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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA SEMESTRE 2020.1 PRÁTICA 05: EQUILÍBRIO ALUNO: PAULO HENRIQUE MARQUES ALVES MATRÍCULA: 497040 CURSO: ENGENHARIA CIVIL TURMA: 6A PROFESSOR: FRANCISCO DANIEL DE CARVALHO ROSA DATA E HORA DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 07/09/2020 ÀS 08:00h. 2 5.1 OBJETIVOS - Verificar as condições de equilíbrio sobre uma partícula. - Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças - Medir as reações nos apoios de uma viga bi apoiada, quando uma carga móvel é deslocada sobre a mesma. - Verificar as condições de equilíbrio para um corpo rígido. 5.2 MATERIAL Link para a simulação a ser usada na Parte 1: https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=mech_rovnobeznik&l=p Link para a simulação a ser usada na Parte 2: https://www.geogebra.org/m/dd69s9tg 5.3 INTRODUÇÃO Segundo Young e Freedman (2016) define se que um corpo se encontra em equilíbrio quando o somatório de todas as forças ou todos os momentos (torques) que estão agindo sobre ele é igual a zero, portanto o corpo não estará executando qualquer movimento acelerado ou realizando um movimento de giro, respectivamente. Isso implica que o objeto não apresenta qualquer tendência de iniciar um movimento de translação ou de rotação, respeitando a primeira lei de Newton, que menciona que um corpo permanece em repouso ou movimento retilíneo uniforme (velocidade constante) quando a resultante das forças que agem sobre ele é igual a zero, sendo que quando as dimensões do corpo são desprezíveis dizemos que se trata do equilíbrio de um ponto material e quando o corpo possui dimensões se trata do equilíbrio um corpo extenso. Conforme Dias (2020) na análise do equilíbrio dos corpos, podemos definir o equilíbrio como estático ou dinâmico, no qual o equilíbrio estático é aquele em que o corpo permanece em repouso, não realizando movimento (que foi o objeto de estudo nessa prática), e o equilíbrio dinâmico que é aquele em que o corpo possui velocidade constante, não possuindo, portanto, aceleração. A situação de equilíbrio respeita as seguintes relações, que serão usadas neste relatório: Para as forças externas: ∑ �⃗� = 0 → RA + RB - P1 - P2 = 0 (5.3.1) Para os torques externos: ∑ 𝜏 = 0 → P1 x + P2 (L/2) - RA xA - RB xB = 0 (5.3.2) 3 Figura 01: Imobilidade. Na situação de equilíbrio a soma das forças externas e dos torques externos é nula. Fonte: Fi2engenharia <http://fis2engenharia.blogspot.com/2017/03/aula-7-conservacao-do-momento-angular- e.html> Torque De acordo com Halliday et al. (2012) o Momento de uma força ou Torque é uma grandeza física que representa o ato de gerar rotação com uma determinada força atuando diante de um ponto fixo. O torque (τ) é o resultado do produto da força aplicada (F) pelo chamado braço de alavanca (d), que representa a distância do ponto de apoio até a linha de ação da força. Esse vetor é o resultado da seguinte fórmula: 𝜏 = �⃗� × 𝑑 (5.3.3) O torque, cujo nome vem de uma palavra em latim que significa "torcer", pode ser descrito coloquialmente como a ação de girar ou torcer de uma força F. Quando aplicamos uma força a um objeto com uma chave de fenda ou uma chave de grifa com o objetivo de fazer o objeto girar, estamos aplicando um torque. A unidade de torque do SI é o newton-metro (N · m) (HALLIDAY et al., 2012, p. 268). Figura 02: Crianças brincam