistores iguais em série; – Resistor de 330 kΩ; – Multímetros digitais (dois); – Cabos (cinco). 3. Introdução Multímetro é um aparelho que integra o voltímetro e o amperímetro, sendo portanto, capaz de medir tanto tensão quanto corrente. Em relação à tensão, que é medida pelo voltímetro, há dois tipos: contínua e alternada. A contínua (VDC), permanece sempre com o mesmo sentido de corrente e mesmo valor de tensão com o passar do tempo, sendo em geral, utilizada por pilhas e baterias. Já a alternada (VAC), inverte o sentido da corrente com o decorrer do tempo e é usada nas tomadas comuns. Ao utilizar o voltímetro, precisamos escolher não só o tipo de tensão utilizada como também a escala mais apropriada, de forma a não perder informações. É necessário também ligar as pontas de prova em paralelo com o que pretendemos saber a tensão (Figura 1). Enquanto isso, o amperímetro tem a função de medir o valor da corrente elétrica, devendo sempre ser ligado em série com o objeto escolhido, como mostra a figura 2. Figura 1: Forma correta de utilizar o voltímetro. Fonte: Roteiros de Aulas Práticas de Física. Figura 2: Forma correta de utilizar o amperímetro. Fonte: Roteiro de Aulas Práticas de Física. Para escolher a escala correta do multímetro, devemos saber os símbolos contidos nele. Para isso, observamos a figura a seguir, onde são apresentados os símbolos de corrente alternada e contínua, respectivamente. A tensão eficaz (VEF) é o valor que o multímetro indica quando utilizamos a tensão alternada. Seu valor pode ser dado por: I. V EF= V P √2 Onde VP representa o valor de pico ou máximo da tensão. A relação entre tensão, corrente e resistência, pode ser dada pela lei de Ohm: II. U=RI Onde U é a tensão, R é a resistência e I, a corrente. Figura 3: Símbolos de corrente alternada e contínua. Fonte: Blog das baterias. 4. Procedimento PROCEDIMENTO 1 Utilizando o voltímetro Inicialmente, anotamos as escalas de tensão contínua disponíveis no modelo de voltímetro que utilizamos durante toda a prática (Figura 4). São elas 200 mV, 2 V, 20V, 200V e 600 V. Após isso, utilizamos o voltímetro ligado à fonte para ajustar a saída em 12 V e a conectamos a uma placa de circuito impresso (PCB), como mostra a figura 5. Então, medimos os valores das tensões nos pontos determinados do circuito onda haviam os resistores (Figura 6). Os valores encontrados foram adicionados a tabela 1. Figura 4: Multímetro utilizado durante a prática. Fonte: autor do relatório. Figura 5: PCB conectada na fonte. Fonte: autor do relatório Tabela 1: Medidas de tensão. V01 V02 V03 V04 V05 Valor medido 2,47 4,13 7,11 10,84 11,97 Escala utilizada 20 V 20 V 20 V 20 V 20 V V15 V12 V23 V34 V45 Valor medido 9,49 1,65 2,97 3,72 1,11 Escala utilizada 20 V 20 V 20 V 20 V 20 V Foi-nos então pedido para verificar se V05 = V01 + V12 + V23 + V34 + V45. V05 corresponde à tensão total aplicada na placa, já que é medida entre o primeiro e último pontos. No item anterior, onde foi pedido que ajustasse a placa em 12 V e conseguimos deixá-la em 11,96 V. A resposta para a verificação é sim, já que a soma corresponde a 11,91 V, aproximadamente o valor que inserimos. Finalizada esta etapa, medidos a tensão alternada da tomada da bancada do laboratório onde fizemos a prática (Figura 7) e da fonte com as saídas de 6 V e 12 V (Figura 8). Tendo o valor medido e tendo a equação I em mãos, podemos calcular o valor de pico. Os resultados foram inseridos na tabela abaixo. Tabela 2: Medidas de tensão alternada. VNOMINAL (V) Escala (V) VEF MEDIDO (V) VPICO (V) TOMADA DA MESA 220 600 214 303 SAÍDA