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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA DISCIPLINA DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA PRÁTICA 05: RELATÓRIO SOBRE EQUILÍBRIO Nome: Márcia Eduarda Santos Rodrigues Curso: Engenharia Civil Matrícula: 427701 Turma: 6A Professor: Francisco Ethan Data da prática: 22/05/2018 Horário de realização da prática: 08 às 10h FORTALEZA 2018 2 MÁRCIA EDUARDA SANTOS RODRIGUES PRÁTICA 05: RELATÓRIO SOBRE EQUILÍBRIO Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará, como sendo requisito para aprovação na disciplina de Física Experimental para Engenharia. Área de concentração: Laboratórios do Departamento de Física. Orientador: Prof. Francisco Etan FORTALEZA 2018 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 04 2. OBJETIVOS .............................................................................................05 3. MATERIAIS .............................................................................................06 4. PROCEDIMENTO......................................................................................07 5. QUESTIONÁRIO........................................................................................12 6. CONCLUSÃO..............................................................................................14 7. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................15 4 1. INTRODUÇÃO De acordo com o dicionário Aurélio, equilíbrio significa: “Estado de um corpo que se mantém estático, ainda que solicitado ou impelido por forças opostas; igualdade das forças de dois corpos que obram um contra o outro. [...]”. Sabe-se que para satisfazer a condição de equilíbrio em uma partícula é necessário que o somatório das forças, nos eixos x,y e z, seja 0. Vale lembrar, ainda, que isso remente a 1ª Lei de Newton ou Lei da Inércia, como é conhecida, cujo postulado afirma que: “O corpo permanecerá em repouso ou em Movimento Retilíneo Uniforme a menos que tenha seu estado alterado pela ação de uma força externa”. Existem inúmeras situações em que uma partícula obedece à situação de equilíbrio, seja ele estático ou dinâmico. Há equilíbrio estático quando a partícula se encontra em repouso e o somatório das suas forças é zero e há equilíbrio dinâmico quando a partícula está em movimento retilíneo uniforme. A situação analisada neste trabalho será a do esquema abaixo: Figura 1: Partículas submetidas às forças Fonte: Autor (2018) 5 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivos Gerais Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças. Além disso, medir as reações nos apoios de uma viga bi-apoiada, quando uma carga móvel é deslocada sobre ela. Outro objetivo importante a ser destacado é que o experimento verifica as condições de equilíbrio. 2.2.Objetivos Específicos Analisar como se comportam os corpos sobre a ação de diferentes forças e como elas contribuem para a condição de equilíbrio deles. 6 3. MATERIAIS Na primeira parte do experimento, foram utilizados: Massa aferida 100g; Estrutura de madeira; Massa desconhecida; Balança digital; Transferidor montado em suporte; Material para desenho (papel, régua, esquadro e transferidor). Na segunda parte, os materiais foram: Massa aferida de 50g; Dinamômetros de 2N; Estrutura de suporte; Barra de 100 cm de comprimento. 7 4. PROCEDIMENTO Na primeira etapa desta prática, foi analisada a condição de equilíbrio de uma partícula submetida a um nó A, sobre o qual havia a ação de duas forças de tração T₂ e T₃, além da força peso que a partícula presa a ele estava submetida, cuja massa era de 100 g. Além dessas forças de trações, havia a força contraria ao sentido da força peso, a tração T₁. Como é demonstrado na figura 2. Figura 2: Esquema das forças Fonte: Roteiro de Aulas práticas (2018) Vale salientar que a partícula à direita da de peso conhecido, igual a 100 gf, possui massa desconhecida. Sendo assim, ao identificar as forças que atuam sobre ambas, medi, por meio do transferidor, os ângulos que as forças fazem com o eixo x. Para isso, posicionei o instrumento centralizado no nó A e verifiquei a angulação que o fio correspondente a cada tração explanava nele. O procedimento foi repetido para cada força inclinada que agia sobre as partículas A e B. Por orientações, adotei o valor de 5,00 cm para representar 100 gf e assim descobrir quanto vale cada força atuante nas partículas. Dessa forma, foi possível representar a disposição das forças, com os valores de suas inclinações e comprimentos, como se pode observar na figura 3. 