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Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia de Alimentos Propriedades Físicas do Milho Discentes: Ana Paula Nogueira Guimarães- 201708955 Heron Ricardo Borges - 201700238 Fernanda Rezende Borges - 201403745 Igor Rodrigues Torres - 201609784 Roberto Braz Filho - 201710932 Goiânia, 29 de Março de 2019 1. Introdução A compreensão das propriedades físicas dos produtos agrícolas e os seus conceitos tem grande importância para o processamento industrial uma vez que sua determinação é de fundamentalmente necessária para o dimensionamento, avanço e execução de todas as fases que estão relacionadas a colheita, pós-colheita e armazenagem destes materiais (Paes, 2006). Logo aspectos como definição de massa, dimensões e densidades são imprescindíveis. A determinação da massa e da umidade é algo que exibe uma grande importância para efeito de comercialização visto que os preços estão diretamente relacionados a esta característica que também é usada como um indicativo de qualidade em razão de influenciarem diretamente no volume de expansão do grão (BOTELHO, 2018). O tamanho e o formato são aspectos peculiares de cada produto, definidos geneticamente, que podem ser influenciados pelo ambiente e que interfere as demais propriedades físicas do produto, no caso o milho. Portanto dados de dimensionamento servem para classificar a forma dos furos em peneiras industriais, normalmente destinados a separação e classificação dos mesmos (RUFFATO, 1999). A densidade real e aparente de grãos cresce, normalmente, com a diminuição do teor de umidade do produto. A densidade real dos grão pode ser encontrada pelo método de deslocamento de líquidos (MOREIRA,1985), que pode ser feita utilizando apenas equipamentos comuns de laboratório e de preferência com um líquido que tenha uma característica mínima de penetração no poro dos grãos para que não ocorra nenhuma alteração da massa amostral. A densidade aparente de uma determinada matéria ou substância é aquela definida no ar, sem referir as variações do mesmo e influencia diretamente a condutividade de calor da amostra, que consequentemente aumenta com reduções na porosidade dos grãos (ANDRAD, 2004). Portanto esta densidade aparente conceitua o volume inteiro da amostragem, até o espaço vazio entre os grãos que a integram. Desta forma, o objetivo com este experimento foi a determinação das propriedades físicas de grãos de milho, buscando parâmetros específicos dos mesmos em procedimentos padronizados como determinação de massa, dimensões, densidade real e aparente. 2. Metodologia 2.1. Materiais ● Água destilada; ● Balança semi-analítica; ● Béquer; ● Lápis, borracha e papel; ● Paquímetro elétrico; ● Proveta pequena para os grãos; ● Régua. 2.2. Métodos Para o cálculo de dimensões, o paquímetro elétrico foi usado para dimensionar a altura, o comprimento e a largura de 20 grãos de milho. Para o cálculo da densidade real, primeiramente, foram separados 3 amontoados com 100 grãos de milho, sendo que cada monte foi pesado separadamente na balança. Encheu-se uma proveta com 50 mL de água destilada, em que foi adicionado a proveta um monte com 100 grãos de milho e anotou-se a medida do volume após a imersão completa dos grãos, o mesmo foi feito com os dois montes restantes, para que seja possível calcular variabilidade no valor. Foi registrado o volume conhecido para o béquer, foi preenchido completamente por água que foi colocada na proveta para que tivesse sido anotado o valor do volume presente no béquer, procedimento repetido três vezes e retirado a média dos valores. Sabendo o volume aproximado do béquer, para prosseguir com os dados necessários ao cálculo da densidade aparente, o béquer foi pesado e, em seguida, preenchido por milho, do qual se foi retirado o excesso com o auxílio de uma régua. Após ser preenchido com os grãos, o béquer foi pesado na balança e, do peso total, foi retirado o valor do peso do béquer. 