DA FONTE 6 V 6 200 5,5 7,8 SAÍDA DA FONTE 12 V 12 200 11,4 16,1 Figura 6: Medindo a tensão nos pontos da PCB. Fonte: autor do relatório. VPICO TOMADA V EF= V P √2 214= V P √2 V P=303V VPICO FONTE 6 V V EF= V P √2 5 ,5= V P √2 V P=7 ,8V VPICO FONTE 12 V V EF= V P √2 11,4= V P √2 V P=16 ,1V PROCEDIMENTO 2: Utilizando o amperímetro Primeiro, anotamos as escalas disponíveis no amperímetro do laboratório: 2000 μA, 20 mA e 200 mA. Em seguida, montamos o circuito da figura 9, utilizando um resistor de 120 kΩ em vez de 330 kΩ. Figura 7: Medindo a tensão efetiva da tomada. Fonte: autor do relatório. Figura 7: Medindo a tensão efetiva na fonte. Fonte: autor do relatório. Figura 8: Circuito a ser montado com resistor de 120 kΩ. Fonte: Roteiro de Aulas Práticas de Física. De acordo com a tabela 3, a maior tensão que usamos foi de 10 V. Dessa forma, podemos calcular a corrente máxima esperada e indicar a melhor escala para medi-la. Utilizando II: U=RI ;U=10V ; I=120×103Ω I= 10 120×103 =8 ,3×10−5 A Dessa forma, a escala indicada para medir esta corrente seria a de 2000 μA. Com o multímetro ajustamos a tensão efetiva conforme pedido no roteiro e indicado na tabela. Os valores das medições foram inseridos a seguir: Tabela 2: Medidas de corrente versus voltagem. V (volts) VEV (volts) I (μA) V/I (Ohms) 2 2,02 16 13x104 4 4,01 33 12x104 6 6,02 50 12x104 8 8,04 67 12x104 10 10,01 83 12x104 Utilizando a placa com 5 resistores iguais e associados em série, medimos as resistências de R1, R1+R2, R1+R2+R3, etc, como mostra a tabela. Como, de acordo com a lei de Ohm, corrente e resistência são inversamente proporcionais. Assim, a corrente máxima esperada surgirá quando a resistência for a menor, ou seja, quando tivermos apenas R1. Utilizando II: U=RI ;U=10V ; R=120×103 Ω I= 10 119×103 =8 ,4×10−5 A Dessa forma, a melhor escala para medir será a de 2000 μA. Colocamos a fonte para fornecer 10 V e montamos o seguinte circuito: Figura 6: Circuito para medida da corrente em função da resistência. Fonte: Roteiro de Aulas Práticas de Física. Com isso, medimos o valor da corrente para cada valor da resistência e inserimos os dados na tabela 4. Resistores RMEDIDO (Ω) I (μA) R1 119 k 83 R1+R2 0,238 M 41 R1+R2+R3 0,357 M 27 R1+R2+R3+R4 0,477 M 20 R1+R2+R3+R4+R5 0,596 M 16 5. Questionário 1. Indique a escala do multímetro que você utilizaria para medir as seguintes tensões a) arranjo de 4 pilhas comuns em série Associadas em série, a diferença de potencial entre as pilhas será a soma da diferença de potencial de cada uma delas. Dessa forma, uma associação de 4 pilhas comuns, com 1,5 V cada, resultaria em 6,0 V. A escala de 20 V seria ideal. b) alimentação de um chuveiro elétrico residencial O chuveiro elétrico é alimentado por 220 V. Assim, a melhor escala é a de 600 V. c) bateria de um automóvel De acordo com o site Carro de Garagem, a bateria apresenta no máximo 14,7 V. A escala de 20 V seria o suficiente. 2. Considere circuito ao lado onde R1 = 500 Ω e R2 = R3 = 300 Ω. Sabendo que a fonte está regulada em 10 V, determine a voltagem a que está submetido cada um dos resistores R1, R2 e R3. R2 e R3 estão associados em paralelo. A resistência equivalente pode ser dada por III. 1 REQ = 1 R2 + 1 R3 1 R23 = 1 300 + 1 300 = 2 300 R23=150Ω A resistência equivalente do circuitoentão será dada por R1 + R23, já que ambas estão associadas em série, o que resultará em 650 Ω. Com isso, utilizando II, é possível calcular a corrente do circuito. U=RI , onde U = 10 e R = 650. I= 10 650 =1 ,5×10−2 A Em R1, a tensão será dada por II. U=RI=500×1 ,5×10−2=7 ,5V Como os outros dois resistores estão em paralelo, a corrente se dividirá, de forma a cada resistor receber 7,5x10-3 A. Utilizando II, descobrimos a tensão em cada um. U=RI=300×7 ,5×10−3=2 ,25V 3. Considere que no circuito esquematizado abaixo: E = 20 V, R1 = 1,0 kΩ, R2 = 100 Ω e R3 = 20 Ω. a) Desenhe o circuito novamente, mostrando como você ligaria um amperímetro para medir a corrente fornecida pela fonte E. b) Faça outro desenho mostrando como medir a corrente em R1. 