de gangorra. Em circunstâncias comuns no cotidiano podemos perceber situações envolvendo o torque. Fonte: Vamos estudar física <https://vamosestudarfisica.com/equilibrio-de-corpos-extensos/> 4 Ao analisar a equação 5.3.3 podemos observar que a força aplicada e o braço de alavanca são grandezas inversamente proporcionais, ou seja, quando uma tende a aumentar a outra tende a diminuir. Desse modo, para um braço de alavanca longo, ou seja, a força aplicada estar longe do ponto de apoio, essa força que deve ser aplicada para realizar o torque é pequena. Já em uma situação inversa, quando o braço de alavanca for pequeno, maior será a força que deve ser feita para provocar o movimento de giro. (HALLIDAY et al., 2012) Figura 03: Equipamento facilitador. Com um braço de alavanca suficientemente grande e um ponto fixo, é possível levantar grandes massas realizando pouca força. Arquimedes (230 A.C.) certa vez disse: “Dê me uma alavanca e um ponto de apoio, e moverei o mundo”. Fonte: Filosofia Esotérica <https://www.filosofiaesoterica.com/alavanca-mover-mundo/>. Centro de Gravidade. Segundo Dias (2020) o centro de gravidade ou baricentro é o ponto onde todo o peso de um corpo está concentrado, sendo o ponto de equilíbrio das forças. Para diversos casos o centro de gravidade coincide com o centro de massa de um corpo, isso não acontece para algumas situações, como por exemplo quando esse corpo se encontra em altitudes muito elevadas, a qual ocorre variações na aceleração da gravidade. Para encontrar o centro de gravidade, neste relatório, utilizaremos a fórmula: 𝑋𝐶𝐺 = 𝑋𝑃1 + (𝐿/2) (𝑃1 + 𝑃2) (5.3.4) 5 5.4 PROCEDIMENTO Durante a aula, que ocorreu de forma online, foram explicados os princípios do equilíbrio dos corpos e as orientações para a realização da prática. Para a execução dos procedimentos foram disponibilizados dois links de sites que continham simulações das situações mencionadas, sendo um para o sistema formado por pesos e roldanas dispostos em fios e o outro para um sistema com barras e pesos sobre balanças. Pela ordem do roteiro de práticas, primeiramente fiz a 1ª parte procedimento, a qual pedia para escolher diferentes combinações de pesos (sete) prendidos em fios dispostos em roldanas e avaliar quais dessas combinações fazia o sistema ficar em equilíbrio. Após escolher as combinações, efetuei os cálculos requisitados pela tabela e com isso analisei quais delas permitiam promover a estabilidade do conjunto. Na tabela 5.1, anotei os pesos, os ângulos formados, os valores das componentes horizontais e a soma dos valores das componentes verticais dos dois pesos que estavam nas extremidades esquerda e direita. Tabela 5.1. Pesos dos elementos disponíveis na simulação. P1 (N) P2 (N) P3 (N) α (o) β (o) T1 sen α (N) T2 sen β (N) T1 cos α + T2 cos β (N) 4,0 4,0 7,0 29,0 29,0 14,07 14,07 7,0 4,0 6,0 6,0 70,5 38,9 3,78 3,78 6,0 2,0 3,0 3,0 70,5 38,9 1,96 1,96 3,0 2,0 3,0 4,0 46,6 29,0 1,45 1,45 4,0 3,0 4,0 6,0 36,3 26,4 1,78 1,78 6,0 4,0 6,0 7,0 58,8 34,8 3,42 3,42 7,0 Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Word. 6 Na segunda parte do procedimento foi solicitado a análise de equilíbrio de um sistema formado por uma barra (a qual poderia ser escolhida entre 3 opções de 1,0 Kg, 5,0 Kg e 2,0 Kg), um peso (que poderia ser escolhido entre 3 opções de 0,5 Kg, 0,2 Kg e 0,3 Kg) e duas balanças disponíveis para medir as reações em gramas do conjunto formado