8 Figura 3: Forças atuantes sobre a partícula A Fonte: Autor (2018) Vale salientar que o paralelogramo demonstrado na figura 3 serviu para auxiliar a busca pelas distâncias das trações T₂ e T₃, de forma que, ao saber que a tração T₁ igual à força peso P₁ (de acordo com a condição de equilíbrio, pois o corpo estava em repouso e as duas eram as únicas forças atuantes na direção vertical), igual também a -T₁ é igual a 5,00 cm, ao traçar retas paralelas às outras duas trações iriam ser obtido os comprimentos proporcionais de T₂ e T₃. Feito isso, com o auxílio do esquadro e régua, foram traçadas as paralelas às trações e, com o transferidor, foi adotado a devida inclinação de cada uma, mostrado, também, na figura 3. Concluindo o esquema da disposição das forças atuantes sobre a partícula A, em seguida fiz o mesmo para as forças atuantes sobre a partícula, ainda de massa desconhecida, B. Incialmente, com o transferidor obtive as inclinações das forças de trações T₄ e T₅. Com isso, a etapa seguinte era descobrir os comprimentos das forças. Sendo que, ao analisar o sistema, descobri que T₃ = T₄, por conta que elas estão 9 dispostas sobre o mesmo fio e, ainda possuem a mesma inclinação em relação ao eixo x. Além disso, a outra força que foi descoberta a inclinação foi a T₅, cujo ângulo em relação ao eixo x é 45º, o que implica dizer que, ao traçar uma reta -T₄ e uma paralela da reta que representa a tração T₅ até que ela toque o eixo y. O ponto em que houve essa intercessão até a origem corresponde ao comprimento da tração T₆, isto é, observando a figura 2, se pode concluir que, como a partícula B está em repouso é válido atribuir que T₆ = P₂. Entretanto, ainda há um comprimento desconhecido, que é o da tração T₅, que eu encontrei traçando uma perpendicular (com o auxilio do esquadro e régua) do vetor que representa a tração -T₄ até a reta que estava a 45º do eixo x. Os valores encontrados estão explanados na figura 4. Figura 4: Forças atuantes sobre a partícula B Fonte: Autor (2018) Ao encontrar o comprimento da força peso da partícula B, fiz umaregra de 3 simples a fim de relacionar o valor de 5,00 cm atribuído aos 100 gf anteriormente à partícula A e calcular a intensidade dessa força na partícula B analisada. 5 3,4 = 100 𝑃₂ ⇒ P₂= 68 𝑔𝑓 10 Para verificar a veracidade do experimento, fui verificar a real massa da partícula B na balança digital. O valor encontrado da massa foi igual a 72,2 g, isto é, ela possui um peso de 72,2 gf. Pode-se considerar, também, esse peso de acordo com o Sistema Internacional de unidades de medida. Para tal, é necessário multiplicar ao valor do peso em gramas-força pelo valor da gravidade. Sendo assim: P₂= 68 𝑔𝑓 x 9,8 m/s² ⇒ P₂= 61,74 𝑁 Outro aspecto importante a ser considerado, ainda, é que a margem de erro entre a massa encontrada e o real é de ±10%. Portanto, calculei-o. Caso o valor do erro encontrado seja divergente dos limites o experimento teria que ser refeito. 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑥 100 ⇒ 68 72,2 𝑥 100 ⇒ 6,2% A próxima parte do experimento consistiu em analisar as reações que dois dinamômetros marcam ao ser deslocada uma massa sobre uma barra. Para iniciar, regulei os dois dinamômetros até que, por ação da gravidade, a borda ficasse rente ao 0 do instrumento. Posteriormente, montei o esquema da barra presa aos dois e os prendi na estrutura de madeira. Vale salientar que o dinamômetro A ficou a 20 cm da extremidade esquerda enquanto que o B ficou a 20 cm da extremidade da direita. Com a leitura apresentada nos dois dinamômetros foi possível determinar o peso da barra, uma vez que as duas reações foram somadas. P₂= 𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 ⇒ P₂= 0,96 + 0,96 ⇒ P₂= 1,92 𝑁 Prosseguindo, o próximo passo foi posicionar a certa massa de 50 g nas posições indicadas para verificar a diversas leituras dos dinamômetros. As distâncias foram de 10 em 10 cm no decorrer da barra e, assim, em cada posição eu fazia a leitura em ambos os instrumentos e anotava na tabela 2, assim como a soma das duas reações. Outro aspecto importante, ainda, é que as leituras nos dinamômetros devem ser de acordo com a borda do instrumento, sempre verificando qual medição está rente com 11 a borda. Os valores encontrados estão explanados na Tabela 2. Tabela 2: Leituras dos dinamômetros x (cm) Ra (N) Rb (N) Ra + Rb (N) 0 0,80 1,62 2,42 10 0,88 1,54 2,42 20 0,95 1,46 2,41 30 1,03 1,38 2,41 40 1,12 1,29 2,41 