4. Em relação ao circuito da questão anterior, calcule a corrente em cada resistor e indique a escala do amperímetro apropriada em cada caso. Calcula-se a resistência equivalente do circuito, aplica-se a lei de Ohm para descobrir o valor da corrente no circuito. 1 R12 = 1 R1 + 1 R2 = 1 1000 + 1 100 = 11 1000 . R12= 1000 11 REQ=R3+R12=20+ 1000 11 =1,1×102Ω I=U R = 10 1 ,1×102 =9 ,1×10−2 A A corrente se dividirá em duas quando chegar aos resistores 1 e 2, pois eles estão associados em série. Logo, a corrente nos resistores 1 e 2 será I= 9 ,1×10 −2 A 2 =4 ,6×10−2 A No resistor 3, a corrente é o valor de I para o circuito. 5. Faça o gráfico de V versus I com os resultados da tabela 11.4. Figura 10: Gráfico de V em função de I. 6. Faça o gráfico de I versus R com os resultados da Tabela 11.5. Figura 11: Gráfico de I em função de R. 6. Conclusão Conclui-se, após essa prática, que o multímetro é o aparelho que contém as funções do voltímetro e do amperímetro. O primeiro mede tensões alternadas e contínuas em escalas variadas, enquanto o segundo mede a corrente. Para medir a diferença de potencial em algum ponto do circuito, deve-se conectar o voltímetro em paralelo. Além disso, o aparelho mostrará a tensão efetiva quando medirmos a alternada. O valor de pico é obtido através da equação I. Já quando precisamos medir a corrente num determinado ponto, o amperímetro é conectado em série. Fazer este procedimento de forma incorreta poderá resultar em problemas para o voltímetro. Percebe-se, pelos procedimentos, que quanto maior a tensão do circuito, maior será a corrente, ou seja, diretamente proporcionais. Enquanto isso, corrente e resistência são inversamente proporcionais, como observado na figura 12. Esses fatos corroboram a lei de Ohm (equação II). Os erros experimentais podem surgir devido às medições incorretas e possível uso incorreto do multímetro. 7. Bibliografia Como testar bateria de carro? Precisa de multímetro?. 1p. Disponível em <https://www.carrodegaragem.com/como-testar-bateria-carro-precisa-multimetro//>. Acesso em: 09 nov 2019. DIAS, Nildo Loiola. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. DEPARTAMENTO DE FÍSICA. LABORATÓRIO DE FÍSICA PARA ENGENHARIA.: Roteiros de aulas práticas de física, Fortaleza, 2019. 108p. Diferença entre tensão contínua e tensão alternada. 1p. Disponível em <http://www.magnetron.com.br/nacao-duas-rodas/diferenca-entre-tensao-continua-e- tensao-alternada/>. Acesso em: 09 nov 2019. RIBEIRO, Thyago. Voltímetro e Amperímetro. 1p. Disponível em <https://www.infoescola.com/eletricidade/voltimetro-e-amperimetro//>. Acesso em: 09 nov 2019. 5. Questionário 1. Indique a escala do multímetro que você utilizaria para medir as seguintes tensões a) arranjo de 4 pilhas comuns em série Associadas em série, a diferença de potencial entre as pilhas será a soma da diferença de potencial de cada uma delas. Dessa forma, uma associação de 4 pilhas comuns, com 1,5 V cada, resultaria em 6,0 V. A escala de 20 V seria ideal. b) alimentação de um chuveiro elétrico residencial O chuveiro elétrico é alimentado por 220 V. Assim, a melhor escala é a de 600 V. c) bateria de um automóvel De acordo com o site Carro de Garagem, a bateria apresenta no máximo 14,7 V. A escala de 20 V seria o suficiente. 