pela barra e o peso, sendo que o peso poderia ser deslocado através da barra, assim como as duas balanças também poderiam ser trocadas de posição, limitando, por conseguinte, a posição que o peso poderia ser deslocado, de modo a não provocar o giro da barra. Inicialmente calculei os pesos das barras e dos “pesos” nas unidades N (Newton) e gf (grama força) e os anotei na tabela 5.2. Tabela 5.2. Leitura das balanças para a configuração do procedimento 2.1. Número Peso da Barra (N) Peso da Barra (gf) "Peso" (N) "Peso" (gf) 1 9,81 1,00 × 103 4,91 5,00 × 102 2 49,1 5,00 × 103 1,96 2,00 × 102 3 19,6 2,00 × 103 2,94 3,00 × 102 Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Word. Após isso,realizei o cálculo das reações das balanças A e B em N quando o “peso” 3 foi deslocado através da barra 1 em onze posições diferentes (entre 0 cm e 100 cm) e preenchi na tabela 5.3. Na tabela estão as reações de A e B, e a soma de ambas, contendo pequenas variações dos valores da soma por conta do arredondamento nas contas. Em seguida, construí o gráfico solicitado com os dados dessa tabela (Página 07). Tabela 5.3. Leitura das balanças. Para a configuração do procedimento 2.6. x (cm) RA (N) RB (N) RA + RB (N) 0 8,82 3,92 12,74 10 8,34 4,41 12,75 20 7,85 4,91 12,76 30 7,36 5,40 12,76 40 6,87 5,87 12,74 50 6,38 6,38 12,76 60 5,87 6,87 12,74 70 5,40 7,36 12,76 80 4,91 7,85 12,76 90 4,41 8,34 12,75 100 3,92 8,82 12,74 Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Word. 7 2.4 Trace em um mesmo gráfico, a reação RA em função da posição x(cm), RB em função da posição x (cm) e RA+ RB em função da posição x(cm). Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Excel. Numa situação análoga a anterior, realizei o mesmo procedimento, porém dessa vez com o “peso” 1 percorrendo a barra 1 das posições 0 cm até 100 cm (comprimento da barra) e para a construção da tabela utilizando os valores das reações em gf (grama força). Na página 08 está a gráfico construído tendo como base os dados dessa tabela. Tabela 5.4. Leitura das balanças. Para a configuração do procedimento 2.6. x (cm) RA (gf) RB (gf) RA + RB (gf) 0 8,00 × 102 7,00 × 102 1,50 × 103 10 7,00 × 102 8,00 × 102 1,50 × 103 20 6,00 × 102 9,00 × 102 1,50 × 103 30 5,00 × 102 1,00 × 103 1,50 × 103 40 4,00 × 102 1,10 × 103 1,50 × 103 50 3,00 × 102 1,20 × 103 1,50 × 103 60 2,00 × 102 1,30 × 103 1,50 × 103 70 1,00 × 102 1,40 × 103 1,50 × 103 80 0 1,50 × 103 1,50 × 103 90 xxxx xxxx xxxx 100 xxxx xxxx xxxx Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Word. 0 2 4 6 8 10 12 14 0 20 40 60 80 100 120 R ea çã o ( N ) Comprimento (cm) Gráfico RA, RB e RA + RB (N) em função de X (cm) Ra Rb Ra + Rb Linear (Ra) Linear (Rb) Linear (Ra + Rb) 8 2.7 Trace em um mesmo gráfico, a reação RA em função da posição x(cm), RB m função da posição x (cm) e RA+ RB em função da posição x(cm). Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Word. Para encontrar o centro de gravidade da barra, utilizei a fórmula 5.3.4 utilizando os dados do sistema formado pela barra 1 e o “peso” 1. Após a realização dos cálculos, coloquei as posições dos centros de gravidade conforme a posição do “peso” 1 na barra 1. Tabela 5.5. Posição do Centro de Gravidade. X (cm) 0 20 50 90 100 XCG (cm) 33,3 40,0 50,0 63,3 66,7 Fonte: Elaborado pelo autor no Microsoft Word. 