50 1,20 1,21 2,41 60 1,28 1,13 2,41 70 1,36 1,05 2,41 80 1,43 0,98 2,41 90 1,52 0,89 2,41 100 1,60 0,80 2,40 Fonte: Roteiro das aulas praticas (2018) Além disso, o gráfico 1 explana, ainda, o comportamento da partícula sobre a barra, o somatório das reações que agem sobre ela, de modo que a barra sempre estivesse em equilíbrio. Gráfico 1: Reações em função da posição 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 R ea çõ es ( N ) x (cm) Reações em função da posição Ra + Rb (N) em função de x (cm) Ra (N) Rb (N) Linear (Ra + Rb (N) em função de x (cm)) Linear (Ra (N)) 12 5. QUESTIONÁRIO 1) Qual o peso desconhecido obtido com a balança? Qual o valor obtido pelo método descrito na 1ª parte desta prática? Qual o erro percentual do valor experimental em relação ao obtido com a balança? Resposta: Como visto na descrição da primeira parte do experimento, a partícula de massa desconhecida sofria a ação de uma força de 3,4 cm. Para encontrar a intensidade da força peso dela foi necessário este cálculo: 5 3,4 = 100 𝑃₂ ⇒ P₂= 68 𝑔𝑓 Sendo assim, ao pesar na balança obtive uma massa de 72,2 gf da partícula. Desta forma, o erro da prática foi: 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑥 100 ⇒ 68 72,2 𝑥 100 ⇒ 6,2% 2) Some graficamente T1, T2 e T3 (use 5,0 cm para representar 100gf). Ao fazer o paralelogramo é possível identificar os comprimentos das trações T2 e T3 e, assim, encontrar seus comprimentos. 13 3) Qual o peso da régua (barra) utilizada na 2ª parte? Em N e em gf. Resposta: O peso da barra é: P(barra)= 195,92 𝑔𝑓 ou P(barra)= 1,92 𝑁 4) Verifique, para os dados obtidos com o peso na posição 70 cm sobre a régua, se as condições de equilíbrio são satisfeitas (equações 5.1 e 5.2). Comente os resultados. Para a posição x = 70 cm foram obtidos: Ra = 1,05N e Rb = 1,36 N Sendo 𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 1 2 = 0 ⇒ 1,05 + 1,36 50 𝑥 10 3 𝑥 9,8 1,92 = 0 ⇒ 1,05 + 1,36 = 50 𝑥 10 3 𝑥 9,8 1,92 ⇒ 2,41 = 2,41 O resultado equivalente para a primeira condição de equilíbrio está sendo válido, isto significa que a partícula atende à primeira condição de equilíbrio. Sendo 1𝑥 + 2 𝐿 2 𝑅𝑎𝑋𝑎 𝑅𝑏𝑋𝑏 = 0 ⇒ 0,49 𝑥 70 + 1,92 𝑥 50 = 1,05 𝑥 20 + 1,36 𝑥 80 ⇒ 130,3 = 129,8 O resultado não foi satisfeito e pode ser explicado devido aos possíveis erros de leituras do dinamômetro durante a prática, o que faz com que o valor seja próximo de zero, mas não chegue ao mesmo. 5) Calcule os valores esperados para as reações RA e RB (em gf) medidas nos dinamômetros, para uma régua de 80 cm e 60 gf e um peso de 40 gf colocado sobre a régua na posição x = 50 cm. Considere que um dos dinamômetros foi colocado na posição 10 cm e outro na posição 60 cm. Resposta: Sendo 𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 1 2 = 0 e 1𝑥 + 2 𝐿 2 𝑅𝑎𝑋𝑎 𝑅𝑏𝑋𝑏 = 0 , tem-se que 𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 392 + 588 ⇒ 𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 980 𝑁 e 19600 + 23520 = 10𝑅𝑎 + 60𝑅𝑏 ⇒ 43120 𝑁 = 10𝑅𝑎 + 60𝑅𝑏 Logo, Ra = 313,6 N Rb = 666,4 N 14 6. CONCLUSÃO Ao finalizar as 2 partes desta prática e analisar os resultados obtidos é possível explanar que, na primeira parte, o erro obtido de 6,2 % estava dentro da margem do esperado de ±10%. O que mostra que os cuidados e atenções devidas fizeram com o que o objetivo fosse alcançado, pois a massa desconhecida foi encontrada sem necessitar repetir os procedimentos da parte um. Em relação à segunda parte, os valores preenchidos na tabela 2 demonstraram certa precisão nas leituras dos dinamômetros ainda que, ao verificar a situação de equilíbrio na posição x = 70 cm, por exemplo, ela não foi satisfeita. Isso pode ser justificado pela falta de exatidão ao fazer as sucessivas leituras, o que levou a um somatório das forças e torques próximo de zero, mas diferente dele. Diante do exposto, foi absorvido que, para atender as condições de equilíbrio a partícula analisada, seja ela rígida, como a barra ou não, é necessário que o somatório de todas as suas forças em todas as direções seja 0, assim como o somatório de todos os seus torques. 15 7. BIBLIOGRAFIA 1. DIAS, N. L., Roteiro de aulas Práticas de Física. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2018. 2. https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/leisdenewton .php - 12/05/2018 – 10:26:36 3. https://pt.khanacademy.org/science/physics/forces-newtons- laws/newtons-laws-of-motion/a/what-is-newtons-second-law - 12/05/2018 – 10:26:36
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