2. Considere circuito ao lado onde R1 = 500 Ω e R2 = R3 = 300 Ω. Sabendo que a fonte está regulada em 10 V, determine a voltagem a que está submetido cada um dos resistores R1, R2 e R3. R2 e R3 estão associados em paralelo. A resistência equivalente pode ser dada por III. A resistência equivalente do circuito então será dada por R1 + R23, já que ambas estão associadas em série, o que resultará em 650 Ω. Com isso, utilizando II, é possível calcular a corrente do circuito. , onde U = 10 e R = 650. Em R1, a tensão será dada por II. Como os outros dois resistores estão em paralelo, a corrente se dividirá, de forma a cada resistor receber 7,5x10-3 A. Utilizando II, descobrimos a tensão em cada um. 3. Considere que no circuito esquematizado abaixo: E = 20 V, R1 = 1,0 kΩ, R2 = 100 Ω e R3 = 20 Ω. a) Desenhe o circuito novamente, mostrando como você ligaria um amperímetro para medir a corrente fornecida pela fonte E. b) Faça outro desenho mostrando como medir a corrente em R1. 4. Em relação ao circuito da questão anterior, calcule a corrente em cada resistor e indique a escala do amperímetro apropriada em cada caso. Calcula-se a resistência equivalente do circuito, aplica-se a lei de Ohm para descobrir o valor da corrente no circuito. A corrente se dividirá em duas quando chegar aos resistores 1 e 2, pois eles estão associados em série. Logo, a corrente nos resistores 1 e 2 será No resistor 3, a corrente é o valor de I para o circuito. 5. Faça o gráfico de V versus I com os resultados da tabela 11.4. 6. Faça o gráfico de I versus R com os resultados da Tabela 11.5. 6. Conclusão Conclui-se, após essa prática, que o multímetro é o aparelho que contém as funções do voltímetro e do amperímetro. O primeiro mede tensões alternadas e contínuas em escalas variadas, enquanto o segundo mede a corrente. Para medir a diferença de potencial em algum ponto do circuito, deve-se conectar o voltímetro em paralelo. Além disso, o aparelho mostrará a tensão efetiva quando medirmos a alternada. O valor de pico é obtido através da equação I. Já quando precisamos medir a corrente num determinado ponto, o amperímetro é conectado em série. Fazer este procedimento de forma incorreta poderá resultar em problemas para o voltímetro. Percebe-se, pelos procedimentos, que quanto maior a tensão do circuito, maior será a corrente, ou seja, diretamente proporcionais. Enquanto isso, corrente e resistência são inversamente proporcionais, como observado na figura 12. Esses fatos corroboram a lei de Ohm (equação II). Os erros experimentais podem surgir devido às medições incorretas e possível uso incorreto do multímetro. 7. Bibliografia Como testar bateria de carro? Precisa de multímetro?. 1p. Disponível em <https://www.carrodegaragem.com/como-testar-bateria-carro-precisa-multimetro//>. Acesso em: 09 nov 2019. DIAS, Nildo Loiola. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. DEPARTAMENTO DE FÍSICA. LABORATÓRIO DE FÍSICA PARA ENGENHARIA.: Roteiros de aulas práticas de física, Fortaleza, 2019. 108p. Diferença entre tensão contínua e tensão alternada. 1p. Disponível em <http://www.magnetron.com.br/nacao-duas-rodas/diferenca-entre-tensao-continua-e-tensao-alternada/>. Acesso em: 09 nov 2019. RIBEIRO, Thyago. Voltímetro e Amperímetro. 1p. Disponível em <https://www.infoescola.com/eletricidade/voltimetro-e-amperimetro//>. Acesso em: 09 nov 2019.
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