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 0 20 40 60 80 100 R ea çã o ( g f) Comprimento (cm) Gráfico Ra, Rb e Ra + Rb (gf) em função de X (cm) Ra Rb Ra + Rb Linear (Ra) Linear (Rb) Linear (Ra + Rb) 9 5.5 QUESTIONÁRIO 1 – Com relação aos valores encontrados na Tabela 5.1, compare os resultados da coluna 6 com os da coluna 7. Compare também os resultados da coluna 8 com os valores da coluna 3. Comente. Referente aos valores das colunas 6 e 7, é possível notar que estes são iguais, pois representam os módulos das componentes horizontais das forças de tensão T1 e T2 nos fios quando o sistema se encontra em equilíbrio. Dessa forma, para que o sistema neste experimento assuma essa posição de equilíbrio, a soma vetorial de todas as forças existentes no conjunto precisam ser igual a zero, de forma que ao decompor as forças T1 e T2, as suas componentes T1X e T2X respectivamente, possuem o mesmo módulo mas com sentidos contrários (logo, sinais opostos) e realizando a soma vetorial das mesmas, obtemos o valor zero. As colunas 3 e 7 do mesmo modo, também possuem valores iguais. Conforme a situação anterior, para o sistema estar em equilíbrio, a soma das forças verticais deve ser igual a zero. Ao decompor T1 e T2, e ao realizar a soma vetorial de suas componentes verticais, o valor resultante apresenta o mesmo valor de T3. Sendo assim, uma anula o efeito da outra, deixando, portanto, o sistema em equilíbrio. 2- Determinação de um peso desconhecido (objetivo 2). Considere que na simulação da Parte 1, P1 = 5 N, P2 = 10 N e P3 seja um peso desconhecido. Que nessas condições o sistema fique em equilíbrio com α = 80,8º e β = 29,6º Determine o peso desconhecido em N, com uma casa decimal. Considere que diferentemente da simulação, o peso desconhecido pode ser ou não um número inteiro. Dados: P1 = 5,0 N Cos α = 0,160 P2 = 10,0 N Cos β = 0,869 α = 80,8° β = 29,6° 𝑃1 × 𝐶𝑜𝑠 α + P2 × Cos β 5,0 × 0,160 + 10,0 × 0,869 0,80 + 8,69 = 9,5 N P3 = 9,5 N. 10 3- Considere que na simulação da Parte 1, P1 e P2 são desconhecidos e que P3 = 10 N. Considere também que o sistema fique em equilíbrio com α = 86,2º e β = 43,7º . Calcule os pesos desconhecidos em N. Reproduza na simulação os resultados encontrados. Comente. O somatório das componentes verticais com a força T3 (P3) bem como das componentes horizontais entre si é igual a zero, logo: α = 86,2° β = 43,7° → 90 – β = 46,3° ∑ 𝑇𝑥⃗⃗ ⃗⃗⃗ = 0 → 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗𝑥– 𝑇2 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗𝑥 = 0 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ × Cos (90 - β ) – 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ × Cos α = 0 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ × Cos (46,3°) – 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ × Cos (86,2°) = 0 (1) 0,691 × 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ - 0,998 × 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = 0 ∑ 𝑇𝑦⃗⃗⃗⃗⃗⃗ = 0 → 𝑇1 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗𝑦 – 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗𝑦 – 𝑇3 ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗= 0 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ × Cos (86,2°) + 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ × Cos (46,3°) - 10 = 0 (2) 0,066 × 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ + 0,723 × 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = 10 Montando o sistema de equações: (1) 0,691 × 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ - 0,998 × 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = 0 (2) 0,066 × 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ - 0,723 × 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = 10 Na equação (1), ao isolar 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ em seguida fazer a substituição na equação (2) e resolvendo o sistema de equações, obteve se: 𝑇1⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = 9,0 N 𝑇2⃗⃗ ⃗⃗ ⃗ = 13,0 N Os valores descobertos são os módulos de P1 e P2. Esses são os valores que tornam o sistema mencionado na questão em equilíbrio quando P3 = 10, pois ao calcularmos suas componentes horizontais e verticais, pode se notar que a soma vetorial de T1x e T2x é nula, do mesmo modo que T1y + T2y + (-10) = 0, (o valor 10 de P3 possui sinal oposto, pois seu sentido é contrário as outras forças verticais). Nesse sentido, o sistema se encontra em equilíbrio, uma vez que a resultante de todas as forças existentes nele é igual a zero. Isso pôde ser notado ao executar a simulação no programa com os valores encontrados e P3. 11 4 - Verifique, para os dados obtidos com o “Peso” 3 na posição 30 cm sobre a Barra 1 (Tabela 5.3), se as condições de equilíbrio são satisfeitas (equações 5.1 e 5.2). Comente os resultados. Analisando através das equações: (5.1) → 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 − 𝑃1 − 𝑃2 = 0 (5.2 ) → 𝑃1 𝑥 + 𝑃2 × 𝐿/2 – 𝑅𝐴 × 𝑥𝐴 − 𝑅𝐵 × 𝑥𝐵 = 0 7,36 + 5,40 – 9,81 – 2,94 = 0 Para a primeira fórmula o resultado é igual a zero. 2,94 × 0,30 + 9,81 × 0,50 –7,36 × 0,2 – 5,40 × 0,8 0,882 + 4,91 – 1,47 – 4,31 = 0 Para a segunda fórmula, o resultando também é igual a zero. Dessa maneira, é possível observar que o sistema formado pela barra e o peso se encontra em equilíbrio. Pois a soma vetorial das forças externas e dos torques externos que estão atuando sobre a barra é zero. Nessas condições, a barra não fará qualquer movimento de giro e nem irá transladar (mudar de posição). 5- No procedimento 2.6 não é possível deslocar o “Peso” 1 para qualquer posição sobre a Barra 1 e manter o sistema em equilíbrio. Calcule a posição do Centro de Gravidade do sistema formado pela Barra 1 e pelo “Peso” 1 quando o mesmo está posicionado na posição mais à direita possível na simulação. Posição mais direita possível: 80 cm P1 = 4,91 N P2 = 9,81 N 𝑋𝐶𝐺 = (𝑥 × 𝑃1 + (𝐿/2) × 𝑃2)/(𝑃1 + 𝑃2) 3,92 + 4,91 4,91 + 9,81 = 8,8314,72 = 0,600 𝑚 XCG = 60,0 cm 12 6- Calcule os valores esperados para as reações RA e RB (leituras nas balanças em g), para uma Barra de 100 cm e 120 gf e um peso de 30 gf colocado sobre a Barra na posição x = 80 cm. Considere que uma Balança é colocada na posição 20 cm e a outra na posição 90 cm. 1 N = 101,94 gf Massa da barra = 0,120 Kg → Peso da barra = 1,18 N Massa do Peso = 0,030 Kg → Peso do “Peso” = 0,29 N Utilizando as equações 5.1 e 5.2 temos: (5.1) → 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 − 𝑃1 − 𝑃2 = 0 (5.2) → 𝑃1 𝑥 + 𝑃2 × 𝐿/2 – 𝑅𝐴 × 𝑥𝐴 − 𝑅𝐵 × 𝑥𝐵 = 0 Em 5.1: RA + RB – 0,29 – 1,18 = 0 Isolando RA: RA = 1,47 – RB Em 5.2: 0,29 × 0,80 + 0,5 × 1,47 – 0,2 × (1,47 – 𝑅𝐵) – 0,9 × 𝑅𝐵 = 0 0,53 – 0,2 𝑅𝐵 = 0 𝑅𝐵 = −0,53 −0,7 → 𝑅𝐵 = 0,76 𝑁 Substituindo RB: RA = 1,47 – 0,76 = 0,71 N RA = 0,71 N Para achar os valores das reações em gramas, basta utilizar a fórmula 𝐹 = 𝑚 × 𝑎. Dividindo as reações em N por g, obtemos: 𝑀1 = 𝑅𝐴 / 𝑔 = 0,71 / 9,81 = 0,072 𝐾𝑔 𝑀2 = 𝑅𝐵 /𝑔 = 0,76 / 9,81 = 0,077 𝐾𝑔 Por fim, ao multiplicar os valores quilograma por 1000, encontra se os seus valores em gramas. 