3. Resultados e Discussão As propriedades físicas de produtos agrícolas têm grande importância, uma vez que sua determinação é essencialmente necessária para o dimensionamento, desenvolvimento e execução de todas as etapas que envolvem os processos de colheita, pós-colheita e armazenagem dos materiais biológicos (ARAÚJO et al.2017). Na Tabela 1 apresenta os cálculos de média, desvio padrão e o coeficiente de variação (%) para os valores da massa do grão de milho (g), densidade real (g/mL), densidade aparente (g/mL) e dimensões. Verifica-se que o valor experimental encontrado para a densidade real é maior que o valor encontrado para a densidade aparente, este resultado era esperado, visto que na determinação da densidade aparente, utiliza-se um cilindro onde são colocados os grãos, entre os grãos existem espaços vazios, deste modo o volume utilizado para o cálculo é o volume do cilindro que não é o volume real ocupado pelos grãos, desta forma com o aumento do volume há um decréscimo no valor da densidade. Tabela 1 - Propriedades físicas do milho Medidas Média Desvio Padrão Coeficiente V. Massa (g) 34,72 0,29 0,83 Altura(mm) 4,67 1,23 26,50 Largura (mm) 8,79 1,02 11,65 Comprimento (mm) 11,17 2,20 19,75 Densidade Real (g/mL) 1,20 0,04 3,37 Densidade Aparente (g/mL) 0,79 5,50 0,70 ● Fórmulas Altura, comprimento e largura medidos pelo paquímetro elétrico Médias = Soma das variáveis ÷ Número de variáveis Densidade Real = Média das massas ÷ Média dos volumes deslocados pelos grãos na proveta com água Densidade aparente = Média das massas ÷ Média do volume da proveta O coeficiente de variação apresentou-se abaixo dos 10% para as medidas de massa, densidade real e densidade aparente, o que, de acordo com Araújo (2007) indica intermediária precisão. Porém, as variações para as medidas dimensionais dos grãos de milho - altura, largura e comprimento - são altas, o que indica baixa uniformidade(ARAÚJO et al.2017). De acordo com Paes (2006), o peso individual de um grão de milho é entre 250 e 300 mg. Tendo em vista que a média da massa de 100 grãos realizada em triplicata obtida neste experimento foi de 34,72 g, estima-se que cada grão tenha uma massa de aproximadamente 347 mg. Isto indica que espera-se um alto rendimento para os grãos analisados, já que sua base seca é constituída de 72% de amido. 4. Conclusão Com tudo o que foi apresentado, calculado e comparado, concluímos que as análises feitas foram suficientes para determinar a qualidade do milho usado neste experimento. As variações de tamanho, comprimento e largura são esperadas, uma vez que os grãos dos milhos usados para este experimento possuem, naturalmente, diferenças em suas dimensões. 5. Referências ARAÚJO, K.T.A.; CORREIA, F.G.; SILVA, R.C.; SANTOS, F,S. Determinação das Propriedades Físicas de Grãos de Milho,v.1,p. 1-5, 2017. RUFFATO, Solenir et al. Influência do processo de secagem sobre a massa específica aparente, massa específica unitária e porosidade de milho-pipoca. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental,Campina Grande, v. 3, n. 1, p. 45-48, 1999. MOREIRA, S.M.C.; CHAVES, M.A.; OLIVEIRA, L.M. Comparação da eficiência de líquidos na determinação da massa específica aparente de grãos agrícolas. Revista Brasileira de Armazenamento, Viçosa, v. 9, n. 1 e 2, p. 22-24, 1984/85. DO NASCIMENTO SILVA, Semirames et al. Características físicas de sementes de milho crioulo da Paraíba. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 13, n. 5, p. 590-594, 2018. Botelho, F. M., de Faria, B. M. E. M., Botelho, S. D. C. C., Ruffato, S., & Nogueira, R. M. (2018). Metodologias para determinação de massa específica de grãos. Agrarian, 11(41), 251-259. Paes, M.C.D,.Aspectos Físicos, Químicos e Tecnológicos do Grão de Milho, v.1, 2006.
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