𝑀1 = 0,072 × 1000 = 72 𝑔 → 𝑅𝑒𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 1 = 72 𝑔. 𝑀2 = 0,077 × 1000 = 77 𝑔 → 𝑅𝑒𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 2 = 77 𝑔 13 5.6 CONCLUSÃO Por meio da execução do experimento foi permitido observar as condições que determinam o equilíbrio de um corpo e do sistema em que ele se encontra, assim como os elementos que constituem essa situação como: o centro de gravidade dos corpos, as forças externas que atuam sobre um sistema e como esses componentes atuam na ocasião de um corpo ficar em equilíbrio. Logo, pôde se verificar que ao atuar um grupo de forças (peso, tração e normal) ou torques e a resultante dessas forças ou momento das forças possuir um valor nulo, o sistema estará em equilíbrio, precisamente como ocorreu nos procedimentos dessa prática. Ademais, o conhecimento dessa parte da física é uma base importantíssima para diversas áreas da engenharia civil, com ênfase, em uma futura disciplina denominada resistência dos materiais, a qual analisa como um corpo suporta as forças que estão sendo nele aplicadas, como por exemplo um edifício que precisa se manter em equilíbrio estático mesmo sofrendo a força de seu próprio peso, a força do vento contra sua estrutura e outras sobrecargas como o peso dos moradores e do mobiliário que estarão dentro dele. Sendo a resistência dos materiais uma das cadeiras mais importantes do curso, e por conseguinte utilizando os conceitos e regras da física como seus principais pilares. Nos relatórios anteriores havia dificuldades na aferição de grandezas como períodos e deslocamentos devidos as limitações impostas pelo curto intervalo de tempo dos vídeos disponíveis e tanto pelo poder de reação do olho quanto dos reflexos, e por consequência interferindo nos resultados finais. Em contraponto a isso, neste relatório, o experimento executado em relação as medidas, se mostrou mais simples de ser efetuado, visto que apresentava apenas as simulações de forma digital da experiência em questão, diminuindo os fatores que poderiam provocar erros e bastando apenas coletar os dados que foram encontrados e efetuar os cálculos que foram solicitados. 14 5.7 REFERÊNCIAS HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física, volume 1: Mecânica. 9 ed., Rio de Janeiro: LTC, 2012. YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física I – Mecânica. 14. Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. DIAS, N. L. Roteiro das aulas práticas – Prática 05, Equilibrio. Fortaleza, 2020. Departamento de Física UFC. Disponível em: <https://www.facebook.com/LabFisicaUfc/>. Acesso em: 12 de set. de 2020. BERNARDO, N. A. R. Equilíbrio de Corpos Extensos. Vamos estudar física, 2018. Disponível em: <https://vamosestudarfisica.com/equilibrio-de-corpos-extensos/> . Acesso em: 09 de set. de 2020. LEMES, M. R. Aula 07 - Conservação do momento angular e equilíbrio do corpo rígido. Fi2engenharia, 2017. Disponível em: <http://fis2engenharia.blogspot.com/2017/03/aula-7- conservacao-do-momento-angular-e.html> . Acesso em: 15 de set. de 2020. AVELINE, C. C. Uma alavanca para mover o mundo. Filosofia Esotérica, 2020. Disponível em: <https://www.filosofiaesoterica.com/alavanca-mover-mundo/>. Acesso em: 15 de set. de 2020.
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